"Eu perdi meu carro
Na avenida em que o ganhei.
Não me importei que vissem meu sorriso
E agora, todos vêem a ausência dele.

Parecia que ele falava comigo
E só eu entendia.
O ronco do motor
Nunca saiu da minha cabeça.
As pistas nos pertenciam
Assim como o sonho de um racha.
Ele me dizia
Que eu era um campeão.

Com o volante nas mãos
Eu me enchia de poder
Mas a humildade estava comigo.
Sempre esteve
Até no triste momento
Em que eu o vi indo embora.
Ele fez uma curva
A última que eu vira,
E eu não estava lá dentro.

O couro macio do banco
O pneu recém calibrado
E seu alegre ronco do motor
Agora pertenciam a outro
Que não tenho certeza
Se o verá da mesma maneira
que eu o via."

K.S.

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Mais um feito no ano passado. Este aqui foi inspirado na música "Drive" da banda The Cars (Está na mídia). A música, que é bonita, tem uma vibe meio triste, como uma despedida. E pelo título se chamar "dirigir" eu achei que ela falava sobre isso. Então quis escrever algo melancólico e que tivesse a ver com carro. O resultado foi esse acima que você acompanhou com atenção.

Só que, quando fui finalmente conferir sobre o que falava a música, não era nada a ver com dirigir. (Odeio quando os artistas me trolam assim kkkk). Mas ainda acho que a música é uma ótima trilha sonora para o poema.

O que vocês acham que aconteceu com o carro? Vou deixar no ar...

(P.S. Essa música toca em Todo Mundo Odeia o Chris, no episódio em que ele compra seu primeiro carro).

Thanks for reading. <3