Cp 11
No dia seguinte as sobrinhas De La Vega foram se despedir do tio Leonardo, ele só estava levando uma pequena mala pois quando chegasse em Itália compraria tudo novo do bom e do melhor , uma das facilidades de ter dinheiro comprar o que quer na hora que quer , alguns mortais pensam que dinheiro pode comprar tudo mas se iludem como uma miragem no mar de Verão.
Paola e Polly estavam bastante emocionadas com a distância que ia ficar do tio , ninguém sabe se as duas possuíam sentimentos genuínos ou se estavam pensando na herança num futuro próximo.
Queremos pensar que elas realmente estão sentidas em ficar longe do tio.
O aeroporto estava bem lotado , crianças corriam de um lado para o outro e as mães faziam de tudo para controlar.
Paola viu aquela cena e deu uma certa epifania.
" já pensou eu com um filho , ele seria rico e com vários presentes , espera por que eu só penso em coisas materiais que saco "
Polly vê a irmã distante enquanto o tio foi tomar um pequeno lanche no local , ela franze os olhos para a irmã.
—Paola mulher o que houve ?
—Nada , pensei que algum dia terei filhos ?
Polly riu.
—Você seria uma péssima mãe, acredite.
—Que merda Polly sempre que eu tô tentando se dar bem contigo tu vem com pedrada qual seu problema sua chumbada?
—Sei lá , acho que tô desconfiada de Alda e Hardin.
—Tá louca , a irmã do Michel é decente diferente de você.
—Como assim Paola , seja clara não entendi o quis dizer.
Paola suspira.
—Mulher tu tá comprando o Hardin.
—Ele me ama.
—Se você diz iludida do Leblon.
Polly já ia soltar uma farpada mas viu seu tio voltar do lanche, as duas sorriram forçado , Leonardo fez cara feia.
—Que risada é essa de vocês , já estavam brigando misericórdia meninas , vou para o embarque cuidem bem do meu cachorro por favor.
Ele se despede, as duas ficaram pensativas com o carinho que seu tio lhes atribuía , era um amor tocante de se ver mesmo elas sendo briguentas e acima de tudo gananciosas.
Polly disse que ia tomar um lanche.
—Polly tu come demais mulher.
—Sim virou fiscal de comida Paola , se quiser ir embora vai.
—Grossa.
—Chata vamo comer.
—Sim Polly.
Elas riram.
Enquanto isso Alda já estava impaciente de ficar numa Mansão sem fazer nada , só olhando as árvores pela janela e a piscina.
Para sair do tédio resolve varrer a sala , se admirou dos quadros famosos no alto da parede.
O sofá todo chique ela ri e cai nele com tudo e acaba peidando , o cachorro Bilu estava por perto late como se reclamasse do seu feito.
—Cachorro bravo num pode nem peidar vê se pode.
Alda ri e começa a varre cantando Bossa Nova quando de repente sua mãe chega gritando.
—Filha está louca ? Somos convidados não empregada.
—Estou entediada mãe.
—Vai pra piscina.
—Não quero , tenho medo de Hardin aparece por lá.
—O filho da governanta foi pro colégio e o que tem se ele fosse ?
—Vai que Polly ficasse com ciúme.
—Verdade filha , ela é gorda ia te pegar geral.
—Mãe que frase foi essa , que feio.
—Foi modo de dizer garota , não venha me encher o saco.
—Precisa ser mais cuidadosa com as palavras.
Maria fecha a cara , não gostava quando a filha colocava a balança moral em voga , ela não ia mudar seu jeito era assim.
—Eu não sou professora de português pra cuidar das palavras, elas que se cuidem e com licença vou assistir minhas novelas mexicana, depois de uma hora leve minha pipoca.
—Mas mãe, o almoço será ao meio dia , a dona Rosana não gosta muito quando faço pipoca.
Maria ficou exasperada.
—Filhinha se essa bruxa lhe destratar me fale.
—Ok mãe.
Maria sai , Alda varreu tudo e se senta no sofá , minutos depois Hardin chega e vê ela calada.
—Alda nem foi pro colégio.
—Vou comprar o material escolar ainda.
—Tomara que você goste de lá. — Ele sorriu , ela devolve de volta.
Leticia vê a cena e grita.
—Hardin vem aqui.
Ele se despede de Alda , ela nota que a empregada estava alterada.
" Essa mansão só tem louco , ou estão vendo coisa demais "
Alda pensava rindo.
Hardin vai até Leticia e ri.
—Que grito foi esse.
—Não quero ver você perto de Alda.
—Por que ? — Ele revira os olhos.
Leticia ficou pensando numa resposta adequada mas veio a primeira coisa que lhe veio na mente.
—Estou com ciúme.
—Pode parar Leticia se tu ficar igual Polly eu te deixo.
—Hardin não gosto de ameaças.
—Nem eu gosto de algemas.
—Mas eu quero ficar sempre do teu lado.
—Eu também Leticia , mas precisamos ter amizade fora do namoro.
—Isso dá certo?
—Na minha cabeça dá.
—Nossa que resposta feia Hardin.
Rosana chega perto da dupla , e nota algo estranho.
Eles disfarçam.
—Hardin , vai ter que esperar o almoço não vou fazer lanche nenhum.
—ok Leticia.
—Vamos parar o papo aí , Leticia vai logo fazer carne moída pois a pobretona pediu isso no cardápio. — Rosana diz com raiva.
Hardin ri.
—Filho que risada foi essa?
—Nada mãe.
—Vai lanchar menino , já tá em cima da mesa.
—Valeu mãe.
Hardin beija o rosto da mãe , Leticia vai com ele termina a carne moída.
Minutos depois , Polly e Paola voltam para a Mansão , assim que Polly adentra no local o cachorro Bilu vai lhe fazer carinho , Paola ri do cachorro todo alegre.
—Esse cachorro gosta de tu irmã.
—Sim Paola , pode deixar que cuido dele sozinha.
—Mas eu vou cuidar também.
As duas vão para o andar de cima e ficam discutindo no corredor em vozes altas uma querendo cuidar mais do cachorro do que a outra , a herança sempre deixava elas em pé de guerra tinham medo de ficar pobres.
—Polly eu vou cuidar dele já falei vai fazer tuas compras sua perua.
—E você vai pro mar baleia.
—Mulher deixa meu corpo em paz.
—Você me ofendeu sua chata.
Maria sai do quarto e vê a briga acha aquilo estranho.
—Meninas parem de brigar.
—Quem é você pra se meter ? — Polly fala inflamada.
—Eu só quero ajudar.
—Pois ajuda ficando calada.
Polly sai dançando Balé para seu quarto, Paola ri e Maria não entendi nada.
—Sua irmã é meio doida.
—Polly é temperamental mesmo.
Paola desce as escadas rindo da cena de Maria impressionada.
Ela vai para a biblioteca e começa a folhear os livros com alegria.
Amava ler , era como relaxar.
De repente vê um papel no meio de um livro com o testamento falso , o que Rosana burlou lá dizia que o cachorro ia ficar com quarenta por cento da herança.
Quem deixa uma herança para um cachorro?
Ela ficou com raiva colocou o testamento dentro do peito.
Ao chegar a noite , no jantar Paola conta a todos que no final de semana vai passar um final de semana na casa de praia com o marido em Búzios.
Michel estranhou aquela viagem repentina.
Quando chegam no quarto, ele pergunta.
—Que viagem é essa ?
Paola fica calada , ela não estava acreditando que seu tio fez isso mesmo deixar um dinheiro para um cachorro que maluco.
Ela se senta na cama.
Michel se encosta na parede do quarto, os braços cruzados.
—Fala Paola.
—Vou falar , vamos matar o cachorro Bilu.
—O que ? Ficou louca ? pra que ?
Michel se aproxima da esposa , ela lhe mostra o testamento.
Ele lê em silêncio e fica impressionado com o conteúdo do documento.
—Ai vai , seu tio ficou louco.
—Pois é, também achei isso.
—Mas como vamos levar o cachorro sem ninguém perceber ?
—Sairemos cedo de manhã cedo , todo mundo acorda tarde no sábado nessa casa, vamos ficar na casa de praia do meu tio e vamos usar o barco dele.
—Esse plano é arriscado.
—Eu sei , mas eu não vou deixar a herança pra um cachorro pulguento nem tem cabimento.
—Verdade.
Paola beija Michel. Sabia que ele lhe apoiaria em seu plano , ela não queria matar um cachorro mas isso dependia seu futuro, agora era arranjar coragem na hora de jogar o cão no mar.
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