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Capítulo 2

- Miguel. Não quero falar sobre isso. Não gosto de falar deles. Sabe disso.

- Eu sei Melinda, mas é necessário, são os procedimentos médicos, não posso pular essa parte e seguir em frente se você não me falar o que sente por eles.

- Miguel, eles são meus pais, eu os amo. Mas...

- Mas..

- Mas eles parecem não me amar. Não sei... com Melanie as coisas são diferentes sabe?! Ela é a filha perfeita, eu sou só uma boba que não passa de um estorvo pra eles. Eu sou um monstro.

A menina chorava tanto que Miguel estava ficando desesperado.

- Melinda eu te proíbo de falar assim. Você é a menina mais linda e doce que eu já vi. Você não é um monstro, você é uma princesa!

- Miguel não tente me comprar com palavras bonitas nem me convencer do contrário. Eu sei que meus pais me amam, mas é tão difícil ficar presa aqui, longe dos meus irmãos e dos meus pais.

- Sabe Melinda, eu tenho uma irmã e ela tem sua idade. Eu a amo muito, mas tenho que fazer um sacrifício imenso e ficar longe dela vários meses, sendo que a qualquer momento eu poderia ir vê-la. E quer saber por que eu não vou?

- Não. Porque?

- Porque eu abro mão de tudo. Da minha vida se preciso, apenas para ficar com você aqui. Cuidar de você!

- Oh Miguel. Está vendo. Eu sempre sou um empecilho na vida de todos. Não queria te privar desse direito - ela falou entre soluços - eu vou melhorar prometo. E um dia você poderá viver sem mim, pois já estarei curada.

Miguel refletiu consigo mesmo. Melinda o quer longe. Infelizmente ele entendeu errado.

- E você Melinda poderá viver a vida que sempre te impediram de viver.

A terapia foi interrompida bruscamente pelo choro de Cherry e os gritos da doutora Laura.

- Cachorra imunda saia já daqui. Aqui não é lugar para você.

Miguel abriu a porta do consultório abruptamente e Cherry entrou correndo e se jogando aos pés de Melinda que começou a chorar junto.

- Laura o que pensa que está fazendo? Sabe quem é Melinda e que não deve nunca faltar com respeito aos animais dela.

- Eu sei Miguel. Mas ela me mordeu.

Laura mais parecia uma criança birrenta, que uma médica. Atrás deles porém Melinda tinha uma crise que não tinha a muito tempo.

Ela tremia freneticamente e lágrimas e mais lágrimas lhe invadiam os olhos e as bochechas. Melinda chamava por Miguel silenciosamente. Não conseguia falar nada.

Mas Miguel não via. E Laura se divertia com a situação, afinal, uma crise significa retrocesso, e retrocesso significa que Melinda não pode ser curada. E para Laura esse com certeza era um grande triunfo. Mas ela é médica, e tem sentimentos. Poucos, mas tem.

- Miguel é melhor parar com seu discurso de defesa. Ajude sua paciente que você ganha mais.

E saiu corredor adentro.

Miguel correu desesperado ao encontro de Melinda, ela porém o afastou e gritou:

- SAIA DAQUI. EU NÃO QUERO TE VER. VOCÊ ME ABANDONOU.

- Não Melinda. Se acalme por favor.

- EU NÃO QUERO ME ACALMAR. EU QUERO QUE VOCÊ SUMA DA MINHA VIDA. EU TE ODEIO MIGUEL.

Ouvir os gritos de Melinda o deixavam aflito. Mas ouvir que ela o odeia despedaçou o fraco coração do doutor.

Mas ele era persistente e tentava a todo custo fazer Melinda se acalmar, não queria ter que sedá-la, mas parecia ser a única opção viável.

Então com um súbito desconforto Miguel acordou. Fora tudo apenas um sonho.

Ele estava suado e assustado. O pior dos pesadelos ele acabara de ter. Melinda tinha que estar bem. Ela não pode ter outra crise assim.

Miguel olhou repentinamente para o relógio na cabeceira da cama. 02:40 da manhã.

- Ainda é muito cedo para ir ao manicômio.

Ele falou em voz alta como se alguém mais estivesse ali com ele, naquele momento de dor e preocupação.

Ele resolveu ir até a sala, fez uma caneca de chá e resolveu ler um pouco. Talvez a leitura o fizesse esquecer um pouco as preocupações do dia a dia e fizesse o sono retornar.

Um amante do terror, do sobrenatural e da ficção histórica, Miguel pegou em sua prateleira um livro antigo que a muito não lia, não por preguiça ou falta de tempo, e sim por que havia esperado um tempo para se recuperar dos acontecimentos do próprio livro.

- É Cassie, espero que Tessa possa me ajudar essa noite.

Ele estava lendo Princesa Mecânica e de repente parou extasiado quando notou que a aparência de Tessa batia exatamente com a de Melinda. Os olhos cinzentos, o rosto anguloso, a altura anormal em meninas tão novas, a inocência, a paixão pela vida. Tudo. Exatamente tudo.

E lendo quase o último capítulo Miguel adormeceu, sonhando que ele era um jovem cavalheiro da Era Vitoriana que cortejava a mocinha indefesa que tinha o coração dividido, assim como Tessa. Mas Melinda não era totalmente igual à Tessa.

Tessa era dividida entre dois homens. William e James.

Melinda era dividida entre Miguel e os animais...

E foi sonhando com isso que ele acordou, estupidamente atrasado e correu como um louco pois precisava contar à Melinda como ela parecia com Tessa.

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Olá pessoas!!
Espero que estejam gostando do livro.

Dêem suas opiniões, votem, comentem.

Interajam comigo.

Eu sou legal.

Até semana que vem.

Ah, antes que eu me esqueça, o livro mencionado no capítulo é o terceiro de uma trilogia maravilhosa chamada “As Peças Infernais”.

Sério, leiam. Vale muito à pena.

Bjs da Nah...

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