Capítulo-10: Os conselhos de um sábio
Conforme todos andavam, o ar e a aparência do ambiente ao seu redor começava à mudar, a floresta foi tomando a aparência de um bosque de eucaliptos, não há mais raízes pelo chão e galhos no caminho, a relva começou à aumentar, e a luz do sol iluminava todo o local.
- Guerion, quem é esse seu amigo com quem estamos indo falar? - Perguntou Kairon.
- Estamos só de passagem, ele já habita esta floresta à algum tempo, e já o conheço à alguns anos, ele é alguém, digamos... difícil de não se notar!...
O grupo andou por mais alguns minutos até chegarem em uma clareira não muito grande, porém, não muito pequena, e no meio dela, havia uma enorme pedra diagonal.
Todos caminhavam pela clareira antes de chegarem até a pedra, mas então começaram à ouvir um barulho alto, que não sabiam de onde vinha, o vento soprava na direção deles vindo do Oeste, e de repente, saindo por cima das árvores atrás deles, eles perceberam que se tratava de uma enorme sombra de uma criatura alada, que pairava graciosamente sob à relva. A avistaram dando uma volta quase no fim da clareira e pousando sob à grande rocha, colocandoa sua pata dianteira, primeiro, e depois as outras três, fazendo com que se agachasse ao pousar.
O grupo havia maravilhado com o que estava vendo. A criatura ao erguer seu pescoço e sua cabeça, se revelou como um enorme dragão dourado, coberto por escamas que brilhavam sob a luz do sol, como joias de ouro, ele possuía asas enormes que faziam até mesmo as árvores balançarem, seus olhos eram amarelos, e no lado de seu rosto, atrás de sua boca, e por toda a sua coluna até a ponta de sua calda, haviam placas dorsais em formato de barbatanas douradas, também possuía chifres de mesma tonalidade, curvados para trás, que se estendiam desde o topo de seu crânio até para trás de sua cabeça, com as pontas do final de cada um, indo para cima, seu focinho não era longo, mas também não muito curto, sua boca era ernome, repleta de vários dentes, como as de todo dragão, as curvas de seu corpo eram graciosas, deixando a mostra cada um de seus músculos, tornando-o uma criatura de encher os olhos ao se ver.
Os aventureiros, pararam na entrada da clareira, Elria ficou atrás do trio, enquanto Guerion continuou caminhando, e chegando na metade do caminho até a criatura, ele se virou para trás, olhando para seus companheiros.
- Oque estão esperando? Este é o meu amigo, venham!
Após todos se aproximarem, o ser celeste que já havia se sentado sob a enorme pedra, os cumprimentou.
- Bem vindos, Orus, filho de Ernerius, Verina, filha de Atémer, e Kairon filho de Yererthorn. - Disse o dragão com sua voz, que era tão profunda que causava até mesmo um pequeno eco para os que estavam próximos.
- Eu me chamo Ardánar.
- Como sabia nossos nomes, e os nomes de nossos pais? - Indagou o caçador.
- Ele é um emissário dos Deuses, abençoado com o dom do conhecimento. - Informou Guerion.
- Lêathar, à quanto tempo não o vejo, velho amigo! Senti a sua presença assim que entraram na floresta. - Disse Ardánar, virando-se para o mago, o cumprimentando, acenando com sua cabeça, e que respondeu com o mesmo gesto.
- Eu sábia que estaria aqui, séculos se passaram desde a última vez que nos vimos meu caro, mas continuo em minha tarefa designada pelos Deuses. Ardánar - Disse Guerion logo em seguida - precisamos chegar até Anglerion o quanto antes, e impedir o retorno de Anrgorion.
- Não se preocupem, chegaram à tempo, os levarei em segurança pelas passagens mais curtas e seguras da floresta. O tempo, ainda há de estar ao nosso favor. Sigam-me!
O grupo foi guiado pelo dragão em meios aos vastos bosques das mais altas colinas da floresta.
Orus caminhava com Elria sentada em seus ombros, segurando em seus chifres, com Verina e Kairon ao seu lado, enquanto o caçador carregava o filhote de lobo, e todos andavam tranquilamente.
- Acha que conseguiremos atravessar o vale em segurança depois que sairmos da floresta? - Indagou a elfa.
- Eu acho que não... As forças de Lorthrion são muitas, ele tem a sua disposição um exército de Graugers, Urturians, e um reino inteiro de elfos, além de um bruxo muito poderoso! - Afirmou Kairon.
- Mas eles ainda não nos acharam, como eles fariam isso se passamos desapercebidos por onde vamos?
- Não nos acharam ainda, é só tempo até encontrarem, mas acho que não sejamos nós que chamamos tanta atenção, mas sim o que estamos carregando!
- Mas a pedra só os chamou uma vez no ataque ao meu reino.
- Exato, e estamos indo para Belorien, onde possivelmente haverá mais duas, e uma delas pode os chamar, ou as três juntas. Creio também que a qualquer momento a nossa possa os chamar novamente.
- Como assim?
- Pode ser que a magia que emite o chamado, seja tão poderosa para ser usada, que precise de um tempo para que ser usada de novo, pois demanda muita energia vital da pedra, fazendo com que ele fique sem chamar quem ela quer que a encontre... por um tempo...
- Possivelmente Guerion sabe alguma coisa sobre.
- É o que pretendo perguntar.
- Vocês estão se preocupando demais agora que temos um dragão à nossa disposição. - Disse Orus, em um tom despreocupado - vejam, temos nosso mago, o ser mais poderoso desta terra, temos vocês dois, eu, e um ser celeste enviado pelos Deuses. Se nossos inimigos aparecerem, estaremos preparados e acabaremos com eles.
- Ei, e eu? - Indagou Elria, indignada por não ter sido listada.
- A, claro, e também você e o seu lobo feroz.
Orus riu para dentro, quase como um deboche, embora não fosse para isso, mas sim, só para fazer graça, Verina deu um leve sorriso, e Elria, uma risada sutil.
- Aliás, onde estamos? E onde estamos indo? - Indagou a pequena.
- Ainda estamos nas terras de Nar-dúrian, e estamos indo rumo à um lugar muito longe ainda. - Explicou Kairon.
- Espera, então por que o dragão não nos leva voando em suas costas por cima das árvores? - Indagou o minotauro.
- Porque já corremos o risco de terem nos descoberto, não devemos piorar nossos ricos, uma vez que os espiões de Velec nos verem, iram avisá-lo, e Lorthrion virá, provavelmente com reforços. E nossa missão principal é chegar com este cristal em Belorien, então devemos manter a total descrição junto com a nossa rapidez! - Disse o caçador.
Por horas todos caminharam, até que a vegetação toda se tornasse de pinheiros, e ao anoitecer, pararam para descansar no alto do pé de uma montanha ao norte da floresta, no monte Mardrak, onde haviam as ruínas de uma antiga fortaleza, já há muito destruída pelo tempo, e em sua frente, a estátua de um antigo rei de Nar-dúrian, já um pouco destruída, pelo passar dos anos. No caminho, eles pegaram algumas frutas, e ao chegarem, Orus carregou duas ernomes pedras em cada um de seus braços e colocou-as no chão para que todos pudessem se sentar ( exceto o dragão, é claro ), o que fez Elria ficar impressionada.
- Como você consegue fazer isso? - Perguntou a pequena enquanto Vronryr estava em seu colo mordendo seus dedos.
- Meu povo é muito forte, conseguimos carregar enormes peços e jogar coisas longe com mais facilidade que os outros.
- Nossa, quando crescer quero ser igual a você hehe.
- Você pode tentar pequena - Disse o minutauro para não deixá-la triste, balançando sua cabeça para lá e para cá, rindo da inocência dela.
Guerion ascendeu uma fogueira, e logo após isso, Kairon e Verina saíram para caçar, descendo a grande colina.
Ambos ficaram à espreita, observando e esperando algum animal aparecer por perto, atrás de algumas árvores, agachados um do lado do outro. A elfa estava com seu arco e flecha em mãos, aguardando a oportunidade de ver algo se mexendo em meio a luz da lua.
- Quanto tempo levará até que algum animal apareça aqui? - Perguntou Verina.
- Alguns minutos... ou horas.
- Não seria melhor irmos atrás?
- As vezes a melhor forma de caçar, é esperar pela presa. Estamos perto de uma região com muita grama e água, os animais viram até aqui.
- Está bem... Posso fazer uma pergunta?
- Claro.
- Existem outros Erdarianos como você?
- Não mais, já se passou um eclipse desde que nasci, e nenhum Erdariano veio ao mundo.
A elfa fez as contas em sua cabeça, e mesmo pensando estar errada, perguntou:
- Quer dizer que você tem mil anos de idade?
- Mil trezentos e noventa e dois.
Verina ficou impressionada ao saber a idade de Kairon.
- Então, é verdade, a sua raça também tem a dádiva da vida eterna.
- Enquanto vivermos sim, desde o primeiro de nós, eramos onze no total, mas o meu povo não pode passar as habilidades à diante, pois elas são designadas somente à quem os Deuses escolherem.
- E não à mesmo outros como você?
- Apenas eu, os últimos alem de mim morreram lutando ao meu lado, séculos atrás, outros morreram enfrentando criaturas por aí... E o primeiro de nós, partiu em uma missão um dia, e nunca mais voltou.
- Sinto muito...
- Eles lutaram com honra e bravura até o fim! Nossa raça foi responsável por enfrentar e dizimar diversos dragões ao longo de milhares de anos, causando a quase extinção deles, matamos vários seres de imenso poder, que se ficassem vivos, destruiriam reinos inteiros!...
- Vocês salvaram muitas vidas!...
- E perdemos muitas também!...
- Me lembro de uma vez ler em textos antigos sobre seu povo, e diziam que havia um reino feito por vocês, é verdade?
- Ele ficava no Oeste... um reino construído fora e dentro da caverna de uma pequena montanha, que ficava entre Idravor e as montanhas do reino dos gigantes de Ergyri-tharion. Era um lugar onde todos nós íamos para nos reunir, buscar abrigo, refúgio, nos esconder, pedir ajuda ou então se informar sobre pistas que levassem à achar a Nar-Thron, a lâmina matadora de Deuses, a espada de Bélor.
- A espada que derrotou Arngorion... - Disse Verina com um tom de surpresa.
- Ela estava em posse do primeiro Erdariano, o qual apenas Guerion e o segundo de nós, conheceram, uma arma lendária à muito perdida, dizem que ele embarcou em uma missão com ela, e nunca mais retornou, deve ter sido morto, e perdido a espada. Eu até tentei procurar algumas vezes, mas desisti com o tempo, assim como o que fui designado ao nascer.
- E o que vai fazer caso ele volte? Seu inimigo...
- Guerion tem uma magia o qual pode o aprisionar, mas isso resultaria em ter de ficar preso também, pois para conter o poder de um Deus, mesmo que já enfraquecido, é preciso que ele permaneça lá o tempo todo. Até que chegue o fim dos dias!
- Pelos Deuses, isso é horrível.
- Mas não irá acontecer, não deixaremos que ele volte, nem mesmo que tenhamos que perder nossas vidas.
Verina sentiu um pouco de fé na firmeza da voz de Kairon, o que a animou
- Isso!...
- Ali, veja, um servo.
Verina observou atentamente.
- Consigo vê-lo!
Kairon percebeu que o servo estava distraído, se alimentando da relva, e disse:
- Pode atirar!
A elfa, mesmo no escuro, apenas com a sombra da forma do animal, disparou um tiro certeiro em sua cabeça.
Logo após Kairon pegar o servo em suas costas, ambos voltaram para a antiga fortaleza.
O tempo passou, e em volta de uma fogueira no meio de um círculo de pedras, Orus, Verina, Elria,Vronryr e Guerion, estavam todos juntos conversando entre si, no meio do enorme salão.
Orus fazia sua sopa ao lado do pequeno lobo, enquanto Verina tomava conta da pequena Elria. Guerion, estava sentado de pernas cruzadas, observando a situação.
Como a fortaleza mal possuía um teto, e muito menos uma porta, Kairon estava em uma área mais aberta e destruída, que seria a entrada, de frente ao barranco da montanha sob à luz da lua e das milhares de estrelas nos céus iluminando a noite, com sua capa ao vento e sem sua máscara, observando tudo a sua frente, a imensidão da floresta, o rio que a cortava no meio, e as montanhas negras de Iriantur ao longe no Sul, até que se virou para observar o resto de seus companheiros, neste momento, Ardánar vinha caminhando em sua direção e parou ao seu lado.
- Bonita não é? a noite... - Disse o emissário.
- Sim, é, é sim. - Respondeu Kairon sem nem olhar para trás.
- Há algo que o perturba?
Naquele momento Kairon compreendeu que mesmo que ele tentasse esconder, a sua preocupação, ele não conseguia.
- Eles conseguem seguir o objetivo, sem deixar que isso os afete, já eu, não... Sempre estive disposto a fazer tudo que fosse necessário ao caçar, para cumprir meu objetivo, mas com isso, não tenho vontade alguma, pois desisti das pessoas quando elas tiraram tudo de mim, já não reconheço mais este mundo.
- Eu sei, você perdeu muito desde aquele dia, para que pudesse voltar a baixar a guarda ou se distrair mesmo que só por um minuto, com coisas do mesmo. O que também resultou na perda de sua esperança nos outros e no mundo.
- Acha que isso é ruim?
- Em partes, sim!... Não devemos exagerar em nossas decisões, a sabedoria sempre está no equilíbrio, tanto da mente, quanto do coração...
Tais palavras fizeram com que Kairon começasse à ver valor nos seus companheiros, além de parar para pensar em como eles eram com suas ações. E não pode deixar de notar que Verina estava rindo com Elria, e ali, naquele momento, os dois se olharam, e ele reparou o quão lindo era o sorriso dela, e ela encantada por sua vez, fixou seu olhar nos olhos dele por alguns, até que voltou à conversar com a menina.
- Existem - Prosseguiu o dragão- coisas nas nossas vidas que virão, sejam elas boas ou ruins, e que regem os destinos de cada um de nós... com as ruins, pode-se aprender lições, e com as boas, podemos não só obter uma lição valiosa, como também dar o devido valor a cada momento. Porém, se nos distanciarmos demais de ambas, não veremos elas passarem, o que é algo que há de sempre de nos atrapalhar para ver aquilo que está diante de nossos olhos, e que pode ser a coisa mais valiosa de nossas vidas.
O caçador começou a sentir em seu coração e em sua mente, que aquelas coisas, estavam bem ali, diante de seus olhos, assim como já estiveram no passado, e que devido à o que aconteceu, se cegou ao ponto de não poder reconhecê-las, mais uma vez.
- Creio que sim, com o passar do dias, me pergunto se deveria mesmo encarar meu destino e fazer o que fui feito para tal.
- Os Deuses não esperam de nós a compreensão, mas sim nossa humildade, nos foi dada a capacidade de reger nossas vidas como quisessimos, e para o bem ou para mal, temos a livre de vontade de escolher quais caminhos trilhar e decisões tomar, mas isto, nunca há de nos livrar nenhuma consequência de nossas escolhas, escolhas essas, boas ou ruins. Assim como tu Kairon, filho de Yererthrom, deves decidir entre ajudar este mundo, ou perecer com ele!...
- E se eu falhar?...
O dragão ficou pensativo com aquela pergunta, até que o respondeu:
- Haverá momentos em que horas sombrias iram de triunfar sob a vida de todos, e cabaré a todos demonstrar força, e não fraqueza, nestes momentos, e enfrentá-los... pois nenhum mal triunfa sob um bem, que nunca desiste!...
E como nunca antes em sua vida, o guerreiro havia chegado à conclusão de que devia tentar começar à se dedicar a este mundo novamente.
- Em memória das pessoas que perdi, farei o necessário para salvá-lo.
- Então que todas as bênçãos dos deuses estejam sob você meu filho... - Disse o dragão fazendo referência com sua cabeça.
- Me juntarei aos outros, iremos de conversar depois!
Kairon saiu, e foi até a fogueira, enquanto Ardánar ficou ali observando a paisagem em seu lugar. O caçador atravessou o grupo em direção à guerion, e enquanto passava, Orus lhe jogou uma maçã.
- Kairon, pense rápido. - E arremessou-a em sua direção.
O guerreiro sem olhar diretamente para à fruta, a pegou no ar com uma mão. Elria ficou com um olhar de supresa, enquanto Orus olhou para ele com uma das sobrancelhas levantadas, e disse:
- Exibido!...
Um tempo se passou, e todos já haviam jantado. O caçador havia se sentado ao lado de Guerion, Quando de repente o chamou de algo que havia ouvido mais cedo.
- Lêathar.
- O que?
- Foi assim que Ardánar te chamou quando o encontramos, Leathar... oque quer dizer?
- Eu sou chamado de vários nomes ao longo da minha existência... para os elfos, sou conhecido como Vrerniars, para os anões, Nún-eborg, para os homens, Guerion, o mago mestre, e entre os deuses, sou conhecido Lêathar.
- Eu sabia dos outros nomes, mas não deste último.
- Acredite em mim, eu não ouço esse nome à tanto tempo que já não me lembrava mais dele.
- Eu entendo... Preciso que me responda, como esse cristal ainda não chamou nossos inimigos para que viessem aqui?
- O cristal contém a essência de um Deus enfraquecido, o chamado dele aos servos é uma magia muito poderosa que viaja o mundo em busca de seus lacaios para avisá-los onde ele está. E isso consome muito de sua energia vital, o enfraquecendo mais ainda, por um tempo, já que não está inteiro. Por isso este cristal o qual temos, não os chamou, ainda... posso sentir sua magia, e está muito fraca, mas nada impede que os outros os chamem, cada cristal é individual, mesmo que sejam partes de um único ser. Um deles está em minha torre, guardado por um feitiço de proteção, por isso não se manifestara lá. Devemos chegar antes que os outros dois, ou este, despertem. Pois cada vez mais, iram descobrir onde estamos.
- Orus nos levará pela melhor trajetória até Belorien, e de lá para Hellvaron, sem que os elfos negros ou Lorthrion nos atrapalhe.
- Confio em você Kairon.
- E eu em você, velho amigo.
A hora passou, e todos foram dormir, exceto Guerion e Ardánar, que ficaram ali de guarda e observando os outros.
- Acha que eu fiz uma boa escolha? - Indagou o mago.
- O minotauro é leal, corajoso e bondoso. A elfa tem as mesmas características, porém é mais gentil, traz esperança consigo mesmo com a morte de seu pai, pois sabe que não é oque ele ia querer. O caçador é obstinado, estrategista, e agora, mais do nunca sabe da importância de sua missão aqui nesta terra... sim, não havia escolha melhor!...
- E enquanto a pequena? O que é ela?
- Eu não sei dizer, mas meu coração me diz que não há maldade nela, apenas a mais pura inocência.
- O que os Deuses dizem?
O dragão então suspirou, e disse:
- Os Deuses, quase já não falam mais comigo, sinto que aos poucos, eles estão abandonando está terra, mas ainda há aqueles que estão dispostos a cuidar dela!... Irioen abençoou vocês está noite... Mas o mal se move no escuro, sinto que os inimigos se mexem no reino de Iriantur, em busca de se prepararem para vir até vocês!
- Você irá conosco?
- Sinto muito meu amigo, não poderei lhes acompanhar nesta jornada durante todo o percuso, mas tanto quanto você houve de me ajudar no passado, irei ajudar seus amigos, nos momentos que mais precisarem!...
- Agradeço...
No dia seguinte, todos seguiram até chegarem na fronteira da floresta, lugar o qual Ardánar se despediu do grupo.
- Bom, é aqui que me despeço de todos vocês, mas não se preocupem, nos veremos novamente, quando menos esperarem.
- Assim eu espero meu amigo! - Disse Guerion.
O dragão sorriu para todos e acenou com sua cabeça se despedindo e levantou voo, sumindo rapidamente nos céus.
Todos caminharam até o topo de uma pequena colina, ficando em cima de uma pedra que havia ali, se deparando com a bela imensidão de um vale repleto de colinas com pedras e que se perdia até onde os olhos podiam ver.
- Ardor... - Disse Kairon.
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