Capítulo 6
(Júlia)
Depois de sacar mais um dinheiro na minha conta e pagar um táxi. Aqui estou de volta. É estranho está em casa depois de tanto tempo. O porteiro do condomínio não estranhou me ver, abriu o portão sem pensar duas vezes.
Vou cruzando o jardim, passando pela piscina, e sinto que minhas mãos estão um pouco trêmulas. Quando chego a porta da sala, não vejo ninguém, me dá um certo alívio, mais sei que é melhor que me veja logo.
Olho os porta retrato da sala, e só tem uma foto minha de quando eu era pequena, falta um dente na minha boca, e meus cabelos ainda estavam castanho.
— Júlia?
Levo um susto e olho para trás imediatamente. E lá está ela, minha mãe. Parada de braços cruzados me olhando.
— Quem é viva sempre aparece! Imaginei que fosse aparecer, agora que o traficante foi preso!—O que foi? Acabou o dinheiro?—fala minha mãe em tom irônica.
Ainda sem responder, Mais desviando o olhar para não olhar nos olhos dela. Vou tentando me conter para não responder grosseiramente. Respiro fundo e falo:
—Já tem bastante tempo que eu não estou com ele. Se você tiver visto a reportagem, você também soube que ele me sequestrou.
—Eu sei! E torturou você! Eu sei Júlia. Mais você não quis ouvir nem a mim e nem ao seu pai. Seu pai me disse que você estava namorando um jovem empresário, O que houve com ele, cansou de você?
Meus olhos se enche de lágrimas ao lembrar do Ralph, e só balanço á cabeça confirmando.
—Posso ficar aqui por enquanto? —pergunto.
—Claro que pode! Mais no sábado haverá uma festa para reunir grandes empresários, e não quero que você apareça, para atrapalhar os negócios do seu pai. É importante essa sociedade que ele está fazendo.
—Tudo bem então!—respondo.
—Outra coisa, se você for embora, tenha a decência de nos avisar. E dessa vez se for, não volta mais.—afirma ela.
Balanço a cabeça confirmando e vou em direção ao que eu acho que ainda é meu quarto. Abro a porta com um pouco de medo, mais sim, ainda é o meu quarto, está tudo do mesmo jeito que eu deixei.
Entro no quarto e abro meu closet, e lá está minhas roupas, meus sapatos, tudo que rejeitei a um tempo atrás. Ainda me sentindo um pouco estranha, vou na janela e fico admirando a vista do meu quarto, e um filme passa em minha cabeça, cenas da minha infância, cenas de quando eu trazia o Renan aqui escondido, e a pior cena da minha vida, meu pai comigo no quarto no fim do corredor. Mas não quero falar sobre isso!
Vejo meu pai chegando em casa, e me afasto da janela. Mais sei que com certeza minha mãe já falou para ele que eu estou aqui. Olho á minha cômoda e abro a primeira gaveta, lá está meu notebook e meu antigo celular. Apoio ele sobre a cômoda e vou tomar um banho.
Após um banho demorado, sento na minha cama cansada quando escuto alguém bater na porta.
— Entra! grito.
Meu pai abre a porta e entra.
— Posso falar com você?
Se eu voltei, sabia que não poderia fugir de uma conversa com ele. Então balanço a cabeça que sim.
Meu pai se senta do outro lado da cama.
—Estou Feliz que tenha voltado, lamento que você teve que sofrer um pouco, para ver que aqui é o melhor lugar para você. Sei das suas mágoas por mim, e não te julgo. Você sabe que tudo que eu fiz, foi por causa do maldito vício da bebida.
Meus olhos se enchem de lágrimas, e eu viro o rosto, porque ouvindo ele falar sinto raiva. Mais ele continua falando.
—Filha quero te pedir desculpa! E dizer que estou do seu lado para o que precisar. E pedir desculpa também por ter batido no rosto do seu amigo naquele dia.
Minha boca fica seca, não consigo responder. Então só balanço a cabeça afirmando.
Meu pai se levanta e abre os braços, me pedindo um abraço, também com os olhos cheios de lágrimas.
Mais eu não consigo sair do lugar.
—Eu não consigo! Falo baixinho, já chorando.
—Tudo bem! Entendo. —fala ele, saindo do quarto o mais rápido possível.
Ligo meu notebook e o meu celular, para tentar me distrair, mais só consigo mais lembranças. De cara a foto de papel de parede é minha com Renan, meu cabelo ainda estava castanho e nem sinal de tatuagem.
Começo a apagar tudo, pago todas as fotos com Renan do meu computador. Mexo no meu celular e apago tbm todas as fotos, e mensagens que me obriga a lembrar dele.
Abro minha página do Facebook e encontro uma mensagem de Gustavo no Messenger, perguntando onde estou e que Ralph está me procurando.
Leio e decido não responder, por mais que eu ame o Gustavo, sei que se eu contar, ele vai falar para o Ralph que eu estou aqui.
Então me lembro do Eduardo e da Margareth que me deram seus cartões por esses dias. Levanto e pego para salvar seus telefones em meu aparelho, quando noto uma coisa Eduardo VilaNova e Margareth VilaNova, será que há uma ligação entre os dois? fico me perguntando.
Abro a minha conta bancária pelo computador e recarrego meu celular. E não resisto e ligo.
O telefone chama duas vezes, e do outro lado da linha alguém atende.
" Alô!"
"Eduardo?" Pergunto.
____________A Garconete 2___________
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