🔞Capítulo 34. Um doce pelo seus pensamento 🔞
Matteo dirigia pelas ruas movimentadas da cidade, ainda imerso na brisa fresca do início da manhã. A rádio tocava suavemente, mas sua mente estava a mil. Depois de deixar Layla no trabalho, pegou o celular e ligou para o irmão, Enrico, mas foi Lucca quem atendeu, sua voz grave denunciando o humor típico de quem havia acabado de acordar.
— Bom dia, flor do dia! — Matteo saudou com seu tom bem-humorado.
— É o Lucca... O que foi? — respondeu o irmão, seco, como sempre.
Matteo revirou os olhos, um sorriso se formando. Já estava acostumado com a irmã do irmão.
— Só queria avisar o estressado que deixei Layla no trabalho dela. Ela está bem e segura. — Matteo informado, mantendo o tom leve.
— Ele vai adorar saber. — Lucca respondeu, com uma ironia que era quase palpável.
— Mentiroso. — Matteo riu, apertando mais o volante. — Como estão as coisas por aí?
Do outro lado da linha, Lucca suspirou antes de responder:
— Lecce mandou mensagem. Parece que Vitória vai ficar em casa por um tempo. Temos que lidar com isso.
Matteo franziu o cenho, sentindo o desconforto no tom de voz do irmão.
— Isso é o quê? — Fiquei intrigado.
— O show que o senhor Ressaca Moral deu ontem, indo atrás da Layla. — Lucca respondeu com uma calma forçada.
Matteo praguejou baixo, o tenso maxilar.
— Você socou a cara dele, né? — Matteo disse, já sabendo a resposta.
— Não foi bem assim... Eu dei uma cabeçada no nariz dele. Sem querer querendo. — Lucca disse, com a voz séria, mas Matteo conseguiu sentir o traço de um sorriso na frase.
Matteo bufou, entre exasperado e divertindo-se com a cena que imaginava.
— Ele vai surtar quando souber disso. — Matteo disse, a voz de descrição.
— Vai surtar mais quando descobrir o que está em jogo. — Lucca desconto. — Quero dizer, Vitória "volta dos mortos", achando que está com Enrico, enquanto ele cortou um dobrado pela Layla. E ama ela profundamente, diga-se de passagem.
Matteo abriu os lábios. Sabia que Lucca tinha razão.
— E todos nós gostamos dela. Layla é incrível. Mamãe... Bem, mamãe tem aquele jeitinho dela, mas acho que até ela gosta. — Lucca contínua.
Matteo soltou uma risada seca.
— Agora que o Lecce voltou, talvez ela volte a gostar também. Vai saber.
O silêncio parou por um momento. Matteo estacionou o carro diante do escritório e, antes de desligar, murmurou:
— Eu gosto dela. Na verdade. Layla é uma boa menina, sabe?
Do outro lado da linha, Lucca não respondeu imediatamente. Matteo podia imaginar o irmão em silêncio, processando as palavras. Ele sabia que Lucca também compartilhava esse sentimento.
— Ela é mesmo. — Lucca respondeu finalmente, num tom mais suave.
Matteo sinceramente, satisfeito por aquele raro momento de concordância entre eles.
— Preciso ir trabalhar. Tchau. — Matteo desligou, guardando o telefone no bolso antes de sair do carro.
Enquanto subia os degraus do prédio, Matteo refletiu sobre a confusão que envolvia Layla, Enrico e agora Vitória. A vida nunca parecia dar trégua, mas ele tinha certeza de uma coisa: a lealdade e o respeito que sentido por Layla eram inegociáveis.
O quarto estava mergulhado na penumbra, o ar carregado pelo cheiro adocicado e enjoativo dos charutos fumados na noite anterior. Lucca estava sentado em uma poltrona próxima à janela, um livro aberto no colo. Ele não lia realmente; seus olhos passavam pelas páginas enquanto sua mente divagava. Tinha aceitado a tarefa de vigiar Enrico, mas a espera era tediosa.
Quando os ponteiros do relógio marcaram quase 15h, um movimento como um sobressalto atraiu sua atenção. Enrico se despertou de súbito, como se emergisse de um pesadelo. Os olhos estavam vermelhos e inchados, o rosto levemente pálido.
— Meu Deus, que sono pesado. — Lucca murmurou, fechando o livro e colocando-o de lado.
Enrico se levanta lentamente, instrui as têmporas com as mãos como se tentasse conter uma dor insuportável.
— Minha cabeça dói... Parece que tive um pesadelo.
Lucca soltou uma risada amarga, balançando a cabeça.
— Pesadelo, não. Vitória está aqui em casa, com recomendações médicas para ficar. Marta está coagindo todos por conta disso. Um inferno bem real, se quer saber.
Enrico gemeu, cobrindo o rosto com as mãos, como se quisesse escapar da realidade sufocante.
— Agora minha cabeça dói mais. — Ele tossiu, com dor na garganta arranhada e na língua pesada. O gosto amargo da ressaca parecia grudado nele.
— Quer comer algo? — Lucca disse, tentando parecer prestativo, embora a impaciência estivesse clara em sua voz.
— Não. Quero tomar um banho e procurar a Layla.
Lucca cruzou os braços, encarando-o com seriedade.
— Papai quer falar com você.
— Foda-se. — Enrico rebateu, se levantando com esforço. A dor de cabeça latejava com intensidade enquanto ele caminhava cambaleante até o banheiro.
Trancado no espaço, Enrico encostou a testa na fria superfície do espelho. Os olhos que o encaravam de volta eram os de um homem exausto. Abriu o armário em busca de remédios e encontrou um frasco esquecido no fundo. Engole dois comprimidos de uma vez, sem se importar com a recomendação de dosagem. Sabia que o intervalo seria lento, mas qualquer coisa era melhor do que aquele martelar incessante.
Deixando a água quente escorrer sobre seu corpo, Enrico tentou dissipar a tensão acumulada. Os minutos se arrastaram enquanto ele refletia sobre os fragmentos desconexos da noite anterior. A lembrança de Layla surgia em flashes: o som de sua risada, o brilho em seus olhos. Ele desejava desesperadamente ir até ela, deixar-la saber o quanto era importante.
Mas a conversa com seu pai pairava como uma sombra. Ele sabia que precisaria enfrentar aquilo eventualmente. Seu coração, no entanto, ansiava por uma simplicidade que parecia cada vez mais inalcançável. Imaginou-se longe dali, vivendo uma vida modesta ao lado de Layla, em uma casa pequena onde a critério do mundo não os conseguiu. Era um sonho, ele sabia, mas que se agarrava como uma âncora em sua mente.
Quando finalmente saí do banheiro, com os cabelos ainda úmidos e o rosto mais relaxado, descobri que o quarto estava vazio. Lucca havia desaparecido, mas em cima da cama escondidava uma bandeja com um bilhete escrito à mão:
"Saia com cuidado. Disse que ainda está dormindo."
Enrico se sentou lentamente, observando o café da manhã deixado por Lucca: um copo de suco de melancia, um sanduíche simples e um bolinhos. A fome parecia domina-lo; devorou cada pedaço como se não comesse há dias. A doçura do suco e a maciez do pão acalmavam sua mente, aliviando a dor insistente na cabeça. Sentia-se mais lúcido, mas sem controle.
Levante os olhos para o relógio na parede: 16h33. Foi adiantado, mas não pretendia ficar mais um minuto em casa que parecia uma prisão.
Desceu as escadas em passos silenciosos, tentando não chamar atenção. Mas, assim que chegou ao saguão, uma voz familiar o chamou.
— Enrico! — era sua mãe.
Fingindo não ouvir, acelerou o passo e saiu pela porta principal, o coração batendo forte pela adrenalina. Assim que entrou no carro, ligou o motor e partiu em alta velocidade. Talvez estivesse dirigindo imprudentemente rápido, mas não importava. Precisava ver Layla.
Quando chegou à boutique onde ela trabalhava, o sol da tarde lançou sombras longas sobre uma vitrine reluzente. Assim que entrou, todos os olhares se voltaram para ele. Sua presença era imponente.
Layla estava em um canto, distraída. Parecia cansada, quase exausta, e isso fez seu coração apertar. Ignorou gentilmente um atendente que se aproximava para recebê-lo, levantando a mão para detê-la. Seguiu direto para Layla, com passos firmes.
— Un pensiero dolce come il miele... (uma expressão com um doce pelo seu pensamento) — sussurrou perto de seu ouvido, a voz baixa e suave como uma carícia.
Layla se virou de repente, surpresa. Seus olhos encontraram os de Enrico, e por um momento, o tempo pareceu parar.
— Enrico, o que você está fazendo aqui? — Disse, tentando manter a compostura, consciente do ambiente de trabalho ao seu redor.
Ele é inteligente, aquele sorriso atrevido e encantador que ela conhecia bem demais.
— Achei que gostaria de ver meu lindo rosto.
— Você está bem? — Disse, tentando manter uma certa distância por profissionalismo, embora cada fibra de seu corpo lhe dissesse para se aproximar.
— Quero comprar um vestido, — respondeu-lhe com um sorriso malicioso. — E talvez um café... e um provador.
— Um provador?
— É para minha namorada. Quero que ela experimente.
— Quais das suas namoradas?
Enrico olhou com uma expressão séria, mas divertida.
— Eu só tenho uma namorada. E se ela não me obedecer, vou beijá-la e, depois, pedir sua chefe para demiti-la se comportar assim.
Layla sorriu, embora não quisesse. Não consegui evitar. Com um gesto, ela o guiou até o provador VIP, uma área reservada e bem decorada. Enrico se acomodou em um amplo sofá de veludo, relaxando enquanto o leve perfume de sândalo e flores frescas preenchia o ar.
— Então, minha doce e rebelde namorada, você vai me ajudar a escolher ou eu vou ter que improvisar? — Pediu com um ar que o tornava irresistível. — Eu quero alguns vestidos — disse ele, a voz firme e suave ao mesmo tempo, como se cada palavra tivesse sido calculada. — Algo simples, mas elegante.
Ele gentilmente, um sorriso que parecia penetrar na alma, como se pudesse ler cada pensamento que ela tentava esconder.
— Sim, senhor — respondeu Layla, tentando manter o profissionalismo, embora saiba que isso era quase impossível com ele por perto.
Ela saiu da sala, sentindo o ar mais pesado e quente. Caminhou pelas araras, separando vestidos que se encaixavam no que ele havia descrito. Mas, ao tocá-los, seu pensamento flutuava. Não escolhia apenas pelo pedido de Enrico, mas pelo que sabia que ele gostava de ver as roupas. Quando voltou para o provador, ele estava sentado no sofá, tomando um café com uma expressão de completa tranquilidade.
Ao vê-la entrar, Enrico se levantou e se dirigiu, caminhando em sua direção. Seus olhos dançaram pelas peças que ela segurava, parando em um vestido específico.
— Qual o senhor deseja? — disse Layla, tentando manter o tom neutro.
— Prove a rosa de seda — respondeu ele, puxando suavemente o vestido da arara. Era uma peça deslumbrante, com tecido leve e brilhante que caía suavemente, adornado por um decote profundo nas costas. — Por favor.
Layla hesitou por um momento, mas concordou. Caminhou até o pequeno biombo e começou a se despir, consciente de cada movimento. Ficando apenas de calcinha e sutiã, sentindo o peso do olhar de Enrico mesmo sem vê-lo diretamente. Ele suspirou, os olhos brilhando com uma intensidade que a fez engolir em seco. Ele cruzou as pernas, tentando manter o controle sobre si mesmo.
— Tire o sutiã — pediu ele, a voz baixa, quase rouca.
Ela virou a cabeça para encará-lo, os olhos encontrando os dele em um contato visual que parecia eletrizar o ar ao redor. Com mãos firmes, mas lentas, desfez o fecho e deixou o sutiã escorregar pelos braços. Colocando o vestido escolhido por ele, sentiu o vestido de seda deslizar pelo seu corpo logo em seguida, o tecido fresco acariciando sua pele quente enquanto ela ajustava as alças.
— O que você acha? — Disse ela, dando uma volta para que ele pudesse observar.
Enrico levantou-se devagar, como se cada movimento fosse calculado. Seus olhos percorreram cada detalhe dela, do vestido aos fios de cabelo soltos que emolduravam seu rosto.
— Não gostou? — insistiu Layla, a voz baixa, quase trêmula.
Ele se moveu, parando a poucos centímetros dela.
— Perfeita — sussurrou, a voz de transmissão de emoção. — Nem parece real.
Os dedos de Enrico traçaram suavemente o rosto de Layla, como se cada linha de sua pele fosse uma obra de arte a ser admirada. O toque era uma mistura de delicadeza e intensidade, carregado de algo que transcendia as palavras. Layla sentiu um arrepio percorreu-lhe a espinha, como se o mundo ao seu redor tivesse se desintegrado, deixando apenas o calor do toque dele.
— precisamos conversar — ela murmurou, tentando agarrar-se à racionalidade que escapava como areia entre os dedos.
— Eu sei... — Enrico respondeu, a voz baixa e rouca, tão próxima que parecia sussurrar diretamente à sua alma. — Há tantas coisas que precisamos resolver, mas, por agora, eu só quero você. Quero sentir você, amore mio.
A intensidade das palavras dele fez o coração de Layla disparar. Um calor começou a subir por seu corpo, misturando-se com o desejo que ela tanto lutava para conter.
— Enrico, por favor... — Tentou protestar, mas sua voz soou fraca, quase um convite.
Com um movimento firme, porém cuidadoso, ele deslizou as mãos pelo tecido delicado do vestido, que escorregou para o chão, deixando-a vulnerável diante dele. O olhar de Enrico era reverente, como se estivesse diante de algo sagrado.
— Eu te amo, Layla — disse ele, com uma urgência que parecia vir de algum lugar profundo. — Preciso de você, agora e sempre.
Os dedos traçaram uma linha ao longo do pescoço, causando uma onda de calor que fez prender a respiração. Antes que pudesse reagir, os lábios dele retornaram à curva de seu pescoço, depositando beijos que incendiaram sua pele. Eles se moveram, quase sem perceber, até o sofá espaçoso.
— Enrico... — Layla suspirou, os dedos entrelaçando-se nos cabelos dele, puxando-o para mais perto.
O momento era carregado de desejo e urgência, mas também de uma conexão emocional que transcende o físico. Enrico desabotoou as calças com pressa, liberando apenas seu membro. Layla, por sua vez, deslizou a calcinha para baixo com movimentos rápidos.
Ele a tomou com um movimento rapido e profundo, preenchendo-a com uma completamente.
— Enrico... — o nome dele escapou de seus lábios em um sussurro enviado de emoção.
— Ah, amore mio.. — ele respondeu, os lábios quase colados à dela. — Senti tanto a sua falta, como se séculos fossem sem você.
Os corpos deles se moviam em sincronia perfeita, cada toque, cada gemido, cada olhar aumentando o fervor do momento. O mundo parecia parar, direcionado naquele instante de pura conexão, onde tudo o que existia era o desejo e o amor entre eles.
— Sim, Enrico... por favor... — Layla implorou, os dedos cravando-se nas costas dele, como se precisasse disso tanto quanto ele naquele momento.
— Eu te amo, amore mio — ele sussurrou contra o ouvido dela, o timbre de sua voz tão carregado de emoção que era quase uma confissão renovada. — Você é tudo para mim.
Layla respondeu, com os olhos brilhando:
— Eu também te amo, Enrico.
As palavras dela o levaram ao ápice, um êxtase que não era apenas físico, mas espiritual. Juntos, alcançaram o clímax, seus corpos tremendos e suas respirações entrecortadas enquanto a paixão os consumia. Por um momento, o tempo pareceu parar, deixando apenas o eco de seus corações batendo em uníssono.
Quando tudo terminou, Enrico deixou-a para perto, envolvendo-a em um abraço protetor, como se nunca mais quisesse soltá-la. Layla descansou a cabeça em seu peito, ouvindo o som ritmado de seu coração, enquanto ambos se deixavam envolvidos pela serenidade do momento.
O riso suave de Layla ecoou pelo provador, iluminando o ambiente.
— Vai ter que comprar o vestido. — Ela disse, com um brilho travesso nos olhos.
— Vai ter que usar o vestido. — Enrico respondeu com um sorriso que parecia enviar segundas coisas interessantes. Ele se declarou, ajustando a própria roupa com a roupa que era natural.
Layla, apressada, começou a se vestir, as mãos trêmulas enquanto o olhar de Enrico permanecia fixo nela, como se gravasse cada detalhe daquele momento.
— E para quais eventos, exatamente, eu preciso desse vestido? — Ela disse, enquanto deslizava os últimos botões do tecido.
— Bom, isso é uma surpresa. — Ele falou, aproximando-se para roubar um beijo. Foi um beijo cheio de amor, quase desesperado, como se quisesse compensar o tempo perdido. — Eu já disse que sinto sua falta? — Enrico sussurrou contra os lábios dela, a voz baixa, quase um sussurro, fornecido de uma ternura que fez o coração de Layla acelerar.
De repente, o som da porta se abriu os fez congelar. Ambos se viraram rapidamente para encarar um gerente, que, constrangido, tentou esconder o sorriso ao flagrá-los em um momento tão íntimo.
— Já vamos fechar. — Disse ela, enquanto Layla dava um salto, afastando-se de Enrico com o rosto ruborizado.
— Eu vou ficar com o vestido. — Disse Enrico, recuperando a compostura e caminhando até a caixa. Antes de sair, inclinou-se e deu um selinho rápido em Layla. — Vejo você lá fora.
Um gerente atrás da sala, observando Layla com um olhar cúmplice.
— Fizeram as pazes? — Perguntou com um sorriso malicioso.
Layla suspirou, desviando o olhar.
— Ainda não... — Admita. — as coisas são complicados.
Um gerente assentiu, compreensiva.
— Imagino. Mas, se você servir de consolo, ele realmente parece um homem apaixonado.
— Meio doido, obcecado, ciumento... — Layla completou, com um sorriso cansado.
— Mas ele não trai. Pense nisso. — A mulher piscou, incentivando-a com um sorriso caloroso. — Agora vá se arrumar. Você está liberado. Vai ficar linda naquele vestido.
— Obrigada, senhora.
Layla deixou o provador, o coração batendo rápido. Havia algo no jeito como Enrico falava que a deixava ansiosa, especialmente quando ele mencionava que eu precisava conversar sobre problemas. Arrumou rapidamente suas coisas e, ao sair com a bolsa suspensa no ombro, avistou Enrico no balcão próximo à saída.
Ele a viu primeiro, o olhar iluminando-se ao reconhecê-la. Sem hesitar, ele a deixou delicadamente pela cintura, envolvendo-a em um gesto protetor enquanto saíam juntos da loja. Layla sentiu o calor do toque dele e, por um momento, permitiu-se acreditar que tudo ficaria bem.
Mas nenhum dos dois estava preparado para que os aguardavam do lado de fora.
Matteo estava encostado no carro, com seu sorriso travesso de sempre, os braços cruzados como se esperasse algo grandioso.
— Olha o casal 16. — Ele disse, rindo abertamente assim que os viram.
Enrico revirou os olhos, já antecipando o incômodo.
— Por que 16? — Ele disse, franzindo o cenho enquanto dava o primeiro passo para brigar com o irmão.
Matteo enviou ainda mais, claramente se divertindo com a situação.
— Ela é 15 e você 1. — Ele respondeu, aproximando-se para pegar a mão de Layla e beijá-la com exagero. — Vim te buscar, Bella.
Enrico bufou, afastando a mão de Matteo com um gesto firme.
— Vocês precisam parar com isso de "minha mulher".
— Que chato, hein? — Matteo gargalhou, ignorando a reclamação de Enrico.
Layla riu baixinho, achando graça da interação.
— Obrigada, cunhado. Estou de carona.
Matteo então ficou sério por um instante, direcionando sua pergunta diretamente a ela.
— Vocês estão bem? — O tom era genuíno, e o olhar de preocupação era direcionado a sua cunhada, sabia que fazer parte da família não era para amadores.
— Vamos conversar, mas sim, estamos. — Layla respondeu com um sorriso suave. — Obrigada por tudo, Matteo.
– Que isso. Hoje vou ao Valete jogar. Você não vai trabalhar, né?
— Não, senhor.
— Então tá. Tchau, Bella. Tchau, maninho.
— Vai se foder, Matteo. — Enrico retrucou com um tom misto de diversão e segurança.
Matteo apenas deu um sorriso de canto, entrou no carro e partiu rapidamente, deixando um silêncio momentâneo no ar.
Enrico suspirou, passando a mão pelos cabelos enquanto olhava para Layla.
— Por que meus irmãos vocês amam tanto? — Ele disse, o ciúme evidente na voz.
— Ele me trouxe para o trabalho. É estranho dizer que gosto dele? — Layla respondeu, um brilho de provocação em seus olhos.
— É.
— Mas eu gosto dele.
Enrico parou de caminhar, franzindo o cenho com uma expressão de incredulidade.
— E de mim?
Layla fez uma pausa, fingindo refletir profundamente enquanto ele encarava.
— Não gosto. — Ela disse, deixando um silêncio calculado no ar.
Enrico arqueou a sobrancelha, confuso e parou a protestar, mas ela completau com um sorriso travesso:
— Eu amo você.
A expressão dele suavizou instantaneamente, o sorriso surgindo em seus lábios como uma onda de descanso e felicidade.
— Eu também te amo. Eu te amo tanto que me deixa louco. Eu juro.
Ele abriu a porta do carro para ela com um gesto que misturava sua habitual gentileza e possessividade. Layla entrou, ajeitando-se no banco e observando-o contornar o carro para sentar ao seu lado.
Enquanto ele ligava o motor, Layla estendeu a mão e segurou a dele, entrelaçando seus dedos.
— Não precisa jurar, amor. — Ela disse baixinho, com um tom carregado de ternura.
Enrico abriu sua mão suavemente, olhando para ela com intensidade.
— Mas eu juro mesmo assim. — Ele respondeu, sua voz baixa e grave.
Enquanto o carro se afastava, deixando a loja para trás, ambos sabiam que a conversa que os aguardavam era importante, mas naquele momento, o silêncio entre eles dizia tudo. O amor deles, apesar de tumultuado, era uma força inegável. E juntos, enfrentariam o que viesse.
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