Capítulo 38 - #VEDANOWATTPAD21
Oi incríveis, tudo bem? Amores meu dia foi super corrido hoje, por isso não vou conseguir postar o QeA da Alison :( Peço desculpas, mas prometo que posto amanhã sem falta. Obrigada a todos que votam e comentam nesse livro. Confesso, que ando meio desanimada e que a única coisa que anda me alegrando é vocês e escrever essa história. Muito obrigada ♥
Alison
— Alison, você está diferente — meu pai falou, sua voz demonstrava certa estranheza.
— Não estou não, você que sumiu — revidei enquanto caminhávamos no central park. Eu ainda não era muito famosa, mas mesmo assim as pessoas passavam por nós e me olhavam curiosas.
— Como você emagreceu tão rápido? — Ele me avaliou cuidadosamente observando cada centímetro do meu corpo.
— Não emagreci tão rápido assim — falei dando um sorriso amarelo ocultando a verdade.
— Alison — ele falou me forçando a parar de andar, olhando atentamente para mim —, você perdeu mais de trinta quilos em o quê? Seis meses?
Respirei fundo, meu pai não parecia contente, ao contrário ele desconfiava dos meus métodos. O sol queimava o meu rosto e fazia com que eu suasse ainda mais, suspirei cansada daquele interrogatório e virei o meu rosto, evitando olhar o rosto dele.
— Eu tive foco, me esforcei e mantive uma dieta saudável — menti, a minha voz acabara me entregando, eu havia gaguejado um pouco, mesmo se eu tivesse falado sério o meu pai iria continuar desconfiado, ele sempre sabia quando eu estava mentindo.
— Stacy anda te acompanhando? Não gosto da Stacy do seu lado, só porque você agora é famosa e ganhou o programa, ela passou a agir como a mãe perfeita.
— Está tudo bem — falei retomando a caminhada. — Ela não me ofende mais.
— É claro! Você fez o que ela queria! — Ele se exaltou balançando as mãos no ar.
— Pai! — o repreendi. Ele queria que eu fosse gorda para sempre? — Eu emagreci porque eu quis.
— Duvido! Aposto que aqueles idiotas fizeram a sua cabeça!
Eu olhei ao meu redor e vários olhares me encaravam tentando saber o porquê da conversa ter assumido um tom mais elevado.
— Por favor, fale mais baixo — pedi. — As pessoas estão nos olhando.
Ele apontou para um banco de madeira embaixo de uma árvore velha, eu caminhei até o banco e me sentei. A sombra da árvore nos protegeu do sol e refrescava as nossas peles naquela tarde de verão.
— Você mudou, Alison — ele falou assim que se esparramou no banco. — Está diferente, está perdendo a sua essência.
— Eu não mudei — me defendi. — Só porque emagreci não quer dizer que eu tenha mudado.
— Você mudou sim — ele insistiu com os braços estendidos envolta do banco. — Você está se preocupando demais com as aparências, eu percebo isso no jeito que você olha para as pessoas, você se preocupa com que elas dizem sobre você.
— Eu sempre fui assim.
— Não. — Ele balançou a cabeça negativamente. — A Alison que eu conheço não se importa com o seu peso e nem com os comentários das pessoas.
— Eu sempre me importei, só nunca te falei.
— Talvez, mas você se preocupava menos. Eu sentia que você se gostava, agora o que vejo é uma garota triste com um olhar vazio e um rosto pálido.
— Não precisa se preocupar, eu estou bem.
E por que eu não estaria? Eu estava realizando o sonho da minha vida! Logo o meu primeiro álbum chegaria às lojas, eu já tinha até um single. Eu estava feliz, eu dizia para mim mesma que eu estava feliz todos os dias, entretanto eu sabia que era uma mentira. Eu não estava feliz, eu estava nervosa! Com medo do que as pessoas falariam sobre a nova Alison, a Alison magra.
— Sabe, Alison, eu pensei que o seu peso fosse servir de inspiração para as garotas. Eu pensei que elas olhariam para você e pensariam o seguinte: "Olha, que legal! Eu não preciso ser magra para ser bonita!". Mas agora com o seu emagrecimento repentino, elas devem estar pensando que não! Que elas precisam ser magras para se encaixar nessa indústria.
— Mas essa é a verdade — falei me lembrando das criticas que faziam sobre o meu peso, imediatamente senti as lágrimas molharem os meus olhos, mas me segurei. — Todo o santo dia eu recebia e-mails maldosos de pessoas perguntando se eu estava grávida, porque a minha barriga era uma barriga enorme igual à de uma mulher grávida. Fora as ameaças de gravadoras e empresas que diziam que se eu não emagrasse eu perderia o contrato.
— Alison... — ele sussurrou com os seus olhos verdes presos em mim.
— Você acha que eu tive escolha? Eles praticamente me obrigaram a emagrecer. Tive que fazer uma lipoaspiração após perder todo aquele peso. E mesmo assim tem gente que ainda fala que eu estou gorda.
Eu não consegui segurar mais, as lágrimas molharam o meu rosto. Esfreguei as mãos no rosto limpando-as e solucei baixinho, eu estava despedaçada.
— Você teve escolha — meu pai falou apoiando uma de suas mãos no meu ombro como sinal de consolo. — Todos nós temos escolha, e era só você ter dito não.
— E o que aconteceria? — perguntei com a voz abafada e o rosto ainda molhado.
— Eu não sei, mas pelo menos agora você não estaria chorando e sim sorrindo.
— Como pode ter tanta certeza? — indaguei olhando para a sua face tranquila enquanto o vento bagunçava os nossos cabelos.
— Porque é isso que acontece quando a gente faz a escolha certa — ele por fim falou. — A gente não chora.
— Então eu fiz a escolha errada? — perguntei com um tom de voz mais rude.
— Você sabe a resposta, a questão agora é o que você vai fazer? Vai deixar eles continuarem controlando a sua vida, ou vai tomar a suas próprias decisões sozinha?
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— Você vai ficar bem? — Jace perguntou assim que saímos do hospital.
Estávamos parados em frente ao meu apartamento. Jace não sabia, mas o médico havia me dito que eu deveria me internar em uma clinica de reabilitação, pois eu estava com começo de anorexia nervosa, já que eu estava enxergando uma imagem distorcida de mim mesma. Eu ainda não estava exageradamente magra como nos quadros mais graves da doença, mas ele achava que era melhor eu começar a me tratar antes que as coisas piorassem. Além disso, o médico acreditava que eu estava totalmente dependente do álcool.
A bebida entrou na minha vida assim que eu venci o fama. Eu precisava emagrecer então eu fiz o seguinte: comia e vomitava. Tive bulimia por um bom tempo, parei de vomitar faz mais ou menos um ano, nessa época eu comecei a beber mais e quando vi eu acabei substituindo a comida pelo álcool. Hoje quando eu vi aquele prato de comida na minha frente, meu estômago embrulhou, eu simplesmente não consegui comer! Fazia tempo que eu evitava comer, só beliscava e olhe lá. Nunca pensei que a minha situação fosse ser tão critica.
— Vou ficar bem — menti, porque eu não estava bem.
— Olha, Alison, eu quero que você saiba que pode contar absolutamente tudo pra mim! Eu quero ser seu amigo, você contar qualquer coisa pra mim, prometo que será o nosso segredo.
— Jace, você pode me abraçar? — pedi a ele com os olhos encharcados de lágrimas.
Ele se aproximou de mim e me segurou em seus braços, eu apertei o seu corpo contra o meu e respirei lentamente o seu cheiro adorável. Eu não sabia o porquê, mas eu sentia que podia confiar nele. Que podia contar para ele todos os meus segredos a minha vida. Não estava nos meus planos me aproximar dele nessa viagem, eu ia processá-lo, mas agora com ele ali me apoiando e me apertando em seus braços, eu sentia algo tão forte. Eu queria nunca ter fugido dele. Eu queria voltar no passado pegar aquela carta que ele havia me mandado e correr para os seus braços, mas não, eu fui medrosa, egoísta e tão orgulhosa. Agora, ele era um cara adorável e eu era uma megera.
— Você vai ficar bem? — ele perguntou com seus lábios muito próximos dos meus.
— Vou tentar. — Limpei as minhas lágrimas. — Me desculpa eu sou tão chorona!
Ele sorriu de um jeito que me deixou sem ar, mordi os lábios imaginei a boca dele grudada na minha.
— Boa noite — Jace aproximou os seus lábios da minha testa e me beijou delicadamente.
— Eu espero que um dia eu possa te beijar em outros lugares também. — Seu rosto estava colado no meu exceto os nossos lábios.
— Eu também — falei ansiando por um beijo dele na boca e em todo o meu corpo.
— Eu vou sonhar com você, minha pimentinha — ele falou indo até o seu apartamento.
— Eu também.
Fui para o meu quarto e abri uma das minhas malas, peguei um exemplar azul enorme com um titulo escrito em letras metálicas "A garota que eu nunca vou ter".
Abri o livro e me acomodei na cama onde deixei a luz do abajur iluminar cada página. "Eu vou ler o seu livro, Jace Connor".
Amanhã teremos trechos exclusivos do livro do Jace :)
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