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O medo


KAREN

Como não consegui pregar os olhos, cedo estava sentada à mesa, aguardando que Edmeia servisse o café. Ainda estava intrigada com o que julguei ser um sonho muito estranho, quando Lúcio e seu irmão entraram na sala. Lúcio abaixou o olhar assim que me viu.

- Bom dia, Dona Karen. - Lucas me cumprimentou com um sorriso largo.

- Bom dia. - Meus olhos estavam em Lúcio. A cada vez que nos víamos, ele me parecia mais lindo e sedutor. - Tomem café comigo, por favor.

Ambos sentaram e eu vi Lúcio fugir do meu olhar todas as vezes que o busquei.

- Conseguiu conhecer toda a fazenda ontem? - Lucas servia-se, enquanto, ao contrário do irmão, me fitava diretamente.

- Não. Lúcio irá me levar hoje, não é Lúcio?

Só então ele me encarou. Havia um vinco entre suas sobrancelhas.

- Desculpe, mas precisarei ir até o centro fazer umas compras.

Droga! Por que estava fugindo de mim?!

- Que ótimo! Irei com você, então. Preciso comprar umas coisinhas pessoais. - Ele não iria fugir de mim!

Lúcio não me respondeu, mas notei quando Lucas olhou para o irmão com uma expressão incrédula. Lúcio também o fitou e, então, balançou a cabeça, lutando para manter o olhar em mim.

- Tudo bem. Irei mais para o final da manhã. Passo aqui e pego a Senhora.

- Obrigada. E eu gostaria de pedir que me tratassem apenas por Karen.

Ambos sorriram, não com a mesma intensidade, mas com a mesma beleza.

Depois que os irmãos nos deixaram, ficamos apenas eu e Edmeia. Comecei a ajudá-la com a louça - apenas um pretexto para puxar assuntos tolos, até que consegui deixá-la bastante relaxada.

- Edmeia, escutou algo estranho ontem á noite?

- Não... De que tipo?

Como poderia dizer àquela mulher que alguém, ou algo, entrou em casa e me chupou até me fazer gozar alucinadamente?

- Não sei... Costumam entrar bichos ou pessoas à noite?

A bandeja de inox escorregou das mãos da mulher e espatifou no chão, espalhando restos de café e bolo. Eu a olhei, ambas assustadas.

- Tudo bem? - perguntei, genuinamente preocupada.

- T-tudo bem... - Nos abaixamos juntas, para juntar os cacos de xícara espalhados - Acho que coloquei muita coisa na bandeja.

- Edmeia... - Segurei em sua mão, quando ela apanhava o último caco. - O que há de errado com o Lúcio? Por que ele é tão arredio?

Edmeia se desvencilhou de mim e levantou-se, evitando meu olhar.

- É o jeito dele mesmo, Dona Karina. Ele sempre foi tímido.

- Edmeia, acho que ele entrou em meu quarto esta noite. Ou ele ou Lucas, mas algo me diz que foi ele e eu preciso saber.

O pavor estava estampado no rosto da mulher.

- Misericórdia, menina! Como pode ter entrado?! Eles sabem que não podem! Sabem que é peri...

A mulher estava apavorada e falava de forma estranha, como se falássemos de algo aterrorizante, e não apenas indevido, com seria um deles entrar sorrateiro durante a noite. Além do mais, havia sinais sutis e alarmantes, como seus olhos arregalados e a face pálida, que denotavam tal diferença.

- Por que perigoso? Perigoso para mim ou para ele? Acha que foi o Lucas ou o Lúcio? Por que Lúcio mal me olhou hoje, no café da manhã? Por que ele me recusa, quando está claramente me desejando?

Edmeia deu um passo para trás, ainda mais estupefata, se é que isso era possível.

- Ele é não seria tão louco... Se afaste, menina. Se ele te recusa, o melhor é deixar ele em paz.

A mulher não esperou, tomou o caminho da cozinha e quando decidi segui-la, já não a encontrei.

Algo estranho havia ali e eu precisa entender.

- Você teve um orgasmo sonhando? Amiga, já escutei isso sobre garotos, mas sobre uma mulher adulta como você?!

- Não sacaneia, Dani. Foi tão real, que estou quase certa de que não foi um sonho.

- Então, você acha que o tal gostosão, o Lúcio, pode ter entrado e feito sexo oral em você? E por que não completou o serviço, então?

- Também queria saber. Além do mais, tem o pelo, Dani... O que fazia um pelo em minha cama?

- Bem, se foi ele, pode ter sido pelo do cavalo que ele monta, que veio grudado na roupa.

É...fazia sentido. Além do mais, havia o cheiro que não me saía da memória.

- Vou ter que buscar respostas e bem rápido. Hoje de manhã quase pulei em cima dele, Dani. Acho que quero tanto que tenha sido ele, que estou começando a fantasiar.

- Está caidinha, né Kari?

- Não sei, Dani. Só sei que entro em combustão a cada vez que o vejo. Sonho com ele, quero tocá-lo a todo instante... Estou obcecada.

- Então, vá à luta. Questione, pergunte! Agarra esse homem, menina!

Rimos juntas e nos despedimos minutos depois. Precisava me arrumar e apostar todas as fichas nessa ida ao centro. Lúcio não teria escolha.

Desci as escada da frente da casa me sentindo a mulher mais sexy, poderosa e gostosa do universo. Havia caprichado no banho, na depilação, no hidratante. Usava um vestido curto e soltinho, com sandálias, e usava os cabelos soltos. Por baixo, uma micro calcinha e nada mais.

Subi em seu jipe e o encontrei de boca aberta. Bingo!

- O que foi?

Ele me olhou de cima a baixo e sorriu apertando os lábios e balançando a cabeça, como se dissesse "você não tem jeito!". Sorri de volta.

- O que precisa comprar? Terei que ir à casa de ferragens, de ração e também ao cartório.

- Camisinhas. - Pela visão periférica vi que me olhou, mas logo voltou a atenção à estrada. - Também preciso de lubrificante e uma lingerie nova. Sabe onde posso encontrar?

Quando olhei para ele, Lúcio estava rindo.

- O que pretende com isso, Karen?

- Não é óbvio, Lúcio?

Ele não respondeu. Apenas manteve seu olhar fixo na estrada. Também não retruquei. O que eu poderia dizer? Olhei as plantações ao longo da rodovia. O sol estava alto ainda, então, ergui meu vestido até quase aparecer a minha calcinha. Ele até tentou, mas não conseguiu disfarçar as olhadas gulosas.

- Aproveitando o sol. Se importa?

Ele negou com a cabeça, mantendo o sorriso debochado nos lábios.

- Qual o caso, Lúcio? Me conta... Você tem alguém? Tem alguma doença? É um psicopata? É "viado" ou ainda não se decidiu?

Ele começou a rir, mas depois ficou sério.

- Sou solteiro, não sou psicopata e muito menos "viado". Sim, tenho uma espécie de doença, mas não é contagiosa. É apenas algo que me impede de seguir com essa loucura que começamos.

Doença?! Deus do céu...

- Vai me dizer que é impotente?! Eu bem senti toda a sua vontade, quando nos beijamos em sua casa.

Desta vez, ele gargalhou.

- Desse mal não sofro, Karen.

- Então, por que diabos está me evitando? - Estávamos chegando à cidade e ele diminuiu a velocidade do carro. - Sinto que me deseja, então, por que não faz sexo comigo?

Lúcio parou o carro e me olhou por trás das mechas de cabelos castanhos e cacheados, que o vento bagunçava.

- Nunca desejei tanto uma mulher, Karen. Mas não sou como qualquer outro homem. Já lhe disse que não posso.

Sem perceber, desci os olhos para o seu sexo. Será que ele era torto ou tinha uma verruga gigante bem na cabeça do...

Mais uma vez sua gargalhada rouca rompeu meus pensamentos.

- Está louca, mulher? Tudo está em perfeita ordem aqui embaixo.

Deus do céu... A beleza e a masculinidade daquele homem me deixavam tonta. Então, avancei sobre ele, apoiando-me em seu peito musculoso e quase colando minha boca à sua.

- Então, vem para a minha cama hoje.

Imediatamente senti Lúcio enrijecer, e não foi na parte do seu corpo que eu gostaria. Ele se afastou e seu humor desapareceu.

- Por que não vamos às compras primeiro?

E antes que eu pudesse protestar, ele escapuliu do jipe e de mim.

Antes de ir às compras, passei na lanchonete próxima de onde paramos o carro. Estava calor e eu realmente precisava me refrescar. Me aproximei do balcão, pedi um refrigerante e virei de costas, observando o movimento da rua. Lúcio conversava com uma senhora na calçada oposta e eu fiquei admirando aquele espetáculo de homem. Era alto, muito alto e forte. Seus cabelos lindos iam até acima dos ombros e o sorriso iluminava tudo a sua volta. Lúcio era inteligente, um tesão da cabeça aos pés, não era rico, mas tinha sua casa e seus projetos... Como um homem desse pode ser solteiro ou, ao menos, não ter uma multidão de mulheres se matando por ele?

- Quem vê ele sorrindo assim, nem imagina, né não? - A mulher me assustou, quando colocou o refrigerante sobre o balcão e interrompeu meus devaneios.

- Está falando daquele rapaz do outro lado...

- Lúcio. Não é ele que a senhora tá aí besta, olhando?

Oi?!

- É... Acho que sim.

- Ele é um rapaz muito bonito, assim como o irmão. É realmente uma pena, se é que a história é verdade.

Virei de frente para a mulher, me debruçando sobre o balcão e sugando o refrigerante pelo canudo. Fiquei curiosa.

- Que história?

- Não sabe? Ah... Deve ser de fora, não é? - Ela fez uma cara de desdém, mas prosseguiu. - Contam as "matildes" que esses dois são amaldiçoados. Uma história mal contada, envolvendo índios. Dizem que viram vampiros, chupa-cabra, algo assim, nas noites de lua nova. Ou seria lua cheia? Não... Lua cheia é o lobisomem, não é? Enfim! Tem essa maldição e, vou te dizer uma coisa... Eu nunca vi esses dois com mulher alguma e nem com amigos.

Os pelos da minha nuca arrepiaram, pois logo me lembrei do "sonho" estranho que tive e do pelo que encontrei em minha cama.

- Você acha que são gays?

A mulher gargalhou exageradamente.

- Olha para aquilo ali, filha! - E apontou o belíssimo exemplar de macho, do outro lado da rua. Lúcio fazia a minha boca encher d'água. - Vê se aquele homem tem algo de gay!

É, precisava concordar com a mulher. Nem Lúcio e nem Lucas eram gays, definitivamente.

- E por que acha que essa maldição faz eles virarem essas coisas aí?

- Eu não acho nada. É o povo quem diz.

Paguei pelo refrigerante, me despedi e saí. Aquilo não passava de balela de gente ignorante. Coisa de gente invejosa e que, por não entender como dois homens como aquele viviam como eremitas, inventam crendices. E eu começava a me achar tão ignorante quanto.



LÚCIO

Tomava uma cerveja, sentado no carro, enquanto esperava Karen voltar das compras. Ela despontou na esquina e eu a segui com os olhos. Ela vinha segurando o vestido, que o vento tentava levantar. Seus cabelos emaranhavam e eu comecei a rir, vendo ela toda atrapalhada com sacolas, lutando contra o vento. Que pernas! As mulheres olhavam para ela horrorizadas e os homens, babando. E Karen? Alheia a tudo, completamente desligada e perdida, olhando para todos os lados em busca de onde eu havia estacionado o carro. Dei um sinal de luz e ela sorriu para mim.

Sim, sou seu salvador.

- Aqui não tem multa por beber e dirigir? - Lançou as sacolas no banco de trás e entrou. O vento subiu seu vestido, me dando a visão de uma bunda espetacular.

- Até tem. O que não tem é guarda para fiscalizar.

Karen riu e balançou a cabeça em negativa, enquanto eu manobrava o carro e pegava a estrada secundária, para fugir de uma possível multa.

- Comprou tudo o que precisava? - Era apenas uma forma de puxar conversa.

- Sim. Por que o interesse? Pensa em usá-los comigo?

Ela não perdia tempo. Se soubesse o quanto me perturbava com essas insinuações... O quanto me tirava do eixo... Talvez devesse ter um pouco mais de juízo.

- Já te disse que não posso, Karen. Adoraria, mas não posso.

Deus! Já me sentia endurecer com a simples ideia de comer essa mulher.

- Já sei... você tem uma doença, né? - Seu tom era de chacota. - Tem a ver com a tal maldição?

Meu coração deu um baque e quase parou. Olhei para ela, para saber se estava brincando, mas ela continuava séria. Voltei a mirar a estrada.

- Que porra é essa de maldição?

- Foi o que disse a mulher da lanchonete. Que você e seu irmão têm uma maldição.

- E você acreditou nessa merda?!

Karen desviou o olhar.

- Claro que não, mas queria entender. Queria entender o porquê. Não sou feia, sei que você me deseja, estou aqui, me oferecendo inteira e você, um cara aparentemente saudável, solteiro e lindo, fica aí me dizendo que não pode, sem explicar merda alguma! Você não é gay, então... Será que me enganei? Você não sente tesão por mim?

Que loucura! Onde aquilo iria chegar?

- Claro que sinto, droga! Fico de pau duro toda vez que você me olha, toda vez que me sorri... - E olhei para ela - ...assim, como agora.

Vi Karen olhar para a minha ereção e deveria me constranger, mas me excitei ainda mais.

- Para com isso, tá? Eu não posso e pronto!

- Mas quer, não quer? Eu quero, e muito!

Aquilo não estava sendo saudável. Eu estava tão duro, que me doia contra a calça jeans. O desejo crescia e ela estava ali, doida para me dar. Que espécie de louco eu era?!

- Com uma condição. - O tipo de louco que diz algo assim.

Ela deu um pulinho e sentou sobre as pernas, excitada, de frente para mim.

- Qualquer coisa!

Que merda eu estava fazendo?!

- Sem ver e sem tocar.

- Como assim?!

Eu não olhei para ela. Não queria ver sua decepção.

- Eu vou te comer bem gostoso, mas você estará de olhos vendados e, se não se comportar, também amarrarei suas mãos. Mas prometo que não vai se arrepender. -- Só então tive coragem de encará-la. Karen estava parada, olhos arregalados e boca entreaberta. - É isso ou nada, gatinha.

- Você não vai nem me explicar o motivo?

Droga! Era uma droga bem grande o que eu estava pedindo a ela, mas rezava para que aceitasse. Eu precisava ter aquela mulher do jeito que fosse.

- Não agora. Talvez depois, não sei. Mas você vai precisar confiar em mim.

Ela não me respondeu. Voltou a sentar direito no banco do carro e ficou olhando para fora, quieta, absorta. Isso me assustou. Meu coração pulava dentro do peito.

- Aceito. - Sua voz foi fraca, mas audível.

- Tem certeza? Não quer pensar mais um...

- Eu quero você e sei que não me fará mal. - E me olhou direto nos olhos, profundamente. - Eu aceito.


KAREN

Terminei de espalhar o hidratante no corpo e vesti a camisola nova que havia comprado. Minha cabeça rodava, pensando nas condições de Lúcio. Eu sei, eu estava sendo completamente louca, irresponsável e indo contra meu histórico de boa moça. Mas era só lembrar aquela boca, aqueles olhos e o corpo magnífico, para o juízo escorrer pelo ralo, como a água do meu banho.

Disse a ele que deixaria a porta aberta, mas ele me disse que deixasse apenas a porta da varanda aberta e o esperasse deitada e vendada. Honestamente vendada.

Lutei com este dilema a tarde inteira, digladiando sobre ser honesta ou não, ao vendar os olhos. Por um lado, eu estava me colocando nas mãos de um estranho, e seria prudente deixar a venda folgada. Por outro lado, se ele percebesse que eu estava sendo desonesta... Estaria tudo acabado.

Escovei os cabelos e, com mãos trêmulas, amarrei a venda bem forte em meus olhos. Engatinhei sobre a cama e fiquei sentada, aguardando. Meu corpo sofria espasmos de nervoso e o mínimo barulho me assustava. Então, senti o vento soprar mais forte e sabia que ele havia chegado.


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