Capítulo 15
(Júlia)
Minha consciência retoma para o lugar e empurro ele me afastando.
—Isso não devia ter acontecido. Não posso! —falo confusa.
—Pode sim! Isso só aconteceu porque você sente o mesmo desejo que eu. Desde a primeira vez que te abracei, senti um desejo forte.
—Por favor! Não fale mais nada!
—Só admita, que você queria o beijo tanto quando eu.— fala ele se aproximando de novo, segurando meu queixo.
—Vai ficar se lamentando por causa daquele mauricinho, que te colocava chifre com aquela vaca loira. —Está pensando nele agora? Bom se você quer sofrer, não posso impedir. Mais eu sei que você sente alguma coisa por mim.
Analiso suas palavras, e tenho que admitir que é verdade. Eu o desejei desde aquele instante. (penso)
—Diz para mim, que se arrependeu? —ele fala bem pertinho, com a testa enconstada na minha, e segurando a minha mão.
— Só não quero paracer estar te usando? Você me deixa confusa. Eu te desejo, mais ao mesmo tempo eu amo o Ralph. E isso não é certo.
— Não pensa! Deixa o momento acontecer. Viva! O que seu coração diz agora?
Não quero me aproveitar de você. Não quero que você seja o outro em minha vida. Mais tem sido difícil me conter diante do seu carinho. Eu amo o Ralph, mais as vezes... (respiro fundo), eu simplesmente não sei. Tem acontecido tantas coisas desde que a gente se conheceu. Eu só não quero te magoar, ou me arrepender
—Não se preocupe comigo, já sou grandinho. Mais vou te respeitar. Tentar pelo menos.
— Acho que já deu a minha hora. Vou para casa. —solto sua mão e vou me afastando.
—Pode ficar se quiser! Não precisa ir embora. Não quis causar nenhum clima.
Fico quieta pensativa. Ele então continua falando.
— Relaxa. Já tem quarto de hóspede pronto. Não precisa ficar no meu quarto, como na outra vez. A não ser que queira. —fala ele em tom brincalhão.
—Eu vou para casa! Vou chamar um táxi!
—Eu levo você!
—Eu bebi, mais eu ainda tenho um pouco de consciência. Você não tem condições de me levar.
—Ei! Não estou bêbado! Consigo fazer um quatro com a perna agora. Veja meu equilíbrio. —ele faz um quatro com a perna e se desequilibra, caindo sobre mim.
Começo a rir desesperadamente e ele se contagia com o meu riso, rindo de volta.
— É, acho que estou bêbado! Fica aqui vai... Me faz companhia? Amanhã cedo eu te levo.
—Tá bom. Seu bêbado!
Ele fica um pouco tonto e me pede ajuda. Então eu o ajudo, abaixo a música. Junto os copos e as garrafas vazias, colocando no balcão do bar dele.
Ele então aponta para o corredor e diz que posso escolher qualquer um quarto.
E que posso ficar a vontade.
Ele pega na minha mão e a beija, me desejando uma boa noite.
Vou em direção ao quarto que fica do lado do dele e entro.
Pego o meu telefone e ligo, apoiando sobre a cama. Entro no banheiro para tomar um banho. Tomo uma ducha rápida, o suficiente para me sentir limpa. Coloco as mesmas roupas e deito na cama, pegando o telefone.
Vejo algumas mensagens e começo a ler. Uma me chama atenção.
"Você recebeu 3 chamadas de um número desconhecido enquanto seu oi estava desligado."
Operadora
"Ju, esta tudo bem? Ralph me ligou?como você está?"
Gustavo
"Nao acredito que você está com o Eduardo. Não acredito que você acredita mesmo na mentira que meu pai criou."
Ralph
"Júlia eu te amo! Não me faça viver sem você!"
Ralph
"Estou com saudade de você gostosa! Queria saber como você está? Queria ouvir sua voz. Queria poder saber, como você está depois de tudo que houve. Ainda te amo!"
Desconhecido
Fico assustada, e imediatamente meu estômago revira e meu coração aperta. Fico pensando em quem escreveu essa última mensagem. Eu só consigo pensar em uma pessoa. Mais torço para ter sido engano.
Desligo o telefone de novo e coloco ao lado da cama e tento dormir. Ainda dá para se escutar a música da sala. Está baixa, e está cantando uma música lenta. Que com certeza vai me ajudar a dormir.
3 horas depois.
" Ralph... Cade você? Não estou te vendo... Que lugar é esse. parece um labirinto. Entro em um caminho ouvindo as vozes do Ralph e vou correndo. No final dele tem outra passagem e lá encontro Renan que diz: oi gostosa! Estou com saudades, ele tenta me beijar e eu tento me esquivar, tento sair a todo custo de suas garras. Até que o Eduardo chega e empurra Renan, me soltando.
Eduardo me olha, esperando um abraço, talvez um beijo. Mais só agradeço e vou atrás do Ralph. Ele tenta me dizer para nao ir. Mais eu saio correndo de novo. Até que cruzo uma outra entrada de um novo caminho e vejo Ralph beijando a barbie, com muito desejo. Ele para e me vê, sorrir e volta a beijar a barbie."
Acordo com a boca seca, e suando muito. Minha blusa está molhada de suor. Olha para o ar e vejo desligado.
Tá explicado. Resmungo baixinho, revirando os olhos.
Levanto e vou até a cozinha para beber um pouco de água. Mais quando chego lá, percebo que não sou a única que acordou a essa hora.
Eduardo está sem camisa, de costa para mim. Está vestido somente com um short. Fico parada na entrada da cozinha olhando. Vejo outras tatuagens nas costas dele. Além do dragão que preenche o peito e o braço dele. Ele se vira e fica assustado ao me ver acordada.
— Eu te acordei? Pergunta.
—Não! Eu só estou com sede.
—Venha, senta aqui. Eu pego água para você.
Sento no banco que fica na ilha, no centro da cozinha. E ele me passa um copo de água. Pego o copo com as mãos trêmulas e bebo.
— Hey o que foi? Porque você está tremendo assim? —ele pergunta preocupado.
Fecho meus olhos e falo.
— Só tive um sonho ruim. E escapa uma lágrima no meu rosto.
Ele vem para me abraçar, mais eu o interrompo.
Não me abraça, estou toda suada. Acabei dormindo sem ligar o ar. Vou tomar outro banho. Estou bem!
—Não me importo com o teu suor. Mais vou atender a seu pedido. Quer conversar sobre o sonho?
—Melhor não! É um sonho chato. —E você, porque acordou?
—Também tive um sonho ruim.
—Quer conversar sobre o sonho?
Ele dá um sorrisinho de canto, ao ver as palavras dele se repetir em minha boca e responde.
—Melhor não! É um sonho chato.—responde ele fazendo uma voz fina.
Começo a rir, com sua tentativa de me imitar.
— Será que você poderia me emprestar uma blusa sua, para dormir. A minha está toda suada, eu tenho nervoso disso.
— Claro! Vem cá!
Levanto e sigo ele até o quarto. Mais fico parada na porta esperando.
Ele me traz algumas opções e eu escolho uma camisa de manga cinza.
— Essa vai ficar ótima.—comento.
—Tenho certeza que vai! —Que camisa sortuda! Ganhou o privilégio de dormir com você! E eu dormindo sozinho. —fala ele em tom divertido.
—Nada pessoal! Mais tenho uma queda por dormir com camisa, e não com o meu amigo. —falo alto rindo, seguindo em direção ao meu quarto.
Ele então me segue dizendo:
— Podíamos deixar a nossa amizade mais colorida! —fala ele parando na porta e mordendo os lábios.
Acho sexy a forma que ele morde os lábios me olhando. Já não sei se o calor que subiu agora, foi falta do ar, ou se foi por causa dele.
— Acho que você pode voltar a dormir no seu quarto! Ou tomar um banho de água fria para baixar o seu fogo. —falo entrando no banheiro.
Ele começa a rir alto.
—Tá bom! Vou ligar o seu ar e já vou. —falou alto atrás da porta.
Tomo uma ducha de água fria, que cai sobre a minha pele refrescando. Lavo meu cabelo que está com cheiro de suor. E fico lembrando do pedaço do homem que está no outro quarto.
Estou com tanta raiva de Ralph ser um idiota, que tenho vontade de beijar o Eduardo, vontade de tocar seu corpo. Mais sei, que sou estou pensando nisso por causa da raiva que estou sentindo. Não posso correr o risco de usar o Eduardo dessa maneira.
Termino o banho e visto a camisa do Eduardo. Sem sutiã mesmo. Estou apenas de calcinha e com a sua camiseta.
Tiro bastante o excesso de água dos cabelo e abro a porta do banheiro. A luz do quarto está apagada. A porta está fechada. Então sem muita visibilidade, vou para o lado da cama e levanto a coberta e deito.
Mais sinto um perfume muito familiar e meus olhos arregalam.
—Oi princesa!
— O que você está fazendo aqui Eduardo?
Vai para o seu quarto! Se não eu vou embora agora.
—Calma! Eu só quero conversar com você.
—Mais tem que ser agora, aqui Na cama? Não pode esperar até mais tarde?
Ele começa a rir.
— Você perguntou como foi meu sonho, lembra? e eu queria muito ver como ficou minha camiseta em você.
—Você disse que seu sonho foi chato. Então não vamos falar de sonho chato, porque eu já tenho o meu. E não! você não vai ver como sua camisa ficou em mim! Agora levante é vá para o seu quarto.
—Nossa você está tão cheirosa! —fala ele beijando o meu pescoço.
—Não faz isso Eduar...
Ele junta o corpo no meu, e por traz beija meu pescoço.
Ele me abraça de conchinha e diz:
—Sonhei que eu me declarava para você, que dizia o quanto você tem sido especial em minha vida. O quanto você tem me feito bem. E de repente o mauricinho surge entre a gente,( ele faz uma pausa,. Respirando fundo) e você ao invés de me beijar, beija ele, dizendo o quanto você o ama.
Engulo seco e fico quieta. Porque não sei como dizer para ele, que isso poderia acontecer já que realmente amo o Ralph.
Eu levanto e sento na cama.
Ele senta ao meu lado e segura meu rosto em sua direção.
— Eu sei Júlia, que você não tem sentimentos por mim. Sei que você ama ele. Sei que você passou por muitas coisas já. E não quero fazer uma competição. Mais se você me permitir, eu vou mostrar para você, como você deve ser tratada. Como você pode ser feliz. Eu não teria medo de dizer as pessoas que gosto de você, e sei que minha mãe não teria vergonha de ter uma Nora como você.
Abaixo a cabeça confusa, enquanto ouço suas palavras. Respiro fundo e digo:
—Eduardo você tem sido uma pessoa muito boa comigo. É um homem muito atraente. Mais eu não posso e não quero magoar você. Eu não posso te oferecer agora, o que você quer. Mesmo que eu não fique com Ralph, eu não sei se quero me prender a alguém agora. Você entende? —falo abraçando ele.
Ele me abraça de volta, e diz em meu ouvido.
—Não tenho medo das consequências que posso sofrer. Mais se eu não tentar eu vou me sentir um fraco. E se não for para ser, meu coração entenderá. Nunca vou te obrigar a nada. E se depois de tudo você disser que ainda ama o Ralph, então eu não vou impedir a sua felicidade.
Ele me levanta e abraça forte, e sei que deve está sentindo que estou sem sutiã. Isso é um pouco estranho. Torço para ele não fazer nenhum comentário engraçado agora com isso. Mais ele só beija a minha testa, e sai do quarto.
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Já é de manhã, posso sentir a claridade ultrapassando a cortina fina do quarto. Levanto é vou até o banheiro lavar o rosto. Coloco o meu short de novo, visto o sutiã, e novamente a camisa do Eduardo. Escovo meu cabelo e faço um rabo de cavalo.
Saio do banheiro e calço meu tênis.
Abro a porta do quarto e escuto algumas vozes na sala. O Eduardo está conversando com alguém, vou caminhando no corredor. Até que reconheço a outra voz.
Droga! É a mãe dele. Não quero que ela me veja aqui. O que ela pensaria de mim.
Quando penso em dá meia volta, escuto.
—Bom dia princesa!
Fecho meus olhos, odiando o Eduardo agora. E dou um sorrisinho sem graça para ele.
Entro na sala e a Sra. Margareth me cumprimenta toda Carinhosa.
Ela me pergunta se está tudo bem e se já arrumei um emprego.
—está tudo bem sim! Mais ainda não consegui outro emprego.
—Bom! Estou reformando meu escritório e estou sem ideia para a fachada do meu novo prédio. Se você puder, me ajudar?
—Sério? Claro que sim! Será um prazer.
—Perfeito! Já tem um emprego temporário.
—Muito obrigada.
Edu você leva ela depois lá, para ela ver como está a reforma.
Estou atrasada! Vou deixar vocês a vontade.
Você já vai Júlia? Eduardo pergunta.
—Sim! Preciso ir.
—Quer carona? Oferece a mãe dele.
Eduardo lança um olhar para a mãe dele. Que comenta logo em seguida:
—Calma! Só perguntei. Julia acho que depois desse olhar, você nem precisa responder. Acho que outra pessoa vai te levar.
Começo a rir e ela pisca para mim.
Ele fica sem jeito, passando a mão na cabeça e sorrir para mim.
Eduardo me convida para tomar café com ele. Quando fomos sentar a mesa que me deu conta que já estava tudo limpo na sala. Já não havia nenhuma garrafa e copos no balcão.
Eduardo percebe meu olhar curioso e diz:
Eu já limpei tudo viu. Uma senhora de meia idade, cruza a porta sorrindo, e coloca nossa café.
—Tá bom! Foi a zuleica que limpou tudo.
Balanço a cabeça, rindo.
—Você não vai trabalhar hoje?
—E encarar o filho do chefe que agora é meu patrão? Não! —Talvez eu vá lá amanhã entregar minha demissão, se não chegar até a mim primeiro.
—Ralph não vai fazer isso! Acho que pelo menos profissional ele é.
—Minha linda! Ele nunca apoiou nenhuma das minhas ideias, sempre escolhia o amigo dele, que não levava as coisas a sério.
—Isso não está certo! Não posso deixar ele te mandar embora por causa de mim.— Não se preocupe eu vou resolver isso.
—O que você vai fazer?
—Você vai ver!
—Não precisa falar com ele por causa de mim. Isso causaria mais problemas. —Eu devo ajudar a minha mãe nas coisas dela. Ela sempre diz que as portas estão abertas para mim.
—Me deixe tentar primeiro!
Ele concorda com a cabeça.
—Se você não tiver nada importante para fazer, podíamos ir a praia. O que você acha?
Fico um pouco pensativa! Mais concordo, amo a praia.
— Só preciso passar em casa primeiro!
Terminamos o café e informo a ele que vou com a camisa dele. Que depois eu devolvo. Ele sorrir e diz que se eu quiser eu posso ficar com ela. Que ficou melhor em mim.
Entro no carro com ele e fomos em direção a minha casa. Em pouco tempo chegamos.
Tem um carro parado no meu jardim, parecido com o do Ralph. Mais não acho que ele teria essa cara de pau. Será?
Entro com Eduardo e escuto minha mae:
—Júlia é você? Vem aqui! Tem alguém te esperando!
Cruzo a sala de jantar onde meus pais estão tomando café, e vejo Ralph sentado ao lado deles, que ao ver Eduardo ao meu lado, me olha furioso.
—Pai, mãe esse é o Eduardo—apresento.
Meus pais se levantam e cumprimentam o Eduardo e os convida para tomar café. Eduardo então responde:
—Obrigado! Mais é que nós já tomamos. —responde olhando para o Ralph.
Ralph levanta dando um soco na mesa, fazendo minha mãe se assustar...
____________A Garçonete 2 ____________
E aí meus amores, algum palpite para o que vai acontecer? Estão surpreso(a) com o Ralph?
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