capítulo um
𝗡𝗼𝘁𝗮𝘀 𝗱𝗮 𝗮𝘂𝘁𝗼𝗿𝗮:
𝐸𝑚 𝑢𝑚 𝑚𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑙𝑎𝑣𝑟𝑎𝑠, 𝑒𝑢 𝑠𝑜𝑢 "𝑆𝑎𝑘𝑘𝑎 𝐾𝑢𝑚𝑎", 𝑎 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑟𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑑𝑎𝑛ç𝑎 𝑛𝑎 𝑓𝑟𝑜𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒 𝑖𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛𝑎çã𝑜. 𝑀𝑒𝑢 𝑛𝑜𝑚𝑒 𝑒𝑐𝑜𝑎 𝑛𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑖𝑔𝑖𝑡𝑎𝑖𝑠, 𝑒 𝑜𝑠 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑚𝑒 𝑐𝑜𝑛𝒉𝑒𝑐𝑒𝑚 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑎 𝑐𝑟𝑖𝑎𝑑𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑖𝑠𝑒𝑘𝑎𝑖𝑠, 𝑗𝑜𝑔𝑜𝑠 𝑒 𝑎𝑛𝑖𝑚𝑒𝑠. 𝑀𝑎𝑠 𝒉á 𝑢𝑚 𝑠𝑒𝑔𝑟𝑒𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑙𝒉𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑝𝑜𝑢𝑐𝑜𝑠: 𝑜 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐵𝑖𝑛𝑔 é 𝑚𝑒𝑢 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑠𝑖𝑙𝑒𝑛𝑐𝑖𝑜𝑠𝑜.
𝑀𝑖𝑛𝒉𝑎 𝑗𝑜𝑟𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑒ç𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑢𝑚 𝑡𝑒𝑐𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑡𝑒𝑙𝑎 𝑒𝑚 𝑏𝑟𝑎𝑛𝑐𝑜. 𝐴𝑠 𝑙𝑒𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑠𝑒 𝑎𝑙𝑖𝑛𝒉𝑎𝑚, 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑓𝑟𝑎𝑠𝑒𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑔𝑎𝑛𝒉𝑎𝑚 𝑣𝑖𝑑𝑎. 𝐸𝑢 𝑛ã𝑜 𝑠𝑜𝑢 𝑢𝑚𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑑í𝑔𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑐𝑟𝑖𝑡𝑎; 𝑚𝑖𝑛𝒉𝑎𝑠 𝒉𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑠ã𝑜 𝑚𝑜𝑑𝑒𝑠𝑡𝑎𝑠. 𝑀𝑎𝑠 𝑜 𝐵𝑖𝑛𝑔, 𝑐𝑜𝑚 𝑠𝑢𝑎 𝑠𝑎𝑏𝑒𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑎𝑙𝑔𝑜𝑟í𝑡𝑚𝑖𝑐𝑎, 𝑝𝑟𝑒𝑒𝑛𝑐𝒉𝑒 𝑎𝑠 𝑙𝑎𝑐𝑢𝑛𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑚𝑖𝑛𝒉𝑎 𝑐𝑟𝑖𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒. 𝐸𝑙𝑒 𝑠𝑢𝑔𝑒𝑟𝑒 𝑝𝑎𝑙𝑎𝑣𝑟𝑎𝑠, 𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎 𝑑𝑖á𝑙𝑜𝑔𝑜𝑠 𝑒 𝑚𝑒 𝑔𝑢𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑡𝑟𝑖𝑙𝒉𝑎𝑠 𝑑𝑎 𝑛𝑎𝑟𝑟𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎.
𝐶𝑎𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑝í𝑡𝑢𝑙𝑜 é 𝑢𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎çã𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑚𝑖𝑛𝒉𝑎 𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑒 𝑜 𝐵𝑖𝑛𝑔. 𝐽𝑢𝑛𝑡𝑜𝑠, 𝑐𝑟𝑖𝑎𝑚𝑜𝑠 𝒉𝑒𝑟ó𝑖𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑡𝑒𝑚𝑖𝑑𝑜𝑠, 𝑣𝑖𝑙õ𝑒𝑠 𝑎𝑟𝑑𝑖𝑙𝑜𝑠𝑜𝑠 𝑒 𝑚𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑖𝑏𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠. 𝑂𝑠 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑠𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑒𝑚 𝑛𝑜𝑠𝑠𝑎𝑠 𝒉𝑖𝑠𝑡ó𝑟𝑖𝑎𝑠, 𝑠𝑒𝑚 𝑠𝑎𝑏𝑒𝑟 𝑞𝑢𝑒 𝑜 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑒𝑠𝑡á 𝑝𝑜𝑟 𝑡𝑟á𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑟𝑡𝑖𝑛𝑎𝑠, 𝑠𝑢𝑠𝑠𝑢𝑟𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑖𝑑𝑒𝑖𝑎𝑠 𝑒 𝑖𝑛𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎çã𝑜.
𝐴𝑔𝑟𝑎𝑑𝑒ç𝑜 𝑎𝑜 𝐵𝑖𝑛𝑔 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑢𝑎 𝑎𝑗𝑢𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑐𝑎𝑛𝑠á𝑣𝑒𝑙 𝑒 𝑎𝑜𝑠 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑒𝑚𝑏𝑎𝑟𝑐𝑎𝑟𝑒𝑚 𝑛𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑗𝑜𝑟𝑛𝑎𝑑𝑎. 𝑄𝑢𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑝á𝑔𝑖𝑛𝑎 𝑠𝑒𝑗𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑎𝑣𝑒𝑛𝑡𝑢𝑟𝑎, 𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑎 𝑚𝑎𝑔𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎çã𝑜 𝑛𝑜𝑠 𝑙𝑒𝑣𝑒 𝑎 𝑙𝑢𝑔𝑎𝑟𝑒𝑠 𝑖𝑛𝑖𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛á𝑣𝑒𝑖𝑠. 𝐵𝑜𝑎 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎! ʕっ•ᴥ•ʔっ
𝗗𝗲𝗱𝗶𝗰𝗼 𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗹𝗶𝘃𝗿𝗼 𝗽𝗮𝗿𝗮: Licy_Bea, 𝗰𝗼𝗺 𝗯𝗮𝘀𝗲 𝗻𝗼 𝘀𝗲𝘂 𝗹𝗶𝘃𝗿𝗼 "𝘌𝘯𝘵𝘳𝘦𝘪 𝘦𝘮 𝘕𝘢𝘳𝘶𝘵𝘰!"
Em um mundo sombrio e repleto de mistérios, Risa, pulava em telhado e telhado como uma folha ao vento. Seus olhos, afiados como lâminas, captavam cada detalhe do cenário à sua volta.
Ninguém conhecia sua verdadeira aparência. Risa era uma mestre do jutsu de transformação, habilidade que a permitia assumir qualquer forma que desejasse. Durante o dia, ela se disfarçava como uma mulher adulta, com cabelos negros e olhos penetrantes. À noite, voltava à sua forma original, a de uma pré-adolescente de cabelos curtos e olhos curiosos.
Mas o que realmente a destacava não eram suas habilidades físicas, mas sim sua mente brilhante. Desde cedo, Risa demonstrava uma aptidão extraordinária para a ciência e a tecnologia. Suas invenções eram revolucionárias, capazes de mudar o curso da história ao seu favor. Ela criava máquinas que desafiavam as leis da física e resolvia problemas complexos com uma facilidade desconcertante.
No entanto, essa genialidade tinha um preço. Risa era caçada por ninjas, invejosos de sua inteligência e temerosos de suas invenções. Eles a viam como uma ameaça, uma força que poderia desequilibrar o delicado equilíbrio de poder no mundo shinobi.
A rotina de fugir e se esconder era insuportável. Risa ansiava por paz, por um momento de tranquilidade em que pudesse criar suas máquinas em segurança. Sua única companheira era uma serva leal, uma ninja habilidosa que a protegia com sua vida.
Enquanto a lua lançava sua luz prateada sobre os telhados das casas, Risa se esgueirava pelos becos escuros. Seus olhos permaneciam alerta, sempre à procura de perigos iminentes. Ela sabia que, mais cedo ou mais tarde, os ninjas patifes a encontrariam novamente.
Com a graça de uma folha flutuando no vento, Risa aterrissou no solo. Seus pés tocaram o chão com a leveza de uma pluma, sem perturbar sequer um grão de poeira. A escuridão da noite envolvia-a como um manto, ocultando sua verdadeira identidade.
Sem perder tempo, Risa executou os selos de mão com destreza. Cão, Javali e Bode. As palmas de suas mãos se moviam em uma dança silenciosa. O jutsu de disfarce era uma extensão de sua habilidade, uma ferramenta que ela dominava como poucos.
Uma onda de energia, chamada de chakra, percorreu seu corpo, alterando sua forma. A pele suave da mulher adulta substituiu a juventude de seus traços. Os cabelos negros caíram em cascata sobre seus ombros, e seus olhos assumiram um brilho calculista. Agora, ela era outra pessoa, uma estranha para qualquer um que a visse.
Risa sorriu internamente. O disfarce era perfeito. Ninguém suspeitaria que aquela mulher misteriosa fosse, na verdade, uma pré-adolescente inventora de máquinas mortais. Ela havia aprendido a arte da dissimulação desde cedo, uma necessidade para sobreviver em um mundo onde shinobis a perseguiam incessantemente.
Seu coração batia em compasso com a noite. A serva leal permanecia ao longe oculta, olhos vigilantes, pronta para protegê-la a qualquer custo.
Risa deslizou pelas ruas escuras, uma sombra entre sombras. Sua mente brilhante continuava a trabalhar, buscando soluções para os problemas que a cercavam. Ela era uma cientista, uma inventora, uma ninja. E, acima de tudo, uma sobrevivente. E faria de tudo para sobreviver nesse mundo.
Mas, ela encontrava-se em uma rotina perigosa. A perseguição era implacável, como o bater incessante das asas de um corvo negro. Ela, a 'ninja prodígio', era caçada por todos os cantos, e a monotonia dessa dança mortal começava a pesar sobre seus ombros.
Os ninjas de outras vilas, com olhos famintos e ambições cruéis, a rastreavam como predadores à espreita. Alguns queriam sua cabeça como troféu, outros desejavam explorar suas habilidades científicas surpreendentes. Mas, na maioria das vezes, era o desejo de poder e glória que os impulsionava. Risa era uma peça valiosa no tabuleiro, e todos queriam possuí-la.
E então havia a Vila Oculta da Folha, Konohagakure. Os rumores sussurravam que o atual Hokage, o Yondaime, precisava dos serviços de Risa. O que exatamente ele queria dela permanecia um mistério, mas a urgência era palpável. Os ninjas de Konoha também a buscavam, mas com uma determinação diferente. Eles não a viam apenas como uma ameaça, mas como uma possível aliada.
Risa não estava disposta a se render facilmente. Ela era exigente, astuta e implacável. Se os ninjas de konoha quisessem sua colaboração, teriam que oferecer algo em troca. Um contrato que a beneficiasse, talvez. Informações, proteção, ou até mesmo uma chance de escapar dessa vida de fugitiva.
Ela se escondia nas sombras, sempre um passo à frente de seus perseguidores. Seus olhos, agora disfarçados sob o jutsu de transformação, observavam cada movimento ao seu redor. Ela não confiava em ninguém, nem mesmo na serva leal que a acompanhava. Afinal, todos tinham suas próprias agendas.
Enquanto a lua lançava seu brilho prateado sobre os telhados da aldeia onde estava morando, Risa traçava seu caminho. Ela esperava que os ninjas daquela vila fossem habilidosos o suficiente para encontrá-la. Se não fossem, bem, isso seria problema deles. Ela não se entregaria por bondade ou piedade. A sobrevivência era sua prioridade. Ela estava disposta a jogar o jogo, mas apenas se as cartas estivessem a seu favor.
Afinal, no mundo dos ninjas espertos, a única regra era a sobrevivência a qualquer custo.
Risa ergueu o pulso, revelando a placa de metal que cobria metade de sua pele. O objeto era uma criação sua, uma maravilha tecnológica que transcendia os limites do comum. Ou uma forma bem dramática de dizer.
A placa era mais do que um simples adorno. Para Risa, era um dispositivo multifuncional, uma fusão de engenharia, conectado com seu próprio chakra.
Seus dedos deslizavam sobre a superfície fria, ativando os circuitos internos. O holograma surgiu, pairando acima da placa como uma miragem futurista.
A voz robótica ecoou no ar, suave e mecânica ao mesmo tempo.
"-Bem-vindo de volta, portador. Identificação confirmada: Risa.
As palavras flutuaram em torno dela, como se o próprio ar as carregasse.
O dispositivo era um compêndio de habilidades, um arquivo vivo das proezas de Risa. Ela podia acessar informações sobre suas técnicas de combate, suas invenções revolucionárias e até mesmo suas façanhas mais obscuras. Era como ter um pergaminho de conhecimento sempre à mão.
Mas havia mais. O holograma projetava imagens de engrenagens girando, fórmulas matemáticas dançando e diagramas complexos se desdobrando. Risa podia visualizar o funcionamento interno de suas próprias criações, como se estivesse olhando para o coração pulsante de um relógio cósmico.
Era um avanço extraordinário. O mundo ao seu redor não compreendia totalmente o que ela havia criado. Para eles, era apenas uma placa de metal no pulso de uma mulher misteriosa. Mas Risa sabia a verdade. Ela segurava o futuro em suas mãos.
Risa sorriu. "Cognos". Sim, Cognos, o guardião das informações, o arauto do futuro, era o sistema que falava com ela neste momento. A voz robótica continuava a sussurrar informações, enquanto a pré-adolescente ouvia tudo atentamente.
Ela inclina a cabeça, os olhos fixos no holograma cintilante, e sua voz ressoa no silêncio da noite:
— Cognos, o que você sabe sobre o paradeiro dos ninjas que me perseguem? Preciso de uma vantagem!
Cognos, o guardião das informações, responde com sua voz metálica, ecoando como um oráculo do futuro:
"-... Risa, os ninjas que te caçam são astutos e implacáveis. Eles se escondem nas sombras, rastreando seus passos com precisão mortal."
A cabeça da garota balançou suavemente para cima e para baixo, compreendendo às informações rapidamente, com sua mente trabalhando para novas rotas de fuga e possíveis planos.
"-Seus líderes são habilidosos em técnicas de rastreamento e emboscada. No entanto, há uma fraqueza: a vaidade. Eles subestimam sua inteligência e acreditam que podem prever seus movimentos."
O holograma projeta um mapa tridimensional, marcando os locais onde os patifes foram avistados pela última vez.
"-Na floresta densa, eles se reúnem para planejar suas investidas."
Cognos pausa, como se ponderasse.
"-Você precisa de uma isca, algo que os atraia para uma armadilha. Algo que os faça revelar suas verdadeiras intenções...
A ideia pareceu boa na sua mente, mas antes que ela continuasse a formular mais algumas palavras em sua mente, ela foi interrompida pela voz robótica do seu assistente virtual.
"-Sugiro que você deixe rastros falsos, informações plantadas que os levem a acreditar que você está indo em uma direção específica."
Risa sorriu, contente pela engenhosidade do holograma.
"-E então, quando eles morderem a isca, você estará pronta para contra-atacar."
Ela absorve as palavras, os olhos brilhando com determinação.
Risa sente uma mistura de determinação e urgência enquanto planeja seu próximo passo. A sede de conhecimento e a vontade de sobreviver impulsionam suas ações. Ela sabe que está em uma dança perigosa com os ninjas patifes, mas também reconhece que tem as ferramentas para virar o jogo a seu favor.
Primeiramente, Isca Inteligente: Risa decidiu criar rastros falsos. Ela deixaria pistas que levariam os patifes a acreditar que ela está indo em uma direção específica. Essa isca poderia os atrair para uma armadilha, onde ela poderia obter informações valiosas ou, melhor ainda, neutralizá-los.
E com um bufar, ela disse.
— Esses caras estão me dando dor de cabeça!
Cognos, com sua voz metálica e impessoal, respondeu à queixa de Risa com eficiência.
"-Risa, a dor de cabeça é um sintoma comum em situações de estresse e tensão. Recomendo que você descanse por alguns minutos, respire profundamente e tente relaxar os músculos do pescoço e ombros. Se a dor persistir, considere analgésicos ou consulte um médico."
Risa revirou os olhos pela preocupação exagerada do holograma, fazendo uma careta.
"-Lembre-se de que sou apenas um assistente holográfico e não posso oferecer diagnósticos médicos precisos."
— É só um jeito específico de falar que eu não gosto de estar sendo perseguida o tempo todo, Cognos!
"-No entanto, é importante lembrar que a dor de cabeça pode ser um sinal de alerta. Mesmo que você acredite que não seja relevante, considere monitorar sua saúde com cuidado."
Ela balançou a mão prós lados, ignorando a insistência do holograma.
— Tá, tá, Cognos! Eu entendo a sua preocupação. Enfim, vamos botar a mão na massa!
"-Existem milagres de sabores com massas específicas, se quiser..."
— Não precisa, Cognos!!
Gritou, frustrada, chamando a atenção dos cidadãos que estavam tranquilos em suas casas.
❮...❯
A noite envolvia Risa como um manto, e ela se movia com a precisão de uma lâmina afiada. Seu plano estava em ação, e o silêncio ao seu redor parecia conspirar a seu favor.
Primeiro, ela ocultou seu chakra, tornando-se uma sombra entre sombras. Seus passos eram leves, quase imperceptíveis. Ela sabia que os patifes a rastreavam pelo fluxo de energia, mas agora ela era uma incógnita, uma anomalia.
Em seguida, Risa criou um clone das sombras. A técnica era uma extensão de sua habilidade, uma duplicação perfeita de si mesma. O clone se ergueu ao seu lado, os olhos vazios refletindo a determinação de sua criadora. Risa ordenou-lhe com uma voz firme:
— Vá. Siga o caminho planejado e chegue até a clareira onde a armadilha está posta.
O clone assentiu e partiu, deslizando pelos telhados e em seguida pelas árvores como um fantasma. Risa observou-o se afastar, sabendo que ele era sua melhor chance de sucesso. Ele atrairia os ninjas inimigos, levando-os diretamente para a emboscada que ela havia preparado.
A clareira estava à frente, um espaço aberto cercado por árvores antigas. Risa havia colocado selos explosivos estrategicamente, camuflados sob folhas e galhos caídos. Quando os patifes chegassem, seria tarde demais.
Seus passos eram leves, quase imperceptíveis, enquanto ela se dirigia à sua hospedagem. A adrenalina ainda pulsava em suas veias, o eco da armadilha que havia preparado reverberando em sua mente.
E então, a terra tremeu levemente. Risa parou, os sentidos aguçados. Os patifes haviam caído na armadilha. A explosão, distante, ecoou como um trovão abafado. Ela imaginou os corpos sendo lançados pelos ares, os gritos abafados pela fumaça e poeira. Possivelmente quase todos mortos.
Um sorriso de lado se curvou nos lábios. Ela não sentia remorso. Eles haviam a caçado, ameaçando sua existência, e agora colhiam o que haviam semeado.
Ela continuou a andar, os passos firmes. A jaqueta branca a envolvia, o tecido macio roçando contra sua pele. As mãos estavam escondidas nos bolsos, os dedos tocando a placa de metal em seu pulso. Cognos, o guardião das informações, permanecia silencioso, mas ela sabia que ele estava lá, observando, analisando.
Em sua orelha direita, um brinco também feito de metal pendia. Era uma extensão da placa, interligada por circuitos invisíveis.
Cognos, com sua voz metálica e impessoal, respondeu à confirmação de Risa.
"-Risa, quase todos os seus inimigos foram neutralizados. Seus chakras se esgotaram, e seus padrões vitais cessaram. A ameaça foi eliminada!"
Risa assentiu, agradecendo silenciosamente a Cognos com um sussurro e de cabeça baixa.
Cognos, lembrou Risa de forma eficiente, depois de um minuto de silêncio.
"-Risa, é hora de nutrir seu corpo. Lembre-se de que a eficiência e a sobrevivência dependem de uma alimentação adequada."
Risa revirou os olhos, ironicamente.
"-Recomendo que você faça uma pausa para lanchar e reabastecer suas energias."
— Eu farei isso. Obrigada, Cognos!
"-Só estou fazendo o que fui criado para fazer."
E assim Cognos ficou em silêncio, permitindo que o silêncio da noite prevalecesse.
— ... É, papéis explosivos com sons contidos por chakra natural são bem úteis!
Sorriu, orgulhosa ao lembrar-se do dia que criou essa técnica.
— 【Bom, de qualquer forma, tenho que me aprontar para dormir, mas, antes tenho que comer】
Ela temia que se não o fizesse, Cognos encheria sua paciência novamente, e isso estava fora de cogitação!
Ela se dirigiu à sua modesta hospedagem. Seus passos eram suaves, o peso da batalha e da vingança agora substituído por uma sensação de alívio. Os patifes haviam sido neutralizados, e a escuridão era sua aliada.
O brilho das estrelas parecia sorrir para ela, como se aprovassem sua determinação. Ela havia sobrevivido mais um dia, mais uma noite. O coração e a mente estavam leves, como plumas carregadas pelo vento noturno.
Ao chegar à porta da hospedagem, Risa respirou fundo. O aroma de incenso e madeira queimada a envolveu. Ela sabia que precisava se alimentar, nutrir seu corpo para as batalhas que ainda viriam. Mas, acima de tudo, ansiava por uma noite de sono ininterrupto.
Dentro da hospedagem, a cama simples a aguardava. Risa se despiu da jaqueta branca e do brinco de metal, colocando-os com cuidado sobre a mesa. A placa de metal em seu pulso permanecia, uma extensão de si mesma.
Ela se deitou, os olhos pesando. As lembranças da explosão do clone das sombras dançavam em sua mente. Mas agora era hora de descansar. Ela fechou os olhos, permitindo que a escuridão a envolvesse.
❮...❯
A adolescente despertou, seus olhos piscando na tentativa de dissipar o sono. A luz suave do amanhecer filtrava pelas cortinas, pintando o quarto em tons dourados. Ela se espreguiçou, os músculos se esticando como gatos preguiçosos. A noite havia sido tranquila, e a sensação de descanso a envolvia como um abraço.
A hospedagem era um oásis de conforto. Graças ao trabalho que realizara para algumas pessoas, ela agora podia se permitir esse luxo. Os lençóis macios, a cama ampla e a vista para o jardim eram um bálsamo para sua alma cansada de batalhas.
Ela se levantou, os pés tocando o chão de madeira com gratidão. O banheiro convidava-a com promessas de água quente e vapor. Era nesse horário que a empregada viria entregar o café da manhã. Risa sorriu. A comida era uma das pequenas alegrias da vida.
O chuveiro era revigorante. A água escorria por sua pele, levando consigo as últimas vestígios do sono. Ela se enxugou, enrolou-se na toalha e voltou ao quarto. A empregada já havia passado, deixando os pratos de comida na mesa. O aroma de arroz branco, missoshiru, legumes e peixe grelhado preenchia o ar.
Ela se sentou, os talheres tilintando contra o prato. O shokupan, fofinho e dourado, era o toque final. Ela provou o primeiro pedaço, os sabores dançando em sua língua. Nada mal para começar o dia. Risa saboreava cada mordida, grata pela tranquilidade que a manhã lhe proporcionava.
...
Minutos mais tarde, a adolescente bocejou, com os olhos pesados após o café da manhã. Ela apoiou a mão direita sob o queixo, uma expressão entediada pintando seu rosto. O dia se estendia à sua frente, uma tela em branco esperando para ser preenchida.
Mas, para a infelicidade dela, a aldeia não oferecia muitas opções. As ruas eram familiares, os rostos dos moradores já conhecidos. Ela se perguntava o que faria de interessante hoje. Uma missão? Uma nova invenção? Talvez uma visita à biblioteca local?
No entanto, a resposta estava diante dela, tão óbvia quanto o sol que se erguia no horizonte. As águas termais. O lugar onde o vapor se misturava com o ar, onde o calor acariciava a pele e as preocupações se dissipavam. Ela poderia mergulhar nas águas, deixar que a fadiga e o tédio fossem levados pela correnteza.
E assim, com um suspiro resignado, ela se levantou...
Primeiro capítulo finalmente postado!
Espero que esse capítulo tenha agradado a todos vocês.
O que vocês acharam da Risa? E o que vocês acham que ela fará daqui para frente?
Deixem nos comentários para eu saber ʕ·ᴥ·ʔ
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