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Capítulo 08. Viagem ao interior.

Enrico achou que as ordens do seu pai vieram bem a calhar, talvez passar um tempo com Layla fizesse ele entender tudo que havia sentido, por que estava irritado com a gentileza dela com Lecce? Por que ele se importava com onde ela dormia? Porque ele ficava olhando de longe como se fosse um adolescente.

Enquanto caminhava atrás de Layla ele parou no jardim, sua mãe mudou as plantas de lugar novamente.

— Bom dia mamà — Enrico beijou os cabelos de sua mãe — Viu a Layla?

— Está estendendo os lençóis — Eleonor disse — O que precisa dela?

Eleonor viu Enrico olhando a Layla um dia enquanto ela limpava as janelas, ele tinha aquele olhar confuso igual quando era criança e tentava entender como funcionava o cubo mágico.

— Papai pediu para levar ela embora.

— Ah — Eleonor sorriu — Ele diz que ela parece a Bisnonna, é verdade.

— Você conheceu ela?

— Ela cuidava de mim também — Eleonor sorriu — Eu não tinha reparado, é verdade. Tinha um jeito duro e amoroso de nos repreender.

Eleonor Corallo era a verdadeira dona do prestigiado sobrenome Corallo. Herdeira de uma poderosa máfia siciliana, seu destino foi marcado pelo poder e pela tradição. Quando a máfia começou a enfrentar dificuldades, ela e Joseph foram enviados para viver com a bisavó de Joseph, uma senhora de origem humilde que vivia do que colhia em seu pequeno sítio. Essa mulher simples cuidou deles com carinho, ensinando-lhes os valores da vida simples e a importância do trabalho duro.

Aos 14 anos, Eleonor foi chamada de volta pelo pai, que havia encontrado um lugar seguro para ela. Pouco tempo depois, Joseph, que era mais velho, também foi chamado de volta. Durante seu tempo longe, o pai de Eleonor, um homem severo e calculista, treinou Joseph nas artes sombrias da máfia. Joseph aprendeu a ser implacável e calculista, características que sua bisavó jamais teria aprovado. O menino bondoso da casa da nonna se transformou em um homem de olhos frios e coração endurecido.

Aos 18 anos, Eleonor foi obrigada a se casar com Joseph, cumprindo as ordens de seu pai. O casamento não foi fruto de amor, mas sim uma aliança estratégica para fortalecer a posição da família na máfia. Joseph, agora com 20 anos, já era um capo respeitado, com olhos que não revelavam mais a doçura de sua juventude.

Joseph e Eleonor formaram uma união poderosa, mas marcada pela frieza e pela obrigação. Apesar das circunstâncias, Eleonor manteve sua dignidade e força, características que a tornaram uma figura respeitada e temida. Joseph, por outro lado, se dedicou completamente aos negócios da máfia, sua alma cada vez mais imersa nas sombras do submundo. A vida que levaram juntos foi cheia de desafios, mas também de uma parceria silenciosa e inquebrável, construída sobre a necessidade de sobrevivência e o desejo de manter o legado Corallo vivo.

— Bisnonna ensinou muito para nós, pena que seu pai acabou se perdendo quando meu pai o buscou. Acredito que o nome Corallo tem uma maldição.

— Que horror mamà — Enrico encarou a mãe, ela não era uma pessoa afetuosa mas ela falava com uma frieza ímpar.

— Longe do meu jardim — Ela disse segurando uma pequena inchada na mão.

— Vou atrás de Layla, fazer o que papa mandou.

— Ele está dando um tiro no próprio pé.

— Como?

— Layla quer trabalhar pra pagar suas dívidas, se tudo for pago ela terá motivos pra ficar aqui? — Eleonor sorriu para Enrico — Por mais que Tereza se arrependa, não sei se ela é capaz de perdoar a mãe. Eu nunca perdoei minha família.

— Farei o que o Don Corallo mandou. — Eleonor balançou a cabeça dispensando Enrico, quando chegou à cozinha

Quando Enrico chegou aos fundos da casa, Layla estava cantando uma música e estendendo roupas, Enrico se aproximou dela e tocou seu ombro.

— MINHA NOSSA SENHORA — Ela olhou para ele.

— Layla, pode se trocar, preciso te levar a um lugar.

— Não posso — Layla virou de coisa para Enrico — Não quero alimentar as fofocas, pode ir embora?

— Que fofoca?

— Eu estou dormindo com os filhos e o pai — Layla sentiu seus olhos encherem de lágrimas — Pode ir.

— Layla, não se preocupe, vamos dar um jeito nos boatos. Será que você pode vir comigo? — Ela balançou a cabeça, seus olhos doíam de tentar fazer as lagrimas não cair. — Eu prometo que ninguém falará nada.

—Quer me dizer o que precisa?

— Estou cumprindo as ordens de Don Corallo, viu como é meu pai, pode me ajudar?

Layla se virou para Enrico, ele viu que seus olhos estavam cheios de lágrimas, ela limpou as lágrimas com seu avental.

— O que precisa?

— Se troque, vamos sair.

Layla foi para seu quarto, ela passou a chave na porta, tirou seu uniforme e tomou seu banho, pegou o vestido que havia ganhado e vestiu, colocou sua sapatilha de serviço e saiu pelos fundos.

Com o celular na mão, ela foi na lista de contatos ligou para Enrico. Ela correu para garagem.

— alô? — Enrico disse surpreso

— Eu estou na garagem, onde você está? — Ela sussurrou.

— Estou indo.

Ele desligou o telefone, vendo os contatos, ela apagou o de Enrico e colocou Hades lembrando de como havia o chamado e riu sozinha.

Enrico procurou Layla mas não a viu, ele chegou perto de seu carro e ela estava escondida

— Ah Layla — Enrico disse fazendo ela se assustar, ele ficou com pena dela. — Devia ignorar as fofocas.

— Não consigo — Ela se levantou

— você é uma bobinha né? — Enrico riu, ela entrou no banco de trás — Não sou seu motorista Layla, senta na frente.

— Pode ser depois que sair?

— Bom se você não for na frente eu vou amarrar você pro lado de fora — Ele disse serio, ela caminhou até o banco da frente e se sentou — Bem melhor

Enrico entrou no carro e saiu dirigindo, Layla se encolhia, mas ninguém poderia ver os vidros eram muito escuro, ele apenas riu, ele ligou o som tocava uma música no fundo

— Onde vamos? — Layla perguntou

— Vai ver quando chegarmos — Enrico disse serio, era motorista de Layla dela agora? Era estranho.

— Posso pedir algo?

— Acho que pode mais do que eu.

— Pode parar na farmácia, sabe vocês vivem se machucando naquela casa, pelo amor de Deus não tem cuidado nenhum.

— Você tem dinheiro para parar na farmácia — Layla abaixou a cabeça, não era a intenção mas Enrico havia sido rude. — Desculpa.

— Peguei com a minha mãe, mas eu vou devolver.

Ele suspirou e olhou para ela, a música tocava Layla parecia mais desconfortável que da primeira vez.

Foram mais de quarenta minutos até chegar ao centro de compras da cidade, ele parou na farmácia, viu Layla sorrindo para a farmácia, parecia que eles tinham chegado em um lugar incrível.

Ela desceu rapidamente, ele revirou os olhos, fechou o carro e a seguiu. Layla estava com uma cesta pequena na mão, ela pegava pomadas, curativos, atadura, segurando o celular na mão e somando cada item.

Ela parou de forma abrupta fazendo Enrico trombar nela.

— Que susto Layla — Ele a encarou o pote de creme, seus olhos se encheram de lágrimas. — O que houve Tesoro?

— Nada.

Ela seguiu andando pela farmácia, pegou algumas coisas e eles foram até o caixa, Enrico estendeu o cartão antes que Layla pagasse a conta

— Não precisa. — Ela abaixou a mão dela. — Eu tenho dinheiro.

— Eu sei e não é esse o ponto.

— Não quero que você pague.

— Não dificultar ok? — Enrico aproximou o cartão da máquina e pagou a conta.

— Obrigada — Ela disse tímida — Não precisa pagar as coisas pra mim

— Eu sei que não preciso, Layla.

Ambos saíram da farmácia em silêncio, Enrico tomou o carro para dentro do centro comercial chegando a uma loja de roupas que sua mãe mandou, ele parou o carro.

— O que vamos fazer aqui.

— Layla, vamos comprar umas roupas para você, venha.

— Não quero

— Eu também não, mas precisamos respeitar o Don, acha que me divirto sendo rebaixado a sua babá? — Enrico tinha se irritado com ela, envergonhada de ser visto com ele? Ele nem a tocou nem nada e se sentia culpado e ele odiava se sentir assim. — Anda logo.

Enrico desceu do carro e Layla também, ela o seguiu em silêncio — Escolha o que quiser.

Layla olhava tudo, nunca tinha entrado em um lugar tão bonito e limpo, comprar roupas novas ela nunca tinha tido oportunidade. — Não quero nada. — Ela disse de cabeça baixa.

Enrico foi até as araras de roupas, pegou duas saias longas parecidas, cabia em Layla. Ele pegou duas blusas, um vestido preto. E colocou nos braços dela.

— Qual número você calça?

— 38.

— pé grande — Ele riu

— Eu sou uma mulher alta. — Layla tinha um corpo em forma de uma ampulheta, era magra mas tinha um quadril largo e seios grandes.

— Vai provar as roupas. — Enrico disse e ela entrou no provador.

Ela colocou o vestido preto, o decote era grande ou seus seios eram grandes demais. — Layla sai pra eu ver como ficou — Enrico disse.

— Por que?

— Anda — Ele ordenou e ela saiu, ele não conseguiu olhar tudo, seus seios pulavam pra fora daquele vestido, ele engoliu seco seu coração começou a bater rapidamente — Pode ir.

Ela entrou e ele suspirou, ele havia feito bem de pegar blusa com a gola alta, ela vestiu todas as peças e haviam ficado certo em seu corpo, ela escolheu um calça jeans e Enrico havia pegado três paredes de sapato para ela.

— Bom — Ele disse para vendedora — leve isso para o caixa que já vou pagar.

Ele caminhou com Layla até a parte de roupas intimas femininas, sua face ruborizou — Escolha algo pra você dormir — Ele disse

Ela pegou um pijama sem olhar direito, ela estava constrangida — isso é estranho

— Também acho — Enrico falou estava de costa para ela. — quer algo mais

Ela encarava uma camisola rosa com um brilho nos olhos, Enrico estava olhando atrás do espelho. Parecia uma criança, ela acariciava a peça

— Layla? — Ele a chamou

— Não — ela disse séria entregando a peça para a vendedora.

— Ok.

Enrico foi até o caixa pagar as compras de Layla e carregou para fora, colocando no porta malas do carro.

— Está com fome? — Enrico perguntou.

— O que está pretendendo?

— Nada Layla. — Ele a encarou — não gostou das compras? Eu fiz algo pra você?

Layla não disse nada, apenas ficou em silêncio fazendo Enrico suspirar de frustração, será que ela não podia agradecer? Ele fazia bem menos pelas outras elas pagavam ele com uma gratidão tão grande. O silêncio dela era a morte dele.

— Eu sei, mas agora vamos sair. Espero que esteja tudo bem pra você.

Eles entraram no carro, Enrico virou o carro e entrou na pista. O som dele tocava uma música embalava a viagem, pelo menos não havia um silêncio constrangedor, havia outras coisas constrangedoras mas não o silêncio.


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𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 12. 𝒜 𝒸𝒽𝓊𝓋𝒶

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A pista estava bem movimentada, estranhamente Layla não perguntava nada. Enrico gostaria de falar com ela mas não puxaria assunto. Suas costas estavam doendo, ele estava tenso, só ele, parecia pacífica olhando pela janela, vendo as árvores se movimentar.

Layla por fora estava calma porém por dentro ela era tempestade, ela pensava em tudo que tinha ouvido. Ela não sabia para onde estava indo, mas estava cansada e com os olhos pesados.

O telefone de Enrico tocou assustando os dois, era Don Corallo no telefone, ele sabia que Enrico e Layla estavam juntos.

— Estou no carro, pode falar.

— Está sozinho?

— Não senhor, Layla está comigo.

— Ah sim, ia perguntar dela mesmo, tudo bem Layla?

— Sim senhor. — Ela respondeu — ele pode me ouvir? — Enrico começou a rir dela fazendo ela fechar a cara novamente.

— Pegaram a pista? — Corallo perguntou

— Sim papà — Enrico respondeu seriamente.

— Layla, eu preparei uma surpresa pra você.

— As roupas, senhor? Estou muito grata.

— Não, Enrico está te levando para a cidade da sua avó, ele vai te ajudar com as suas dívidas e resolver os assuntos — Corallo disse — E depois vocês voltam.

— Senhor, eu não...

— É um empréstimo Layla — Ele disse serio — Irá pagar.

— Sim senhor.

— Enrico cuidado na estrada

— Layla vai chegar inteira senhor

— Não é isso, o tempo fechou, parece que vai chover, não quero que andem com a pista molhada.

— Pode deixar Senhor, vamos nos cuidar. E o senhor também, tome seus remédios.

— Se cuidem, tchau.

Enrico desligou o telefone e a música começou a tocar nova, Layla cantarolava a música, quando as primeiras gotas começaram a acertar o carro fortemente.

Enrico olhou o GPS, faltava algumas horas para chegar na cidade.

— Melhor parar — Layla disse.

— Eu sou um bom motorista e podemos ir assim.

— Você não devia ir contra seu pai.

— Me diga, por que ele está tão enfeitiçado por você?

Layla encarou Enrico com ódio no olhar — Você acha que estou dormindo com seu pai? Fiquei sabendo que nunca fiz isso.

Enrico franziu a testa, ele não havia entendido o que isso queria dizer — Com ninguém?

— Minha vida particular não é sua conta. — Layla virou o rosto para fora.

— Então me conta o que você tem com ele.

— Eu sou gentil com ele, apenas isso. Talvez se vocês fossem menos duros uns com os outros.

— Minha pai não é gentil com ninguém e eu não fui criado docemente.

— Eu também não, mas escolhi levar a vida com leveza

— Só isso?

— Eu fiquei nervosa, comecei a tagarelar com seu pai e ele sorriu pra mim. Não sei explicar o que houve. — Layla olhou para Enrico — Ele só está cansado da vida, todos estão.

Enrico olhou para Layla, mas ele não sabia o que dizer. Talvez fosse isso, aquela casa cheia de sombra tinha um raio de luz que ligava música e ria, era isso né.

— Tem um lugar para parar até a chuva passar. — Ela concordou com a cabeça.

Enrico parou no motel de beira de estrada e pediu um quarto, ciente de que não era o tipo de lugar que ele costumava frequentar. O recepcionista, um homem de meia-idade com olhar cansado, entregou-lhe a chave do maior quarto disponível. Enrico subiu as escadas estreitas, sentindo o cheiro de mofo que impregnava o ar.

Ao abrir a porta do quarto, foi recebido por um ambiente desolador. As paredes estavam amareladas pelo tempo, com manchas de umidade se espalhando pelos cantos. A cama, coberta por uma colcha desbotada, rangia ao menor movimento. O cheiro de mofo era ainda mais forte ali dentro, misturado com uma leve nota de desinfetante barato.

— Nossa, tem horas que me surpreendo com as coisas. — Enrico se sentou na poltrona que tinha lá. Layla estava visualmente nervosa, ela se sentou na ponta da cama — Layla pode ficar tranquila — Enrico disse olhando para ela — Você está fora dos limites.

— O que?

— Meu pai disse pra gente te respeitar, acho que já fazia isso, se passei dos limites com você peço desculpa.

— Não, você sempre foi gentil comigo.

— Que bom — Enrico sorriu para ela.

Agora era o momento que ele gostaria de passar dos limites, era mentira se falar que seu corpo não ficava tenso na presença dela.

— Você devia deitar um pouco, para descansar — Layla levantou da cama — Bem diferente da sua casa.

— Sim tesoro. — Enrico suspirou, ele estava cansado — Vou aceitar, minha cabeça está doendo.

— Você deve ter pensado demais.

— O que quer dizer? — Enrico olhou para Layla seriamente.

— Acho que você está com os olhos meio confusos, não sei, parece pelo menos.

Enrico tirou os sapatos, o casaco e a camisa. Os olhos de Layla foram para a do peito de Enrico. Ele ficou parado encarando ela. — É uma árvore.

— Por que?

— Não sei, eu apenas achei bonita. — Enrico se deitou na cama, colocou o braço sobre a testa e fechou os olhos.

Layla se sentou na poltrona e ficou observando a chuva pela janela até pegar no sono.

Enrico olhou para ela e viu ela pegando no sono, havia virado babá mesmo não é? Pensava em si, ele se levantou, pegou ela no colo e deitou na cama, era a terceira vez que fazia isso com Layla. Ele se deitou do lado dela, vendo a hora no relógio, eram 17h e a chuva parecia que não iria ceder.

Ambos cairam no sono, qual o vibrar do celular acordou Enrico, ele apenas atendeu.

— Alô — disse com a voz cheia de sono, ele não sabia que horas era

— Onde você está bastardo?

— To ocupado Matteo

— com alguma pistoleira de novo? —Matteo riu. — Eu to no valete, tu não vem pra cá.

—Não — Enrico bateu o telefone e olhou na tela a hora era 22h da noite.

Quando ele olhou Layla estava deitada encostada ele, encolhida, parecia com frio. Seu vestido tinha subido e deixado suas coxas a mostra de forma incontrolável os olhos dele percorreram o rosto dela — Se controla — ele disse para si tentando dominar seus instintos.

Enrico puxou a coberta que ficava nos pés da cama, tentando encontrar algum conforto naquele quarto desolador. Layla, exausta e buscando um pouco de calor, deitou a cabeça no peito dele. Enrico engoliu seco, fechando os olhos com força. Cada músculo do seu corpo estava tenso, incapaz de relaxar com Layla tão próxima, quase em cima dele.

Ele sentia uma dor crescente na testa, uma tensão constante que parecia se agravar a cada minuto. A chuva lá fora continuava a cair, seu som rítmico e incessante criando uma trilha sonora melancólica para o momento. As gotas batendo na janela soavam como um tamborilar distante, ecoando a agitação interna de Enrico.

Layla, adormecida, estava alheia à tensão que o dominava. Seu corpo pequeno e quente pressionava contra o dele, a respiração tranquila dela contrastando com a inquietação que ele sentia. Enrico tenta concentrar-se na sensação do peito subindo e descendo suavemente com a respiração dela, procurando alguma forma de calmaria naquele contato íntimo e inesperado.

Ele fechou os olhos novamente, tentando sincronizar sua respiração com a de Layla, na esperança de que o sono finalmente viesse e a dor em sua testa diminuísse.

Levou um tempo mas Enrico acabou pegando no sono. diferente de Layla ele tinha o sono leve e foi acordado com ela se mexendo. Ela se deitou presa a ele o deixando sem conseguir respirar.

— Que houve Layla? — Ele a encarou

— Você tá acordado seu tarado — Ela o empurro

— Ah, você me usa de travesseiro, eu deveria estar ofendido. — Layla o encarou se levantando — engraçado isso, metade das mulheres implora pra dormir comigo e você toda cheia de dedos.

—Eu não gosto de você.

— Todas gostam, pra que negar? — Enrico se levantou e se aproximou de Layla.

— Eu não gosto de você. — Ela disse dando um passo pra trás.

— Eu vi o jeito que me olha.

— eu não te olho — Layla se virou, quando Enrico segurou o braço dela — Me solta.

— Você é tão...

Ambos se olharam, as palavras ficaram presas na garganta de Enrico, a realidade é que Layla havia mexido com ele, mas ele não iria admitir o fato dela não ligar pra ele o deixou furioso.

— Fala — Layla gritou — eu sou o que?

— Irritante — ele falou devagar e baixo — irresistivelmente irritante.

Enrico a beijou, ele a prendeu em seus braços, Layla tentou lutar ao aperto de seu braço, mas seus lábios a dominaram, quando ela abriu o lábio sutilmente Enrico colocou sua lingua na boca dela e se entregaram de forma quente, ele apertou sua cintura a puxando para perto, como provar o fruto proibido e doce. Layla sentia um calor subir por seu corpo, jamais havia sentido algo assim, ela colocou a mão na cintura dele se entregando aquele fogo. ele a puxava como se fosse se fundir a pessoa, mordeu seus lábios se afastou, ela puxava o ar pela boca

Ela tentou falar mais ele a calou com beijou novamente havia um entrosamento entre seus lábios, uma dança erótica, ele a soltou e se afastou lentamente mordendo o lábio dela novamente, Layla soltou um gemido involuntário e Enrico sorriu.

Levou alguns segundos para ela recuperar o folego e recobrar a consciência, como se tivesse entrando em uma viagem, Layla deu um tapa no rosto de Enrico

— Nunca mais faça isso. — Enrico sorriu pra ela.

— Pelo visto você gostou

— Babaca.

Ela correu para o banheiro e bateu a porta, colocando a mão nos proprios lábios tentando entender o que tinha acontecido.

Apesar do Tapa, Enrico sentiu-se vitorioso, ele colocou sua camisa, ele desejava beijá-la e assim fez e ela poderia negar com a boca, mas seus olhos, seu corpo respondia deliciosamente a ele.Fazia mais de 20 minutos que Layla estava trancada no banheiro.

— Vamos Layla, não tenho o dia todo — Enrico disse bravo e nenhuma resposta — Me desculpa pelo...

— Pelo que — Layla disse.

— Por tudo, me desculpa.

Layla abriu a porta e encarou Enrico — Você não parece arrependido

— Não estou — Antes que ela fechasse a porta ele segurou — Mas prometo não fazer novamente.

Ela abriu a porta saiu — acredito que você pedirá pra eu te beijar mais cedo ou mais tarde.

—Enrico — Ela disse brava. — Não faça isso.

Ele não disse nada, apenas colocou seu casaco — vamos Layla

Ela o seguiu em silêncio, Enrico pagou a conta eles foram embora daquele lugar onde Enrico jurou nunca mais colocar os pés, dentro do carro eles seguiam, as músicas de Enrico tocavam no fundo, Layla estava encolhida.

— O que houve? — Enrico perguntou — Já passou, foi um beijo e não significou nada.

Layla ficou ligeiramente chateada

— nada mesmo

—Porque está de cara fechada?

— Não quero perder meu emprego.

— Tudo isso por causa do seu emprego? — Enrico estava a ponto de se estressar quando respirou profundamente.

— Eu conheço as histórias.

— Que histórias.

Layla não disse nada, Enrico não iria perder a paciência com ela que era capaz seu pai brigar com eles. — Layla estou tentando entender, por que você se encolhe ao me ver, os rapazes também.

— Eu não quero virar uma boneca de vocês. — Ele encarou Layla esperando — uma mulher que faz um rodízio com vocês.

— Isso não ia acontecer, é meio doido pensar assim. Foi um beijo, eu não te acho atraente — Enrico mentiu. — Sabe que seu tipo não me agrada em nada.

Layla ficou chateada pelo que ele disse, quer dizer, ele a beijando sem sentir nada por ela.

Ao ver a pequena cidade de Layla, ela ainda estava com um olhar sério.

— Onde devemos ir?

— Bairro da Conceição.

Eles foram, era um lugar que não tinha nada, um amontoado de casas, Enrico estacionou o carro em um ponto, Layla desceu. Haviam algumas pessoas em volta, era um bairro carente.

— Me diga onde vamos? — Enrico abriu o porta malas e pegou uma maleta.

— No mercadinho do bairro.

Layla e Enrico foram de apê até um mercado do bairro, era pequeno e tinha poucas opções. Layla comprava macarrão, molho, farinha e arroz. Ela sorriu ao passar pela porta.

— Layla — uma senhora veio até ela, parecia gentil — Achou sua mãe?

— Sim senhora.

A mulher encarou Enrico, ele destoava do ambiente. A análise meticulosa que fez pensar que a garota havia dado um golpe, era interessante e ela sorriu.

— O que precisa menina?

— Da minha conta, peço desculpa pela demora.

A senhora pegou uma caixa, procurando o nome de Magda, a avó de Layla, havia diversas notinhas sem pagar e tudo anotado em fichas.

— Você sabe que tem um juros não é Layla? — Ela apenas concordou — tudo deu 2.800,00

Enrico olhou para Layla confusa — Quanto é senhora?

— Ah meu filho, eu cobro um pequeno juro de 30% da dívida na somatória final.

— Devia contratar a senhora, com essa cara de velhinha boazinha. — Enrico colocou a maleta sobre o balcão e abriu, Layla encarou as notas de dinheiro, ali tinha muita coisa. Ele contou as notas — irei dar a mais para senhora, 3 mil. Passar bem

Enrico fechou a mala e saiu. Como podia cobrar 30%, nem ele cobrava isso de dívida de jogo. Layla agradeceu a senhora e saiu atrás de Enrico.

— Ela é muito sem vergonha, cobrar isso de comida. — Enrico olhou para Layla indignado.

— Eu pago sempre ela, mas quando não pagava tudo ela dobrava o valor.

— Que velha safada — Enrico olhou para dentro.

Layla riu da reação de Enrico, achou engraçado. Eles foram aos locais indicados por Layla, pagaram a farmácia o aluguel que ficou para trás. Ela parou em um lugar antes de voltar para casa.

Bateu palma e uma mulher de idade saiu de dentro da casa.

— Layla, minha filha

— Oi dona Maria.

Layla e ela se abraçaram — Oh filha você faz tanta falta aqui. — Ela olhou para Enrico que estava atrás dela — quem é ele?

— Meu chefe.

— Ah minha filha você não se perdeu?

— Não — Layla disse afobada para negar isso — Ele é um bom homem que veio me ajudar. Entrem eu vou fazer um café pra vocês.

Layla entrou sem falar nada para Enrico que a seguiu a senhora morava em uma casa muito pequena, a cama de solteiro no canto, fogão o armário e uma pequena geladeira, tinha uma TV de tubo.

Layla se sentou, Enrico ficou em pé, só havia duas cadeiras.

— Como tem passado?

— Bem, mas sem vocês aqui ficou tudo solitário. — Layla sorriu — Sinto falta das nossas conversas. Conseguiu falar com a sua mãe? Se entendeu com ela?

— Acho que sim — Layla olhou para suas mãos.

— Oh minha filha, ser mulher neste mundo não é fácil. Sua mãe é meio cabeça de vento, um dia ela vai entender.

— Ela se desculpou, mas eu ainda sinto... — Layla encheu seus olhos de lágrimas.

— Pode sentir.

— Ela me deixou aqui com vó, a coitada nem tinha dinheiro pra sobreviver. Ela nem me perguntou de vó, como foi os últimos dias dela.... nem perguntou como eu cresci, só se desculpou e disse que eu era grande.

— Oh fia, não fique assim — A senhora se aproximou de Layla abraçou.

— Eu queria que ela tivesse arrependimento, mas nem isso ela parece ter — Layla secou as lágrimas de seu rosto — não é culpa da avó as coisas que eu passei, é culpa da minha mãe, não devia ter tido filho.

— Não fale besteira Lyla. Quem ia cuidar de sua avó? Quem ia fazer companhia pra gente em? — Maria secou as lágrimas de Layla sorrindo — Tudo isso foi algo ruim, tente não pensar nestas coisas.

— Eu sei, mas eu era uma menina quando ela me jogou no ônibus pra cá.

— Ficou feliz de ter conhecido você, não vamos pensar nas coisas ruins.

— Sim senhora.

Maria serviu um café fraco para Layla e Enrico, ela encheu Layla de perguntar que ela respondeu animadamente.

— Layla, temos que ir. — Enrico disse para ela, ela apenas concordou com a cabeça se levantando — Você quer ficar?

— O que? — Layla olhou para ele.

— Não precisa voltar pra lá, pode ficar aqui se quiser.

— Eu quero voltar — Enrico sorriu para ela quando ouviu sua resposta — Dona Maria nós já vamos.

Layla se despediu dela e Enrico também, ela era uma boa senhora. Quando entrou no carro, Enrico suspirou, aquele retrato partiu seu coração.

— Vamos em um lugar rápido.

Enrico dirigiu para fora daquele bairro até achar um grande mercado — podemos fazer algumas compras para ela? O que você acha?

— Pode ser.

Layla e Enrico entraram no mercado, Enrico empurrava o carrinho enquanto Layla fazia escolhia coisas para dona Maria, eles fizeram uma compra grande, ela era apenas uma senhora mas comprar bastante coisa.

Em um envelope Enrico pegou o dinheiro da maleta, havia dinheiro suficiente para pagar o aluguel de sua casa por um ano, ele entregou para Layla, ambos voltaram e descarregaram as compras, Enrico saiu deixando Layla explicar o envelope para senhora.

Quando saiu da pequena casa Enrico estava encostado no carro, ela se aproximou e ele a abraçou fortemente, era estranho tudo que ele havia ouvido não era muito da vida de Layla, ela sorria como se tivesse aceitado sua provação com graça e nobreza.

Layla não havia entendido, mas Enrico entendeu o que seu pai havia visto nela.

— Está tudo bem? — Layla perguntou para Enrico

— Sim.

Quando se afastaram, Enrico acariciou o rosto dela, ela não merecia mais sofrer e ele faria de tudo para que nenhum mal chegasse perto de Layla, ele a protegeria. 


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Bom, deixei bem desenhadinnnn a divisória do capitulo, caso vocês fiquem cansados pelo tamanho. Espero que a gente consiga se entender nestas publicações em gente. 

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