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Capítulo 46

ALICE

          No dia seguinte, Alice fez a ressonância magnética para ver o progresso da sua recuperação e felizmente, as notícias foram boas.

         — Não há mais nenhum inchaço no seu cérebro nem sinal de anormalidades, Alice — diz o médico — posso providenciar sua alta para amanhã de manhã, tudo bem?

         — Ótimo, doutor! Fico feliz. — ela responde.

         Depois de mais alguma conversa para tratar de algumas recomendações, o médico sai do quarto, encontrando com a mãe de Alice na porta. Ele conta a novidade para Sônia e quando ela fica sozinha com a filha, diz:

         — Amanhã você vai voltar para casa, ouviu, Alice?

         — Eu sei, mãe. — Alice responde e nota uma leve surpresa na mãe. Ela acredita que a mulher estava esperando algum tipo de embate.

        — Bom que você pense assim. Depois, eu e seu pai teremos uma conversa séria. — diz Sônia.

       — Tudo bem.

          A mãe assente, satisfeita, mas ainda com uma expressão fechada. Certamente, achava que Alice estava voltando à passividade anterior, em que se rebelava vez ou outra, mas acabava cedendo à pressão dos pais.

          — Vejo que você parece ter recobrado o juízo, melhor assim. — diz a mãe.

          — É, andei pensando. — Alice comenta, controlando-se para não fazer cara de nojo ou dar uma risada sarcástica, limitando-se a dar um sorriso sem graça. Ela precisava fazer a mãe acreditar que tudo voltaria a ser como antes. Sônia passou algum tempo ainda com ela, até que foi embora.

           Já era quase noite quando Alice ligou para Victor, a fim de informar sobre os últimos acontecimentos.

          — Preciso ver você, amor... vou ter alta de manhã. Você consegue passar aqui?

         — Tu acha que dá? Será que teus pais não vão saber?

        — Minha mãe já veio aqui hoje, já está ficando de noite, não vão aparecer de novo. Qualquer coisa também eu digo que você queria me ver pra gente voltar, mas que eu não quis.

       — Não gosto nem de imaginar isso...

       Alice da uma risadinha e diz:

      — Você sabe que não é verdade... mas então, você vem?

      — Demorô, chego já, linda.

       Algum tempo depois, Victor entra no quarto. Ele parece ter acabado de tomar banho, está com o cabelo um pouco molhado ainda e cheiroso. Ele da um grande sorriso quando a vê e vai até a cama para abraçá-la. Depois de alguns beijos, ela diz:

       — Vou morrer de saudades de você, Victor... será que vou aguentar ficar longe?

       Ele passa a mão pelo cabelo dela, passeia o olhar pelo seu rosto e responde:

     — Também vou ficar com saudades, linda, mas se tu acha que é melhor seguir com teu plano...

     — Acho sim, amor, eu preciso fazer isso. Você sabe que não vou ter paz se as coisas continuarem como estão e já falei que tenho medo do meu pai fazer alguma coisa contra você, sei do que ele é capaz. — ela diz, com um estremecimento.

         Victor a escuta com seriedade e apenas assente. Eles se olham e Alice o observa, tentando memorizar cada pedacinho do rosto dele. Não sabia quanto tempo passaria sem vê-lo e isso deixava seu coração apertado.

      — Não me deixa sem notícia tua... pede pra Lourdes me ligar qualquer coisa, tá? — ele pede.

         Alice assente e eles passam algum tempo ainda namorando e fazendo planos, até que fica tarde e Victor precisa ir. Eles se despedem e ele vai embora, um tanto relutante. Alice percebe que ele tem receio de que algo ruim aconteça e eles não possam estar mais juntos.

        Quando ele, por fim, sai do quarto, Alice respira fundo e tenta focar no seu plano, no que precisa fazer. Dessa vez, ela planejou tudo com calma, não vai seguir por um caminho tortuoso como quando resolveu fugir de casa. Agora ela tem um propósito e um futuro em vista, com alguém que ela quer como parte de sua vida.

Na manhã seguinte, logo cedo, Alice recebe a visita do médico, que da algumas últimas recomendações e providencia a alta dela. Sônia aparece para levá-la de volta à casa e Nelson não está presente, a mulher informa que ele estava muito ocupado, mas que eles conversariam ao final do dia.

Durante o trajeto até o Joá, Alice fica calada, tentando ao máximo fingir ao menos indiferença, mas, na verdade, sentia uma espécie de desgosto de estar voltando para viver na mansão, mesmo que não fosse em definitivo.

Quando chegou lá, teve aquela sensação curiosa de sentir que tudo não havia passado de um sonho, que ela nunca havia saído dali. Foi invadida por uma imensa saudade de Victor e teve muita vontade de abraçá-lo para sentir que tudo o que havia vivido tinha sido real.

       Lourdes a recebeu com muito carinho, levando-a até seu quarto, já que Sônia havia dito que tinha que fazer uma massagem e seguiu para a área externa da casa. Ao entrar, Alice teve uma leve surpresa, havia esquecido momentaneamente de como seu quarto era enorme, quase do tamanho da casa que morava com Victor em Maceió.

— Bem vinda de volta, minha filha. — diz Lourdes, com um sorriso — eu estava com muitas saudades de você.

Alice sorri e a abraça, o que a mulher retribui com delicadeza, por conta do estado de saúde ainda um tanto delicado dela, com as recentes fraturas.

— Quer que eu prepare alguma coisa pra você? Está com fome?

Era uma pergunta outrora tão cotidiana, mas que agora Alice ouvia com estranheza, pois havia vivido os últimos meses de uma forma completamente diferente. Mal tinha acabado de chegar e não conseguia parar de fazer comparações, ela precisava ficar mais concentrada no seu plano. Queria fazer tudo de forma mais racional agora.

Passa o dia em seu quarto, pensativa e no início da noite, seu pai chega em casa e a família se reúne na sala de jantar, onde um risoto de camarão está servido. É um prato recorrente nos jantares da mansão, mesmo nos dias normais, sem eventos.

Alice espeta um camarão com o garfo e vem à sua mente a noite em que ela estava começando a preparar esse prato para Victor, mas foi interrompida por Vini. Tal lembrança causa tanto mal estar que ela deixa cair o garfo no prato, fazendo um barulho que chama a atenção dos pais.

— Desculpem. — ela diz, tentando recobrar a calma.

O pai a olha, mas não diz nada, talvez pense que ela ainda está com problemas motores no braço, já que havia sido fraturado no acidente. Comem em silêncio por um tempo e quando terminam, Nelson diz, no tom duro de sempre:

— Sua mãe me contou algo muito preocupante, Alice.

Ela apenas olha para ele, esperando que continue, então o pai complementa:

— Quem é aquele rapaz que estava com você no hospital?

— Ninguém, pai... — ela responde, tentando controlar a voz. Seria muito difícil falar sobre Victor com indiferença.

Sua resposta fez os pais olharem para ela, atentos.

— Você sabe que uma moça como você não pode se envolver com qualquer um, não sabe? — o pai questiona.

Qualquer um

Alice toma um gole do vinho que está em sua taça, precisa de um segundo para respirar e continuar fingindo que Victor não era importante para ela. Torcia para que seus pais não o ofendessem, pois não sabia se conseguiria continuar com a farsa, caso isso ocorresse.

— Não estou mais com ele, pai. Não se preocupe. — ela diz.

— Você não estava no seu juízo normal, Alice. Estava vivendo uma situação totalmente fora da sua realidade, deve ter confundido os sentimentos, não tinha como você estar realmente interessada naquele rapaz. — é a vez de Sônia falar.

           Alive havia comentado que Victor foi um rapaz que havia ajudado em sua fuga do sequestro. Como os pais estavam inclinados a acreditar nessa versão, depois do acidente com Vini, ela conseguiu convencê-los.

— Sim, eu sei... — Alice consegue dizer — não precisamos mais falar dele, certo? Já passou.

— Melhor assim — o pai diz — você tem um futuro grandioso pela frente, não tem espaço para um rapaz como aquele.

Nesse momento, a sobremesa é servida, crème brulée, mas aquela conversa havia acabado de vez com o já pouco apetite de Alice. Ela lembrou de quando havia feito o primeiro bolo de cenoura com cobertura de chocolate para Victor e de como era sempre uma sobremesa que ele amava.

— Eu estou um pouco enjoada, acho que deve ser por conta dos remédios e a falta de costume de comer tanto, já que no hospital eu comia pouco. Vou pro meu quarto, estou cansada. Boa noite. — Alice diz, levantando-se.

Quando chega ao seu quarto, tranca a porta e vai até sua cama, onde deita e não consegue evitar chorar por tudo o que sentia falta.

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De volta à mansão, Alice precisa focar no plano. Deixem seu voto 😘

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