Cp 9
Rosana vê o papel, que na verdade era o testamento de Leonardo De La Vega ela guarda em seu quarto debaixo do colchão.
Fica aflita com o que leu. Seu filho não ficaria pobre de jeito nenhum.
Dias depois. Rosana pega outro testamento e coloca no lugar onde estava no mesmo livro , não podia levantar suspeitas e ela tinha que torcer para seu Leonardo esquecer desse testamento ou seu plano ia ruir como um castelo de cartas que o vento leva sem nenhum aviso.
Ela sorri para si mesma de sua inteligência, volta para a cozinha e vê Hardin reflexivo.
—No que tanto pensa filho ? — Ela senta na mesa toma um gole de café.
—Mãe as vezes ainda penso na Leticia , será que é amor ?
Rosana se engasga com o café.
—Que amor o que ? Deve ser uma paixão passageira dessas que parte como um trem , se concentre na Polly ela é rica e bonita.
—Mas ela gruda que nem chiclete.
—Paciencia , um reinado não se constrói de um dia pro outro.
—A senhora fala por metáfora , que doidice.
—Me respeita menino , eu leio livros clássico é natural que minha linguagem seja esmerada , não gosto desse linguajar de pobre.
—Mas a senhora é pobre.
—Por enquanto, agora vai para o colégio.
—Ok.
Hardin beija a mãe , Leticia chega no serviço.
—Se atrasou mulher. — Rosana diz cantando.
—O ônibus deu prego.
—Pois saia mais cedo.
—Mulher num vem encher meu saco , eu já larguei do Hardin.
—Calma Leticia, pegou ar demais , faça frango assado.
—Sim senhora.
Rosana sai , Leticia revira os olhos.
" Faça frango , que mulher chata pensa que eu não sei que tá usando o filho para ele se casar com a sobrinha do patrão , que coisa mais nojenta fazer isso , espera eu tranquei o portão lá em casa acho que sim , eu devia ter nascido rica mas se for pra ser rica igual Polly eu não quero prefiro ficar pobre mesmo , nossa o sol tá quente bem que eu podia ir para a praia.
Nada disso Leticia você é empregada doméstica tem folga no domingo acorda minha filha.
Hardin ainda te amo , talvez você nem mereça meu lindo amor "
Ela corta o frango , Rosana chega na cozinha novamente.
—Leticia vou na livraria.
—Vai no horário de serviço?
—Segura as pontas aí vai.
—Sim governanta Rosana.
Rosana ri.
—Obrigada Leticia , está tão amável parece que o sol lhe fez algum bem.
Ela sai.
***
O detetive descobre a casa que Michel vai escondido da esposa , o homem agoniado liga para ela.
Queria ganhar sua comissão rápido.
—Dona Paola , estou aqui no bairro Laranjeiras onde seu marido tá com a amante.
—Me passa o endereço.
—Ok , não se esquece de enviar o pix madame.
—Sim , só eu desliga aqui passo sua comissão apressado.
—Ei preciso pagar minhas contas dona.
—Tudo bem.
Paola desliga seu iPhone e manda o pix , depois sai correndo no seu carro esporte até o bairro Laranjeiras adrenalina percorrendo todo seu corpo , seu marido não podia lhe trair assim que descarado.
Ela chega na casa e se depara com Leonardo conversando com uma senhora de cinquenta anos , mas como assim ele não ia trair com uma mulher dessa.
Michel fica pálido , não esperava ser descoberto , sua mãe Maria ficou calada , Alda chega na sala.
—Irmão seu cuscuz com ovo tá na mesa.
Ela sorri para Paola sem nem saber quem era , mas a simpatia sempre foi sua aliada.
Alda era uma jovem simpática por natureza.
—Michel sua família é pobre ?
—Sim Paola , eu inventei aqueles pais ricos por medo.
—Se meu tio souber disso , vai te tirar da empresa.
—Ele já sabe.
Paola toma um susto senta no sofá humilde , ela via que o lugar era simplório porém bem asseado.
Ela achava que as casas pobres eram sujas.
—Paola me perdoa.
—Michel você é um Pinóquio profissional viu.
—Você vai querer o divórcio? — Ele pergunta destreinado.
—Nada disso , mas ficará de castigo vamos pra casa.
Michel apresenta sua mãe e sua irmã , Paola sorri para as duas mas não se alongou na conversa, não sabia conversar com gente humilde o que iriam conversar do preço da gasolina ?
Eles vão para a casa em silêncio, mas havia uma tensão no ar.
Enquanto isso Polly com todo seu amor sufocante foi buscar o namorado no colégio , o jovem ficou surpreso por sua atitude inesperada , seu colegas riram de sua cara pela diferença de idade , mas também por Polly ser um pouco gorda.
Hardin sempre se gabava com seus colegas de classe que sua namorada era corpo de violão, ele só não contava que a própria estivesse ali ao vivo.
—Polly o que veio fazer ? — Hardin diz faceiro.
—Vim te buscar me apresenta seus colegas.
Polly sorria como criança que viu chocolate escondido.
Já Hardin tinha uma fisionomia de quem estava com dor no estômago, ele em vez de dizer que a moça era sua namorada apresentou como melhor amiga.
Ela sentiu o peso de suas palavras.
Parece que Hardin não gostava dela suficiente para lhe apresentar como namorada.
" Ele ainda vai me amar bem muito , se ele não me amar não amara mais ninguém"
Eles entram no carro , Polly fica calada esperando que Hardin pelo menos se justificasse.
" Que babaca"
Ele olhava para a rua sentindo o vento em suas madeixas loiras depois riu.
—Hardin do que tá rindo merda ?
—Me respeita Polly. — Ele fala seco.
—Você não me respeitou , melhor amiga ? Sério isso ?
—Me pegou de surpresa , não sabia o que dizer.
—Falasse a verdade.
Os dois vão o caminho todo até chegar na Mansão trocando farpas afiadas e nada agradáveis.
Ao entrarem no recinto , Hardin disse que ia para o seu quarto e que ela não viesse atrás , o jovem estava aborrecido.
Polly vai para a sala de estar e grita alto ainda joga um quadro no chão , seu tio vê a cena e se assusta.
—Polly ficou louca menina.
—Tio estou louca de amor.
—Misericordia.
Já Leticia na cozinha ria pelos cantos ao ouvir a briga , Rosana chega da livraria e a empregada conta que Polly e Hardin brigaram feio.
A governanta bufa exasperada ,isso não era para acontecer isso atrapalharia seus planos.
—Por isso que tá alegre como tivesse ganhado na loteria.
—Acertou Rosana , vai que o Hardin me dá bola.
—Leticia não conte com isso , eles vão voltar.
Leticia mexe no arroz , Rosana bebe água rapidamente.
—Mulher tu tá vendendo o teu filho , que baixaria.
—Baixaria é viver nesse país com um salário mínimo.
—Mas e seus valores ?
—Leticia não vem dá uma de Poliana pra cima de mim pois de santa não tem nada.
Leticia ri da governanta que agora estava com uma cara triste.
Parece que alguém vai ter que unir um casal novamente.
Ou ficará sempre pobre.
***
A noite todos jantam alegremente , Michel e Paola contam da família do esposo , todos já sabiam mas fingiram que era novidade.
Paola disse ao marido que só lhe perdoou pois não era rabo de saia, ela não suporta ser traida de jeito nenhum.
Já Polly seguia com uma expressão desanimada , tentou falar com o namorado mas ele pediu um tempo de alguns dias.
Hardin queria ficar com Leticia mas sua mãe vivia soltando piadas sobre como a vida de pobre é difícil e nada promissora.
Ele nem queria sair com outras meninas parece que estava um amor pela empregada do Morro.
—Pessoal tenho um comunicado a fazer. — tio Leonardo diz alegre. — Vou passar uns seis meses na Europa esse Brasil tá muito quente e Polly cada dia mais estressada.
—Tio me desculpa me excedi por hoje.
—Eu vi , quebrou meu quadro de quinze mil reais que coisa.
—Polly irmã está ficando descompensada por causa de Hardin.
—Não se mete Paola.
—Irmã o Hardin não gosta de tu.
—Mentira.
Polly deixa a sala de jantar alterada para o quarto.
Ela ficou em dúvida se sua irmã falou por maldade ou se era uma verdade mesmo.
Se deita na cama , depois começa a rodopia no quarto o cachorro Bilu aparece e começa a latir assustado.
—Ai cachorro deixa eu dançar que saco.
Hardin vê Leticia indo embora para casa , vai até a parada de ônibus, ela toma um susto.
—Hardin o que faz aqui ?
—Eu vim te ver boba.
Ela sorri.
—Sua namorada não vai gostar.
—Eu estou com ela por causa da herança.
—Sabia.
Hardin lhe beija de surpresa, a jovem segue o beijo sentia saudades de seu toque de seu cheiro.
O casal exalava química pura.
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