Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 43

VICTOR

     Victor segue para o hospital com outro estado de espírito, desde a última vez que esteve lá. Ter conseguido falar com Alice e saber que ela estava recuperando-se bem era um grande alívio para ele, pois chegou a ficar noites em claro ao imaginar que ela pudesse ficar muito tempo inconsciente ou sequer conseguisse voltar ao normal.

Ele passa em um mercado no caminho e compra o chocolate preferido dela. Não sabe se poderá comer, mas quer dar esse mimo. Ao chegar à sala de espera da UTI, senta na cadeira de costume e mexe em seu celular. Da uma olhada discreta pela sala para ver se os Kubrick estão presentes, mas não os vê.

Quando o relógio marca 17:20 e nada dos pais de Alice aparecerem, ele acha estranho. Nesse momento, Angélica aparece na sala e corre o olhar pelo local, como se também estivesse procurando por eles. Quando seu olhar cruza o de Victor, ele faz um sinal discreto significando que ele não os viu.
A mulher, então, faz um gesto chamando-o e quando Victor se aproxima, ela diz:

— Ela está acordada, fica lá com ela, Victor. Vou ficar de olho pra ver se os pais aparecem, qualquer coisa eu aviso.

Victor abre um grande sorriso e diz:

— Valeu, dona Angélica!

Ele nem acredita que terá 40 minutos com Alice, caso os pais dela realmente não apareçam. Os dois seguem para dentro da UTI e Angélica diz à moça que controla a entrada para avisá-la caso os Kubrick apareçam.

Quando Victor vê Alice, ela está diferente, pois a cabeça não está mais enfaixada. Ela da um grande sorriso quando o vê e diz:

— Victor! Você! Meus pais...?

— Eles ainda não chegaram, Alice, então eu deixei o Victor ficar um pouco com você, mas vou ficar de olho. — diz Angélica.

— Como tu tá hoje, amor? — Victor pergunta.

— Feliz em ver você! — ela responde, com um sorriso.

— Trouxe uma coisa pra tu, não sei se a Angélica vai deixar. — ele diz, tirando o chocolate da sacola.

— Não é muito recomendado na dieta dela nesse momento, mas talvez eu a deixe comer um quadradinho, vou pensar. — diz a enfermeira.

Victor e Alice riem e ficam olhando um para o outro. Angélica parece perceber que eles precisam de alguma privacidade e sai do leito, dizendo que vai ficar de olho na sala de espera. Eles conversam por algum tempo, beijam-se e ficam namorando por muitos minutos, entre carinhos e abraços, na medida do possível. Em certo momento, Alice pergunta:

— O que aconteceu, Victor? A Angélica disse que sofri um acidente de carro, mas não lembro... a única coisa que ainda consigo recordar é que o seu irmão apareceu na nossa casa com uma arma e disse que iria me trazer de volta pro Rio.

— Também não sei direito, Alice, mas ele deve ter descoberto quem tu é de verdade. — Victor passa a contar como havia sido desde o dia do desaparecimento dela, com a chegada dele em casa, sem encontrá-la e sabendo que Vini havia ido embora no mesmo dia — eu desconfiei que ele tava envolvido, por isso vim pro Rio.

— E onde ele está agora? Foi preso?

Victor respira fundo e diz, com uma voz baixa:

— Ele morreu no acidente, Alice...

— Oh... — ela diz, surpresa — sinto muito, Victor... ele era seu irmão, sei que você deve ter ficado triste, apesar de tudo. E a dona Joana? Meu Deus...

Victor da de ombros e não diz nada, mas realmente não tem como não estar sentido, principalmente quando lembra da conversa que precisou ter com a mãe.

— Desculpa, amor... foi culpa minha. — ele diz, por fim.

— Claro que não, Victor! Por que você diz isso?

— Eu não devia ter ficado te chamando de Alice... mas chamava, aí ele ouviu. Tudo que aconteceu foi culpa minha, tudo... — ele diz, com a voz já falhando.

— Para com isso, Victor! Não se culpe pelas coisas erradas que o Vini fazia! Você se culpa pela morte dele também? Não, amor... vem cá... — ela diz, estendendo os braços para ele, já estava sem a imobilização.

— Desculpa, linda, eu tinha que vir aqui pra te deixar feliz e to fazendo tudo errado.

Victor chega bem perto dela, que faz um carinho no rosto dele e o beija.

    Nesse momento, Angélica volta, dizendo:

— Eles chegaram, Alice. E tem uma senhora com eles.

Alice faz um som de lamento e olha para Victor, que diz:

— Amanhã eu volto, amor... te amo, tá?

— Também te amo, Victor.

    Eles dão mais um beijo e ele sai do leito, dando uma última olhada para ela.

— Eu pedi para eles esperarem só um minuto enquanto ela estava sendo higienizada, mas não ficaram muito felizes. — Angélica diz, enquanto caminham para a saída da UTI.

Quando Victor passa pela porta, da de cara com os Kubrick, que o olham. Como existem muitos leitos, não tem como saber em qual ele estava. Eles parecem realmente irritados e Victor consegue ouvir a mãe de Alice dizer:

— Só é permitido dois visitantes por vez, Lourdes, então aguarde a gente sair.

— Sim, senhora. — a mulher responde.

Quando os pais de Alice entram, Victor olha para ela e diz:

— Dona Lourdes?

— Sim? — ela o olha, surpresa.

— Eu sou o Victor.

— Oh! — ela diz, arregalando os olhos — sim, eu ouvi falar de você! Você conseguiu ver a Alice? — pergunta, em voz baixa.

Eles se afastam um pouco da entrada da UTI e ele diz, também num tom de voz baixo:

— A enfermeira dela deixa eu entrar quando os pais dela vão embora. Ela disse que a Alice falava meu nome, aí achou que seria bom ouvir minha voz.

— E foi, meu filho! Fiquei muito feliz quando ligaram do hospital pra falar que ela havia saído do coma. — ela o olha por algum tempo e diz — eu queria tanto conversar com você, saber tudo o que aconteceu... será que podemos marcar um café algum dia?

— Já é, claro... eu tenho o telefone da senhora, mas se quiser anotar o meu — Victor diz o número e Lourdes grava em seu celular.

— Agora é melhor você ir, filho, os pais da Alice podem pensar que você é algum jornalista, se me virem conversando com você.

— Tá certo. — Victor diz e antes de sair, fala — Dona Lourdes? — a mulher o olha e ele completa — ela tava muito feliz comigo, a gente ia casar.

A mulher parece surpresa e ele percebe que ela começa a ficar emocionada.

— Não sei o que pode acontecer agora, mas eu não vou desistir dela, dona Lourdes, não vou. — ele diz, com um sorriso triste e entra no elevador, dando um aceno para a mulher.

      Os próximos dias foram mais difíceis para Victor, pois ele não estava conseguindo ver Alice. Talvez por ela estar consciente, os pais costumavam ficar todo o tempo do horário de visitas com ela. Não era sempre que iam os dois, mas ou era um ou outro, então Victor não conseguia entrar.

Angélica conversava com ele às vezes e falava como Alice estava progredindo, além de dizer que ela também estava sentindo muito a falta dele. Comentou que, um dia, ela até fingiu estar dormindo para ver se a mãe iria embora logo.

Victor já estava angustiado e resolveu marcar o café com Lourdes. É uma tarde de sábado quando eles se encontram numa padaria na Barra da Tijuca, pois Victor ainda passaria no hospital mais tarde.

— A senhora sabe o que os pais dela tão querendo fazer? Ainda vão internar a Alice como tavam querendo naquela época? — ele questiona, depois de uma conversa inicial sobre o estado de saúde dela.

— Eu não os ouvi mais sobre isso, ainda estão muito confusos com tudo, sabe? Como a Alice tava com aquele bandido, eles não sabem se ela foi sequestrada mesmo. Ela está dizendo que não lembra de nada, também não estou entendendo muito bem. O que aconteceu, afinal, meu filho? Ela nunca me explicou, não deu tempo.

Victor da um suspiro e começa a contar tudo, desde o plano de fuga, até tudo o que eles passaram: a viagem para Juiz de Fora, a tentativa de estupro, o assalto, a volta para o Rio, a estadia em Porto Seguro e finalmente, a vida estabelecida em Maceió. Ele também conta a sua própria situação de vida e dos seus motivos para ter feito parte daquilo. Lourdes ficou boquiaberta várias vezes, levando a mão à boca.

— Misericórdia, Jesus! Como vocês sofreram, meu filho! — ela faz uma pausa e diz — quer dizer que a Alice conseguiu trabalhar com desenho? Eu sabia que ela tinha muito talento!

— Ela tava muito feliz lá, dona Lourdes... a gente morava numa casa, eu tinha um emprego, a gente ia casar, como eu disse pra senhora, eu até comprei as alianças. Minha mãe ensinava a Alice a cozinhar, ela adorava.

— É mesmo?? E o que ela cozinhava? — a mulher pergunta, curiosa.

Victor conta alguns pratos que ela já havia feito e Lourdes ri admirada. A conversa tem um tom mais leve por alguns minutos, até que ela pergunta:

— Mas o que aconteceu pra descobrirem ela lá? Quem era aquele homem que morreu?

Victor olha para suas mãos estendidas na mesa e diz, constrangido:

— Ele era meu irmão, dona Lourdes. Foi por causa dele que entrei nesse rolo também, como falei pra senhora. Ele apareceu lá depois de todo esse tempo e acabou descobrindo. — Victor faz uma pausa e continua, com a voz embargada — eu queria tanto proteger a Alice, mas ele acabou me ouvindo chamar ela pelo nome, aí deve ter ficado desconfiado. Ainda não sei como ele descobriu quem ela é, se chegou a ver quando apareceu no jornal, sei lá.

Lourdes põe uma mão sobre a dele e diz:

— Não se culpe, Victor, você não fez por mal. Eu sei que você ama a Alice, da pra perceber.

— Será que os pais dela podem separar a gente, dona Lourdes? — ele pergunta, angustiado — a Alice tem muito medo do pai.

— Ele é um homem perigoso mesmo, Victor. Mas o que eu puder fazer pra ajudar eu faço, viu? Aquela menina merece ser feliz.

🚗💨💨💨💨💨💨💨💨💨💨💨💨💨💨

Curiosos pra saber como será o futuro deles agora? Continuem aqui comigo e deixem seu voto 😘

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro