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Capítulo 9


Quando finalmente recobri a consciência, estava ainda no mesmo lugar na floresta, ao lado do Capitão. A tarde já despontava em seus últimos raios de sol no horizonte e eu estava sozinha. Pelo menos, entre nós dois, era a única alma viva naquele local.

Ouvi um farfalhar distante e alarmada tentei avistar de onde vinha. Peguei a arma que o Capitão Reagan carregava e fiquei a espreita de qualquer mal. Tinha que cumprir a minha promessa e tentar viver o máximo que podia com todas as minhas forças.

Com um alívio que não cabia em mim, percebi que era Liam que vinha.

Tentei me levantar do chão para abraçá-lo e chorar em seus braços, aliviada de que ele estivesse vivo, aliviada de que de alguma forma eu estivesse viva, mas não consegui. Minhas pernas estavam moles demais. Eu estava mole demais.

A segunda coisa que vi naquele dia foi Liam olhar o Capitão Reagan e cair de joelhos sem acreditar.

E da mesma forma que eu sofrera com a morte daquele homem, Liam também sofreu.

Abraçou o seu capitão enquanto chorava como uma criança que vê o pai morto. Senti mais lágrimas se acumularem no canto dos meus olhos imaginando se talvez não fosse exatamente isso. Sem uma figura paterna, já que a sua tinha morrido, talvez ele tivesse visto o Capitão Reagan como o pai que de certa forma não teve.

Liam soluçava agarrado ao Capitão, em um choro convulsivo que muito me emocionava. Esperei que ele extravasasse toda a dor que sentia enquanto continuava pensando na maldição daquela guerra e na quantidade de pessoas que injustamente morriam nela. Com lágrimas nos olhos murmurei:

― Eu sou grata por ele e por Gus por de certa forma me salvarem. Ele te falou para te dar isso. Disse que era para Katherine e que você ia entender. ― Estendi a carta manchada com gotículas de sangue coagulado e amassada entre meus dedos.

Liam limpou algumas lágrimas que escapavam copiosamente e pegou a carta das minhas mãos assentindo. Voltou a encarar o Capitão Reagan e verifiquei que ele rezava pela alma do Capitão.

― Senhor Deus, recebe esse seu filho amado que terminou a sua jornada terrena. Auxilie-o para que ele tenha um descanso merecido depois de ter lutado para salvar tantas vidas. Oh, Deus, peço também que o senhor me auxilie a sobreviver para que eu possa ajudar a família dele também a sobreviver. Cuide de Harry e Katherine, senhor. Meu Deus, meu pai, tu conhece o coração do seu servo fiel. Não nos abandone também nesse momento de agonia. Mesmo que tudo pareça tão obscuro que eu não consiga enxergar sequer o que vem pela frente, dá-me forças senhor para passar pelo que deve ser passado, e por enfrentar qualquer tempestade que vem pela frente. E obrigado senhor por Luísa ao menos estar viva. Amém. ― Apertei um lábio sobre o outro. Era uma oração muito bonita.

― Eu juro que tentei... ― Consegui dizer num fio de voz.

Quando Liam virou para mim o rosto, ainda haviam lágrimas querendo escorrer dos seus olhos, mas ele me lançou um sorriso fraco e assentiu como se me compreendesse.

― Se vocês não estivessem aqui, eu não saberia por onde procurá-los. Quando ouvi as notícias de que teve um assassinato em série em parte do caminho de vocês... Eu estava perto. Eu vim correndo. ― Concordei com a cabeça. Acreditava veementemente que ele tivesse feito isso mesmo.

― Eu não acredito que você está aqui... ― Liam meneou a cabeça num gesto afirmativo.

― Precisamos seguir para a capital.

― Você não pode! Vai deserdar assim. ― Ele deu de ombros.

― Preciso concluir a última missão do meu capitão. Eu não me importo, Luísa.

― Mas eu...

― Não precisa se preocupar, lá eu consigo me virar. ― E embora eu desconfiasse de que Liam estivesse mentindo para me fazer ficar bem, eu concordei somente para acabar com aquela discussão.

― Eu odeio tudo isso. ― Disse olhando para o Capitão Reagan morto. Liam concordou suspirando.

― Todos nós odiamos. Mas a floresta é um local perigoso. Por enquanto você teve sorte, Luísa, mas precisamos sair daqui imediatamente.

― Mas e o capitão? ― Disse alarmada. Liam suspirou.

― É uma decisão difícil, mas estou mais preocupado que você não morra. Esse braço sangrando e a fraqueza excessiva. Precisa de cuidados. Precisamos de um lugar calmo para isso. ― Concordei.

Não queria me desvencilhar do que outrora era o corpo com vida do capitão, mas por hora concordei. Liam amarrou um pano no meu braço para parar o sangramento que havia recomeçado por eu tentar me movimentar do chão e me pegou colocando nas suas costas. Passei os braços pelo seu pescoço e encostei a minha cabeça no seu ombro sentindo, de repente, mais sono.

― Descanse um pouco, Luísa. Temos uma grande caminhada pela frente.

E enquanto andávamos, me senti sendo verdadeiramente ninada. Não muito tempo depois, fechei os olhos e decidi dormir.

Só acordei bem a noite quando entramos numa gruta. Liam colocou a mochila e a arma e acendeu um mini fogo que disse que não poderia ficar muito tempo pelo risco de sermos pegos. Passou então a cuidar do meu ferimento, concentrado, enquanto eu encarava os seus olhos brilhando pelas chamas bruxuleantes do fogo.

Estava aliviada de que Liam estivesse vivo e na minha frente. Por um momento, achei realmente que não mais o veria. Lembrando do seu presente de despedida, tirei a bíblia de dentro do bolso da camisa só para me surpreender ainda mais.

A bala que havia provavelmente transpassado Gus, só não tinha me transpassado por conta da bíblia de Liam que havia a segurado por entre suas folhas. Analisei, estupefata, o furo e o local onde a bala estava amassada por entre as folhas. Liam parou de cuidar do meu ferimento no braço para também olhar a bíblia.

― Realmente, Deus foi teu escudo, Luísa. ― Ele disse sério, como se desse conta só naquele momento que eu poderia muito bem ter morrido. Engoli em seco.

― Eu diria as leis da física, mas você também está certo, Liam. ― Ele sorriu tentando não rir da minha tentativa de piada.

Depois de amarrar um pano limpo no meu braço, Liam apagou o fogo. Agora no escuro total, eu me sentia mais alarmada, como se a morte estivesse somente à espreita. Liam pareceu perceber o meu medo e se aproximou de mim.

― Não tenha medo, Luísa. ― Revirei os olhos.

― Duas pessoas morreram de forma direta por mim.

― E muitas pessoas vão continuar morrendo. Por que a Guerra é assim. Infeliz. Pessoas morrem. ― Disse Liam sério.

― E você continua com sua fé.

― Vai me dizer que você não foi nem um pouco tocada pela minha fé com essa bala no meio da bíblia? ― Acabei rindo e concordando.

― Tudo bem, você venceu. Talvez eu tenha sido um pouquinho tocada sim.

Silêncio novamente, embora agradável. Conversar com Liam fazia com que os medos pouco a pouco diminuíssem e perdessem significância.

― Gostaria de dividir como foi? ― Ele me perguntou depois de algum tempo.

E então eu passei a contá-lo. Não sabia o quanto estava precisando dividir os momentos de puro terror até o momento que abri a boca e não parei um segundo sequer de falar. Liam era um bom ouvinte. Em silêncio, ele ouvia, falava poucas frases me incentivando a continuar e meu coração se liberava pouco a pouco da dor de ter perdido pessoas.

― Vamos orar pelo Gus também. Que tal? ― Perguntou Liam sorrindo. Concordei com lágrimas nos olhos.

― Gostaria de tentar dessa vez? ― Ele me perguntou. Sem muito pensar, assenti.

Alguns segundos depois, respirei fundo e decidi, timidamente, falar em voz alta com Deus pela primeira vez desde que estivera no passado. Liam apenas ouviu.

― Deus, peço para que o senhor proteja o Gus. Ele era só uma criança. Peço... Peço para que ele encontre a família dele, se ela já estiver aí no céu. E que ele possa ser muito feliz. Eu realmente agradeço por ele ter salvo a minha vida. E o senhor também. Obrigada por tudo... Amém.

― Amém. ― Disse Liam sorrindo. ― Foi muito bom, de verdade Luísa.

― Pare de rir. ― Ele não estava rindo, mas eu falei só para fazê-lo sorrir ainda mais.

― Vamos descansar, Luísa. Amanhã teremos uma longa caminhada e, se tudo der certo, em dois dias estaremos na Capital. ― Concordei me recostando na parede da gruta. Estava realmente cansada.

― Obrigada por vir ao meu socorro, Liam. ― Disse antes de dormir.

― Obrigada por não ter desistido de lutar pela sua vida e continuar viva, Luísa. ― Ele murmurou me fazendo sorrir.

Até que eu estava conseguindo cumprir a minha promessa de me manter viva e salva.

Oi Oi gente!
O conto tem 15 capítulos, então estamos nos aproximando do fim! Os capítulos também ficarão um pouquinho só maiores por conta disso, não muita coisa não!

Bjinhoos
Diulia.

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