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Capítulo onze

Guto acordou-se assustado. Teve pesadelos com a avó e a irmã. Ao olhar para a cama ao lado, não avistou o irmão e sua preocupação veio no mesmo instante, sobretudo quando olhou para a porta do quarto e a mesma encontrava-se aberta.

- Ai, Ai, Lucas, o que foi que você fez? - Questionou-se Guto, preocupado com o que poderia encontrar depois daquela porta. Dona Edwirges tinha sido muito clara ao pedir que os irmãos ficassem no quarto enquanto realizava o processo de cura de Rebeca. Ao pensar sobre isso, Guto começou a imaginar que, em algumas horas, veria os pais e, quem sabe, até passariam um momento em família. Também pensou na possibilidade de escolher novas rotas para as férias do ano seguinte. Por mais que amasse estar na fazenda, sentia que a irmã não ia querer voltar ali tão cedo e ele, em contrapartida, não iria contrariar a irmã, talvez fosse bom para ela ficar um tempo sem voltar àquele local que mexeu tanto com ela. Guto preocupou-se com Lucas, decidiu verificar onde estava o irmão, queria certificar-se de que ele não teria atrapalhado a avó, ou algo parecido. Saiu do quarto caminhando a passos lentos, a fim de não ser ouvido ou incomodar alguém. Chegou à sala e notou que a porta da frente também estava aberta. A rede da avó estava vazia. Ao lado da rede, sobre uma pequena mesa, estava um caderno antigo, com as folhas bem desgastadas, provavelmente pelo tempo. Guto aproximou-se, olhando para os lados, certificando-se de que não estava sendo observado. Pegou o caderno e sentou-se na rede. Só então percebeu que aquilo era um diário antigo, que a avó utilizava na infância. Três folhas estavam marcadas, Guto começou a lê-las.

Terça, 19 de julho de 1941,
Caro diário,
Hoje eu me encontro ainda mais confusa que os demais dias. Minha cabeça dói, minhas pernas tremem, meu peito anda mais acelerado que o comum e eu sinto que algo de muito errado está acontecendo dentro da minha própria casa. Tenho certeza que meus pais me escondem algo. Algo muito sério que os atormenta e, assim, atormenta a mim, mas, principalmente, ao meu irmão Caruso. Ele anda adoentado há muito tempo, mas meus pais insistem em não leva-lo ao médico e isso me deixa em extrema agonia, porque tenho notado a situação de meu irmão. Debate-se no quarto, pronuncia palavras estranhas, tornou-se uma pessoa violenta, não reconhece os familiares. Meus pais já foram feridos por ele, enquanto tentavam acalmá-lo. Estou proibida de chegar perto dele e isso está me matando, porque eu amo o meu irmão e não posso fazer nada para ajudá-lo. Há noites em que ele fica gritando até tarde, prometendo matar meu pai, falando que tudo o que estava acontecendo era culpa dele. Não consigo entender nada, apenas sentir e eu sinto muito.

Guto lia tudo àquilo com uma grande aflição. Imaginou sua avó submetida àquele martírio. A sensação de insuficiência por não poder ajudar o irmão que a avó sentiu, Guto também estava sentindo em relação à Rebeca. O garoto folheou a página e passou para a seguinte, continuando a leitura.

Quarta, 20 de julho de 1941,
Caro diário,
Hoje o dia começou cedo, bem mais cedo que o comum. Meu irmão Caruso amanheceu quebrando tudo dentro de seu quarto. Fui proibida de sair do meu, mas ouvi tudo, como se estivesse no mesmo cômodo. Minha mãe chora todos os dias e, ainda assim, não procura um médico para ajudar. Também amanheci em prantos. Caruso matou meu Tutti a pauladas, e eu não pude nem me despedir. Meu pai pediu que eu ficasse aqui, trancada, como se estivesse em uma prisão. Meu irmão está cada dia mais violento, apresenta perigo a ele e á toda família. Minha mãe disse que o padre local viria até nossa casa, para ver Caruso, só não entendi a razão, qual o problema do meu irmão? Ouvi uma conversa estranha dos meus pais. Eles disseram que a doença do meu irmão atormentaria a família para sempre, como se fosse algo genético, acho que a palavra era essa.

Guto estava mais assustado do que nunca, tudo o que a avó tinha lhe falado era, de fato, verdade. Aconteceu com ela e agora estava se repetindo com Rebeca. Folheou mais uma página do diário e começou a ler.

Domingo, 24 de julho de 1941
Caro diário,
É o quarto dia tranquilo que temos em casa, mas tranquilidade vinda por meio da tristeza não vale a pena. Sinto saudades do meu irmão, me pego chorando todas as vezes que me lembro dele brincando no quarto, na sala, no quintal. Meus pais estão piores, não se alimentam direito, vivem tristes, abatidos, doentes. A morte do meu irmão matou um pouco a família toda e minha meta de vida é fazer o impossível para que a doença do Caruso não atinja mais ninguém dessa família enquanto eu viver.

Ao terminar a leitura, lágrimas escorreram de seus olhos, sentiu um aperto forte no peito. Largou o diário sobre a mesa, encolheu-se na rede e se pôs a chorar mais. Ao longe, ouviu gritos e passos que iam ficando cada vez mais próximos, parecia seu irmão Lucas.

- GUTOOO... GUTOOO... - Lucas entrou pela sala correndo e gritando, a sua expressão era de muito medo. Encontrou Guto na sala que, assustado, perguntou:

- Lucas, o que houve? O que aconteceu?

- Eu acho... Que... Matei a vovó...

Na garagem, dona Edwirges tinha acabado de acordar. Ainda estava tonta e com muita dor de cabeça. Rebeca estava em sua frente, abaixada, olhando-a seriamente. A caçula dos Malter, aproveitando que a avó estava fraca, colocou as duas mãos no rosto da avó e com um sorriso irônico começou a falar.

- Parece que sua tentativa de me prender foi por água abaixo, não é vovó?

Dona Edwirges estava assustada, trêmula. Rebeca continuou:

- Sabe, admiro muito a sua tentativa de burlar o destino. Teria conseguido, se meu amado irmãozinho não tivesse chegado a tempo. Tadinho, não poderia imaginar a vovó malvada judiando da irmã. - Rebeca aproximou seu rosto ao da avó. - Você me machucou, vovó, agora é a vez de lhe retribuir.

Rebeca, em um só movimento, virou o pescoço da avó, quebrando-o instantaneamente.

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