Capítulo 4 : A Rainha das Fadas de Avalon.
Não pude de deixar levar-me pela emoção de ver o meu amigo. Corri em sua direção e o abracei. O telecinético retribuiu o meu gesto com igual intensidade. Com raiva, Geraldo pergunta à fada:
— Qual é, ô dona?! Já não basta me enganar e aos meus colegas, já vem aprontando das suas...
Em tom de deboche, a fada diz ao meu amigo:
— O que foi, meu Amor? Toquei em um nervo exposto? — E caminha em nossa direção de uma forma sensual. — Quer dizer que aceitaram serem servos das Fadas? Isto é muito bom...
— Se soubesse que vocês são tão safadas, eu mesmo teria acabado com vocês na Terra. — diz ele heroicamente.
— Não teria não! Seria até mais fácil... Infelizmente, não posso usar a meu "Glamour" em vocês, pois está nas regras que nenhum membro do exército das Fadas não pode agredir ou atacar de modo físico outro mesmo do mesmo exército. Com exceção de traição ou deserção.
— Mas eu faço parte do grupo — corrijo. — Você não poderia usar qualquer feitiço em mim.
A "Fada SS" dá um sorriso e diz:
— A Rainha não o conhece como membro do grupo, por tanto poderia fazer o que quiser com você.
— Pena que não possa dizer o mesmo — diz Geraldo abrindo a palma da mão na direção da fada esperando que os seus poderes funcionem.
Porém, nada acontece.
— Viu só, gatão! — diz a debochada. — As regras valem para você também. Bem-vindos a Quarta Brigada de Infantaria Mística Lâmpada Soturna. Deixe-me que apresente, sou a Tenente-coronel Eleonora Dente de Leão, comandante desta simpática unidade. — E presta continência. — Comandante de vocês também. Vou esperar as ordens do Comando Maior para qual missão irão fazer. Até lá, Sargento Geraldo. - aponta ao meu amigo. Mostre ao novo recruta as instalações desta unidade. Por favor. — E parte.
— Sargento? Sargento?! — exclama o cara.
— Geraldo, olha! As suas roupas...
Realmente, as roupas se transformaram em uniforme militar, com direito a divisas nos braços.
— Essa não! Nunca quis ser militar! — diz ele chateado.
— Sempre há uma primeira vez para tudo... — digo tentando consola-lo. — Bem, mostre-me a unidade. Afinal, ordens são ordens. — Só aí que percebi que as minhas roupas mudaram também.
Estou de periquito agora. Três anos antes do que o oficial lá na Terra.
Não tenho nada contra os militares. Pelo contrario. Conheci um oficial da aeronáutica muito legal quando foi hospedar lá hotel da minha Mãe há uns tempos atrás. Disse coisas muito legais sobre a caserna. Admiro a disciplina e o respeito desses homens que servem para proteger o nosso país. Lógico que odeio a Guerra, como qualquer Militar, mas se tiver que pegar em armas para defender o meu País, creio que não hesitarei em fazer isso.
Mas, infelizmente, sempre haverá loucos que usarão os militares para oprimir os outros povos. E estes pobres homens terão que dar as suas vidas para acatar a vontade do líder do seu povo. Mesmo que estejam errados... Deus proteja os Militares.
Ao caminhar na unidade, noto que o meu amigo ficou um pouco magoado. Afinal, ser usado por uma mulher não é uma das experiências mais agradáveis. Para tentar anima-lo começo uma conversa:
— Valeu, Geraldo. Se não fosse por você, essa altura seria uma dessas criaturas... — E aponto para o Ogro que almoçava uma coxa de "sei-lá-o-que".
— Não se preocupe, garoto. Se comesse aquela Maçã, certamente estaria falando: "Vida longa e próspera" e mostraria a palma em "V". — E faz uma cara de nojo.
— Jornada nas Estrelas não é das minhas séries favoritas. — E rio. —Agora, onde estão os outros?
— Estão numa cidade chamada "Laddizir". Lugarzinho escroto. Cheio de figuras estranhas, porém pode-se beber e comer sem virar estas coisas horrorosas.
— Geraldo, vamos fugir daqui? Estou morto de sede e faminto. Não quero ficar preso aqui para sempre...
O telecinético não pensou duas vezes. Ativou o seu poder e voamos para fora da unidade o mais rápido possível. Em alguns minutos, chegamos a uma vila que todas as casas tinham forma cogumelo, como nos contos de fada, muito fofo. A primeira visão que tive foi a da Claudia acenando para mim. Fiquei muito feliz.
Quando toquei o solo, a gata de cabelos compridos e negros me aperta contra os seus fartos seios. (Desculpa Luiz, mas tua namorada é uma princesa!)
— Rodrigo! Puxa, eu fiquei muito preocupada! Quando soube que você nos seguiu para nos salvar... Cara, isto foi muito idiota, mas heroica — diz ela alisando o meu rosto.
— Garanto que vocês fariam o mesmo por mim — digo com o rosto corado.
Subitamente, Luiz surge em minhas costas e diz:
— Garoto, se não conhecesse, eu diria que estaria dando em cima da minha namorada...
Brincando, digo:
— Dá mole, se não pego...
Emocionada, Claudia me aperta mais ainda e diz:
— Aí, que gracinha!
Eu adorei. YES!
Em seguida, surgem os outros. Todos estavam felizes em me ver. Como é bom ser querido pelos seus amigos. O clima ficou muito agradável. Contei por tudo que passei. O grupo ficou feliz que não tinha sucumbido ao Mundo Ferie. Em recompensa, tomei uns três litros de água mineral da Terra, com direito a marca e lacre da indústria e preço colado na garrafa.
Logo, notei que todos estavam de farda, como eu, exceto a doutora Giselle.
— Ora, eu sou médica... — respondendo a minha pergunta. — O meu jaleco é Universal. Sou útil até para essas Fadas.
— Por que convidou a Marisa para auxilia-la?
— Os poderes de cura dela não funcionam para os habitantes de Arcádia. Creio que esse foi o motivo que elas não nos transformaram. Temiam que perdêssemos os nossos poderes — responde a vampira.
Observo para a Marisa e antes que a pergunte, a menina diz:
— Antes de abrir essa bocarra, vou logo dizendo que as minhas ilusões se materializam neste Mundo, eu e a Claudia somos os super-seres mais poderosos do grupo.
— Verdade — diz a gata. — O meu controle do clima aqui é muito maior do que lá na Terra. Dá a impressão que a Natureza desse lugar é muito mais receptiva aos meus poderes.
— Olha, Rodrigo — comenta Arnaldo. — Aqui nós somos invencíveis.
— Ganhamos uns artefatos que nos imuniza ante ataque de origem mística — diz Mônica. — Cara, os Gnomos estão ferrados!
Subitamente, uma fada surge no meio do grupo e diz:
— O Comando Maior está ordenando que o seu grupo esteja sendo solicitado com Urgência em uma operação militar há cento e trinta quilômetros daqui. — E presta continência.
— E ai, galera?! — pergunta Geraldo. — Estão a fim de testar os nossos poderes?
Logo, todos nós observamos uma batalha sangrenta que as Fadas estão sofrendo pesadas perdas. No fundo, é legal ver estas piranhas petulantes se ferrando. Entretanto, o motivo delas estarem nesta situação é bem plausível.
Observamos o cenário, querido leitor. O local é um grande "Canyon". Num lado, onde nós estamos e no outro uma barreira de torres que vai até onde a vista alcança. No fundo da depressão, temos um pequeno rio, creio que esteja há uns trinta metros de profundidade. Uma pequena ponte destruída que ligava os dois lados.
O cenário da batalha não é dos mais animadores. Os aviões e helicópteros são abatidos pelos raios de energia que são disparados pelas torres. A distância entre as duas margens deve ser de sessenta metros. Todas as torres são precisas. Acertam qualquer alvo que tente atravessar o abismo. Parece uma barreira intransponível, bem, parece...
— Parece difícil... — comenta Arnaldo. — Será que dá para planejar antes?
— Claro, Arnaldo! É só destruir as torres e pronto! — simplifica o telecinético.
— Grande plano, irmão! Grande plano! — ironiza Marisa.
— Tem ideia melhor, irmãzinha querida? — diz Geraldo de forma debochada.
— Eu tenho. — digo. — Creio que estas torres são capazes de nos destruir antes que começássemos usar os vossos poderes. Eu não gostaria de perder cada um de vocês. Quero leva-los de volta para casa, inteiros!
Ao dizer estas palavras, senti uma aura de cumplicidade tão grande que me tornei o líder do grupo sem que todos percebessem. Foi algo tão natural que eu mesmo fiquei surpreso.
— Marisa, os seus poderes devem ter aumentado muito. Bem, gostaria que distraíssem aquelas torres com os seus poderes. Crie algo de uma quantidade fora do comum. Consegue fazer isso?
— Beleza! Vai ser moleza! — diz a mulher de azul.
— Geraldo e Claudia! Vocês vão destruir as torres. Não economize poder, destrua tudo.
A dupla concorda.
— Paul. A sua função é de construir a ponte, para que os vampiros e o Arnaldo entrem e derrotem a infantaria inimiga. Obvio que há um comitê de boa vindas.
Todos concordam. Subitamente alguém pergunta:
— E eu, Rodrigo? — pergunta Mônica.
Dou um sorriso e respondo:
— Alguém tem que me proteger, não é verdade?
A russa dá um beijo no meu rosto.
— Com a minha vida, senhor. — diz a mulher.
Repassamos o plano e executamos com maestria. Foi perfeito. As ilusões da Marisa deixaram as torres confusas. Afinal, neste Mundo, as ilusões dela têm substância. O poder de Geraldo é impressionante! Nunca vi algo tão destruidor. A Claudia também. Os raios e tufões destruíram as torres como castelos de cartas. A ponte do canadense foi uma obra prima da engenharia. Foi perfeito para passar as tropas pesadas e resistir um ataque eventual. O trio de "Monstros" foi assustador. Nunca vi tanta sanguinolência. Por curiosidade, queria ver como os meus olhos um Gnomo. Por isso pedi para a Mônica que pegasse um. E assim foi feito.
A criatura é feia. Além de ter uma pele escamosa e enrugada, eles usam um elmo na cabeça e uma armadura blindada. No combate, vi transformando uma energia amarela em diversas armas antigas, com espadas, tridentes, cimitarras, etc. Eles são mais baixos que um humano normal e mais truculento. São verdadeiras maquinas de combate. Impressionante.
Depois que "pacificamos" o local e atravessamos o "Canyon", as Fadas comemoram a façanha. Algumas choravam, outras gritavam, umas doidas beijavam o chão e todas elas pegavam pedaços das torres como lembrança da maior derrota Élfica dos últimos tempos. Lógico que nenhum de nós comungou com a mesma alegria. Estávamos felizes que o nosso plano deu certo. Para as Fadas, somos heróis. Obvio que seríamos condecorados pela rainha das Fadas. Finalmente, nós conheceríamos a responsável por toda essa guerra nojenta.
Esperamos toda a praxe daquele ritual de ostentação das Fadas. Elas mostravam preocupação pela ideia que a sua rainha irá visita-las. Os oficiais limpavam as fardas e poliam as medalhas. Subitamente, as aias da corte das Fadas começaram a nos arrumar. Odiávamos estas cerimônias, porém era a única maneira que tínhamos para retornar aos nossos lares. Aceitar o jogo.
A noite chega. As fadas ficam mais agitadas. A segurança triplica. Os soldados ficam mais atentos e mais truculentos. Acho que todos querem mostrar serviço para a sua rainha. Logo, a sua apreensão termina. A carruagem real chega à ponte e atravessa. Todavia, a rainha não estava no veículo, mas sim, em um cavalo que estava mais a frente. Medida de segurança.
Todos nós observarmos a tal rainha descendo do seu cavalo. Ela é uma mulher baixa. Não uma anã, mas baixa, um metro de cinquenta e oito, por aí. Os cabelos negros e muito compridos quase arrastando no chão. Não vimos a sua coroa, mas há uma tiara dourada com uma Lua crescente em sua testa. As suas roupas negras destacam a beleza do seu corpo, através de um vestido longo e suas mangas longas tipo boca de sino. Apesar de tudo, ela é uma mulher imponente e bonita. Uma coisa tem certeza, ela é uma sacerdotisa.
— Então são vocês os chamados "Bruxos de Laddizir"? — pergunta a rainha das Fadas. Foi um ato épico e lendário que fizeram... Todas as Fadas estão em debito com vocês.
Abusado, Geraldo pergunta:
— É mesmo? Que tal pagar este "debito" com a nossa volta para a nossa casa?
— São bem humorados... — comenta a rainha. — Gosto deste chiste. Acho que o Comando Maior irá estudar o seu pedido.
Política. Típica criatura que mata sorrindo.
— Agora, vamos à cerimônia de condecoração... — diz a chefe de cerimônia.
Logo, ficamos aturando, por horas, aquela papagaiada toda. Medalha para todos, festas para elas, comida enlatada para gente e a puta real beijando o chão conquistado pelo nosso suor. Como a maioria dos tiranos.
Ficamos todos isolados da festa, olhávamos aquelas doidas bebendo e comendo como loucas. A rainha era a única que mantinha a postura e conversava com outras Fadas cheias de medalhas e ornamentos. Acho que era o tal Comando Maior...
De repente, Mônica chega até a nós com uma novidade. Eu não acreditei quando ouvi.
— Ei, galera! Sabe que é a "nossa rainha"?
Curiosos, perguntamos quem é:
— Morgana Le Fey lhes diz alguma coisa? — diz empolgada.
Mitologia Céltica. Era só que me faltava.
— Aquela da história do rei Artur? — pergunta empolgada Marisa. — Que legal! Vocês leram a Brumas de...?
— Marisa, menos... — censura Arnaldo. — Nós não devemos confundir a Mítica com essa. Nós não sabemos que tipo de pessoa ela é.
— Só digo uma coisa — diz Geraldo. — Ela é escrota! A mulher é muito sebosa!
— Ela pode ser sebosa, mas lidera as Fadas — lembra o vampiro. — Ela que determina as ações delas. Talvez ela que ordenou o nosso sequestro. Pode ser que ela possa nos liberar e devolver-nos ao nosso Mundo — diz frisando o pronome ela.
Maldoso, Geraldo faz a proposta indecente.
— E aí, você transava com ela?
— Vai a Merda, Geraldo! — ofende o vampiro.
— Puxa, cara! Estamos sensíveis hoje?! Sabe como é, Luiz... Tu és o gostosão das meninas, daí...
— Pare de trata-lo como um animal reprodutor, picolé! — diz Marisa.
Picolé é o apelido que o grupo deu ao Geraldo, pois devido ao seu poder o telecinético desenvolveu uma invulnerabilidade ao calor e ao frio. Mas raramente os outros dizem a ele, temendo uma reação inesperada do cabeludo. Afinal, o sujeito é perigoso. A única que tem coragem para dizer tal apelido é a sua ousada irmã.
— Ora, Marisa... — diz Mônica venenosa. — O rapaz tem inveja do charme do vampiro. Ele não é lindo, maravilhoso, espetacular, uma perdição de homem e coisas afim...
A namorada do vampiro fica com uma cara de poucos amigos.
— Pare de elogiar o Luiz — alerta a doutora Giselle. — Sabe muito bem que a namorada dele não gosta disso. Além do mais vamos respeita-la.
Todos ficam em silêncio e chocados.
Surpresa, a vampira responde:
— O que houve? Disse algo comprometedor?
— Não, doutora — respondo. — Foi à coisa mais sensata que todos disseram até agora. Só isso.
A canadense sorri e tira de um isopor o seu saco de sangue.
— Bem... Saúde a todos. — E bebe o líquido vermelho.
Vendo-a fazendo isso, revira-me o estômago.
No dia seguinte, um agrupamento composto de trinta militares avançou por quatrocentos metros em território inimigo. Nós, claro, na frente. Somos o escudo dessas piranhas. Ah! A Vaca Real deu o fora dali, rapidinho. Como qualquer tirano...
Houve alguma resistência, mas não durou muito. Somos invencíveis. Ou era que pensávamos. Pois, depois de algum tempo, os Gnomos desenvolveram algumas técnicas de contra-ataque, como, por exemplo, cortinas de fumaça que impedia a nossa visão. Por causa disso, muitas Fadas pereceram. Todavia, nenhum de nós sofreu qualquer tipo de acidente. (Diga-se ferimento de qualquer espécie.) Afinal somos super-seres e temos meios de nos defender. Até que um dia, os Gnomos conseguiram uma importante vantagem em suas táticas de guerrilha. Separar-nos.
Foi sutil, mas brilhante. As Fadas e seus aliados, sem o nosso apoio, eram facilmente derrotadas. Além da vantagem de estarmos em terreno inimigo. Eles conheciam cada palmo daquele chão e nós não.
Numa dessas operações, eu e Mônica estávamos longe do resto do grupo. Estávamos perdidos, próximos de um precipício e sem qualquer ideia de direção de onde irmos. Só ouvíamos o barulho as folhas balançado e roçando umas com as outras. Sinal de tropas inimigas aproximando. Mônica foi vitima de um feitiço que impedia de usar os seus poderes. (Está certo que não tinha muito efeito, mas deixava a russa muito cansada e dolorida devido a ele.) Num momento de desespero, a mulher usou os seus poderes de esticar os braços e tentou atingir os seus oponentes. Teve sucesso, mas por causa do feitiço ela desequilibrou e caiu no precipício. Mônica ainda tentou agarrar alguma coisa, porém foi tudo em vão. Além do mais, em sua vã tentativa de se salvar os seus imensos braços de "borracha" esticada me levam para o fundo do abismo. Pensava que era o meu fim. Logo perdi a minha consciência.
Minutos mais tarde, recupero a minha consciência. Bem, creio que não morri, pois tenho dores em minhas costas e ouço ruídos de Dragões ao longe. Noto que estava deitado em uma cama improvisada feita de folhas enormes. Ao meu lado estava Mônica, ainda inconsciente, deitada e com um pequeno pano em sua cabeça. Percebo que tenho o mesmo pano em minha barriga. Fomos cuidados por alguém, mas por quem?
Logo as minhas perguntas seriam respondidas.
No meio da mata, escuto ruídos de folhas. Espero ansioso. Todavia a minha ansiedade termina quando vejo quem tinha nos salvado e acredite leitor, nunca imaginei quem era o nosso herói, ou melhor, heroína.
— Olá, Rodrigo. O que faz neste Mundo maluco?
Além da minha incredulidade, a minha visão do paraíso era tê-la cuidando de mim e é o que acontecia. A mulher mais bonita que já vi até hoje. Cuidando de mim. Os seus longos e sedosos cabelos loiros, o seu rosto angelical, seu corpo que é pura perdição. É Afrodite encarnada diante de mim. A diretora da empresa que trabalho. Sim, é ela mesma! Gabriela Lira. Cuidando de mim! Tô no céu! YES!
— Eu que pergunto o que faz aqui?!
— Estava em meu iate, no Caribe, uma névoa envolveu o meu barco e aconteceu. Estou aqui neste Mundo maluco. E você, Rodrigo o que aconteceu?
Puxa vida! A minha diretora favorita, esta Deusa Grega sequestrada por aquelas Fadas malditas. Pobrezinha. Tenho que dizer toda a verdade para ela. Serei o seu herói e meus amigos têm que ajuda-la a voltar ao nosso Mundo.
— E uma longa história, Gabriela... — E os seus olhos verdes brilham ao ouvir a minha narrativa.
Conto tudo para ela, como paramos ali, o nosso grupo, o que somos e os planos das Fadas, etc. Disse tudo e mais alguma coisa. E a loira, em silêncio, ouvindo tudo e cuidando da Mônica. Depois de ter dito tudo que sabia para ela. A loira se levanta e diz:
— Puxa, Rodrigo. Você é muito corajoso. Lutar tanto para salvar os seus amigos... Digamos, super-seres, não é?
Envergonhado, digo que sim.
— Morgana Le Fey é muito esperta em usa-los. Eu mesma não teria ideia melhor...
— Por que está dizendo isso, Gabriela? — pergunto.
Aos poucos, a Deusa se afasta:
— Porque, querido, você me deu toda a informação que precisava para saber quem são os "Bruxos de Laddizir". Afinal, garoto. Eu sou a sua diretora. A sua chefa. Sou eu que dou os cheques para o hospital que sua querida Mãezinha está sendo cuidada. Sou senhora de tudo que conhece no seu Mundo e a líder da resistência da tirânica sacerdotisa de Avalon neste. Sou conhecida pelos Gnomos como Lady Lira, a Rainha dos Gnomos. E você está preso... Sem ressentimentos, não é nada pessoal. — E sorri.
Subitamente percebo que estou cercado de muitos Gnomos, muitos mesmo.
Daí exclamo:
— Ô Merda!
Fim do capítulo 4.
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