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 NÁDIA

O caminho das árvores

(Presente)

Eu fui arrancada das recordações quando o vigia me cutucou as costas, instigando-me a prosseguir. Só então, eu me dei conta de que as portas do elevador comunitário estavam abertas. O sujeito me lançou um olhar exasperado. Eu até entendia o seu ressentimento. Eles me viam como uma espécie de traidora, apesar de não ter culpa do papel que me cabia naquela peça macabra.

Dei alguns passos para fora do elevador. Estremeci com o ar condicionado frio que se espalhava pelos corredores da Mirante - a colônia seis da área dois da cidade focal de Jetebha. Vivíamos tendo que lidar com tantos números, só para abreviar longas e complicadas informações... Abreviávamos tudo que tomasse nosso tempo. Como por exemplo, que o 2 representava a zona do penhasco e o 6, representava o nível de importância dos dignitários residentes naquela área da cidade... A média dos valores dos dignitários determinava o status da cidade como um todo, frente às outras cidades. Também determinava o nível de confortos que os grupos recebiam dentro da cidade. Tais como climatizadores, fornecimento de gás, fabricação de remédios, produção de alimentos e de suplementos nutricionais.

Entretanto, nenhum desses números servia para regular o climatizador da Mirante, nos últimos tempos... O ar-condicionado andava quase congelando ou quase fritando as pessoas, nos últimos tempos. Os capacetes desconfiavam que o motivo fosse a presença dele.

Ao pisar no corredor de acesso, senti uma sensível melhora na temperatura, a qual foi se tornando mais agradável a medida que meus passos me levavam para o interior do complexo... Quase como se um calor me envolvesse, espantando o frio intenso.

O guarda ao meu lado estacou na entrada.

-Só venho até aqui.

Eu não disse nada. Ele tinha razão de estar com medo. Se ousasse ultrapassar aquela linha imaginária, provavelmente sofreria consequências terríveis. Somente uma pessoa tinha permissão para entrar: eu. Enquanto caminhava, ajustei o meu "headset" no ouvido – para que Hélio ouvisse toda a conversa.

Maldito fosse ele por tornar-me um fantoche de seus planos. De repente, ouvi uma risada suave. Distingui, por instinto, que vinha da minha mente e não estava sendo captada pelos ouvidos. Ele já sabia que eu estava perto... E era quase certo de que soubesse dos meus movimentos desde o instante em que abri os olhos... Ou mesmo durante o sono. Vai saber?!

Forcei-me a caminhar. Lá fora, a vista que se descortinava era tão árida quanto bela. O corredor todo em vidro formava um túnel que provocava a falsa sensação de ser aberto, mas não era. A estrutura transparente me conduziu até a única construção que não era como as outras: tratava-se de uma forma retangular toda de vidro, com o topo fechado numa pirâmide de metal. Era chamada de "a pirâmide de aço" - o meu destino final.

O prédio resplandecia ao sol. A proteção dos vidros do túnel que nele desembocava, filtrava parcialmente o fulgor dos raios solares incidindo sobre a pirâmide, durante o ano inteiro. Nós a chamávamos de pirâmide de fogo. Tinha sido construída apenas com uma finalidade.

Engoli em seco, sentindo-me nervosa e indecisa.

Não se sinta - soou a voz cálida, em minha mente. - Você sabe que não precisa.

Eu sabia?

Respirei fundo e continuei caminhando como uma prisioneira caminha para dentro da prisão. Só que no meu caso, a prisão era eu mesma... Meus passos vigiados, uma mente dentro da minha mente... Será que algum dia eu me acostumaria?

Você quer que eu pare?

Nem respondi à voz que habitava minha mente... Eu sabia que nunca iria parar.

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O corredor envidraçado terminava numa entrada em arco, vedada pelo vidro temperado mais grosso que eu já vi nas cidades. Isso porque eles acreditavam que os poderes de Túlio não tinham efeito sobre a matéria. Mais especificamente, o vidro.

Eu suspeitava... Não, eu tinha certeza de que eles estavam enganados. Mas não me convinha dizer isso a eles. Nessa guerra, eu ainda não tinha certeza de que lado era mais seguro ficar.

Agora você me magoou... - outra risadinha suave; eu o odiei um pouco mais. Meus sentimentos estavam tão confusos. E eu o odiava por isso também.

A voz soou no ar.

-Afaste-se dela.

A porta começou a deslizar com um som seco. O guarda que permanecia postado à entrada, obedeceu e se afastou. Aliás, não pensou duas vezes em dar alguns passos para longe de mim. Eu o ultrapassei; sua expressão confusa e assombrada revelou que ele ainda não tinha se habituado à intrusão da voz incorpórea de Túlio em sua mente.

Com a abertura da porta veio uma sensação inexplicável de bem estar. O perfume de flores assaltou o meu olfato. Eu caminhei para dentro e me vi cercada por um misto de flores silvestres de cores vívidas e ondulantes. O que as fazia ondular era o ar mais puro que eu já senti. Isso me espantava (e estonteava) sempre que eu entrava lá.

Meus sentidos foram inundados com paz, calma, e bem estar. Mas eu sabia que tais sensações eram uma ilusão. Tudo o que eu estava vendo à entrada, era uma ilusão. Se Túlio quisesse, eu poderia sentir dor, medo, e desespero. Eu poderia ver e farejar podridão.

Avancei, procurando respirar calmamente e me permitindo desfrutar do bem estar que ele estava me proporcionando. O ambiente estéril do corredor interno da cúpula deu lugar a um caminho ladeado por vasos de diversos tamanhos, contendo pequenas árvores de diferentes composições.

Estas não eram parte de uma ilusão. Eram bem reais.

Incrível o que ele fez com o antigo laboratório (agora convertido em "prisão"). Ele produziu... vida. E era este dom inacreditável que encantava e frustrava Hélio.

O cientista queria saber como era possível tal coisa!

Queria encontrar uma forma de obrigar um incontrolável a fazer o que ele tanto ansiava: ajudar nossa civilização a terraformar a própria Terra. Como foi feito em O-Zaion.

Avistei pássaros revoando de um galho a outro. Alguns cantavam, outros apenas me olharam, curiosos e sem medo. Sem medo, porque se sentiam protegidos por seu protetor. O seu deus.

Eu avancei e vi as toupeiras banhando-se no pequeno açude. Inacreditável que em meio às entrâncias e reentrâncias do próprio vidro, em meio à terra chamuscada da cicatriz (que ele ordenou que lhe trouxessem), tivesse nascido tamanha exuberância.

Tamanha beleza.

Eu parei um instante para observar o cenário. Era sempre uma maravilha entrar na cúpula - tão aterrorizante quanto excitante. Mas, de repente, eu avistei as câmeras de segurança e lembrei que Hélio devia estar nos assistindo... O encantamento desbotou um pouco. Eu me virei e dei de cara com Túlio parado, perto de uma espécie de caverna que ele deve ter modelado recentemente. Não estava lá, da última vez que eu vi.

Ele parecia mais que um príncipe - um rei em meio ao seu reino. Usava uma túnica azul escura, calças de um marrom que se confundia à terra que ele modelara, e botas pretas. A túnica possuía um capuz que ele puxou sobre a cabeça, à moda de O-Zaion. Eu me lembrava bem da maneira como ele costumava utilizar seus capuzes. Estremeci com a lembrança e ele sorriu.

-Olá, Nádia. Você está atrasada.

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