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Prólogo

Sophia Jensen

Estou com os meus pais, os meus queridos pais. A minha mãe na minha direita e meu pai na minha esquerda. Meu irmão mais velho, Ryan, está ao lado do meu pai. Estamos sentados no sofá a ver meu filme preferido,"The Twilight Saga: Breaking Dawn- Part 2". Tenho um balde de pipoca enorme no meu colo. Cada um vai tirando pipocas. Está tudo perfeito. Eu adoro estar com a minha família.

De repente sinto que a temperatura está a aumentar. Acho que é impressão minha. Tiro a minha camisa de flanela, ficando só com minha T-shirt branca. O meu irmão também sente e tira seu casaco de couro castanho. Não ligo. Aos poucos vai aquecendo cada vez mais. Meus pais e meu irmão desaparecem, como por magia. Vejo uma chama aparecer na tela da TV. Estranho, porque está apenas no início do filme.

A chama salta do ecrã e inunda a sala. Fico rodeada de chamas, elas estão cada vez mais perto. Chamo minha mãe, meu pai, meu irmão. Eu vou morrer aqui. Não quero morrer. Eu quero viver. Eu ainda não estou preparada. Me encolho no sofá e começo a chorar desesperada. As chamas chegam mais perto. Começam queimando meus braços, depois minhas pernas. Sinto minha pele se derreter, sinto a dor, sinto que meu coração vai queimar a qualquer momento....

Acordo assustada. Sento na cama e olho ao redor. Não estou em casa, pelo contrário, estou no hospital. Olho meu corpo. Tenho meus braços todos queimados. Umas queimaduras leves quase curadas, nada de grave. Mas é numa grande superfície do meu corpo por isso estou aqui. Ouço umas batidas na porta e dou permissão para entrar. A doutora entra.

- Como se sente hoje Sophia?- a doutora pergunta. Já me lembro do que aconteceu. Minha casa ardeu, houve um incêndio na minha zona. Pelo que sei muitas pessoas morreram. Dizem até que sou a única sobrevivente. Meus pais e meu irmão morreram, não se conseguiram salvar.

- Bem. Eu acho.- respondo. Por fora não me sinto nada bem, mas por dentro me sinto bem pior.

- Tem uma visita para você.- ela fala. Visita? Eu não tenho uma visita desde que cheguei a este hospital à quatro dias.

- Visita? Para mim?- falo surpresa. Não sei quem possa ser.

- Sim. Vou mandar ela entrar.- ela? Mas quem será?

- Ok.- a doutora se vira para sair. - E doutora.- ela se vira para mim.- Obrigada.

- De nada.- ela sorri.- Sabe que não precisa me chamar de doutora, Elizabeth chega.- eu me afeiçoei à doutora desde que sobe da notícia da morte da minha família. Ela está sendo como uma mãe para mim.

- Tá bom. Prometo que não volto a chamá-la de doutora.- suspiro derrotada.

Ela sorri e sai. Entra uma mulher de cabelos negros e olhos verdes. A sua pele branca contrasta com seus cabelos negros. Ela traja um vestido colado ao corpo preto até cima do joelho. O vestido só tem manga do lado direito. Ela também traz uma pequena mala também preta. Um salto agulha preto, não muito alto. A sua maquiagem não é tão carregada quanto seu look. Uma sombra castanha clara, um rímel e um batom bem vermelho que destaca seus lábios carnudos. Ainda não estou a ver quem seja, mas ela me faz lembrar alguém.

- Oi.- ela fala tímida.- Faz tempo que a gente não se vê.- ela pausa.- Você está grande.- ela me olha de cima a baixo.- Wow. Você cresceu imenso.- não respondo e o silêncio invade a sala. Ela vê que não vou dizer nada.- Não se lembra de mim?- enfim uma pergunta com fundamento.

- Não.- cruzo os braços. Ai. Dói por eles estarem queimados mas não vou descruzar.- Não me lembro de alguma vez a ter visto na minha vida.- viro a cabeça para a esquerda, para não a olhar.

- É normal.- ela senta no fundo da cama.- Você não me vê desde que fez quatorze.- espera, acho que já sei quem é.- Eu me afastei de vocês por causa de um relacionamento estúpido que seu pai não aprovava.- eu tenho um palpite.- Eu voltei logo quando soube da tragédia.- a olho.- Procurei saber quem ainda estaria vivo da nossa família. Descobri que você estava, então vim cá. Você não pode ficar sozinha. Então eu vou ficar com sua guarda, visto que você não tem mais ninguém.- aí percebo quem ela é.

- O quê? Você pensa que pode voltar aqui depois desse tempo todo e se apropriar de mim? Você está muito enganada. Eu prefiro ir para um orfanato a ficar com você.- falo irritada. Nunca gostei dela. Ainda bem que ela tinha sumido das nossas vidas.

- Eu sou o único membro de sua família vivo, então você tem que ficar comigo.- ela me olha séria.

- Isso só pode ser outro sonho. Sim.- fecho os olhos com força. Não pode ser verdade.- Minha tia Margueret não está aqui e ela não vai ficar comigo. Ela não está aqui e não vai ficar comigo.- repito várias vezes e respiro fundo entre cada vez que falo. Abro os olhos. Vejo que ela ainda me olha.- Você ainda aí está?- pergunto indignada.

- Sim. Já falei para você que vou ficar com você. Nada pode mudar. Quando você for maior pode fazer o que quiser da sua vida. Até lá fica comigo.- ela fala séria.

- Aposto que meu pai preferia que eu fosse para um orfanato a ficar com a sua irmã que nunca deu ouvidos a ele e acabou no fundo do poço.- provoco ela.

- Mas seu pai não está aqui e quem manda agora sou eu.- ela fala irritada e quase que grita.- Quando você melhorar vem viver comigo.- ela fala isso e sai.

Não me imagino a viver com a minha tia Margueret. Eu nunca gostei dela, não sei bem porquê. Eu não vou com a cara dela.

Cada dia, cada hora, cada minuto, cada segundo que passo sem os meus pais ou o meu irmão me deixa cada vez com mais vontade de desistir de tudo. De mim, da vida, de tudo. Eu sempre fui uma menina estudiosa e eu queria me formar, mas não sei se quero mais. Eu queria que os meus pais assistissem à minha formatura, agora que não estão, dúvido que eu siga em frente. Deixá-los no passado é difícil. Mesmo sabendo que eles vão estar sempre aqui, no meu coração, é difícil.

Meu pai nunca foi muito ligado à religião. Não se importava com a religião que os filhos escolhessem, desde que fossemos felizes. Era a única coisa que importava. Minha mãe pelo contrário era muito religiosa. Ela ia à missa todos os domingos. Ela respeitava as outras religiões e não se importava se nós tivéssemos uma religião diferente da dela. Eu sempre achei o Budismo uma religião interessante. Viver a vida da melhor forma até atingirmos a perfeição, e quando a atingirmos podemos ir em paz, já fizemos nosso trabalho aqui para quê reencarnar outra vez se já atingimos a perfeição? Eu me considero budista. O meu irmão tinha a mesma religião que a minha mãe, religião católica. Eu posso não acreditar no que eles acreditavam, mas eu os respeitava. Neste momento quero reencarnar para uma vida melhor, já que esta está a ser uma merda, uma autêntica merda. De que serve viver se os que amo já não estão cá? Não tenho ninguém. Ninguém. Nem um único amigo.

Neste momento quero cavar a cova mais funda que conseguir e ir lá para dentro. Por outras palavras, quero morrer. A sensação de se querer morrer não é tão má assim, não é pior que a sensação de solidão. Eu sinto os dois. Por um lado sinto que se morrer vai tudo melhorar, vou deixar de estar só. Por outro lado sinto que devo ficar e viver. Sinto que não vivi que chegue. Eu sei que sou uma miúda de 17 anos, mas isso não quer dizer que eu não tenha vivido o suficiente.

Deito-me na cama. Olho para o teto branco. Imagino onde a minha família possa estar, se reencarnou, se foi para o céu como a minha mãe dizia. Eu sei que eles não estão cá, mas parece que, a alma deles ainda se encontra presente. Eu sinto, e esse sentimento faz querer continuar e não desistir.

- Vou viver por vocês.- sussurro ainda olhando o teto.- Prometo.- e fecho olhos. Entro na escuridão. Vou dormir de novo.

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