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Capítulo 11


Passamos pelo Palácio de Buckingham, a Abadia de Westminster e agora estávamos caminhando pelo parque St. James como vários outros casais e pessoas apressadas seguiam por ali. Liam tinha me oferecido o braço e estávamos andando juntos e calmamente enquanto uma brisa fraca e um tanto gelada anunciava com gotículas de água a chegada da chuva.

― Agora Londres está um pouco cinzenta, triste, e não é somente pela chuva que está chegando. Você sabe... ― Liam deixou a frase no ar.

Infelizmente, eu sabia. Se ainda doía pensar em todos os que eu mal tinha conhecido e perdido para a maldita guerra, não conseguia nem pensar como era dolorido para quem tinha perdido o irmão, os pais, o marido...

― Mas vai melhorar. Prometo na próxima vez te levar para ver mais coisas. Tem muita coisa ainda para você conhecer hoje. ― Concordei sorrindo.

― Isso é uma promessa, tá bom? ― Liam concordou meneando a cabeça.

Estávamos seguindo em direção a blue bridge e seguiríamos até a Trafalgar, um dos milhares de pontos da cidade que Liam queria que eu conhecesse. Contudo, a chuva começou a cair firme e forte e Liam abriu o guarda-chuva me abraçando novamente para que coubéssemos dentro do guarda chuva. Ele não tinha um cheiro característico, mas talvez por todos os percalços passados, ele sem dúvida alguma exalava conforto.

Quando finalmente chegamos na ponte azul, ela estava quase que vazia, com um ou outro que como nós estava de guarda chuva, aproveitando para encarar as águas logo abaixo de nós. A maioria estava correndo tentando sobreviver a enxurrada.

Paramos bem em meio a ponte e eu aproveitei para encarar as águas tranquilas e as árvores retorcidas na outra margem indicando o inverno que chegava. Liam aproveitou para ficar em silêncio, refletindo sobre algo que eu realmente não sabia. Aproveitei aqueles breves minutos para pensar sobre a minha vida.

A verdade é que minhas bases estavam mudando desde que eu chegara em pleno século XX, mas, sem dúvidas, o grande responsável por isso era Liam, que não havia saído de perto de mim, que continuava me protegendo mesmo não sendo sua obrigação, como ele tinha feito com tantos outros, como o Capitão Reagan e Hebert mencionaram. Liam podia ser até acusado de deserdar, mas queria me ver chegar em segurança, mesmo que nós dois não soubéssemos direito qual seria o meu futuro dali para frente.

E se tudo desse certo, em algum momento naquele dia ou no próximo eu acordaria como se tudo não tivesse passado de um sonho, no meu verdadeiro século, sem Liam, sem Capitão Reagan, sem Hebert, sem Gus, sem ninguém. Retornaria para a vida solitária que eu mesma cativava, mas que agora, parando para pensar, nunca tinha conhecido ninguém em porte sequer similar de todos aqueles que eu tinha conhecido em pleno ano de 1918.

E embora eu não quisesse ser torturada, não quisesse mais a hipótese de perder Liam, uma parte do meu coração começava a ansiar por uma vida onde eu pudesse ficar ali, ao lado de Liam, sem intempéries, com amigos de verdade... Com... Com alguém que estava pouco a pouco tocando o meu coração.

E isso era tão errado!

Mas aparentemente meu coração já não estava mais conseguindo separar amizade de... amor?

Arregalei os olhos. Aquela era uma confissão até inusitada para mim mesma. Balancei a cabeça em negação. Não podia ser verdade. Quer dizer... Meu coração estava falando que era verdade, mas ele não podia pensar isso! E porque? Bom, porque Liam... Liam continuaria no passado enquanto eu... Eu...

Sem perceber, lágrimas começaram a descer. A verdade era um golpe duro e frio na minha barriga me fazendo acordar daquele sonho que poderia ser bonito, se não fosse trágico. O futuro não era nem um pouco animador e, o pior: Eu não fazia ideia de em qual deles eu poderia sofrer mais.

Se eu fosse embora... Bom, se eu fosse embora, eu sofreria amargamente por um homem que provavelmente já estará morto quando eu estiver com 18 anos, não que seja uma ideia animadora namorar um homem centenário, por mais que eu o tenha conhecido no passado. Pode ser que eu sobreviva à dor de um coração partido do primeiro amor? Provavelmente sim, provavelmente viverei sozinha até o fim da minha vida, ou com alguém, mas com Liam sempre no coração, mas ainda havia a tal doença hereditária que eu poderia desenvolver, outra ideia ainda pior para um futuro desgastante, sem com quem contar, sem esperanças de um futuro melhor...

Mas eu podia ficar... Bom, se eu ficasse, conviveria sempre com a ideia de que vi o futuro ou, ficaria todos os dias com medo de abrir os olhos e descobrir que fui teletransportada para o futuro sem vontade. E, pior, teria que enfrentar um comissariado estressado, sabendo que daqui alguns anos a Europa vai estar em Guerra novamente e tentando viver com a ideia maldita de que se Liam não fosse morto por deserdar na primeira Guerra, ele teria muitas chances de morrer na segunda que logo viria. Isso, claro, contando com o fato de que eu sobreviveria caso fosse pega e torturada.

Nenhuma ideia era animadora.

E meu coração se apertava sem saber o que escolher.

― Está tudo bem? ― Me perguntou Liam. Tentei sorrir e menear a cabeça.

― Sim.

Mas não era verdade. Eu tinha acabado de descobrir o quanto gostava de Liam e isso doía demais. A vida era uma droga.

― Estava querendo visitar a Senhora Katherine para entregar a carta do Capitão. ― Concordei sorrindo fraco.

― Vamos.

Não fazia ideia se havia um profeta ou alguém da bíblia que tinha voltado ao passado e sofrido por um amor, mas certamente eu estava com o coração em frangalhos na tentativa de esconder um sentimento que pouco a pouco brotava em mim.

*

Katherine chorou, Harry, um menino de sete anos, correu para o quarto e se trancou lá para chorar. Com a comida escassa, a mulher nos ofereceu um pouco de batata com ovos o que aceitamos porque já tinha passado da hora do almoço e estávamos famintos.

― Ele está com Deus, Senhora Katherine. Ele está bem. ― A mulher concordou fungando.

― Ele me escreveu contando que você o tinha salvo. Você é um bom menino, Liam. Eu acredito mesmo que o meu Thomas está bem lá no céu. ― Aparentemente Reagan era o sobrenome com o qual Thomas lutava.

A conversa era bem íntima, mas Liam conseguiu conversar com Harry e fez até o menino sorrir contando as aventuras do pai – de uma maneira bem aumentada, é claro – explicando como o pai dele tinha sido um grande herói. Harry riu e sorriu banguela quando Liam apontou para mim.

― Essa princesa estava em perigo e precisava voltar para Londres e então Capitão Reagan saiu em resgate! Ele escondeu a princesa e matou toda uma cidade de alemães. ― Harry arregalou os olhos tomado de surpresa.

― Tipo uma cidade como Londres? ― Liam concordou com a cabeça.

― Tipo uma cidade como Londres! Ele inclusive foi chamado por Deus por isso. A morada dos heróis é no céu, sabia Harry? ― O menino parecia estupefato ao descobrir isso. Felizmente, diminuía um pouco a saudade que provavelmente ele sentia do pai morto.

― Sério?

― Sim! E lá no céu ele foi recebido pelo maior dos Reis: Deus. ― Harry tinha os olhinhos brilhando.

Katherine sorriu e chorou mais um pouco ao ver que o seu menino se acalmava com a esperança de ficar adulto, fazer grandes feitos como o seu pai e então, enfim, encontrar o seu pai nesse tal de céu para ser recebido pelo maior Rei do mundo. Liam tinha uma grande lábia e falava tão lindamente que até mesmo eu quase acreditava em suas palavras.

Quando saímos da casa da esposa de Reagan, precisei limpar algumas lágrimas que também queriam escapar dos meus olhos ao lembrar da morte do homem que me salvou e também de Gus, uma criança que não merecia nada do que passara.

Percebendo que eu estava um tanto instável, Liam ofereceu o braço para que eu me apoiasse e assim eu o fiz. As ruas estavam mais desertas. O medo da noite, de bombardeios e explosões fazia com que a maioria se refugiasse dentro das próprias casas. Eram poucas as pessoas que se arriscavam a ficar nas ruas. A grande maioria eram soldados fazendo ronda pelas ruas principais da Capital.

― Amanhã teremos que apresentá-la ao comissariado. ― Começou Liam fitando os grandes faróis que perpassavam Londres. Suspirei.

― Eu sei.

Não falamos mais nada até estarmos de frente a um grande prédio de janelas venezianas. Liam me acompanhou até a entrada. Um homem fumava em pleno recinto fechado! E ao nos ver, sorriu amarelo enquanto perguntava todo cortês:

― No que posso ser útil para vocês?

― Você teria dois quartos bem baratos para passarmos a noite? ― Perguntou Liam e para minha nova surpresa, ele tirou algumas moedas e colocou em cima do balcão. De onde aquele dinheiro tinha aparecido?

Vendo que eu fitava as moedas de forma confusa e aparentemente lendo os pensamentos que passavam pela minha mente, Liam logo me respondeu:

― Rosalinda me emprestou. ― Assenti. O fumante recepcionista pigarreou para nos chamar a atenção e falou:

― Infelizmente, estamos lotados. Sabe como é... Muitos imigrantes fugindo da guerra, está bem cheio. ― Ele sorriu amarelo. ― Mas ainda tenho um quarto de solteiro, se interessá-los. Infelizmente, é o último. Não temos nem quarto de casal, tampouco dois de solteiro. ― Liam suspirou.

― Por favor, nos dê esse então. ― Ele retirou algumas moedas e o recepcionista assentiu todo solícito.

― Quarto 307, só subir as escadas. ― Liam pegou as chaves.

Ainda estava confusa sobre o dinheiro, porque não tinha me tocado que o quarto era de cama de solteiro até o momento que Liam abriu a porta e eu encarei um quarto bem simples com apenas uma cama de solteiro grudada na parede. Encarei Liam pensando o que ele queria dizer com aquilo, se era um convite para nos apertamos numa cama de solteiro e enquanto meu coração disparava só com essa simples ideia, ele começou a se desculpar:

― Desculpe colocá-la numa situação dessas. Não sei se você é uma mulher solteira ou já foi casada. Acredito que seja casada por ter tido o Gus, mas não era minha intenção colocá-la numa situação tão complicada ao ponto de você precisar ficar em um quarto com outro homem. Eu dormirei no chão, próximo da porta. Peço desculpas, Luísa. ― E era quase como se ele jogasse um balde de água fria. O pior foi que, sem pensar, eu comecei a falar:

― Eu não sou e nunca fui casada. Gus foi só um menino que encontrei na Guerra e o tomei como filho de coração. ― Senti minhas bochechas corarem ao falar isso. Por que eu estava corando ao explicar que era solteira? Não fazia a mínima ideia.

― Não? ― Liam arregalou os olhos parecendo surpreso. ― Então a minha gafe é ainda pior fazendo você se submeter a uma situação tão terrível assim sendo solteira. ― Ele realmente parecia prestes a entrar em síncope andando de um lado pelo outro do quarto.

― Não se preocupe. No Brasil essa regra de etiqueta não funciona mais. ― Eu ia rir da minha piada sobre o futuro, mas era trágico demais pensar na minha situação de coração partido se eu voltasse para lá, então me calei. Liam assentiu.

O silêncio agora entre nós não parecia mais tão confortante. Fosse pelo tamanho minúsculo do quarto, fosse porque minha mente poluída começasse a pensar coisas que não deveria, seja lá o motivo, parecia que o quarto tinha ficado bem mais quente do que o esperado e, quando percebi, tanto eu quanto Liam falamos ao mesmo tempo:

― Vou abrir a janela, tá?

― Você quer ir tomar banho primeiro?

Corei. Eu não tinha parado para pensar sobre banhos, mas o calor ficava ainda maior ao pensar nisso. Assenti timidamente e Liam, encabulado, decidiu que era melhor por ora sair do quarto.

― Vou ficar lá fora um pouco. Rezar. Estou precisando que Deus me guie, por Deus, preciso ter foco. ― Ele murmurou mais para ele do que para mim mesmo, saindo e batendo a porta. Fiquei ainda alguns segundos encarando a porta e tentando eu mesma criar foco para acabar não fazendo ou falando alguma besteira que insistia em passar na minha cabeça.

Fui tomar um banho rápido. Nunca tinha imaginado como seria tão bom desfrutar de um banho, mesmo que em uma banheira com a água não lá muito quente, mas era maravilhoso. Esfreguei com um sabão em barra todas as sujeiras do meu corpo e me arrependi depois que mergulhei de ter molhado o cabelo. Ainda que curto, aquilo seria chato de secar. E eu não acho que estivesse numa época onde o secador já fosse objeto de consumo e presença em hotéis baratos.

Infelizmente, tive que colocar a mesma roupa. Já não me sentia tão mais limpa assim.

Sai do banheiro no exato segundo que Liam abria a porta do quarto para entrar.

Ficamos novamente alguns segundos parados nos encarando.

Quando começamos a ficar tão encabulados um na presença do outro?

― Eu vou... ― Ele disse apontando para o banheiro. Assenti. Liam se trancou no banheiro e eu aproveitei para testar a cama.

Não era muito macia, mas era incomparável a dormir no relento na terra. Fui até a janela e aproveitei para olhar Londres, quieta e temerosa da Guerra. Suspirei. Amanhã seria o dia que eu ficaria temerosa também.

Eu desapareceria naquela noite ou teria que no dia seguinte enfrentar algum tipo de tortura? Eu sumiria e esqueceria Liam ou me arrependeria de ter lembranças com ele, mas nenhuma na qual eu me declarasse de verdade?

Interrompendo a minha linha de pensamento, Liam saiu do banho. Secando o cabelo com as toalhas, ele ficava mais atraente do que eu achava que ele era.

― Vou buscar uma coberta para mim lá embaixo. ― Ele disse se dirigindo até a porta.

E mais uma vez eu deixei que a minha espontaneidade falasse e quando vi, já tinha falado alto:

― Não! Vamos dividir a cama! Eu... não me importo. ― Mais se ele olhasse para mim viria que eu avermelhava como um pimentão por pensar em nós dividindo a cama. Felizmente, Liam parecia travado segurando a maçaneta da porta.

― Luísa... ― Ele tinha o tom de voz de quem tentaria me fazer mudar de ideia. E novamente eu me vi falando mais do que a minha própria língua:

― Eu apago rápido. Você já viu no campo. ― Ele bufou e tirou a mão da maçaneta dessa vez me encarando.

― Tá... Mas se eu... Estiver muito espaçoso, você me cutuca, okay? ― Sorri genuinamente feliz por ele ter no fim cedido.

― Okay. ― Murmurei assentindo com a cabeça.

Oi Oi gente!

A história, como eu disse, está perto do fim...

E será que no próximo capítulo a gente finalmente vai ter confissão e beijo?? Acho que sim hein!! Aguardem que amanhã mesmo já sai o próximo! 🥰

Bjinhoos
Diulia.

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