Oi incríveis, tudo bem? Amanhã antes de postar o próximo capítulo faremos um QeA que foi sugestão de uma leitora fofa a Patyiz. Funciona assim: Vocês mandam perguntas para os personagens e eles respondem ;) EXEMPLO: Alison, como foi o seu primeiro show? Lee o que você sentiu quando viu a Alison pela primeira vez? É basicamente isso e aí os personagens respondem :D Além disso, vou aproveitar também e responder um desafio que  a PoliMiguel fez rsrs. Então deixem as suas perguntas aqui nos comentários para eles responderem amanhã <3 É isso boa leitura ;)

Alison

—Onde você passou a noite? — Jess perguntou assim que me viu entrar no apartamento de camisola. — Eu vi que você bebeu muito na noite passada, mas acabei não intervindo visto que você tinha tido um péssimo dia.

— Você fez bem — falei enquanto caminhava até o meu quarto.

Jess me seguiu, ela parecia estar extremamente preocupada.

— Sua mãe ligou umas mil vezes hoje — ela falou.

Deitei na cama e bufei, eu não queria mais a minha mãe comandando as minhas coisas, e dando palpite na minha vida.

— O que você disse a ela? — indaguei com os olhos fechados enquanto o meu corpo estava esparramado na imensa cama de casal.

— Disse que você estava dormindo. Alison, eu entendo o fato de você não querer falar com ela, Stacy não foi uma boa mãe.

— Que bom que você percebe isso. — Sorri nervosa inclinando o meu corpo para frente e apoiando os meus punhos no colchão macio, senti uma leve ardência no meu machucado.

— Onde você passou a noite? — ela inquiriu enquanto a lateral do seu corpo estava encostada na porta.

— No apartamento do Jace — falei me sentando na cama com os olhos fixos nela.

— Jace? — ela perguntou juntando as suas duas sobrancelhas loiras.

— Sim, ele é nosso vizinho.

Jess franziu a testa e me olhou assustada e ao mesmo tempo confusa.

— O quê? — ela perguntou mais uma vez histérica. — Jace Connor é seu vizinho?

— Sim, ele mora aqui do lado. — Apontei para a esquerda.

Jess suspirou um pouco confusa e arrastou seu corpo para perto de mim. Ela se jogou na cama e os seus cabelos loiros balançaram no ar.

— Uau! Que coisa!

— Sim — concordei com ela.

— Não me diga que vocês transaram? — Jess levantou as sobrancelhas fazendo com que as leves rugas de sua testa ficassem em evidência.

— Não. — A cutuquei. — Ficamos conversando, e foi legal.

— Quem é você?! — Jess me olhou assustada com uma expressão engraçada no rosto.

— Sua boba! — a empurrei.

—Você passou a noite inteira conversando com ele? — Ela se recompôs.

— Eu estava bêbada, ele cuidou de mim.

—Você o procurou bêbada? Não estou entendendo.

Contei a Jess sobre como foi o meu reencontro e sobre a pequena Agatha. Jess pareceu surpresa com a minha reação tranquila em relação a ele, confesso que até eu fiquei surpresa. Eu não conseguia odiar Jace Connor. Toda vez que eu o via o meu corpo tremia e, toda vez que ele me tocava uma descarga elétrica me atravessava. Vê-lo novamente despertou sentimentos adormecidos em mim, eu pensava que ele não me afetava mais, eu pensava.

— Estou impressionada com o fato de você não tentar matá-lo. — Ela riu.

— Eu também! — Ri junto com ela.

— Não vai mais processá-lo? — inquiriu.

— Não sei — falei pensativa. Eu estava confusa em relação a isso.

— Você deveria esquecer isso. Você leu o livro? Pobre, Jace! — ela suspirou. — Sofreu demais durante todos esses anos.

Eu a olhei, talvez fosse melhor eu ler o livro.

— Bom, acho melhor você tomar um banho. — Ela me cutucou com uma cara feia. — Você está fedendo e o seu hálito está podre.

Eu ri e dei um tapinha nas costas dela. Levantei e peguei a minha nécessaire e caminhei até o banheiro.

—Você vai ao lançamento do livro? — Jess perguntou assim que eu entrei no banheiro.

— Acho que sim — a respondi.

— Alison, preciso ter uma conversa séria com você depois, ok?

— Ok! — gritei ligando o chuveiro.

Tomei um bom banho tirando assim o cheiro ruim do meu corpo e escovei os dentes. Vesti o roupão e fiquei enrolando o resto do dia — Jess havia sumido também, o que eu achei estranho —, fiquei assim até chegar a hora do lançamento. Eu tinha que ir.

Coloquei o meu vestido preto de seda com mangas cumpridas e um decote nas costas. O vestido marcava a minha cintura o que acabou realçando algumas gordurinhas. "Droga!" pensei retirando o vestido e, colocando um macacão vermelho que eu havia usado uma fez em uma festa da MTV, o macacão não era tão justo, o único atrativo dele era a cor.

Senti-me um pouco zonza, fazia horas que eu não comia e nem bebia, a última fez que comi alguma coisa foi às torradas do Jace que ele havia feito no café da manhã. Respirei fundo, eu não ia comer nada, eu estava ficando gorda novamente. O grande problema era que toda vez que eu ficava muito tempo sem beber eu tremia, mas eu não podia aparecer bêbada no lançamento do Jace, por isso respirei fundo e engoli em seco.

Maquiei-me e fiz um delineado grosso realçando o meu olhar, corrigi as minhas sobrancelhas e pra fechar com chave de ouro passei um batom vermelho, o diva da mac.

Jess bateu na porta e entrou no quarto enquanto eu colocava algumas joias como pulseiras, brincos e uma correntinha em volta do pescoço.

— Você vai mesmo ao lançamento? — indagou.

— Sim — a respondi.

—Ali, notei que você não almoçou. Eu não estou hospedada aqui, estou em um hotel aqui do lado e por isso não posso cuidar de você.

— Por que você não está hospedada aqui? — perguntei, eu nem havia percebido que ela não estava dormindo no apartamento.

— Bom, é sobre isso que eu queria conversar com você.

Jess se sentou na cama, ela parecia estar estranha.

— Eu não vou mais trabalhar pra você, Ali.

— Por que não? — perguntei com as sobrancelhas arqueadas.

—Eu consegui um emprego aqui em Nova York em um jornal importante. Eu sou jornalista Alison, quero trabalhar na minha área.

Sentei-me ao lado dela e segurei suas mãos. Jess era uma grande amiga que sempre me apoiara e esteve do meu lado.

— Como surgiu essa oportunidade? — perguntei.

—Bom, eu já estava procurando e ontem eu fiz uma entrevista, logo depois que saímos da editora do Landon. Meu namorado terminou comigo e a minha mãe está com problemas financeiros, eles precisam de mim aqui em Nova York.

— Eu entendo.

Abracei Jess. Agora eu entendi o porquê dos olhos dela estarem inchados e o fato de ela me deixar sozinha o resto do dia. Jess estava com problemas e eu era uma péssima amiga por não ter percebido.

— Se precisar de ajuda ou de dinheiro...

— Obrigada, Alison, mas não precisa.

Jess agradeceu e sorriu para mim. Ela estava com os seus cabelos loiros presos em um rabo de cavalo, e vestia um suéter azul.

— Quando você começa a trabalhar? — indaguei.

— Segunda feira, mas já estou conhecendo o meu novo ambiente de trabalho — ela respondeu animada.

— Fico feliz por você — eu falei e sorri para ela.

— E eu estou preocupada com você — ela ponderou seriamente mantendo uma postura ereta. — Alison, você não come, e bebe muito! Tenho medo de que você tenha ficado viciada. Talvez seja melhor você procurar ajuda profissional.

— Eu estou bem. — Tentei acalmá-la, mas Jess pareceu não acreditar.

— Você não está comendo Alison! Você se acha gorda, mas está magérrima. Desde que você entrou no fama você nunca mais comeu como antes, eu sei que você não emagreceu de forma saudável. Eu acho que você tem anorexia. Se eu soubesse jamais teria te convencido a participar daquele programa.

Eu fiquei calada e não respondi. Eu sabia que eu não tinha bons hábitos alimentares, mas me recusava a acreditar que eu tinha algum distúrbio e que eu era uma viciada assim como o meu pai foi um dia.

Jess ficou me olhando com os seus olhos acinzentados por um bom tempo em busca de respostas, mas eu me calei.

Ela se ofereceu para ir comigo para o lançamento, entretanto eu recusei sua companhia.

Parti para o lançamento do livro, um pouco atordoada e zonza, minha cabeça girava e eu estava com abstinência, senti falta do gosto do álcool queimando as minhas entranhas. Jess tinha razão eu estava viciada, mas eu não iria para uma clinica de reabilitação.

Respirei fundo e tentei pensar em outras coisas. Quando finalmente chegamos à livraria fui rodeada por centenas de pessoas e fotógrafos, meus seguranças me rodearam me protegendo dos fãs mais ousados. Mas a minha visão acabou restrita somente a ele: Jace.

Jace estava em um belo terno com uma camisa branca por baixo, o sorriso dele era de pura alegria e o seu olhar estava fixo em mim. Ele se aproximou com um dos mais belos sorrisos que eu já vi na minha vida, sem se importar com os flashes. As pessoas percebendo que ele se aproximava se afastaram e abriram caminho para ele. Todos olhavam e cochichavam sobre nós, mas eu não me importava, pois os meus olhos só viam ele. Só enxergavam a sua luz, o brilho dos seus olhos castanhos, o brilho dos seus dentes tão brancos, a textura da sua sobrancelha bem desenhada e dos seus cílios negros e espessos. Meu coração quase parou quando ele se aproximou com o seu cheiro suave e gostoso.

— Você veio! — ele falou me olhando admirado, a sensação de ter aqueles olhos me observando me dava muito prazer.

— Sim— respondi.

Ele segurou o meu braço e me puxou para dentro de uma sala onde pudéssemos ficar a sós, segurou as minhas mãos e sussurrou no meu ouvido fazendo com que os pelos do meu braço se arrepiassem.

—Você quer jantar comigo?

O som da sua voz fez o meu corpo estremecer.