Capítulo 5 - A farsante
Todos no escritório não falavam sobre outra coisa, é realmente um escândalo, o secretário financeiro desviando dinheiro? E ainda hackeando o sistema da empresa? Meu plano deu 100% certo!
Daniel não quis comentar nada sobre o assunto, somente se tranca em sua sala e fica lá o tempo todo. Já eu, permaneço em minha sala executando meu trabalho, quero dizer, fingindo executar meu trabalho, pois só penso nas Ilhas Maldivas.
De repete, alguém bate na porta, interrompendo meus sonhos, é Daniel:
— Joyce, vim avisar que amanhã estou saindo para resolver algumas coisas urgente.
Nossa, ele parece muito aflito, está com olheiras...
— Então, quero que você fique aqui no meu lugar atendendo a todos.
— Tudo bem, pode deixar comigo.
— Também preciso que você pague os fornecedores que vão chegar sexta-feira.
— Espera, mas o dinheiro que iria utilizar não é aquele que foi desviado?
— Justamente. Portanto, preciso que você arrume outro urgente, nem que precise fazer um empréstimo.
— Um empréstimo? Com aquele valor tão alto? É possível? Não é mais fácil cancelar tudo?
— Joyce, não quero esquentar a cabeça com isso. Faça o que você achar melhor, mas pague meus fornecedores. E só me ligue em caso de extrema urgência. Não me incomode, vou estar muito ocupado.
Eu fico encarando-o boquiaberta. Que droga! Acho que me dei mal... Por outro lado, conquistei a confiança dele, o que tanto queria afinal.
Quando ele dá o recado à equipe, percebo olhares de reprovação sobre mim e algumas conversas paralelas assim que ele se retira. Acha que eu me importo? Nem um pouco. O que importa é que vou estar no lugar de Daniel.
Tive uma ideia: Já que vou ficar no lugar do chefe por uns dias, que tal ficar na sala dele?
No outro dia mesmo já entro na sala dele, sento-me na cadeira enorme e ainda dou uma rodadinha. Depois um retrato me chama a atenção e pego para examiná-la melhor, nele está Daniel com uma mulher, deve ser a ex esposa e um menino que é a cara dele.
Largo a foto e começo a abrir gavetas, só por curiosidade, mas não encontro nada de interessante. De repente a porta se abre e eu tomo um susto, é Glauce e me flagra mexendo nas gavetas, ela é uma das pessoas que me desaprovou.
— Pensei que você não tivesse vindo hoje, já que você não está na sala que deveria estar — Ela diz se aproximando de mim.
— A sala está desocupada pela pessoa que mandou eu ficar no lugar, convém não? — Respondo.
Ela simplesmente balança a cabeça negativamente e sai da sala, eu fico sem entender. É melhor eu ficar esperta, pelo jeito ela quer me espionar.
No final do expediente, André vem me buscar de moto nova, eu me empolgo pela surpresa e corro para abraça-lo e beijá-lo.
— Uau! Que moto linda! Dessa vez você acertou!
Vou embora pensando no problema que eu mesma arrumei, ainda não consegui aquele dinheiro.
Enquanto caminho pelo corredor em direção a sala de Daniel, escuto meu nome assim que passo em frente a uma sala e volto para escutar melhor escondida.
— É claro que eles têm um caso, pois parecem ser tão íntimos. E por que o Daniel iria pedir justo pra ela ficar no lugar dele enquanto viaja?
É a voz da Glauce!
— E ainda a vi beijando outro cara na frente da empresa ontem, essa mulher não passa de uma vagabunda!
Vagabunda??
Entro na sala devagar e todos param de falar instantaneamente, o barulho do meu salto alto faz eco no vácuo que ficou na sala. Olho diretamente para Glauce com desdém, pego uma pasta de documentos em uma gaveta apenas para disfarçar, olho pra Glauce novamente.
— Deixe que da minha vida amorosa cuido eu. — Termino de falar e saio da sala.
Tenho a impressão de sempre estar sendo observada por essa mulher, às vezes também parece me seguir quando saio da empresa. É melhor andar com uma faca na bolsa, vai que ela tente me fazer alguma coisa?
Se continuar assim, ela vai acabar descobrindo todos os meus planos! Estou tendo uma ideia, vou fazê-la ser demitida assim que o Daniel voltar.
Glaucia me segue até a sala de Daniel sem disfarçar, mas antes de entrar, eu simplesmente viro-me de surpresa e pergunto:
— O que você quer de mim?
— Provar que você é uma pessoa perigosa ao Daniel.
— Eu fiz alguma coisa para você desconfiar tanto assim de mim?
— Faz tempo que te observo, garota... Você não me engana.
— Por que não vai cuidar da sua vida? Tem tanto trabalho pra fazer aqui!
Dou uma olhada para ela de cima em baixo, depoisme viro para entrar na sala.
Essa mulher é muito esperta, mas eu não tenho medo dela, espera só Daniel voltar. Encontrei alguns cheques na gaveta do escritório dele e guardei em outro lugar, sei que ele logo vai sentir falta deles.
No mesmo dia que ele chega da viagem, fico na sala dela fingindo estar trabalhando só para agir, ela me olha desconfiada o tempo todo.
Espero Glauce ir ao banheiro e ajo rápido, pego os cheques, misturo com outros papeis meus, caminho até a mesa dela e percebo que ela guarda a bolsa no chão.
Se eu me abaixar, vou ficar fora do alcance das câmeras, então finjo derrubar as folhas das minhas mãos, em seguida me abaixo para juntá-las e coloco os cheques na bolsa dela dentro de um compartimento vazio, depois, volto para o meu trabalho como se nada tivesse acontecido.
— Oi Dani, como foi a viagem? — Debruço-me para mostrar meu decote.
— Foi tudo bem, obrigada. Em nenhum momento me esqueci de você, Joyce, muito obrigado por ter ficado no meu lugar. — Percebo que seus olhos não desgrudarem dos meus peitos.
— Não precisa agradecer, farei isso sempre que precisar. — Sorrio e pisco o olho direito.
— Eu trouxe um presente pra você, mas está na minha casa, terá que ir lá buscá-lo.
— Sério? Não precisava...
Precisava sim pelo meu grande esforço...
— Me espere até no final do expediente que eu vou te levar.
— Está bem. — Sorrio.
Daniel mora em um condomínio luxuoso. Pisando no apartamento dele percebo que é assim que quero viver, pois o local é muito bonito e aconchegante.
Um garotinho que aparenta ter seus 6 anos de idade, corre para abraçar Daniel, que me apresenta como sua amiga. Logo uma moça chega perto da gente e nos cumprimenta, em seguida pega a mão do menino.
— Venha David, você ainda precisa terminar o seu jantar.
— Essa é a babá de meu filho. — Daniel me explica.
David parece ser um garotinho bem esperto e com lindos olhos azuis.
— Seu filho é muito lindo — Eu disse.
— Obrigado.
Daniel tem um bar em sua sala de estar e me convida para beber. Parece que ele coleciona bebidas, há várias delas numa estante, são de marcas variadas. Também há várias taças e copos variados pendurados.
Quase caio para trás quando o percebo pegar uma garrafa de um whisky Dalmore 62, um dos mais caros que existe.
— Importado? — Pergunto admirada.
— Sim, Catar. — Responde.
Uau, um dos países mais ricos do mundo!
— E como foi seus dias na empresa enquanto estive fora? — Ele questiona me servindo uma dose.
— Foi bem tranquilo, nada de diferente.
— Que bom... — Diz envolvendo seu braço esquerdo em minha cintura, pois o outro segura o whisky. Então deposita um beijo sexy em meus lábios. Já com seus beijos fico excitada.
— Já estava me esquecendo, seu presente!
Ele toma a bebida de uma vez, eu faço o mesmo, em seguida, vai buscá-lo. Eu me sento no sofá mais próximo e observo sua sala. Tem uma decoração com vários tons de marrons, e na mesa almofadada de centro, há um lindo conjunto de chá, é de porcelana.
Daniel volta com uma caixa grande envolvida num laço. Eu abro e me deparo com um lindo casaco preto de couro legítimo, parece ter custado bem caro.
— Nossa, muito obrigada Daniel, é lindo!
— Você merece... E tenho outra coisa.
— Outra coisa além dessa coisa linda?
— Sim. Fiquei tão estressado com o que aconteceu, que penso em tirar umas férias no começo do próximo mês. Quer ir comigo?
— Pra aonde você vai?
— Viajar em um cruzeiro.
— Uau, quero sim. Nunca me imaginei num cruzeiro antes.
— Você vai gostar — Sentado ao meu lado, ele faz um carinho em meu braço.
A babá de David entra na sala de estar:
— Com licença senhor, eu dei o jantar para o David e já o coloquei na cama, posso ir?
— Sim, pode ir, até amanhã Léia.
— Com licença...
Ao perceber que ficaremos sozinhos e com o filho dele dormindo, já imagino coisas indecentes e sem querer mordo meu lábio. Assim que a babá se retira, já começo a enchê-lo de beijos ardentes.
— Eu também já não estava me aguentando de vontade... — Diz em meu ouvido, em seguida beija várias vezes meu pescoço, eu fecho os olhos.
Começo a desabotoar sua camisa enquanto desfruto de seus lábios, quero ele agora. Agarro seu pescoço e o puxo para cima de mim no sofá, adoro sentir seu tórax definido nu. Sua mão percorre para dentro da minha roupa e acaricia meus peitos. Quero mais toques então tiro minha blusa e ele abre meu sutiã pela frente e abocanha meus dois peitos.
Em seguida, ele arranca minha calça com a calcinha, e sem demora, abre minhas pernas e começa a lamber com gosto minha vagina. Sua língua macia e molhada me deixa delirando de prazer, não quero que ele pare.
Depois ele se levanta para pegar uma camisinha, tira sua calça social e senta-se no sofá, eu subo por cima dele. O sofá é tão macio, acho que vou demorar para me cansar, além disso, seu pênis me empolga demais. Mexo meu quadril sem pressa enquanto ele só curte e me admira.
Enquanto brinco bastante, agarro o seu pescoço para beijá-lo, de repente ele se levanta comigo em seus braços e me leva até o quarto, então deita-se sobre mim na beirada da cama para continuar com a transa. Não sei como o filho dele não acorda com tantos barulhos e gemidos.
O Daniel me deixa em diversas posições e usa muita força em seus movimentos, quase não aguento. Eu canso e ele parece longe de terminar.
Acordo na manhã seguinte nua ao lado dele, debaixo das cobertas, ainda zonza de sono, parece ser de manhã. Levanto-me para procurar minhas coisas vestindo uma camisa dele que encontrei.
A noite passada foi uma loucura. Eu fiz tudo aquilo mesmo?
Na sala de estar, encontro minha bolsa e o celular e vejo várias ligações e mensagens de apenas uma pessoa: André. Que merda!
— Bom dia meu bem...
Daniel surge usando um roupão branco, é estranho vê-lo nesse traje, pois o vejo sempre elegante de terno.
— Não precisa ir trabalhar hoje, te dou uma folga pela noite maravilhosa que passamos juntos.
— É mesmo? Muito obrigada! — Ele parece estar nas nuvens.
— Minha empregada já deve ter chegado e já deve ter preparado nosso café da manhã. Vou pedir para ela te arrumar uma toalha para seu banho, para que você possa tomar café depois.
— Está bem...
É assim que gosto, vida de princesa...
Como imaginei, mesa farta. Com direito a frutas, sucos, torradas, bolos...
— Eu não quero tomar café! — David chega com sua babá vestindo um uniforme de uma escola particular enquanto me encontro sentada à mesa já tomada banho.
— Tem que tomar café para ir à escola David.
Em seguida, Daniel chega com um terno azul impecável.
— Tome pelo menos um suquinho de laranja, filho.
Por ter visto tantas ligações e mensagens de André, resolvo ir para casa assim que Daniel se retira, já que tenho o dia de folga. O nerd está com uma cara fechada.
— Lembrou que tem namorado? — Pergunta já na porta com um bico enorme.
— Desculpe, só agora vi suas mensagens.
— Aposto que estava com o tal do Daniel.
— Não vou mentir, estava mesmo.
— Descarada! E o que ficou fazendo com ele até tarde? Deve ter trepado bastante! — Ele vira as costas pra mim e se afasta bastante zangado.
— Conversando.
— Conversando, Joyce? — Ele cruza seus braços com um olhar que irá me matar a qualquer momento com essa resposta idiota que dei.
— Sim! Tudo isso faz parte do meu plano. — Tenho que dar um jeito de consertar as coisas e me aproximo dele.
— Foda-se seu plano idiota! Você está tentando me enganar! E esse casaco?
— Eu comprei!
— Aposto que ganhou dele! — Ele o arranca da minha mão bruscamente — Não dá pra aceitar, sugiro você ficar com ele e se esquecer de mim.
— Eu não quero ficar com ele, quero ficar com você! — Arranco de volta meu casaco — Tanto, que ele me chamou para viajar em um cruzeiro e você vai junto.
— Como é essa história? — Ele franze completamente o cenho.
— Isso mesmo que você ouviu...
— E como vai ser essa viajem com nos três juntos?
— Confie em mim. E ainda vamos para Maldivas no final — Eu dou uma gargalhada.
— Você é louca!
— Mas você me adora, admita.
— Eu me odeio por isso e odeio você também!
— Ah fala sério... — Dou uma pequena risada incrédula.
— Vá embora. — Aponta para a porta.
— Eu não vou embora — Vou em direção ao sofá e me sento confortavelmente. — Você só precisa confiar em mim e quando estivermos podres de rico você irá me agradecer.
Ele revira seus olhos e suspira profundamente, depois sai pela porta da frente rapidamente e bate a porta, pelo jeito já estava de saída.
O André não acreditou em uma só palavra minha, mas não me mandou embora novamente, só ficou sem falar comigo e sem olhar na minha cara durante dois dias e se eu me aproximo ele diz para eu me afastar. Como ele é completamente apaixonado por mim, aos poucos sua raiva foi passando, ele deve ter pensado melhor.
Na próxima segunda feira, quando chego no escritório, deparo-me com uma confusão, é por causa dos cheques. Daniel já está falando com os funcionários.
— Pessoal, hoje quando cheguei, senti falta de alguns cheques. Alguém sabe onde estão?
— Ninguém mexe em suas coisas, Daniel — Responde um funcionário.
— Olha Daniel... Não quero acusar ninguém, mas eu vi a Joyce saindo da sua sala quando você estava viajando.
— Se ela ficou no meu lugar, claro que poderia usar minha sala. Eu confio nela e sei que ela não faria isso.
Olho para Glauce com um sorriso vitorioso.
— Olhe as bolsas, Daniel! — Digo ainda olhando para a mulher.
— Perdoem-me, mas infelizmente vou ter que fazer isso.
Ele olha bolsa por bolsa até encontrar os cheques. Para a minha alegria, parece que Glauce não costuma mexer em sua bolsa nos finais de semana, acertei em cheio onde esconder.
— Eu não sei como isso foi parar aí, eu não peguei!
— Como pôde fazer isso Glauce? Eu confiava em você, era uma das minhas melhores funcionárias! Depois de anos você faz isso comigo?
— Eu juro! Eu não peguei isso, alguém colocou pra me prejudicar! Foi a Joyce, com certeza!
— Ora, que calunia! Com que propósito ela faria isso?
— Ela quer derrubar você e sua empresa!
— Quais são as suas provas? — Eu a indago.
Glauce fica sem resposta.
— Vou ter que chamar a polícia — Afirma Daniel.
Depois daquele dia da confusão, percebo Daniel muito deprimido. Vive trancado em seu escritório e mal fala comigo. Vou ter que dar uma de consoladora se quiser que ele continue confiando em mim.
Quando arrumo um tempo, dou um pulinho na sala dele:
— Oi Dani... Ando muito preocupada com você. Parece tão triste nesses últimos dias — Debruço-me na mesa como de costume.
— Tenho muitos motivos para estar assim. Foram muitos furtos em poucos dias e com pessoas que confiava. Nunca pensei que a Glaucia fosse capaz de... — Eu o interrompo.
— Aquela mulher não merece nem um pouco da sua tristeza! — Digo com firmeza — Não vejo a hora de sair para o cruzeiro com você, vai se sentir bem melhor.
Dou a volta na mesa indo parar atrás da cadeira e faço uma massagem em seus ombros.
— Como você está tenso...
— Por que a Glauce desconfiou tanto de você?
— Não sei... Mas já parou para pensar se ela tem ciúmes de você?
— Ciúmes? Ela trabalhou para mim por anos, não faz sentido ela ter ciúmes.
— Esquece isso. Que tal nós dois sairmos para beber hoje? Só para relaxar — Faço uma pausa na massagem para beijar seu pescoço.
— Eu aceito, estou precisando.
Percebo que ele gosta dos meus beijos e vira sua cabeça para me roubar um na boca.
Entro no carro dele e fomos para aquela mesma boate que nos conhecemos. Sentamos num canto escuro e reservado. Eu estava doida para dar uns amassos, mas ele só sabe se queixar da vida e beber, tanto que passou um pouco dos limites e tudo subiu para a cabeça.
Sinto me entediada, se eu soubesse nem teria convidado.
Conta sobre toda a sua vida, inclusive disse que sua esposa morreu em um assalto com seu filho no colo. Eu confesso ter ficado chocada, aliás, não sou tão insensível assim.
Mas confesso ainda estar entediada.
Por conta do trauma, ele contratou uma das maiores empresas de segurança para cuidar da sua empresa e da casa. Essa parte me deixou um tanto decepcionada.
— Vou te contar um segredo, não conte para ninguém.
— Sim, prometo...
— Tenho um cofre em casa. Não confio em bancos, eles são ladrões e ainda dão brechas para assaltos.
— Puxa, você tem um cofre em casa? — Tento controlar minha reação
— Sim! E nem sei mais quanto tenho lá, deve ser milhões...
Milhões? Calma Joyce... Acho que vou desmaiar.
— Calma Dani... Você não precisa se preocupar tanto, sua empresa de segurança tem ótimos profissionais. — Tento disfarçar dando mais um gole na minha bebida, aparentemente estou calma, mas meu coração parece que vai saltar pela boca.
— Você tem razão, é uma ótima empresa de segurança.
Quero aproveitar o quanto ele está bêbado e tirar vantagem.
— Qual é o tipo da empresa? É cibernética?
— Sim, mas também privada.
Nossa! Preciso contar essas coisas para o André urgente! São informações valiosas!
De repente, a mão de Daniel em minha coxa interrompe meus pensamentos, até me assusto um pouco.
— Sabe, eu adoraria ter mais tempo pra passar com você, quer aproveitar que estamos juntos e ir para minha casa?
Antes de responder, rapidamente crio hipóteses em minha cabeça, ou ele quer me levar até em casa para ter segundas intenções ou quer me testar se eu tenho interesse pelo cofre.
É melhor ter precaução, ainda mais depois de tanta coisa que aconteceu nos últimos dias. Meus pensamentos são interrompidos mais uma vez, agora com beijos afobados no pescoço, a sua mão fica ainda mais boba se enfiando entre minhas pernas.
— Vamos meu amor?
— Eu adoraria, mas acho que você está cansado demais, precisa descansar e eu só iria atrapalhar.
— Claro que não, com você só iria relaxar.
Agora ele me arranca vários beijos na boca e aperta meu seio direito.
— Deixe-me tocá-la. — Pede já abrindo o botão da minha calça enquanto beija minha boca. Enfim, chegamos na parte que eu queria e arreio as calças. Imediatamente, ele começa a acariciar minha vagina. Como eu gosto de seu toque... Eu aproveito e abro seu zíper para tocá-lo também, seu pênis esta duro feito pedra.
Se eu montar nele agora vamos ser presos.
Fecho os olhos curtindo cada caricia e dedada feita sem pressa, sorte que a música do local abafa meus gemidos. Quando percebi, já estava gozando.
— Não vou aguentar chegar em casa, vamos terminar no meu carro.
— Terminar no seu carro? Ah sim, terminar no seu carro... — Digo ainda tonta e ergo as calças.
Acho que minhas pernas estão cada vez mais turbinadas de tanto montá-lo. Enfim, curtimos mais uma sessão de sexo maravilhoso. O problema é que ele dormiu quando terminamos. Bato em seu rosto o chamando pelo nome e ele não acorda.
Droga! O que vou fazer com essa praga?
Vasculho seus bolsos e o deixo dormindo no banco de trás, eu mesma vou ter que levá-lo para casa.
Seus seguranças me ajudam a levá-lo até sua cama. Bom, já que estou aqui, poderia descobrir onde fica esse cofre, só para início de conversa. Porém, existem câmeras por todos os lados. Será que o André não conseguiria burlá-las para mim?
Assim que chego em casa, ele está dormindo, eu pulo por cima sem dó e cheia de empolgação.
— Chegou a hora da gente ficar milionários!
— Porra Joyce! Deixe-me dormir! Saia de cima de mim!
— Você não escutou? Vamos ficar milionários! O cara tem milhões num cofre na própria casa!
— Como é? — Ele arregala os olhos.
— Isso mesmo que você ouviu!
— Ok. Então saia de cima de mim e me conte melhor essa história.
Conto tudo e ficamos por horas planejando o que fazer. Como é bom ter um confidente tão inteligente como o André. Porém, o plano vai ter que ficar para depois do cruzeiro.
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