Capítulo 10
Oi incríveis, desculpe a demora. Estou participando de um projeto bem legal, em breve vou contar pra vocês uma super novidade ;) Quero agradecer todos os comentários e votos e a todos que relataram nos capítulos anteriores sua experiência com o bullying. Eu também já passei por isso, e é por isso que eu adoro esse livro, espero que vocês também estejam gostando ;)
Alison me encarava como se estivesse em busca de respostas.
— O que você faz aqui? — indaguei confuso rezando para que Julie não tenha contado a ela sobre a noite passada.
— Por que você fez isso Jace? — ela perguntou me encarando um pouco assustada, confusa e nervosa aproximando o seu rosto do meu e cruzando os braços como sinal de defesa.
— Fiz o quê? — fingi-me de desentendido, eu não ia confessar nada, pelo menos não agora, não era o momento. Alison tinha que aprender a gostar de mim antes de eu contar a ela os meus verdadeiros sentimentos.
— Pare com isso! — ela gritou. — Pare de se meter na minha vida!
— O que eu fiz? — indaguei mais confuso do que já estava antes.
— Você sabe o que fez — ela descruzou os braços e apontou o indicador para o meu rosto. — Eu não quero você se meta na minha vida Jace! Eu não preciso da sua ajuda!
Merda! O que ela estava falando?
— Desculpe Alison, mas eu não estou entendendo! — falei aumentando o tom de voz.
— Você pagou o advogado, pagou cinco mil dólares em um maldito advogado?! — ela estava irritada e me empurrou com força me fazendo encostar no carro. Que garota mais esquentadinha. — Você pagou? Ela perguntou furiosa com os dentes cerrados, seu rosto estava vermelho de ódio.
— Paguei — respondi seriamente com medo que o meu ato possa afastá-la ainda mais. Ela me olhou assustada cerrando os punhos, pelo o seu olhar de fúria ela estava bem chateada.
— Você vai ligar para o Dr. Scott e vai pedir que ele devolva o seu dinheiro. Eu não quero nada que é seu!
— Por quê? — perguntei não entendo o porquê de tanta raiva. Eu sei que ela não gosta de mim, mas está agindo feito uma criança tola.
— Não ficou claro ainda? Eu não gosto de você! Não quero nada seu! — ai! Aquilo doeu.
— Você está sendo burra! — falei com raiva do fato de ela me odiar e com raiva de ela estar agindo assim.
Ela riu de nervosismo e colocou as mãos na cintura profundamente irritada. Cara aquilo foi muito sexy! Ela ficava linda quando estava brava.
— Não ouse falar assim comigo! — ela apontou o indicador para o meu rosto.
— Alison, você está agindo feito uma tola! Se você não gosta de mim, tudo bem. Mas pense no seu pai!
— Você não é ninguém pra dizer o que eu devo fazer! Eu não quero ajuda de um garoto que me humilhou a vida inteira, por que diabos você fez isso Jace?
— Eu fiz porque quero te ajudar, me sinto mal pelas coisas horríveis que eu fiz — abaixei a cabeça e encarei os meus pés com vergonha.
— Ah então você agora resolveu virar um santo? — ela indagou com as veias do rosto exaltadas.
— Eu não quis dizer isso — me defendi. — Só quero te ajudar. Como você descobriu que fui eu quem paguei o advogado?
Ela respirou fundo, parecia estar sem fôlego. Colocou uma mecha dos seus cabelos atrás da orelha e falou:
— Descobri hoje depois da briga com a minha mãe. Depois que você foi embora eu tive uma briga feia com ela e acabei contando sobre o advogado, ela ficou furiosa, pois não quer que o meu pai saia da cadeia. Eu disse pra ela que o advogado não ia cobrar nada que ele iria fazer tudo de graça, mas ela riu de mim. Falou que eu muito ingênua em acreditar que um advogado da empresa do seu pai não cobraria nada em troca. Eu acabei tendo que concordar com ela, pois realmente era estranho, liguei para o Dr. Scott e pressionei-o, foi então que ele me disse que você havia se sensibilizado com o meu caso e pagou os serviços dele.
— Eu falei pra ele não contar nada! —falei bravo porque eu já imaginava que Alison agiria desse jeito se ela soubesse a verdade.
— Eu falei pra ele que não quero a sua ajuda e dispensei os serviços dele.
—Você não pode fazer isso, Alison. Já entendi que não gosta de mim, mas o Dr. Scott é um excelente advogado e vai tirar o seu pai da cadeia, não seja estupida — as palavras saíram de forma bem rude, mas ela tinha que entender. Encostei-me no carro e cruzei os braços a olhando, agora ela parecia estar segurando as lágrimas.
— Eu não tenho dinheiro pra te pagar depois, Jace — ela encarou o chão com vergonha.
— Não precisa me pagar. Olhe pra essa casa — apontei para mansão logo atrás dela. —Você acha mesmo que cinco mil dólares faz alguma diferença pra mim?
— Como você é metido — ela revirou os olhos. — Não vou me sentir bem se eu não te pagar.
—Já disse que não precisa.
—Não posso ficar em divida com você... Ainda mais você — as palavras dela demonstravam o quanto ela me adora, só que não.
—Alison — falei o seu nome. Merda! Falar o nome dela em voz alta era tão bom. —Você não precisa me pagar — falei me aproximando mais dela, será que ela conseguia ouvir o meu coração bater?
Minhas pernas estavam tremendo. Aquele era o efeito que ela causava em mim. Naquele momento eu estava muito perto do rosto dela, eu conseguia ver claramente os poros do seu rosto, e sentir o cheiro doce e suave que vinha dela, será que o gosto do beijo dela era igual ao seu cheiro? Eu tive que aperta os meus passos no chão e respirar fundo para não segurá-la em meus braços. Eu sou viciado em Alison Reak. Eu a quero todas as manhãs, tardes e noites. Eu a quero em meus braços surrando o meu nome, gemendo de prazer. Eu a quero nos momentos alegre e infelizes da minha vida. Eu a quero no dia dos namorados, na pascoa e no natal. Eu quero ter a benção de olhar para aqueles olhos castanhos todas as manhãs quando eu acordar. Eu simplesmente a quero.
— O que você tem? — Alison franziu a testa e perguntou me olhando confusa ao perceber que eu estava longe com os meus pensamentos. — Terra. Chamando. Jace.
— Desculpe — engasguei. — É a ressaca.
— Enfim, não tenho como te pagar Jace...
— Outra vez essa história? Já disse que não precisa me pagar.
— Mas eu insisto!
— Credo como você é teimosa!
— E você é um chato e esnobe — ela cruzou os braços, brava comigo, aquilo era muito sexy, eu estava derretendo ali, ela não sabe o quanto isso me tortura.
Eu me encostei novamente no carro pensando em algo. Alison não iria aceitar a minha ajuda se eu não a deixasse pagar. Eu tinha que pensar em algo que a deixasse próxima de mim, que a permitisse me ver do jeito que eu sou de verdade, ela precisava ver que eu não era um babaca.
— Já que você insiste... Você pode me dar aulas particulares — falei empolgado com a ideia de tê-la perto de mim quase todos os dias.
— Dar aulas pra você? — ela perguntou.
— Sim, você é inteligente, tem notas altas e eu preciso de notas altas para entrar na Columbia. Eu ia procurar uma professora particular, mas você também é ótima. — cruzei os braços enquanto estava ainda apoiado no carro. Os olhos de Alison me observavam atentamente, ela está pensando. Enquanto ela me olha sinto o sangue ferver em minhas feias, minhas mãos estão suadas e meu corpo está quente. Ver os olhos de Alison percorrer cada centímetro do meu corpo me deixou altamente excitado.
— Tudo bem — ela concordou olhando para o meu rosto dessa vez. — Que horas?
— Depois da aula pode ser? Tenho treino nas terças e quintas, nesses dias as aulas podem ser depois do treino.
— Ok — ela concorda desviando o olhar do meu rosto. — Aqui na sua casa?
— Sim, podemos ficar no escritório do meu pai, ele nunca o usa mesmo.
— Está bem, mas mesmo assim as aulas não vão me fazer conseguir te pagar.
— Vou dar uma festa no fim do mês — me inclinei para perto dela. — Você pode cantar, adoro ouvir a sua voz.
Alison ficou vermelha? Alison ficou vermelha com o meu comentário. Ai meu Deus! Tomara que ela tenha gostado do elogio.
— Tá bom — assentiu. — Tenho que ir agora está ficando tarde.
Ela virou pronta para ir embora. O que será que ela está pensando agora?
— Ei! — gritei colocando as mãos no bolso para pegar a chaves do carro. Ela me olhou pensativa aqueles olhos...
— Eu te levo pra casa — falei entrando no carro.
— Não precisa!
— Precisa sim! Já está tarde e a sua casa é longe.
Alison revirou os olhos e concordou. Ela entrou no carro colocou o cinto de segurança e começou a encarar os próprios pés.
Alison estava no meu carro. Alison estava do meu lado. Ela estava perto demais, o cheiro dela estava no ar. A presença dela ocupou todo o espaço, era como se só Alison existisse. Eu não liguei o rádio do carro porque eu queria escutar a respiração ofegante dela, ela estava nervosa, não olhou pra mim um só momento. Talvez ela também se sentisse afetada com a minha presença, não sei se isso era bom ou ruim, mas meu pai sempre dizia que o ódio e o amor andam de mãos dadas. Eu olhei para ela enquanto dirigia, eu não conseguia desviar o olhar. Foi por Deus que não bati o carro. Você vai se apaixonar por mim Alison, eu vou fazer você se apaixonar por mim, você vai ser a mãe dos meus três filhos Alison, você vai envelhecer comigo Alison... Eu sei que você vai me amar. É impossível que só eu esteja sentindo isso nesse momento.
Estacionei o carro em frente à casa dela. Alison tirou o cinto e se inclinou para mim.
— Obrigada pela carona — ela falou com desdém.
— Imagina — tirei o cinto também e me inclinei para perto dela.
— Jace, quero deixar bem claro que o que eu sinto por você não mudou. Não gosto de você, você tem me atormentado durante anos, mas vou fazer isso pelo meu pai. — ela foi fria comigo. — Vou fazer isso porque ele é a única pessoa que eu amo nesse mundo, a única pessoa que me ama do jeito que eu sou. Ele não merece apodrecer em uma cadeia, por isso vou tentar engolir o meu orgulho e aceitar a sua ajuda, mas, por favor, vamos deixar algumas regras bem claras aqui. Primeiro acredito que nem você e nem eu gostaríamos que as pessoas soubessem sobre as aulas, portanto vamos manter isso em segredo, ok?
Eu assenti um pouco decepcionado.
— Segundo, eu espero que você não esteja armando com os seus amigos nenhum tipo de gracinha.
— Como assim? — indaguei.
— Eu ouvi você me defendendo dos insultos da minha mãe. Eu notei o jeito que você olhou para mim durante todo o caminho. Se você apostou com os seus amigos que iria me conquistar, é melhor ir esquecendo, porque eu nunca vou me apaixonar por você Jace, então, por favor, PARE. Não gosto do jeito como você me olha...
— Que jeito? — a interrompi.
— Como se quisesse me comer. Não gosto disso. Não gosto mesmo — Ela estava bem séria.
— Alison, eu não apostei nada...
— Não me interessa! Eu não sei o que você quer comigo, mas já vou lhe avisando... É melhor você desistir.
Ela saiu do meu carro e bateu a porta com força. Poxa! As palavras duras dela me feriram profundamente. "Eu nunca vou me apaixonar por você Jace" essa frase ficou na minha cabeça a noite inteira.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro