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Capítulos 1 e 2

"Quem controla o passado, controla o futuro; quem controla o presente, controla o passado..." George Orwell (1903-1950)

Parte 1

Um dos passados recentes, em andamento

[Aslon]

1 -

A variável interveniente

O lugar fora criado para projetar uma sensação de paz e tranquilidade; e assim, propiciar vibrações positivas direcionadas à interação produtiva. Todos os nossos cenários de trabalho eram assim – verdadeiras telas de bem estar que alinhavam os programas, e seus respectivos projetos, com a proposição primordial de nossos arquitetos.

Sendo assim, o cenário criado para o Laboratório Arquetípico de Componentes Biológicos (LACOBI) produzia o equivalente ao que os humanos, com seus sentidos primitivos, chamariam de um "mix" de sensações, sons e imagens: o vento farfalhando a copa dos coqueiros; o marulhar das ondas quebrando suavemente na areia fria da praia; o por do sol no horizonte marítimo, com suas cores derramando-se em um quadro harmonioso...

Nós, transhumanos, abrimos mão de tudo isso. Tivemos que fazê-lo. Nossa existência estava comprometida por nossas atitudes descompensadas, irresponsáveis e egoístas. Deixamos chegar ao ponto de não haver mais Natureza para dar suporte a nossa existência. O equilíbrio da biosfera se rompeu, a fome aumentou, e vírus mortais atacaram nossos organismos de forma constante e implacável. Encurralados, sem matéria prima básica da Natureza para produzir medicamentos e alimentos, ou qualquer proteção, escolhemos transcender e assumir o compromisso perpétuo de velar a evolução de outras humanidades espalhadas pelo cosmo.

Escolhas conduzem a ganhos e perdas. Sempre. É uma lei perene, imutável, e uma das mais indefectíveis do universo, pois implica em ações conscientes, com consequências explícitas e implícitas.

Hoje, podemos dizer que aprendemos com nossos erros e nos tornamos uma coletividade equilibrada. Se isso tivesse acontecido antes do fim iminente, talvez ainda pudéssemos desfrutar de sensações que, agora, são apenas uma lembrança.

A lembrança de como é sentir a areia de uma praia sob as solas dos pés, ouvir a carícia do vento, ou das ondas do mar...

Quando olhamos para a abençoada biosfera do planeta Terra, vemos o quanto é semelhante a nossa, de há três bilhões de anos. Por isso, a recuperação da fauna e flora prejudicadas deste jovem planeta, é objeto de especial interesse para nós.

Ao longo da cronologia transhumana, nosso compromisso com a evolução ampliou-se. A cooperação com outras espécies inteligentes, nesta parte conhecida do universo, trouxe novas demandas. Criamos a Liga Intergaláctica, como parte do exercício do livre arbítrio regrado pela consciência e dignidade humanas. A Liga tem por principal objetivo conceder chances igualitárias de aprendizado e auxílio tecnológico para todas as espécies de vida conscientes e, consequentemente, ensiná-las o seu papel de guardiãs para as espécies que ainda estão vulneráveis.

Mas os compromissos com a Liga não monopolizam toda a nossa atenção. Pelo contrário, consistem em apenas uma fração de nossas interações interespécies. Nós existimos para o auxílio, e de maneira geral, conduzimos vários grandes programas de evolução humana. Esta é nossa principal linha de ação.

Eu sou um desenvolvedor, uma humilde peça em todo esse grande esquema das coisas. Na sociedade transhumana existem estratificações sociais e áreas, cenários e ações, com diferentes especialistas e funções. Em ambientes virtuais tão amplos, posso resumir as nossas atividades para a evolução humana, basicamente, da seguinte maneira:

Quando um projeto se diversifica, ele recebe o status de programa. Cada programa é coordenado por um supervisor, e vinculado a um Portfólio maior, encabeçado por um arquiteto. Os supervisores acompanham em suas listas-mestras, os projetos a eles submetidos. Tudo acontece em tempo real. Nossa estrutura comunga para a integração e colaboração constante. Quanto mais os desenvolvedores interagirem produtivamente entre si, mais acesso ao supervisor, eles conseguem.

A cada participação dos desenvolvedores nas ações uns dos outros, seus nomes e respectivos projetos são duplicados nas listas-mestras dos supervisores, engajando-os ainda mais em suportes virtuais. E eis a razão, uma delas, pela qual estou agora envolvido no LACOBI, conhecido popularmente como biblioteca arquetípica.

A biblioteca é conduzida por Agapor, que se tornou um desenvolvedor quase na mesma época em que eu ascendi. Se antes trocávamos experiências por afinidade, agora também por questões de trabalho.

Neste exato momento, todos os desenvolvedores do Programa de Mapeamento das Aprendizagens Humanas (PMAH) estão efetuando uma análise metalinguística do reaproveitamento biológico a ser depositado na biblioteca de Agapor; particularmente os aminoácidos, cujas combinações compõem os blocos de construção do universo.

Queremos que essas informações fiquem acessíveis ao nível intelectual dos humanos da Terra; especialmente, aqueles que conseguem se lembrar da biblioteca arquetípica visitada em seus sonhos, ou durante estados alterados de consciência. Essas informações estão sendo oferecidas na "tela" virtual da biblioteca e replicadas na atmosfera da Terra - para os humanos intelectual e tecnologicamente mais adiantados. Isso porque é muito importante que a moralidade se sobreponha à perícia instrumental.

Compreendemos que a evolução moral e a tecnológica não necessariamente andam juntas. Tal constatação origina-se da observação dos humanos da Terra. Enquanto eles veem seu próprio progresso sob uma perspectiva linear, a História e cronologia provam que é cíclica e inconstante. E que um recall/restart só tornou ainda mais frágeis as ramificações culturais que os sustentam, e que custam longos períodos para se instalar e florescer.

Uma dos objetivos principais da biblioteca arquetípica é o aprendizado dos terráqueos sobre o constante reaproveitamento executado pela Natureza; eles se fecharam em bolhas alienadas de cultura. Não observam com frequência os eventos além de sua preconcepção pessoal. Necessitam urgentemente retomar o exercício da observação reflexiva.

Atualmente, alguns deles parecem um pouco mais suscetíveis e estimulados a observar como a Natureza realiza seu processo de reciclagem. Mas ainda não formam um grupo significativo para que grandes melhorias se façam evidentes na biosfera da Terra. Precisamos de mais humanos interessados em replicar a sabedoria da Natureza.

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Nada se perde na Natureza, tudo se transforma.

Se por exemplo, os humanos aprenderem cada vez mais o quanto os reinos plantae e fungi abundam em material reutilizável - os cogumelos, as algas marinhas, ou as cascas que as árvores soltam... A fotossíntese das plantas em geral, por si só, oferecem elementos, dos quais, os humanos poderão depreender alternativas inteligentes de energia limpa; evitando o desperdício e a perda de matéria prima – pois irão ter em mente que toda e qualquer matéria prima é fornecida unicamente pela Natureza. Sem esta, o ser humano da Terra irá morrer, enquanto espécie.

Como nós morremos, há três bilhões de anos.

Sim, meus caros! Morremos enquanto espécie material e nos reinventamos como espécie virtual. Migramos do mundo físico e moribundo para as teias tecnológicas. Foi um longo e doloroso ajuste que nos custou muito tempo até alcançar o estado de equilíbrio, enquanto coletivo, e um relativo bem estar, enquanto indivíduos.

Há muito, deixamos de perseguir o que os humanos mais primitivos ainda se apegam com desespero - desejo, cobiça, saciedade, diversão. Tudo isso pobremente definido e por eles denominado com grande euforia de "felicidade". Em minha opinião, sem que de fato compreendam o real significado da palavra.

Porque se compreendessem, não destruiriam o planeta com tamanha determinação.

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Ao final da fase de interlocução, na biblioteca, recebi um memorando por parte de meu supervisor Xteron, alertando-me para o fato de que uma variável interveniente desconhecida tornou-se ativa em meu projeto. Portanto, era alvo de nosso interesse e preocupação. Fazia-se míster encontrar a ação comprometida e descobrir que variável é esta, a fim de isolá-la.

Variáveis intervenientes são assim denominadas por constituírem eventos classificados como incontroláveis. Podem ser inesperados ou até imaginados/cogitados, mas não podem ser contidos previamente pelos desenvolvedores, durante a concepção de um projeto, ou a execução de uma ação científica coordenada. Tais variáveis minam os nossos esforços, distorcem os microdados, e levam a falsos resultados - podem fazer fracassar a conclusão de uma hipótese de pesquisa.

Não sejamos modestos, uma variável interveniente pode engatar em outras variáveis intervenientes, trazendo-as à tona ou ativando-as; e assim, perturbam o projeto como um todo e se alastram, criando o chamado efeito dominó. Em outras palavras, ao derrubar um projeto, este pode derrubar os demais projetos; e, juntos, podem derrubar o programa como um todo. O que necessariamente iria nos forçar a dar início ao que chamamos de recall/restart – o protocolo de contenção para preservação do programa.

Desde muito cedo, os desenvolvedores aprendem que devem iniciar o protocolo quando a variável ainda está contida na fase inicial de sua atividade, ou seja, dentro de uma ação do projeto, a fim de não perdê-lo. Seria um procedimento análogo ao caso da gangrena num organismo vivo. O membro comprometido é extirpado para salvar o organismo como um todo.

No caso do meu projeto, porém, seria catastrófico iniciar outro protocolo de recall/restart, considerando a natureza delicada das ações por mim desenvolvidas. Estamos salvando três espécies comprometidas: os ashurianos, os nelanos e os adapas.

Depois de todas as dificuldades que enfrentamos, iniciar mais um protocolo de recall/restart poderia levar à extinção - sem possibilidade de salvar sua cultura genética e conhecimentos sociais adquiridos. Como eu disse antes, a História nos conta que um recall/restart nunca foi benéfico para a evolução das espécies envolvidas.

As três espécies começariam do zero, mesmo.

Bem, não seria a primeira vez...

Preocupado diante da realidade que se descortinava, eu entrei em sintonia com o supervisor, a fim de me por a par da situação. Alguns outros desenvolvedores, supervisores e assistentes entraram em sintonia livre, interessados no tema discutido em nossa reunião.

Considerando a natureza do problema, decidimos ser oportuno trazer para o seio da Liga Intergaláctica, uma nova espécie com ressalvas de privilégios até que um tratado, ou protocolo de intenções fosse estabelecido. Na verdade, isto já estava sendo considerado. Mas teríamos que adiantar as coisas.

Há milênios monitoramos essa nova espécie que se desenvolveu mais rapidamente e concomitante à civilização de origem adapa. Até o presente, não vimos razões para intervir, posto que, em certa medida, eles vivem em homeostase com os demais ciclos de vida do planeta. Essa espécie é extremamente hierarquizada, com um passado violento, mas que serviu para - a duras penas – criar regras muito mais eficientes em suas castas sociais, do que as regras da frágil sociedade adapa.

Assim sendo, faz-se míster contatar sua liderança a fim de participá-la do problema em questão e prepará-la para o que vem a seguir. Afinal, a variável interveniente afeta a todas as formas de vida na Terra, com possíveis ramificações para as espécies inteligentes em outros planetas (aquelas que tiveram e/ou mantêm contato direto com os adapas terráqueos, ao longo de sua cronologia).

A tratativa, no entanto, deve se dar de maneira cuidadosa. Para que não haja tensões, efeitos colaterais, ou desencadeie reação adversa, tal como falta de cooperação. Não deixa de ser irônico. A existência dessa espécie se deu pela ação do ocaso; eles são fruto de uma anomalia. Portanto, ao pé da letra, os imortais também poderiam ser classificados como variáveis intervenientes.

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[Aslon]

2 -

Sala de crise

Ao nos debruçarmos sobre a variável interveniente, descobrimos que ela já estava atraindo outra variável para o seu "movimento". Isto era muito mais sério do que eu poderia imaginar, pois contaminou e subverteu uma regra universal - o livre arbítrio; o que basicamente quer dizer que o livre arbítrio seria testado nas engrenagens do universo.

O PMAH estava definitivamente ameaçado.

A responsabilidade de salvar o programa recaiu sobre os meus ombros. Contudo, devo ressaltar que os demais desenvolvedores, supervisores e até arquitetos vieram em meu socorro, e se dispuseram a ajudar no que fosse necessário. Este é o cerne do aprendizado de nossa espécie. Para o bem comum, todos os especialistas ampliam o seu raio de ação e colaboram sem restrições, diante de uma ameaça como esta.

Ao final da reunião, eu tinha graves preocupações, e precisava tomar atitudes de extrema cautela... Mas, também, estava esperançoso de superar a situação, devido ao maravilhoso fluxo de solidariedade por parte de meus colegas.

Criamos uma força tarefa para dar conta desta variável, diante da delicadeza e iminência de desenvolver um novo projeto agrupado a fim de evitar um recall/restart.

Por se tratar de resgate e salvamento, devo chamar o Príncipe Adad para cientificá-lo da questão e nos auxiliar na execução do mesmo. Ao fazê-lo, porém, elaborei um memorando com o resumo, por itens, do projeto a ser executado em caráter emergencial.

Mensagem destinada aos executores: Com saudações da Liga, enviamos os itens do processo alinhavado e detalhado, para sua ciência, anuência e/ou possíveis críticas e contribuições. Aguardamos manifestações.

Atenciosamente, Aslon.

Envio: interdimensional. Destinos: Nova Ashur/Muralha.

Recebimento: instantâneo.

Status: aguardando resposta.

Enquanto esperava pela manifestação do Príncipe Adad, e por parte das Cúpulas da Liga e da Muralha, devo colocar o projeto em execução e monitorá-lo atentamente. Espero que os arquitetos nos deem suas bênçãos e nos orientem, para que nossas ações levem ao equilíbrio e impeçam a destruição de todos os nossos esforços.

Preocupava-me a reflexão de meu supervisor, quando indaguei sobre as próximas ações, caso esta primeira parte do projeto resulte em fracasso.

Fique tranquilo e trabalhe sua frustração, Aslon, - ele me recomendou. - Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance. O projeto agrupado ao original é o resultado deste esforço que, esperamos, alcance o objetivo de conter os danos.

Se acaso nossos esforços fracassarem, simplesmente recomeçaremos. É o que fazemos sempre, sem desistir, mas também, sem paixões ou vícios primitivos que levem a pensamentos de desespero... Cuidado com o apego... Tenha isso em mente, não devemos nos apegar emocionalmente aos nossos atuais colaboradores primitivos. Eu sei que é difícil, depois de tanto empenho e tendo você acompanhado de perto a vida deles, mas você sabe que recomeçar, às vezes, é um mal necessário.

Bem... era isto. Se eu, Adad, e os demais colaboradores fracassássemos, a Terra teria de passar por um novo recall /restart...

Então, não haveria mais adapas, nelanos, ashurianos, e nem os imortais. Pelo menos, não por alguns milênios.

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Um dos possíveis presentes.

Reunião Emergencial - Ata número 5.32678.4039584.-492875.39302-333000.0000. F

Assunto: projeto de intervenção de caráter agrupado – falha de nível 1.

-Senhores – disse Agapor. – Temos um paradoxo em começo de função. Se não tomarmos uma medida rápida, ele logo irá se alastrar e comprometer todos os projetos destinados à Terra.

-Concordo que a situação é delicada – eu respondi. – Mas acredito que devemos dar mais um tempo para que o livre arbítrio resolva o problema. Caso contrário, apesar de resolvermos cirurgicamente a anomalia temporal, teremos reverberações sobre a lei do livre arbítrio que deverá afetar de maneira muito mais radical, todos os outros projetos. E neste caso, não teremos como consertar.

Agapor ponderou o argumento e manteve-se calado.

-O que sugere? – indagou meu supervisor direto, Xteron.

-Eu sugiro acompanharmos, cada qual em sua frente de trabalho, a evolução dos humanos diretamente envolvidos no aparecimento do paradoxo. E também, que monitoremos a expansão das bordas do paradoxo.

-Tudo bem... – concordou Xteron. – É justo. No entanto, estabeleceremos uma classificação para este paradoxo. Com 1 para o atual estágio e 5 para o pior estágio. Se o paradoxo evoluir para, digamos, 3... Teremos que iniciar o protocolo de recall/restart.

-Mas que critérios adotaremos para tal classificação? – indagou Agapor, preocupado.

-O nível de expansão para fora da cidade de São Longino do Sul, – sugeri, enumerando: - os elementos históricos que o paradoxo compromete a cada atualização, as pessoas direta e indiretamente afetadas por suas atualizações...

-Concordo – disse X-Teron.

-Deve haver mais critérios que possamos usar, para amarrarmos bem a proteção planetária – comentou Agapor, não de todo convencido.

- Não se preocupe, Agapor – disse X-Teron. - Nossos cientistas estão trabalhando nisso, para criar um modelo previsível de expansão do paradoxo, como fizemos com o buraco negro próximo de áreas habitadas do universo. Tão logo terminem, eles irão alimentar os bancos de dados de todos os desenvolvedores, para que tomem as medidas cabíveis.

-É bem razoável – concordei, imaginando que eu teria que tomar parte ativa no trabalho de Adad, se quisesse auxiliá-lo a resolver o problema e não perder nosso projeto. – Vou apresentar a sugestão de indexamento para minhas pontuações.

-Recebeu a autorização dos arquitetos? – indagou Agapor, visivelmente aliviado.

-Sim – eu sorri. – Eles permitiram que eu faça todas as pontuações contidas no projeto agregado.

Xteron encarou Agapor e os demais desenvolvedores. – Mais alguma coisa? Podemos concordar com as diretivas propostas? - Todos assentiram. - Esta reunião está encerrada. Por favor, arquivem a ata em seus respectivos projetos e a publiquem no códice do Portfólio Agenda Terra.

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Eu continuei na sala de crise, porque precisava de um conselho de X-Teron e, também, de Agapor.

-Como eu disse antes, deverei fazer as pontuações. Sei que é extremamente raro, e que deve ter um protocolo impessoal para tanto, por isso, preciso de seus conselhos para começar o processo, de maneira correta.

X-Teron e Agapor me encararam, circunspectos.

– Estamos aqui para auxiliá-lo no que for necessário – disse Agapor.

X-Teron fez um movimento e o holograma que representava o tempo-espaço, equacionado pela gravidade do planeta Terra, surgiu no ar.

-Sabemos que cada tempo-espaço é diferente de planeta para planeta, conforme sua gravidade, idade, composição de núcleo, movimento de translado/rotação, etc. Agora – ele fez um gesto, aumentando a imagem de um trecho do espaço-tempo onde havia acontecido uma ruptura visível. O lapso que desencadeou o paradoxo – Aqui, você terá que pontuar, conforme os elementos da costura original que se partiram. Como se os costurasse artificialmente.

-Sim, compreendo, X-Teron - assenti. - Como se eu pegasse um tecido rasgado e puxasse as malhas rompidas para que se fechem.

-Você deve considerar a coerência histórica antes da ruptura e da bifurcação temporal aqui – ele apontou para o ponto original. – Que levou ao parodoxo aqui em cima – e apontou para o tempo presente.

-Não obstante, se não conseguir gerar livre arbítrio suficiente para costurar o tempo da melhor forma possível, terá que abortar sua missão e dar início ao recall/restart.

-Entendi. Vou esboçar um plano e passarei para vocês aprovarem.

- Como disse, estamos a disposição. Faça e daremos nossa opinião sobre o plano desenvolvido – disse Agapor. – Mas tenha em mente que dois dos doze arquitetos foram contrários ao projeto agregado de salvamento. Devemos colher seus argumentos para os problemas que eles consideram importantes, a fim de solucioná-los.

-Boa ideia, Agapor – disse eu.

-Se me permitem, posso enviar um memorando diretamente ao Portfólio, a fim de obter o relatório da reunião dos arquitetos, sobre o nosso caso.

-Excelente, faça isso, Agapor – disse X-Teron.

A maravilha da nossa evolução era que, diferentemente dos humanos primitivos, a hierarquia não era sinônimo de superioridade e inferioridade, mas de funções específicas. Todos os trabalhadores possuíam o mesmo status uns frente aos outros.

-Sou-lhes muito grato – respondi, imaginando onde estaria Adad, naquele momento. Sem sua intervenção, o meu plano talvez não obtivesse êxito.

-Boa sorte, Aslon! – desejou-me X-Teron. - O destino da Terra está em suas mãos, agora.

Será?

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