Capítulo 14
(Ralph)
Fui me aproximando da garota e escuto ela chorando. Sinto um aperto no peito.
Me aproximo colocando a mão em seu ombro falando.
—Júlia, amor deixa eu te explicar.
A Garota se vira assustada e para a minha surpresa não era ela.
Fico sem graça e retiro a minha mão em seu ombro de pressa.
—Desculpe moça, achei que fosse outra pessoa.
Levanto e saio depressa dali, realmente achei que fosse ela. Volto para o carro cabisbaixo, e não demora muito e chego no meu prédio.
Entro e subo para a cobertura. Ao entrar em casa, vou direto para a cozinha. Pego um whisky jack Daniels e coloco no copo, com a raiva que estou de mim mesmo, por ser covarde e perder a mulher que amo.
Penso em beber, mais eu desisto. Porque toda vez que eu bebo, alguma merda acontece.
Apoio a garrafa na mesa e deixo o copo na pia.
Vou para o meu quarto e tiro a minha roupa. Tomo um banho e volto com a cabeça mais arejada
Só tem uma pessoa que eu tenho certeza que já sabe o número novo de Julia, o Gustavo é claro.
Ligo para o Gustavo, e explico tudo o que aconteceu. Ele fala um palavrão e me chama de frouxo.
Fico com raiva, mais não respondo porque sei que eu agi como um. Suplico a ele para me passar o número.
"Ela não vai te atender hoje, conheço ela. Eu vou te passar o número, mais por favor deixe para falar com ela amanhã, mais calmo."
Concordo com ele e anoto o número que me fala. Agradeço e desligo.
Fico pensando na minha promessa a Gustavo, mais não resisto e ligo imediatamente para o número.
No segundo toque uma voz atende risonha, com uma música alta de fundo.
—Alô! Alô
—Júlia!
—Ralph! Como você conseguiu meu número? Me deixa em paz! —fala ela mudando seu tom de voz drasticamente de risonha para furiosa.
—Deixa eu me explicar por favor! Onde você está? Eu vou até aí, para explicar pessoalmente.
—Chega Ralph! Essa noite vi o suficiente. Você escolheu a vontade da sua família.
—Anda Júlia! Desliga e vem dançar! —Eduardo grita de fundo.
—Você está com Eduardo?
—Não interessa com quem estou? Chega! Acabou!
Antes que eu possa responder ela desliga o telefone. Tento retornar a ligação mais só dá fora de área.
Meu sangue ferve! É raiva de mim, é raiva do meu pai. É nojo de Karina. Volto para cozinha e pego uma dose da bebida que a pouco rejeitei.
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(Júlia)
Depois da cena ridícula de Ralph e Karina na frente de todos. Troco de roupa as pressas. Porque sei que ele virá até a mim, com mais uma desculpa ridícula.
Passo uma mensagem para o Eduardo.
"Quer sair dessa festa chata, para se diverti?
_Julia
" Onde te encontro? "
_Eduardo.
"Em cinco minutos. Estou saindo pelos fundos. Vou dá a volta e ficar perto dos carros estacionados."
_Julia
"Ok. Estou indo."
_Eduardo.
Desço as escadas rapidamente. As vantagens das festa que meus pais dão, é que eles não deixam a sala aberta, para as pessoas entrarem. Minha mãe odeia a idéia de que alguém bêbado possa quebrar alguma louça cara dela. Isso facilitou para mim. Vou para a cozinha e saio por lá. Nos fundos tem um acesso por trás dos jardins que vá direto a área que fazem de estacionamento. Que fica por traz do " palco". Passo o mais rápido possível, e fico procurando Eduardo.
Vejo o Ralph se aproximando, e Karina chega atrás dele. Quando vejo um braço tatuado na minha frente.
—Você está parecendo uma fugitiva? E esta na sua casa! —fala ele rindo.
Coloco a mão em sua boca o silenciando. E percebo através do seu olhar, que ele está sorrindo.
—Fala baixo! Ninguém pode me ver.
—Vem, entra! Ele abre a porta do carro dele e vou direto para o banco de traz.
— Achei que você fosse sentar do meu lado.
— Agora não! Não quero que ninguém da portaria me veja. Já avisei uma pessoa sobre minha saída.
—Ok! Serei seu motorista então.
—Para onde vamos minha deusa?
—Para qualquer lugar que não seja público! É que o idiota do Ralph não vai me achar.
—Se você concordar, podemos ir a minha casa.—fala ele me olhando pelo. Retrovisor com um olhar de malícia.
—Pode ser!
Ele sorrir e liga o carro, em direção a saída do condomínio. Quando vai se aproximando ele diz.
Seu...Quer dizer o Ralph está ali fora na frente do condomínio.
—Que se dane ele! Não deixa ele me ver, por favor!
— Eduardo sai do condomínio.
Vem aqui para frente sua doída, não quero que a polícia me pare, achando que estou te sequestrando. —ele rir.
— Tá bom! eu vou. Será que passo por aqui no meio?
—Posso parar o car...—fala ele interrompendo, olhando o retrovisor.
— O que foi? Pergunto, olhando para trás.
Ralph está nos seguindo, nessa limosine. Vi quando ele entrou no carro. Se ele quisesse ir para a casa ele tinha entrado na outra rua.
—Droga! Será que ele me viu?
—Você não! Mais ele deve ter reconhecido meu carro, e deve está desconfiado.
—Fazemos o restante do trajeto em silêncio, até que Eduardo anuncia que chegamos.
O portão se abre, ele entra com o carro e informa o segurança para ficar de olho na limosine pelas câmeras. Mais não demora muito, e o carro vai embora.
— Pronto, ele já foi!
— Vem cá! Quer uma bebida?
Ele segura a minha mão, me levando para sua sala.
— Você mora aqui com sua mãe? —falo tentando puxar assunto.
—Na verdade esse terreno é da minha mãe, mais essa parte aqui é só minha, eu moro aqui sozinho. A casa da minha mãe fica do outro lado do jardim.
Fico pensativa por um instante. Relembrando a cena do Ralph.
—Ei, não fica assim, por causa dele. —fala eduardo colocando a mão sobre a minha.
— Não vou ficar triste! Não tenho culpa que ele é um babaca! Preciso de uma bebida! Não quero mais falar dele hoje, certo?
—Certo! Isso aí! Grita Eduardo.
Me fazendo um drink em seu bar, no canto da sala, e me servindo.
Ele senta do meu lado e começamos a beber e conversar.
Depois de beber alguns drinks, já me sinto mais alegre e já nem lembro mais do Ralph.
Eduardo levanta e liga uma música alta.
E começa a dançar.
Vendo a cena eu não me aguento e começo a rir.
— Vem Júlia! Vem dançar comigo!
—Não mesmo! Falo gargalhando, dele todo atrapalhado dançando.
Meu telefone toca, um número sem identificação. Atendo
" Droga é o Ralph! "penso.
Ele tenta insistir em me encontrar para me explicar, mais sou firme em minhas palavras, dizendo que acabou e desligo.
Ele já sabe que estou com Eduardo. Só espero que não seja idiota vindo aqui ou prejudicando o Eduardo na empresa.
Julia você está muito parada. Vem dançar!
Levanto e começamos a dançar uma música cheia de remix. Eu diria que é uma balada a dois. Ele desliga a luz da sala e liga um globo de luzes.
Olho ele surpresa por ter essas coisas.
—Então já fiz muitas festinhas aqui em casa. —fala ele justificando.
Faço um drink para nos dois e dançamos. Ele apoia nossos copos vazios no balcão e pega a minha mão. Para dançar.
Já me sinto um pouco tonta e isso já é sinal de que bebi de mais. Ele tira a camisa, porque está suando muito. E como quase a tropeçou, acredito que tambem esteja bêbado.
De repente a música eletrônica acaba e começa a tocar uma música lenta. Eduardo me puxa, colocando meu corpo encostado com o seu.
Ele apoia uma das mãos em minha cabeça pressionado ela contra o ombro dele. Essa aproximação me deixa confusa, porque apesar de saber que não deveria, eu sinto uma vontade imensa de quererer abraçá-lo, toca- lo. Assim como fiquei, na primeira vez que eu o abracei dentro do carro. Havia uma vontade imensa de conhecer melhor esse pedaço de mal caminho. Um homem lindo desse, e carinhoso despertaria desejo em qualquer mulher.
Ficamos abraçados dançando, essa música, enquanto fico alucinada com seu toque e perfume.
A música acaba e quando vamos afrouxando o abraço, outra música lenta começa. Ele coloca a minha mão em seu peito, onde tem uma tatuagem enorme que segue pelo seu braço e seu pescoço. Fecho meus olhos temendo o que pode acontecer e sinto a pulsação do seu coração.
Ele segura a minha mão novamente e vai descendo e se aproxima mais um pouco. Com a outra mão ele acaricia a pele do meu rosto e beija meu pescoço, me arrepiando toda. Sinto seu toque delicado, sua respiração ofegante misturando com a minha, até que sinto seus lábios nos meus. Ele encosta bem devagar, e se afasta esperando minha reação. Não resisto, e vou atrás de seus lábios, o beijando com mais desejo.
__________A Garçonete 2 ______________
Será que a Júlia deve investir no Eduardo? Ele tem feito bem a nossa protagonista. 🤔
O que acham?
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