Capítulo 25
ALICE
Quando finalmente conseguem sair do Vidigal, Alice respira fundo. No momento em que Jonas teve que parar o carro por conta da abordagem de um dos criminosos, ela ficou realmente tensa, temia muito por Victor e sua mãe.
— Falei com o tio Oscar, ele vai dar uma força pra gente de novo, disse que a gente pode dar uma parada lá. — diz Jonas.
— Onde ele mora? — pergunta Joana.
— Em Juiz de Fora, mãe. — responde Victor.
A mulher apenas assente e Alice sente pena dela. Consegue ver como Joana está abalada com tudo isso, já que soube da real situação deles há pouco tempo e já teve que fugir, abandonando sua vida.
Além de tudo, havia a preocupação com o outro filho, por mais que ele não merecesse, mas ela era mãe, afinal. A mulher parece perceber que Alice a observava e olha para ela, que da um sorriso meio constrangido.
Antes de pegar a BR-040 com destino à Duque de Caxias, Jonas para num posto de gasolina para abastecer o carro e comprar algo para comerem.
— A viagem é rápida, dona Joana, antes de meia-noite, a gente chega lá. — diz Jonas, enquanto comem no carro.
— E eles sabem por que tamo indo pra lá? — ela pergunta.
Jonas e Victor entreolham-se e o amigo diz:
— Não, mas fica tranquila que eles são de boa.
A mulher olha para Alice e pergunta:
— E por que ela tá indo também?
Antes que a Alice possa responder, Victor diz:
— A Clara só quer recomeçar a vida dela em outro lugar também, mãe.
Joana olha para ela meio desconfiada, mas não fala nada. Jonas segue estrada novamente e Victor comenta:
— Dorme um pouco, mãe, a senhora deve ta cansada.
Joana não dorme, mas o restante da viagem segue em silêncio, com apenas algumas poucas palavras trocadas entre Jonas e Victor.
Alice olha constantemente para ele, que, de vez em quando, também olha para ela. A mãe percebe essa troca de olhares e também dirige o olhar para Alice, que fica um pouco constrangida e brinca com seu pingente. Ela nota que Joana olha seu colar.
Algumas horas mais tarde, finalmente chegam à casa de Oscar, em Juiz de Fora. O casal os recebe, cumprimentando-os com um abraço. Margarida havia reservado o quarto das meninas para eles, colocando, mais uma vez, os colchões juntos no chão e armando duas redes. Depois de trocarem de roupa, já instalados no quarto, Joana observa a arrumação e pergunta:
— Tu vai dormir nesse colchão com a moça, Victor?
— São dois colchões, mãe. — diz Victor, separando-os.
Ele da uma olhada para Alice, com um leve sorriso. Jonas também disfarça uma risada.
— Se a senhora preferir dormir no colchão, eu posso ficar com a rede, dona Joana. — diz Alice.
— Não, posso ficar na rede, eu até gosto. — ela responde.
— Então bora deitar logo que tá todo mundo cansado. — diz Victor.
Alguns minutos depois, já estão todos deitados e quando Victor percebe que Jonas e a mãe dormiram, vai para o colchão de Alice, deitando por cima dela.
— Victor! — ela sussurra, surpresa.
— To com a maior vontade de te beijar faz tempo. — ele fala baixinho e a beija.
Alice se deixa envolver pelo beijo, já que também estava com muita vontade de sentir o toque dos lábios dele de novo. Todo o stress da situação deles precisava ser extravasado e eles estavam fazendo isso com esse beijo.
Alice havia envolvido o quadril de Victor com as pernas e conseguia sentir como ele estava excitado. Ele desce os beijos para o pescoço dela e quando chegava perto dos seios, Alice diz, ofegante:
— Victor!
Ele levanta a cabeça, também ofegante e parece dar-se conta do que estão fazendo e de onde estão. Deixa a cabeça cair sobre o corpo dela com um suspiro e da uma gemido baixo. Sai de cima dela, mas deita ao seu lado e cochicha no seu ouvido:
— O que eu faço com esse tesão que to sentindo, Alice?
Ela sente um arrepio com as palavras dele e responde:
— Queria te ajudar, mas a gente vai ter que esperar.
Ela mesma não sabia o que fazer com o tesão dela. O desejo por ele é enorme e tê-lo assim ao seu lado, excitado, num quarto escuro, era demais para aguentar.
— Acho que vou precisar ir ao banheiro. — ele sussurra, fazendo Alice dar uma risadinha.
Nesse momento, Joana se mexe na rede e Victor sai rápido do colchão de Alice. Ele levanta, vai até a porta e antes de abrir e sair do quarto, da um olhar e um sorrisinho safado para ela.
Alice consegue ver a luz acesa do banheiro e ouve quando a porta é fechada. Saber que Victor está lá dentro pensando nela enquanto procura aliviar seu tesão a deixa fervendo.
Alguns poucos minutos depois, ele volta e da mais um sorriso para ela. Deita no colchão dele e ela não consegue desviar os olhos do seu rosto, cheia de desejo. Victor parece perceber sua urgência e aproxima os colchões.
— Quer que eu te ajude? — sussurra no ouvido dela.
Antes que Alice possa responder, ele leva sua mão até a calcinha dela, fazendo uma leve pressão no seu corpo, que latejava.
— Victor! — ela sussurra.
— Deixa, vai...quero te fazer gozar. — ele diz baixinho, pressionando os dedos nela, ainda por cima da calcinha.
Alice geme baixinho e afasta as pernas, não resistindo ao seu toque.
— Isso é loucura, Victor. — ela diz.
Ele, enfim, põe a mão por baixo da calcinha dela e Alice precisa morder o lençol para abafar um gemido mais alto quando sente os dedos dele deslizando por ela.
— Huum... — ele diz — Porra, já to ficando com tesão de novo!
Alice sorri, mas logo volta a adotar a expressão de prazer ao sentir o toque dele. Victor continua provocando-a, aumentando os movimentos dos dedos dentro e fora dela. Quando ele se abaixa, levando o rosto próximo onde está sua mão no corpo dela, ela diz:
— Não, Victor!
Ele ri do medo dela de serem descobertos e diz, voltando ao seu ouvido:
— Quero sentir teu gosto.
— Ai, não fala assim...
Victor a beija e quando Alice sente a língua dele na sua boca ao mesmo tempo que seus dedos deslizam por ela, não aguenta e seu orgasmo vem, fazendo seu corpo tremer várias vezes. Uma mão dela agarra o lençol e a outra o cabelo dele.
A boca de Victor na sua impede que ela solte um gemido alto, nesse momento. Victor continua fazendo movimentos devagar com seus dedos, até Alice parar de contrair-se. Quando ela olha para ele, ofegante e com o coração acelerado, sussurra:
— Você é louco.
— Mas tu bem que curtiu, não foi? — Victor pergunta no ouvido dela, dando um sorriso.
Ele tira os dedos dela e os leva até sua boca, fazendo Alice dar um risinho.
— Você é maluco, Victor, sai do meu colchão! — ela diz, sorrindo.
— Pô, já tá me expulsando? Só queria me usar? — ele comenta.
Alice ri e Joana movimenta-se de novo na rede, dessa vez, levantando o corpo. Victor sai do colchão de Alice num pulo e deita no dele, com o corpo virado para o outro lado.
A mãe dele da uma olhada no quarto e Alice tenta ficar o mais imóvel possível, fingindo que dorme. Como o quarto está bem escuro, não da pra ver muita coisa, então Joana volta a deitar.
Algum tempo depois, Victor olha para Alice, sorri e sussurra:
— Boa noite.
— Boa noite. — ela responde.
Alice fecha os olhos e mal pode acreditar no que acabaram de fazer, dormindo com um sorriso no rosto, logo depois.
Na manhã seguinte, quando ela acorda, apenas Jonas continua dormindo, como sempre, Victor já havia acordado e não estava no quarto, assim como sua mae.
Alice faz sua higiene matinal, coloca um vestidinho e segue para a cozinha, onde a mesa do café da manhã está sendo servida. Joana e Victor ajudam Margarida e quando ele a vê, abre um sorriso de lado, fazendo Alice sentir uma onda de calor ao relembrar o que haviam feito.
— Bom dia. — diz, meio tímida pela presença das mulheres.
A impressão que Alice tem é que está estampado no seu rosto o que havia acontecido.
— Dormiu bem, Clara? — Margarida pergunta.
Victor da uma risadinha e Alice sente seu rosto quente, deve estar um pimentão.
— Tá passando mal, menina? Ta vermelha. — Joana pergunta.
É que estou lembrando que seu filho me fez gozar com você no quarto, minha senhora.
Alice afasta o pensamento e da um sorriso amarelo, dizendo:
— Tudo bem! Precisa de ajuda, dona Margarida?
— Não, fia, seu namorado como sempre um anjo, já me ajudou e ainda tem sua sogra que também tá arrumado as coisas aqui.
Joana olha para Victor com as sobrancelhas levantadas e é a vez dele de ficar vermelho. Victor passa a mão no cabelo e da um sorriso sem graça para mãe, que semicerra os olhos para ele. Nesse momento, Jonas aparece na cozinha, dizendo:
— Opa, cheguei na hora certa!
Margarida, que havia saído do cômodo, volta com as filhas e Mariana corre para abraçar Alice, Victor e Jonas.
— Ocês vão morar aqui com a gente, tia? — a menina pergunta para Alice, com um olhar esperançoso.
Alice da um sorriso e responde:
— Não, amor, mas a gente vem visitar vocês, tá?
Joana olha curiosa a interação entre eles, Alice percebe que Victor não deve ter falado que já estiveram ali anteriormente. Ela deve estar muito confusa com toda essa situação, mas não faz nenhum questionamento no momento.
Jonas talvez tenha conversado com os tios, pois eles permanecem discretos, sem fazer perguntas sobre o motivo de tantas viagens e do porquê estarem novamente lá. O combinado era que ficariam o sábado e partiriam para a Bahia no domingo.
— Ocês ainda tão usando o colar, né tio? — pergunta Mariana.
Victor leva a mão até seu pingente, sorri, olha para Alice e responde:
— Tamo sim, Mari.
Joana olha para o colar do filho, como se nunca tivesse prestado atenção, depois olha para o pescoço de Alice, onde estava o dela. Alice percebe que ela lança um olhar questionador para o filho, que só sorri.
Alice da um suspiro, será que a mãe dele não gosta dela? Vai ser meio constrangedor tê-la sempre por perto e não tem a menor ideia de como será a vida deles daqui para frente, mas ao sentir o olhar de Victor sobre si, a intensidade da expressão dele a faz esquecer dessas inseguranças.
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O clima esquentou e não deu pra segurar o fogo! 🔥
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