Capítulo 16
Oi incríveis, tudo bem? Amores, sexta feira tenho uma surpresa para revelar para vocês. Algo que venho planejando a muito tempo srsrsrs
Alison
Jace ainda estava meio tristonho quando saímos do carrossel. Diferente de mim, ele parece que nunca foi muito apegado à família, em especial ao seu pai. Se a situação fosse comigo eu não sei o que faria. Quando o meu pai foi preso, me senti sem chão. Era como se todo o mundo desabasse nas minhas costas. Meu pai era a única pessoa que me apoiava na minha família. Não que a minha avó não me defenda, mas ela já era velhinha e não tinha uma saúde muito boa.
Quando Jace me convidou um pouco tímido para andar na roda gigante com ele. Fiquei sem jeito. Nós nunca tínhamos ficado tão próximos. Eu entendo que ele quer conversar e desabafar, mas eu nunca tinha visto esse lado dele. Um lado triste e inseguro, diferente do confiante e popular, Jace Connor.
Enquanto caminhávamos em direção à bilheteria nossas mãos insistiam em se tocar. O roçar das nossas peles fez com que os pelos do meu braço se arrepiassem. Eu tentei me afastar um pouco dele, não queria estar tão próxima, mas o toque dele era eletrizante, diferente de tudo que eu já havia sentido.
— Você está com fome? — ele inquiriu logo depois de comprar nossos bilhetes.
Estávamos na fila da roda gigante e logo atrás de nós havia um carrinho de algodão doce. O parque de diversão que antes estava vazio, agora estava cheio de estranhos. As luzes estridentes da roda gigante e o brilho dourado do carrossel iluminavam o céu escuro daquela noite fria do fim do outono.
— Você quer um algodão doce? — ele perguntou gentilmente olhando para o senhor baixinho e barrigudo que fazia algodão doce com um sorriso intenso no seu rosto cansado.
Eu dei de ombros, não estava com muita fome. Mesmo assim ele se dirigiu até o carrinho e comprou um algodão doce para mim.
Subimos na roda gigante. Senti um leve calafrio na nuca, o vento gélido da noite estava me deixando com frio. Imediatamente Jace tirou sua jaqueta de couro preta e a colocou sobre mim.
— Obrigada — agradeci timidamente sentindo minhas bochechas corarem. — Você não vai sentir frio?
— Não, eu ainda tenho essa daqui — ele tocou no seu suéter preto que estava exposto agora que ele me deu a sua jaqueta. — Eu não podia deixar você com frio.
Ele se sentou ao meu lado na roda gigante. Eu me segurei sentindo a ferrugem do brinquedo em minhas mãos. Apertei meus olhos e abracei o meu corpo. O cheiro do Jace ainda estava presente na jaqueta, ele cheirava a menta e o suor dele era doce. Abracei-me ainda mais forte e expirei cada fragmento do seu cheiro. Jace estava ao meu lado, tão perto de mim. Pude sentir nossas pernas e braços se encostando, faíscas saiam do meu corpo. Eu me perguntava o porquê do meu corpo estar agindo de forma exacerbada por causa da presença dele.
A roda começou a girar e eu senti uma leve tontura quando vi que o chão não estava mais próximo. Toquei as maças do meu rosto com os dedos, eu estava queimando. Massageie o meu rosto, minhas mãos estavam frias, talvez o frio delas seja capaz de esfriar o calor das minhas têmporas.
— Você tem medo de altura? — Jace indagou me olhando preocupado pelo fato de eu estar com as mãos no rosto evitando olhar para baixo.
— Sinceramente, eu não sei — Olhei para lado e me arrependi. Jace estava a poucos centímetros do meu rosto. Seus olhos castanhos esverdeados estavam brilhando por causa das lágrimas que ele derramará mais cedo. Olhando ele assim tão perto é que eu percebi o quanto o rosto dele era irritantemente bonito. Sua clavícula era perfeita, seu sorriso era extremamente branco e os dentes igualmente alinhados e demonstravam uma perfeita sintonia enquanto ele sorria. Virei imediatamente, talvez eu não tenha medo de altura, mas sim da presença dele.
— O que foi? — ele perguntou mais uma vez, encostou seu polegar no meu queixo e virou o meu rosto amavelmente para ele. Droga! Ele cheirava tão bem. E mesmo com os olhos inchados e o rosto vermelho, ele ainda continuava parecendo uma estrela de cinema — Você quer descer?
— Não, está tudo bem — desviei o olhar, e comecei a me manter focada em tudo menos nele. — Você está melhor?
— Não — ele respondeu rapidamente, sua voz ainda estava abalada. — Obrigada por estar aqui comigo.
— Imagina — olhei rapidamente para ele. Jace sustentava os olhos castanhos esverdeados em mim.
— Eu sei que você não gosta de mim — ele começou, — Vou ser eternamente grato por você estar aqui comigo hoje.
— Não precisa me agradecer — me inclinei para ele. — Eu não podia deixar você sozinho.
— Você é muito boa, Alison — o hálito quente dele incendiou o meu rosto, senti um leve rubor crescendo no minha face. — Eu nunca fui legal com você.
A voz dele fraquejou. Jace encarou o chão, estávamos quase no topo da roda gigante.
— Você me perdoa? — ele me olhou com um olhar cheio de arrependimento e vergonha.
— Está tudo bem — gaguejei, eu não sabia se eu estava pronta para perdoá-lo. — Ficou no passado, somos adultos agora.
Limpei a garganta e senti um gosto amargo na boca, me dei conta de que Jace segurava o algodão doce e roubei um pouco para mim. Ficamos em silêncio por um tempo e enquanto o vento e as luzes atravessavam os nossos poros e iluminavam a parte mais alta da roda gigante, eu e o Jace comíamos algodão doce.
— Como anda o processo do seu pai? — inquiriu. — Ele vai sair da cadeia?
— Não tenho noticias ainda — falei enquanto saboreava cada fragmento de açúcar do algodão doce.
— O que você vai fazer quando ele sair?
— Sinceramente não sei. Mas ele não vai poder voltar para casa, minha mãe nunca permitiria.
— Seus pais não se dão bem? — Jace perguntou.
— Não — respondi sua pergunta. — Eles se divorciaram assim que o meu pai foi preso. Minha mãe não aguentou a vergonha, perdemos tudo quando ele foi para a cadeia.
— Sua mãe parece ser muito ligada com aparência.
— Sim — me lembrei dos insultos dela em relação ao meu peso. — Ela nunca aceitou o fato de ter uma filha gorda.
Jace se inclinou e levou uma de suas mãos para o meu rosto. Ele lambeu o lábio inferior de um jeito tão sensual que os meus olhos não conseguiam parar de olhar a boca dele.
— Eu sinto muito — ele falou com os olhos fixos em mim. Nossos rostos estavam muito próximos, mais um passo e, sua boca estaria colada na minha.
— Tudo bem — desviei o olhar dos seus lábios carnudos. Sua boca era naturalmente rosada, elas tinham um formato engraçado, mas ao mesmo tempo atraente. A cor dos lábios dele me lembrava uma maça. Fiquei tentada a mordê-los.
— Você é linda, Alison! — Jace falou enquanto segurava o meu rosto na palma de sua mão. Seus cabelos são macios — ele deslizou suas mãos entre os meus fios castanhos, — Seus olhos são tão brilhantes, e o seu sorriso é esplêndido. Seu corpo é recheado de curvas e formas que eu adoraria me perder em cada uma delas — ele escorregou lentamente uma de suas mãos pelas minhas costas o que fez com que eu soltasse um leve gemido. — E a sua boca...
Jace tocou o meu lábio inferior com o seu polegar. Ele friccionou o seu dedo suavemente na minha boca, borrando um pouco do vestígio de brilho labial que ainda restava. Eu estava hipnotizada. O que estava acontecendo? Eu o odiava, pelo menos era isso que eu sempre me dizia quando as garotas do colégio falavam dele para mim. Eu não suportável Jace Connor e agora estávamos no topo de uma roda gigante, a trinta metros do chão quase nos beijando.
— Jace — falei baixinho tentando assimilar o que estava acontecendo. — Nos odiamos, lembra?
Ele levou suas mãos para o meu pescoço, o toque frio das suas mãos me fez sentir um leve calor entre as pernas, senti meu rosto queimar, ou melhor, o meu corpo inteiro estava queimando.
— Você me odeia, eu não, eu te amo.
Ele me beijou. Uniu seus lábios nos meus e nos beijamos no topo da roda gigante com as estrelas e todos aqueles estranhos como testemunhas. Jace me apertou em seus braços enquanto sua língua explorava cada parte da minha boca. Eu não consegui evitar, eu mau conseguia me mexer. Entreguei-me ao beijo dele e deslizei minhas mãos nos seus cabelos negros como a meia noite. Senti meu corpo inteiro arrepiar, os poros dos nossos rostos eram invadidos pelo vento gelado da noite, as luzes da roda gigante nos iluminava no topo do brinquedo. Eu não conseguia pensar em mais nada, eu nunca tinha sido beijada daquele jeito. O beijo dele era avassalador, selvagem e apaixonado. Havia sentimentos fortes ali. Foi como se ele estivesse esperando tocar nos meus lábios há anos. E quando finalmente nossas bocas se tocaram foi como se uma explosão cósmica acontecesse. Tudo parecia certo, estávamos predestinados a estar ali.
Ele encerrou o nosso beijo com gosto de algodão doce por alguns segundos, para que ambos pudéssemos recuperar o fôlego. Encostou sua testa na minha e os nossos narizes estavam roçando um no outro enquanto suas mãos apoiavam o meu rosto. Nossas respirações eram tensas e eu conseguia escutar o som do ar entrando nos pulmões dele.
Ele me beijou novamente, mordendo lentamente o meu lábio inferior, eu gemi na sua boca e senti quando as lágrimas dele molharam o meu rosto, eu beijei suavemente cada lágrima salgada que saia dos seus olhos. Ele estava chorando baixinho, e eu não entendia o porquê. Levei minhas mãos para o seu rosto e toquei a sua têmpora. Ele se debruçou sobre mim apoiando o seu rosto no meu ombro e começou a chorar cada vez mais alto, mais forte.
— O que foi Jace? — indaguei preocupada.
— Hoje é o pior e o melhor dia da minha vida.
— Não chore, por favor.
— Eu estou chorando por sua causa, Alison. Estou chorando porque nunca pensei que fosse te beijar um dia. Estou chorando porque eu a amo, e por fim estou chorando porque o meu pai está morrendo.
EU ESTOU TENDO UM ATAQUE CARDÍACO E VOCÊS??
https://youtu.be/AByfaYcOm4A
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