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Capítulo 32. Batmovel

O sol da manhã entrava timidamente pelas janelas do carro, iluminando o interior com um brilho suave e dourado. Era por volta das sete, e a cidade começava a ganhar vida ao redor deles. O som distante de motores e passos apressados ​​misturava-se ao barulho da música que tocava no carro, vibrante e animado. Layla ajustou a alça da bolsa no colo, olhando de relance para Matteo.

Ele estava sempre à vontade, como se nada no mundo pudesse tocá-lo. Matteo abriu a porta para ela com um movimento casual, segurando-a por um breve instante antes de ir para o outro lado e ocupar o banco do motorista. Assim que se acomodou, ligou o som e aumentou o volume até que a música preenchesse o espaço ao redor deles. O carro deu partida suavemente, e Matteo começou a cantar junto com a música, balançando os ombros e batendo no volante com os dedos.

Layla observava a cena, sentindo a estranha dualidade de sua companhia: enquanto Matteo parecia imerso em sua bolha de alegria despreocupada, ela carregava um peso no peito que parecia crescer a cada milhão. Ele notou. Sempre notava.

— Está muito sério, Bella . O que está acontecendo? — Matteo perguntou, os olhos ainda na estrada, mas a voz repleta de uma curiosidade que beirava a provocação.

— Você está de tão bom humor... e tudo parece tão tenso.

Matteo deu uma risada leve, aquela típica que sempre parecia zombar das situações e disse:

— Cresci na casa de um descendente da máfia italiana. Aprendi que nada é tão ruim que não possa piorar.

— Enrico foi socado. — Layla soltou, direta.

— Ah, ele estava louco, Bella . E, para ser honesto, nem foi bem assim. Eu só exagerei um pouco na narrativa. Faz parte do show. — Matteo arqueou as sobrancelhas com exagero, uma mão soltando o volante para gesticular dramaticamente.

— Você é muito estranho, Matteo.

— Já fui chamado de coisas piores. — Ele enviou de lado, seus olhos ainda fixos na estrada.

O silêncio que se acalmou não era desconfortável, mas carregava algo diferente, como se Matteo estivesse se preparando para dizer algo importante. Com um movimento tranquilo, ele abaixou um pouco o volume da música. Sua postura, geralmente descontraída, pareceu ficar um pouco mais séria.

— Sabe, Enrico sempre foi o favorito do nosso pai. Ele era como uma versão pequena de Don Corallo. Meu pai adorava isso. Minha mãe... — Matteo fez uma pausa, apertando levemente o volante. — Ela sofreu de depressão pós-parto. Nunca tivemos exatamente aquele momento de reconexão. Algumas mães superam, pedem perdão. A minha nunca pediu. Logo depois ela ficou grávida de Lucca e Lecce e eles tiveram a melhor mãe do mundo.

Layla virou o rosto para ele, surpresa pela vulnerabilidade repentinamente em sua voz. — Deve ter sido difícil.

Matteo deu de ombros, mas havia algo em seu sorriso que não alcançava os olhos. — Foi o que foi. Mas tive uma coisa que nunca esqueci. Um dia, vi um homem enfrentar o Don Corallo. Nunca tinha visto ninguém fazer isso antes. Ele simplesmente... não se intimidou. Essas coisas para o meu pai que me fizeram pensar: "Quero ser assim quando crescer". Claro, meu pai o comprou depois. Todo mundo tem seu preço. Mas por um momento, ele foi incrível.

— Quem era ele? — Layla gritou, intrigada.

— Um procurador. — Matteo soltou uma risada curta, como se estivesse rindo de algo distante. — Perguntei ao tio Al na época. Ele e eu éramos próximos, antes de ele virar Fernandes.

Layla assentiu, compreendendo aos poucos. — E foi isso que você fez entrar nesse mundo?

Matteo olhou para ela de lado, com um sorriso cheio de ironia e disse:

— Quando você é jovem, quer mudar o mundo. Depois, percebe que a maçã não cai longe da macieira.

— Não acho que você seja tão parecida assim com o Don Corallo. Cada um de vocês tomou um caminho diferente. — Layla arqueou as sobrancelhas, mas sua expressão suavizou.

Bella, somos mais parecidos com o que você imagina. Mas obrigado por tentar me convencer do contrário. — Ele piscou para ela, mudando de tom repentinamente. — Agora, vamos subir o som do batmóvel!

— Batmóvel? — Layla repetiu, rindo.

— Nome do meu carro.  — Matteo brincou, girando o botão do volume.

— Tudo bem. Pode subir o som do batmóvel. — Layla cedeu, finalmente relaxando com uma risada leve.

A música voltou a preencher o carro, e Matteo, com seu jeito despreocupado e ao mesmo tempo cheio de histórias, parecia direção não apenas do veículo, mas dando ritmo daquele dia que acabava de começar.

Matteo parou o carro em frente ao prédio onde Layla morava. O som da música que ainda preenchia o ambiente morreu quando ele desligou o motor e se virou para ela com um sorriso travesso.

— Pode ir se trocar que eu te levo para o trabalho. — ele disse, os olhos brilhando com aquele toque de tristeza que sempre acompanhava suas palavras.

Layla olhou com uma mistura de surpresa e cansaço. Ela ainda sentiu os efeitos da noite anterior, a tensão com Enrico emparelhando em seu corpo, mas havia algo reconfortante em estar ali com Matteo, de certa forma. Ele parecia não carregar o peso das coisas, ao contrário dela.

— Posso ir para o apê? — Ela disse com uma leve hesitação.

— Sim, pode ir... mas não vou deixar. Vai lá, te espero aqui. — Matteo arqueou uma sobrancelha, brincando.

Layla não teve tempo de argumentar. Ela balançou a cabeça, sorrindo levemente, e saiu do carro. A manhã estava calma, sem pressa, como se o mundo lá fora tivesse dado uma pausa para ela, uma pausa que era quase um rompimento. A rua estava silenciosa, o movimento do dia ainda a engatinhar. Tudo parecia tão distante da melhoria e dos nervosismos de sua vida com Enrico.

Ela subiu, cada passo parecia mais pesado que o anterior, mas a sensação de estar sozinha no apartamento, sem a presença de Enrico, era ao mesmo tempo reconfortante e estranho. O lugar estava calmo, como um respiro que ela não sabia que precisava até aquele momento.

Tomou um banho rápido, deixando a água quente lavar as feridas do corpo. Quando começou a secar os cabelos, o som da campainha tocou de sua concentração. O coração de Layla deu um salto inesperado de expectativa. Talvez fosse Enrico. Ela se apressou, com uma esperança involuntária, mesmo que a razão a avisasse do contrário.

Ao abrir a porta, ela encontrou Matteo, de braços cruzados, um sorriso no rosto, mas sem a brincadeira leve de antes. Ele estava ali, esperando, como se fosse o mais natural dos gestos.

— Layla, eu estava te esperando. — Matteo disse, com um tom mais sério do que ela imaginava.

— Achei que era brincadeira. Desculpa. — Ela se atrasou da porta, ainda surpresa.

Matteo deu um sorriso irônico, entrando sem pedir permissão. — Não, você acha que você deixaria ir andando? Você é a filha favorita do meu pai.

Layla parou por um momento, olhando para ele. Ele estava sendo provocador, mas havia algo mais em suas palavras, algo que a fazia se sentir importante, como se, de alguma forma, fosse mais do que apenas a cunhada de Matteo.

Ele se deixou cair no sofá da sala, como se estivesse em casa, com a naturalidade de quem conhece todos os cantos desse espaço. Layla, por sua vez, se apressou a voltar para o quarto, onde sua rotina de preparação para o trabalho a aguardava.

— Estou terminando de me arrumar. — Ela disse, tentando dar um toque de normalidade à situação.

— Tudo bem, fique à vontade. — Matteo respondeu sem tirar os olhos do celular, o foco dele agora em algo completamente alheio ao que acontecia ao seu redor. Ele parecia confortável ali, como se estivesse apenas esperando a passagem do tempo, sem pressa.

Layla correu o mais rápido que poderia para terminar de se arrumar. Olhou para o espelho e, por um segundo, se sentiu estranha. Não sabia bem o que estava acontecendo entre ela e Matteo, mas, por alguma razão, o desconforto não era tão forte quanto a sensação de que algo precisava mudar em sua vida. A presença dele ali, tranquila e sem pressa, parecia a oportunidade de um novo começo.

Quando finalmente saiu do quarto, Matteo ainda estava no sofá, distraído com seu jogo. Ela hesitou por um momento antes de falar, tentando disfarçar a inquietação.

– Pronto. Eu não sabia que estava me esperando. Faltam alguns minutos para o meu horário.

Ele olhou para ela por cima do celular, com um sorriso despreocupado. — Vamos, quero tomar um café.

Ambos desceram rapidamente. O caminho até o carro foi mais curto do que Layla imaginava. No momento em que entrou, Matteo deu partida no carro e seguiu em direção ao oposto do trabalho dela, sem dizer uma palavra. Layla olhou para ele com um olhar curioso, mas Matteo simplesmente sorriu e balançou a cabeça, como se fossem informações exatas onde queria ir.

Ele estacionou em um pequeno café escondido em uma rua tranquila, um dos seus lugares favoritos. O aroma do café fresco se manteve pelo ar enquanto eles saíram do carro. Era um refúgio da corrida do dia, e por alguns minutos, Layla sentiu que podia respirar de verdade.

— Vamos. — Matteo disse, empurrando a porta do café e convidando Layla para entrar.

Matteo e Layla sentaram perto da janela, a visão de um mundo simples e rotineiro diante deles, uma cena quase distante da vida agitada que ambos levavam. Eles tomavam o café, enquanto Matteo observava os pais levando os filhos na escola, com um olhar pensativo.

— Você gosta de criança? — Ela perguntou, quebrando o silêncio.

— Sim, gosto muito. — Matteo respondeu com um sorriso suave, mas os olhos voltados para o movimento lá fora.

Ele sempre imaginou uma vida diferente, com uma casa cheia de risos infantis. Algo tranquilo, talvez até uma fuga, mas ele nunca tinha dito isso em voz alta para ninguém. Não até agora.

Matteo abriu um sorriso, o tipo de sorriso que parecia ser mais brincalhão do que sincero.

— E você? — Ele a olhou com uma curiosidade desconcertante. — O que acha de ter filhos um dia?

— Um dia, quero ser mãe. — Layla respondeu com um brilho nos olhos, sem esconder o desejo que sempre tivea, mas que parecia tão distante agora.

— Eu também queria. — Matteo disse, a voz mais baixa, um pouco mais séria do que o habitual. Ele olhou para os pais lá fora, para as crianças com mochilas nas costas. — Mas Mia não quer ter filhos, então fico em um impasse. Eu vejo essas pessoas com os filhos e penso... "Será que estão felizes ou não?" Ter filho deve ser algo incrível, mas é complicado.

Layla, que ainda olhou pela janela, apenas assentiu com a cabeça, sua mente distante. Ela sabia o que ele queria dizer. Criar uma vida com alguém, com uma criança, deveria ser um ato de amor, mas também de sacrifício. E, para Matteo, a dúvida estava ali, emparelhando no ar, como uma sombra que ele não sabia como afastar.

— Você e o Enrico? — Matteo disse de repente, com aquele sorriso peculiar. Ele parecia se divertir em provocar Layla. — Soube que um dos planos dele para te fisgar era te engravidar.

— Como é? — Layla se virou para ele, surpresa, o sorriso desabando de seu rosto.

— Ah, ouvi uns comentários... — Matteo deu de ombros, como se falasse de algo trivial. — Ele disse que seria uma das opções para obrigar você a se casar com ele.

— HA HA HA... Muito engraçado. — Layla soltou uma risada incrédula, mas sua voz saiu com um tom debochado.

Matteo apenas a consolado, sério, mas com um brilho de quem sabia mais do que estava contando.

— Acredite se quiser, Bella. Não é exatamente algo impossível.

Layla olhou para ele por um momento, tentando entender se ele estava apenas provocando ou se havia algo mais por trás das palavras. Mas então ela percebeu que ele realmente achava que Enrico era capaz de algo assim. Isso a incomodou, mas ela não queria demonstrar.

O restante do café foi uma conversa leve, jogada fora, sem muitos altos nem baixos. Eles conversaram sobre coisas banais, sobre o tempo e as idas e boas-vindas da vida, até que o horário de entrada de Layla chegou. Matteo a deixou na porta do seu trabalho, com um sorriso amigável no rosto.

— Se precisar de carona, pode me ligar, Bella. — Matteo disse, com aquele tom de quem não estava preocupado com mais nada, como se o dia fosse apenas uma sequência de momentos tranquilos.

— Sim, senhor. — Layla respondeu, com um sorriso sincero, talvez o primeiro do dia que realmente fez sentido para ela.

Matteo pediu-se e abriu a porta para Layla, um gesto cortês, mas com um toque de familiaridade. Ele beijou suavemente a mão dela, o toque de seus lábios quase efêmero. Ela agradeceu com um sorriso e som para dentro do prédio, sentindo-se estranhamente aliviada.

O dia de Layla no trabalho foi um pouco tumultuado, mas não pelos desafios profissionais. Sua mente estava em outro lugar, longe das tarefas e compromissos. Ela não conseguiu parar de pensar em Enrico. Como ele estaria? Será que estava bem? O que realmente acontecia na mente dele? O que Matteo havia dito sobre ele, sobre seus planos, ficou ecoando em sua cabeça, deixando-a inquieta.

Ela sentiu que, de alguma forma, o caminho dela estava se afastando de Enrico. E isso é a confusão mais do que gostaria de admitir.

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