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Capítulos 5, 6 e 7

[Emerson]

5 – A incursão

Eu observei a fogueira ser acesa no acampamento e vi quando o pastor reuniu o rebanho perto de uma árvore frondosa. Eles estavam se preparando para comer. Eu iria tentar roubar roupas, quando eles estivessem ao redor da fogueira, comendo. Porque daí, os cães pastores estariam com o faro concentrado na comida. Pelo menos, eu esperava que sim.

-Boa sorte! – sussurrou Manuela.

-P-para nós dois! – Hesitei com um pé para fora. – Não ligue a lanterna nem o c-celular. Fique no escuro e em s-silêncio. Se eu não voltar até o a-amanhecer. Siga para o n-norte, mantendo o sol à s-sua direita. Encontre G-göbekli Tepe.

Ela me olhou com os olhos esbugalhados.

-P-para o caso de me a-apanharem – expliquei.

-Se pegarem você, irei socorrê-lo! Óbvio!

-N-na-não!!! V-você não é nenhuma Ju-juna, pirata, pelo amor de Deus! – Respirei fundo, e continuei, num tom menos exaltado. – V-você vai embora, e vai levar o a-a-g-áá... – vendo que ela não compreendia, fiz um esforço para dizer certo, num sopro só: - O "H". Ufa! Caso c-contrário, nenhum de nós d-dois escapará desta época.

E saí, sem dar margem para discussão.

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Caminhei agachado parecendo uma barata, ou lagartixa... Tanto faz. Em parte, estava com medo de que meu turbante improvisado caísse e o meu corte de cabelo ficasse visível. Olhei de relance para cima, para o posto de vigia nos muros de Troia. Meu Deus! Quem diria que eu estaria aqui, de verdade? Pra valer!? Alguém me belisca!

Não, não quero que ninguém me belisque.

Continuei descendo a pequena colina, de olho no grupo de pastores, que estavam bebendo e comendo em torno da fogueira. As tendas ficavam atrás e – espero! - estavam vazias. Agora...

De repente um rosnado me fez parar a meio caminho. Eu congelei no lugar. Era um cão pastor. As ovelhas baliram, em resposta, agitadas com a aproximação de alguém que nenhum deles conhecia – no caso, eu.

De repente, um dos pastores gritou da fogueira, mostrando um pedaço de carne para o cão, e o chamou. Eu podia vê-lo, de onde eu estava, mas ele não podia me ver (a não ser que se levantasse para vir atrás do cão, que por sinal, ficou indeciso se ia ou se ficava sentado diante de mim). Eu o incitei, em pensamento: Vai logo, vira-lata!

O cão decidiu que o pedaço de carne valia mais a sua atenção do que eu. Enquanto ele corria na outra direção, eu segui para perto da tenda, levantei o pesado tecido da parte de trás e entrei. Eu me deparei com um ambiente escuro, onde havia um tapete no centro, almofadas e uma pequena arca. Fui direto para ela, torcendo para que fosse o que eu estava pensando.

E era.

Tirei duas túnicas, véus e lenços. Fiz um embrulho bem amassado com tudo e saí do mesmo jeito que entrei. Passei pelas ovelhas agitadas e corri colina acima, jogando-me para trás da primeira rocha que encontrei. Bem no instante em que me escondi, um dos pastores veio verificar a agitação das ovelhas. Ele olhou ao redor e, então, voltou para o grupo. Recostei na rocha e fechei os olhos, tentando normalizar a respiração. Olhei para cima. O vigia do muro devia estar entretido, porque não tinha me visto ainda. Eu corri ladeira acima e entrei na gruta como um míssil teleguiado.

Manu viu o embrulho nas minhas mãos, sorriu e bateu palmas.

-Agora, sim, vamos para a fase dois do nosso plano – ela disse.

-N-nem sabia que tínhamos a-algo tão elaborado c-como um plano – eu debochei, meio sem ar.

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[Manu]

6 - Em Troia, como os troianos...?

Estávamos os dois inclinados. Emerson com o turbante e eu com os véus me cobrindo. Alguém gritou algo lá de cima e Emerson ergueu o olhar para cima, lamuriando-se em voz alta, numa língua que eu nem imaginava qual fosse.

Houve um momento de silêncio, lá no alto, o guarda gritou para nós algo que me pareceu ser uma pergunta.

Emerson murmurou para mim.

-A-acho que não é aramaico. A-acho que m-meu p-plano de nos fazer passar por pastores p-procurando a-a-abrigo, foi p-pro espaço.

Mas de repente, milagrosamente, alguém falou com o guarda. Seguiu-se uma pequena discussão. A segunda voz, falou alguma coisa para Emerson.

-Acho q-que ele quer ver o que tem sob o seu véu. Você v-vai ter que mostrar a ca-cara.

-Negativo.

-Vai, le-levanta a-a cabeça lo-logo! A-assim, eles comprovam q-que somos um casal inofensivo de pa-pastores.

De má vontade, eu fiz o que ele mandou, preocupada que os caras reparassem nas mechas descoloridas dos meus cabelos. Eu quase não conseguia vê-los, ali de baixo. Distingui apenas as sombras dos vigias, que vez ou outra eram iluminados pela luz das tochas laterais. Estávamos sob o pórtico de um imenso portão feito de madeira maciça.

Eles ficaram calados por um longo momento, então, alguém gritou uma ordem e os portões pesados começaram a abrir, com um rangido alto.

-N-nossa! Nós conseguimos c-convencê-los! Isso é tão maneiro! – disse Emerson, ajeitando o capacete sob os panos. – Estamos e-entrando na inexpug-pugnável Troia.

Em resposta a sua animação, eu arreganhei os dentes.

-Ah, v-vamos lá! C-cadê o seu senso d-de aventura? – ele me perguntou. – O-ou pelo menos o seu s-senso esportivo?

-Era para o meu senso esportivo estar em 2018, no meio do ano, mais especificamente, poucos dias, ou horas antes do acidente do meu pai.

Ele ficou calado, sentindo a minha dor. Provavelmente, pensando que era para ele estar perto do pai, em seus últimos dias... E horas... E eu o arrastei para... Essa merda.

Os guardas surgiram diante de nós e não tivemos mais tempo para pensar em nossas tragédias pessoais.

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De repente, estávamos no interior da estranha cidade. Digo estranha, porque ela parecia pequena, em termos de diâmetro. Mas era enorme verticalmente falando. Eu explico: meus olhos assombrados contaram mais de oito andares de construção sustentada pelo muro. Ou seja, o muro e as construções verticais tinham basicamente a mesma altura. Todos os andares eram perpassados por escadas externas que conduziam, em última instância, aos parapeitos do muro. Todos os andares estavam iluminados por luzes bruxuleantes de candeeiros, mini fogueiras, além dos campanários.

Tentei contar os apartamentos, mas eram vários – entre abertos e semifechados – em cada andar. As escadas por onde as pessoas seguiam para continuar subindo ou descendo, formavam divisões naturais para cada ambiente. Avistei mulheres equilibrando vasos enormes encaixados entre o ombro e a cabeça. Elas subiam e desciam com uma agilidade assombrosa. Avistei vasos ainda maiores, aglomerados na base da escadaria e observei as pessoas tirarem grãos e bebidas de dentro deles.

Crianças brincavam nas escadas, como se fossem playgrounds. Os guardas troianos faziam a vigília nos quatro cantos do muro, mas, pelo visto, era uma cidade tão segura, que não precisava de um contingente maior. Também, com aquele muro...

Bom, acho que denominar aquela barragem protetora de muro, era insuficiente. Muralha estava mais de acordo. Até onde eu podia ver, Troia era favorecida, do lado do mar, pelo penhasco que a suportava, com a muralha majestosa – uma emenda perfeita entre a parte natural com a construída.

Agora, o que será que havia do outro lado da cidade? Emerson esperava que encontrássemos a saída para as montanhas.

Ao nível do solo, reparei nos amplos pátios revestidos de lajotas coloridas formando intrincados mosaicos, e paralelepípedos de pedras bem cortadas. Colunas sustentavam a parte coberta dos pátios. Havia muitas plantas transbordando de balcões e árvores plantadas em grandes vasos quadrados de cerâmica mais grossa e marrom.

Ao centro, havia um conjunto de tendas vermelhas e azuis. Cara! Era uma espécie de feira, as pessoas circulavam ao redor escolhendo objetos, frutas e legumes dispostos em pilhas organizadas; ou penduradas em espécies de painéis de junco. Alguns animais circulavam ao redor. Uma ovelha saltitante veio na minha direção.

-Bééééé!

Carácoles! E ela parecia estar sorrindo para mim! Uma mulher começou a gritar, mas a ovelha nem deu bola. Daí, um garoto veio correndo e puxou a ovelha de volta pela coleira de couro. Pelo visto, a bichinha era de estimação.

De repente, eu percebi que o burburinho ao redor da feira foi diminuindo, até desaparecer por completo.

Todos estavam olhando para nós. Alguns até apontavam. Os dois guardas que liberaram a nossa entrada pareciam bestificados, e olhavam para... mim.

-O que f-foi que você fez, Manuela? – Emerson perguntou, baixinho.

-Euuu?

Todo mundo começou a apontar, e a falar alguma coisa que eu e Emerson não fazíamos a menor ideia do que se tratava.

De repente, alguém berrou algo atrás de nós. Eu e ele nos viramos ao mesmo tempo e nos deparamos com uma mulher ricamente trajada, cheia de joias, muito, muito bonita...

E muito, muito parecida... comigo.

Ai. Meu. Deus.

Ela se aproximou de mim, avaliou-me de alto abaixo. Parecia a minha versão no espelho, com cara de ultrajada. Atrás dela, um rapaz ricamente vestido (ricamente, quero dizer, cheio das joias), e um homem idoso, usando um manto... O velho ergueu as mãos e os olhos para o céu e falou. Havia todo um séquito ao redor deles. E a guria que era a minha cara esculpida em Carrara, começou a esbravejar, apontando o dedão para mim.

-Moça, não aponta esse dedo... – eu a avisei, enquanto o indicador dela começou a voar de um lado para o outro, como uma abelha perto do meu rosto.

-P-pelo a-a-mor de Deus! – sussurrou Emerson. – Não reaja! N-não faça nada!!!

-Ahhhh, isso vai depender... – eu disse.

E quando o dedão dela voou de novo pra cima de mim, eu o mordi.

-AAAIIIIII!!!! – fez a mulher, numa língua universal, ou seja, em qualquer tempo e lugar.

Foi aí que os guardas partiram pra cima da gente.

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[Sandra]

7 - Um não funciona sem o outro

Eu estava quase vesga em cima daquelas anotações. Larguei tudo sobre o colchonete, e contemplei a vista panorâmica do meu "quarto". Mal pude apreciá-la, pois os meus olhos estavam embaçados.

Além do mais, estava escuro lá fora. Tudo que eu via era um mar de sombras, representando as copas das árvores a perder de vista.

Desde que Janice nos despejou de volta à São Longino do Sul - eu, a gata e o Eduardo – eu estava meio desnorteada. Ela disse que não poderíamos fazer nada, a não ser cobrir os rastros de Manuela. Isso, e ficarmos alerta. Mas como cruzar os braços e não fazer nada?

Tentei fazer o que Janice falou, porque ela me assegurou que se eu não fizesse, e toda a situação fosse exposta, eles nunca poderiam trazer Manuela de volta. Se é que o mundo continuaria existindo, como o conhecemos. Ela mencionou um tal de recall/restart que eu não entendi direito. Mas sabia que não era nada bom.

Então, eu voltei para casa, inventei uma desculpa esfarrapada para o vô; coloquei o Bruno para dormir e me mandei antes que a mamãe voltasse para casa. Entrei sorrateiramente no martelo, me joguei na cama e fiquei olhando para o teto, enquanto via a noite mudar de direção, dando lugar à madrugada. Logo amanheceria, e eu ainda não tinha pregado o olho.

Meu celular vibrou. Era Eduardo.

-Como está? – ele perguntou, assim que atendi.

Ouvi ao fundo o barulho de chuveiro.

-Está tomando banho?

Ele ficou calado por uns segundos. – Acabei de terminar de tomar banho.

Mentira, ele estava tomando banho e falando comigo.

-Não levou bronca por chegar de noite? – especulei, tentando não visualizar Eduardo tomando banho.

-Eu não voltei para o alojamento. Não quis arriscar. Decidi me trocar no vestiário do ginásio. Vou me sentar calmamente em minha carteira, na sala de aula, e esperar o dia amanhecer.

Deus... Sem comer e sem dormir, sentado numa carteira dura. Ele devia me amar muito mesmo.

-Nhé? – fez a gatinha Roxy, como quem pergunta se eu tinha descoberto a pólvora.

Só eu não sabia se era a pólvora dos arquivos abertos ao nosso redor, ou a pólvora que chegava pelo telefone.

-Sandra? Ainda está aí?

-Estou... Que noite né?

-Que situação, né? – ele riu baixinho.

-Verdade.

-O que pretende fazer? – ele perguntou.

-Eu estava tentando dormir...

-Ah...

-Não, eu não estava conseguindo mesmo. Eu não quis dizer isso – eu me atrapalhei toda. – Eu quis dizer que vou ter que encarar nossa mãe amanhã de manhã e o Bruno também, e levar adiante a farsa do acampamento da Manuela.

-E na escola?

-Vou ter que fingir que ela pegou uma gripe, ou algo assim, e torcer para que tudo se resolva antes que a escola converse com a nossa mãe ou a nossa mãe converse com a escola...

-Que barra...

Ficamos calados. Ouvi os sons dele se vestindo.

-Pelo menos você já tá de uniforme – eu tentei brincar.

-Ah, é... Tomara que pensem que acordei antes dos outros.

-Tomara...

-Aposto que você está lendo todos os arquivos que roubamos da casa do Nerd.

-Não fala essa palavra.

-Roubamos? Ou Nerd?

-As duas... Eu prefiro dizer que emprestamos para o bem da humanidade, literalmente.

-Aquela tal de Janice, já foi professora da sua escola, né?

-Sim, ouvi dizer que morreu num acidente. Outros diziam que ela foi abduzida por um OVNI.

-Acho que já descobrimos que versão é a verdadeira.

-É, acho que sim – deixei escapar um bocejo.

-Vou deixar você dormir...

-Não, eu... estou... ok...

-Sei... Eu te amo viu?

-Eu... também te amo! Tchau! – desliguei, morta de vergonha. Acho que iria fazer outro bolinho do merecimento pra ele amanhã.

Virei de lado e a música da Disney desapareceu da minha cabeça, quando pensei em minha irmã perdida e assustada, em algum tempo hostil.

-Eu prometo a São Longuinho, que se encontrar a minha irmã e o Emerson, e trazê-los de volta para o nosso tempo, sãos e salvos, eu darei três pulinhos... E eu farei o bolinho do merecimento para a Manuela.

Fechei os olhos e adormeci. Acho que senti a gata cutucando a minha barriga com as patas, antes de se deitar em cima de mim para dormir também.

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