Capítulo 01. O Valete de Ouros
A família Corallo possuía três quarteirões inteiros em um bairro famoso por suas atividades noturnas na capital. No final da noite, todos os caminhos inevitavelmente levavam à área dominada pela poderosa família.
A fachada escura, com seu letreiro discreto e a pequena porta, podia enganar os olhos desatentos, mas aqueles em busca de aventuras perigosas sabiam que o Valete de Ouros era o lugar certo. A porta de madeira vermelha escondia um vasto espaço repleto de bebidas fortes, cigarro e música alta.
As paredes pareciam pulsar ao ritmo da música, as luzes piscavam incessantemente, e as pessoas, entregues às suas inibições, dançavam num ambiente carregado de luxúria e libertinagem. O dono daquele lugar era Enrico, o herdeiro e filho mais velho de Don Corallo.
Enrico possuía diversas qualidades, sendo um visionário que herdara a astúcia de seu avô materno. Mesmo quando a máfia na Sicília caiu, ele soube se esconder e renascer das cinzas como uma Fênix.
Don Joseph Corallo havia treinado Enrico para seguir seus passos, assim como o sogro de Joseph havia feito com ele. Enrico sobressaiu-se rapidamente, e aos 18 anos já comandava um cartel de jogos ilegais e prostituição nos porões que se estendiam por um grande local subterrâneo.
Enrico traçou seu próprio caminho tornando-se conhecido como o grande criador do submundo. Alguns o apelidaram carinhosamente de Hades, e aqueles que cruzavam a porta de Hades jamais voltavam a ser os mesmos.
Em sua sala, conhecida como o domínio de Hades, ele aguardava seus irmãos, Lucca e Lecce, retornarem com o pagamento. Apesar de sua fachada fria e implacável, Enrico tinha um código moral inabalável: jamais aceitava que alguém prejudicasse mulheres ou crianças. Sendo ele a lei do submundo, sentia-se à vontade para aplicar justiça aos que transgridem suas regras.
O Valete de Ouros, com suas luzes e sombras, era mais do que um simples bar. Era um refúgio para os destemidos e um símbolo do poder indomável da família Corallo, guiada pela mão firme e visionária de Enrico, o homem que, como Hades, reinava sobre seu próprio submundo.
A sala de Enrico estava imersa em um ambiente de luxúria e prazer. A luxo dominava o espaço, com móveis de madeira e couro macio, tapetes persas intricadamente tecidos e cortinas de veludo pesado que bloqueavam a luz do exterior, criando uma atmosfera íntima e exclusiva.
No centro da sala, uma mesa de ébano maciça refletia a luz suave dos candelabros de cristal pendurados no teto. Ao redor da mesa, cadeiras acolchoadas para os convidados a se acomodarem e desfrutarem de conversas sussurradas e negociações discretas. Garrafas de vinho fino e uísque envelhecido estavam dispostas com cuidado, enquanto bandejas de charutos cubanos exalavam um aroma sedutor no ar.
As paredes eram adornadas com obras de arte provocantes, cada peça escolhida a dedo para provocar emoções intensas. O ambiente estava impregnado de um perfume suave e exótico, misturado com o cheiro doce do tabaco. A música, uma melodia lenta e envolvente, parecia flutuar pelo ar, acentuando a sensação de decadência controlada.
Enrico estava sentado em sua poltrona, degustando os prazer que a vida lhe dava.
Mariana colocava a mão sobre o peito de Enrico, enquanto o beijava sugando sua língua de forma gulosa, implorando pela atenção que o capo poderia lhe dar para subir na hierarquia, se tornar uma das mulheres do herdeiros Corallos era o sonho de muitas garotas.
Aos seus pés estava sem dúvida uma das novas diversões dos herdeiros Giulia de joelhos dando todo prazer que ele merecia, seus lábios desciam e subiam pelo membro de Enrico fazendo ele suspirar, sutilmente os lábios dela o engoliam e sugava fazendo fechar os olhos, Mariana roçava seus seios desnudos em Enrico, ele apertava os mamilos rígidos dela fazendo a jovem suspirar. Mariana aproximou seus mamilos do lábio dele e ele sugou mamando como uma criança gulosa, ela suspirava enquanto ele apreciava os mamilos rígidos dela.
Buscando ter os olhos de Enrico de volta nela, Giulia sugava com mais força o membro de Enrico e acariciava suas bolas, ele encarou Giulia se voltando a apertar os mamilos de Mariana, ela sorriu vitoriosa.
Quando Lecce abriu a porta de forma abrupta, Enrico se afastou de Mariana e segurou a cabeça de Giulia sutilmente. — Pode parar, boneca. preciso cuidar de negócios.
Ambas as garotas saíram da sala, quando Lecce e Lucca entraram segurando pelo braço Katia. A mulher de uns 30 anos parecia brava. Enrico sentiu pena dela, era bonita para se submeter a um homem tão repulsivo?
— O que ele fez, Hades? — Perguntou ela a Enrico, sabendo que seu marido devia ter aprontado alguma e das ruins, outro dia havia chegado todo quebrado em casa por se meter com uma das meninas que não deveria.
.— Bom, Katia, eu te avisei pra não se envolver com aquele crápula que não valia nada. — Katia era conhecida de Enrico, trabalhou para ele durante um tempo. Ela sorriu debochadamente deixando Enrico irritado — Bom, seu amado te vendeu para mim. Por menos de 2 mil, acredita? Ele nem tentou negociar.
— Desgraçado, pode matá-lo — Katia respondeu cuspindo. Ela arcava com muitas das dívidas dele. Naquela altura do campeonato estava cansada de brigar com marido e seus vacilos.
Enrico se levantou e caminhou até Katia, seus dedos percorreram o rosto dela e disse:
— Mesmo que você valha muito mais do que isso, eu não gosto deste tipo de coisa. Deixe ele. Procure alguém melhor. Vou perdoar a dívida dele por você, sei que você o ama e isso que ele fez não é legal.
Enrico jamais faria mal a nenhuma mulher, para ele eram Deusas que mereciam ser tratadas assim, todos os homens deviam estar aos pés de uma mulher que os atura mesmo eles sem muita das vezes um completo babaca. Ele perdoaria Katia por ser uma mulher apaixonada, mas se voltar para ele, e acontecer novamente, ela não teria tanta sorte, teria que arrumar uma forma de pagar os Corallos.
— Me faça um favor — Katia disse em um tom serio e Enrico só concordou com a cabeça — Transe comigo.
— O que? — Enrico havia liberado a garota, todos sabiam que ele não fazia contra mulheres.
— Sei que ele está jogando. — Katia disse seriamente — Então, transe comigo e faça todos ver.
— Katia eu não faço essas coisas. — Enrico poderia ser muitas coisas, mas o homem que faria isso não, por mais que suas fantasias fossem liberadas.
Katia virou de costas para Enrico, ela roçou seu corpo sobre o membro que ainda está rígido graças ao trabalho inacabado de Giulia e gemeu. Enrico tinha algumas regras mas não se nega um pedido assim.
— Não posso invadir o jogo, daria um prejuízo para a casa, pensei em algo e farei o que puder para ajudar você a se vingar. — Enrico disse para ela, aceitando sua proposta.
A mulher se libertou de todas as amarras que tinha pronta para se entregar aos irmãos Corallos, como vingança e uma fantasia pessoal. Lecce foi buscar o marido de Katia e o amarrou em uma cadeira com a boca fechada com fita cinza. Enrico se aproximou dele, poderia socar a cara dele, mas não faria isso.
— Gostaria de agradecer pessoalmente pelo pagamento, sem dúvida sua mulher será útil essa noite.
Enrico se sentou no sofá, Katia tirou sua calça seus lábios foram lentamente lambendo apenas a ponta, o corpo dele respondeu, era impossível não responder. Completamente nua, ela deslizou pelo membro de Enrico gemendo intensamente, tendo os gêmeos em pé, ela reveza chupando um de cada vez
Os ruídos dela altos, Enrico segurava a cintura para manter os motivos de Katia intenso, Lecce forçava seu membro contra a boca dela, gemendo aquela sensação enquanto Lucca acariciava seus mamilos rígidos.
Enrico se entregou à fantasia naquele momento enquanto Katia seguia rebolando sobre ele, deu um tapa na bunda de Katia — Lucca vai cuidar de você boneca.
Lucca se sentou no sofá quando Katia saiu do colo de Enrico e se sentou em Lucca, deslizando sobre o membro gemendo tão alto que podia ser ouvido do lado de fora, Lecce parou atrás de Katia acariciando seu traseiro empinado, ele deu um tapa.
— Boneca relaxa que vamos cuidar de você — Lecce disse acariciando o traseiro de Katia.
— Os gêmeos gostam de dividir — Enrico disse.
Lecce começou a penetrar na bunda de Katia, enquanto Lucca beijava a boca dela, ambos se mexiam juntos em sincronia. Katia tentava bater uma punheta para Enrico, mas ela estava perdida na sensação que os gêmeos a proporcionaram.
Enrico saiu da sala, havia um segurança para o lado de fora — Se a Kátia quiser enfiar uma faca nele, deixe ela fazer o que quiser, não me importa. Quando os gêmeos acabarem a diversão pode entrar.
Quando Enrico atravessou as portas que separavam os salões principais do Valete de Ouros das áreas mais privadas e controladas, ele testemunhou o movimento incessante das pessoas. Sem dúvida, as salas mais movimentadas eram aquelas onde as stripper se apresentavam, envolvendo os clientes em um frenesi de admiração e desejo.
Ao passar pelos portões que marcavam a entrada para o submundo do bar, a atmosfera mudou instantaneamente. O ambiente acima era mais calmo, contrastando com a intensidade pulsante dos níveis inferiores.
Enrico não estava tendo um bom dia. Ele tinha ido realizar alguns trabalhos para seu pai, um momento que o havia deixado esgotado e reflexivo sobre os desafios que enfrentava. Ele caminhou até o bar e se sentou em um banco, buscando um breve momento de descanso e reflexão.
Foi então que Vitor apareceu. Ele estava vestindo uma camisa preta que delineava seu físico, um sorriso amigável iluminando seu rosto ao ver Enrico. Os dois haviam compartilhado uma amizade sólida ao longo dos anos, e a presença de Vitor trouxe um lampejo de conforto para Enrico.
Vitor se aproximou, seu sorriso se alargou enquanto ele se preparava para falar com Enrico.
— Que cara amarrada, chefe — Entregou um copo colocando uma dose de bebida para ele.
— Estou com raiva desses homens, que merda é essa de pagar conta dando a mulher pra mim. — Ele disse, isso podia ser ainda pior do que o sua última missão a Don Corallo.
— Eu vi a Katia descendo, aquele marido dela é um nojento. — Vitor via tudo sobre isso. — O que ela fez?
Enrico sorriu e Vitor entendeu o que ele estava fazendo lá embaixo — mas ela é tão escandalosa, cortou meu clima — Enrico disse.
Quando um barulho alto ecoou pelo bar, Enrico e Vitor se viraram rapidamente na direção da porta. Uma garota acabara de empurrar um cara grande, chamando a atenção de todos ao redor. Enrico observou enquanto ela se aproximava do bar, sua aparência desalinhada contrastando com o ambiente elegante e sombrio do Valete de Ouros. Ela usava um moletom surrado, uma camiseta branca e um par de tênis simples, como se estivesse em uma missão específica.
A garota tinha cabelos longos e ondulados que caíam sobre os ombros. Seus lábios eram naturalmente grossos e um pouco pálidos, e seus olhos sérios e determinados escaneavam o ambiente, claramente buscando alguém ou algo específico. Ela se apoiou no balcão próximo a Enrico, e Vitor, com seu sorriso confiante e branco como neve, deu alguns passos em sua direção.
— O que bebe? — Vitor perguntou da forma mais gentil que sabia.
— Estou procurando o dono do submundo. — Disse em um tom agressivo.
— Hades? Acho que ele faleceu na Grécia se ele existiu — Vitor sorriu ironicamente. Enrico deu uma pequena risada.
— Acha que eu sou idiota — A garota gritou.
Enrico olhou para a garota com os olhos levemente dilatados. Era evidente para ele que ela não reconhecia sua reputação como um "lobo mau" no submundo. Sentado ali no bar, observando-a de perto, ele notou como ela parecia determinada e talvez um tanto perdida em meio ao ambiente carregado.
Seus pensamentos se dispersaram por um momento, refletindo sobre o que a havia trazido até ali e o que ela poderia estar procurando. Enrico era conhecido por muitos como alguém a ser temido e respeitado, mas ali, diante dessa jovem desafiadora e aparentemente desconhecedora de seu status, ele se sentia intrigado e um tanto curioso.
— Fala baixo, o que você quer? — Vitor disse tentando desviar a atenção
— O babaca do meu padrasto vendeu ela, foi o que ele disse. Aquele porco.
— O que houve? — Enrico se levantou, parou ao lado da garota, devia ser nova e parecia alterada.
— Eu quero saber quem é o dono do submundo?
— Eu — Enrico pensou que a garota ia se intimidar com sua postura, mas nada mudou, ela o avaliou de cima a baixo com olhar julgador.
— Onde está minha mãe? O que fizeram com ela.
Ela encarou Enrico com uma expressão que denotava uma coragem inabalável, como se não temesse as consequências de desafiar alguém como ele. Seus olhos transmitiam determinação misturada com um leve traço de desespero, uma combinação que poderia facilmente obscurecer qualquer medo que normalmente se sentiria diante de uma figura como Enrico.
Ela não recuava, seus lábios firmemente cerrados em uma linha decidida, seu olhar fixo no dele como se estivesse desafiando-o a entender sua situação. Enrico, acostumado a ser visto como uma figura imponente e intimidadora, sentiu uma mistura de surpresa e admiração pela postura desafiadora da jovem diante dele.
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