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Capítulo 2

VICTOR

Victor acorda com o som de tiroteio. Abre os olhos, coloca o travesseiro sobre a cabeça e já ia dormindo de novo quando a mãe entra em seu quarto.

      — Aí, melhor tu não sair essa manhã, pois tá tendo batida policial no morro de novo.

       Victor tira o travesseiro da cabeça, levanta um pouco o tronco e fala:

     — Se depender de não ter tiroteio no morro, não saio nunca!

       Dá uma bufada, balança a cabeça para tentar despertar mais e senta-se na cama, dando um suspiro. Hoje seria um dia importante, pois iria para uma entrevista de emprego numa fábrica e queria sair cedo para não correr o risco de chegar atrasado, por mais que sempre acabasse esperando horas para ser recebido.

        Ainda era bem cedo, até daria tempo de cochilar mais um pouco, mas como já havia acordado mesmo, resolve tomar logo um banho e comer alguma coisa. Entretanto, quando liga o chuveiro, não cai sequer uma gota d'água. Victor pragueja, envolve a toalha no seu corpo e vai falar com a mãe.

        — Faltou água de novo, mãe?

        — Faltou. Se quiser tomar banho, usa a água do balde, mas não vai gastar tudo, hein? – responde a mãe, apontando para um grande balde perto da pia da cozinha.

        Victor xinga de novo e leva um pouco de água para o banheiro. Consegue fazer uma higiene razoável, veste uma calça jeans, uma camisa branca e vai para a cozinha. Sua mãe havia passado café, mas era a única coisa que havia na mesa.

       — Acabou o pão? – Victor pergunta.

       — Não, tem um pra tu, ainda.

       Victor pega o saco vazio e sacode para a mulher.

      — Mas que diacho! O Vini comeu tudo, então! Falei pra ele deixar um!

       Vinícius é o irmão mais velho e ovelha negra da família, já que era envolvido com o tráfico da região. Victor xinga, pega a mochila e sai de casa.

      — Cuidado com o tiroteio, meu filho! – consegue ouvir sua mãe dizendo.

      — Sei me cuidar, dona Joana, pode deixar! – fala alto.

        Ao sair de casa, percebe que os tiros haviam cessado, mas ainda tinha alguma correria em alguns pontos do Vidigal. Provavelmente seu irmão estava escondido em algum lugar, pelo menos ele tinha a noção de não ficar em casa e expor a mãe ao perigo num dia assim. Victor para num boteco e pede um pão na chapa. 

       — Como é que tá o movimento aí, Zé? – pergunta com um gesto para indicar a batida policial.

       — Pelo que eu soube, já prenderam uns, mas ainda tão procurando mais gente.

       Victor assente e come seu pão. Ao terminar, diz para o homem:

     — Pendura aí, Zé.

     — Porra, Victor! Tenho cara de cabide?

     — Pô mermão, desculpa aí... é que tenho que pegar quatro ônibus hoje, te pago depois, sério!

       O velho resmunga e Victor segue em direção ao ponto de ônibus. Quando estava a caminho, alguns policiais o abordam e pedem para ele encostar num muro. É revistado, abrem sua mochila, jogam o conteúdo no chão e perguntam:

      — Trabalha com que, rapaz?

       — No momento tô desempregado, senhor, tava saindo agora pra uma entrevista de emprego.

        Os homens riem e um deles diz:

        — E qual é o seu nome, vagabundo?

        — Victor – ele responde, apertando o maxilar.

        — Conhece o Mário Maluco, vagabundo? – um policial pergunta. Esse é um dos traficantes mais procurados da região e infelizmente seu irmão trabalha para ele.

     — Sei quem é, mas não tenho nada a ver com ele, senhor.

     — Nunca ninguém tem! – responde o policial. – Sabe onde ele tá escondido?

   — Sei não, senhor.

   — Melhor abrir o jogo, rapaz! Não é uma boa ideia ficar acobertando traficante.

   — Mas eu tô falando sério, senhor! Sei de nada, não!

     Nesse momento, alguns tiros distantes são ouvidos e os policiais preparam-se para seguir na direção do som.

   — Tô liberado? – Victor pergunta.

     Os policiais não se dão ao trabalho de responder, então ele começa a juntar seus pertences que foram jogados no chão e os guarda na mochila. Fica um tempo no ponto de ônibus, mas nada de ele aparecer.

      Como está havendo essa batida policial, desconfia que não estão passando nessa via propositalmente, então resolve andar até um ponto mais distante e apenas depois de uma hora consegue entrar na primeira condução do dia.

       Mais tarde, depois de outro ônibus, finalmente chega à fábrica onde terá a entrevista e como esperava, tem uma fila imensa de outros candidatos. Uma hora e meia depois, chega sua vez e entra numa sala onde um homem carrancudo está sentado com uma mesa à frente.

      — Bom dia – diz Victor.

      — Qual o seu nome? – pergunta o homem.

      — Victor Silveira, senhor.

       — Tem quantos anos?

       — 25, senhor.

       — Já trabalhou na indústria?

       — Não, senhor, mas já trabalhei na construção civil e aprendo rápido.

       O homem dá uma olhada nele e diz:

       — Você é forte, mas não sei se tem mais vaga pra força bruta, se não tem experiência na indústria vai ser difícil conseguir alguma coisa aqui hoje.

     — Se o senhor me der uma chance, prometo que não vai se decepcionar.

     — Qualquer coisa entramos em contato. Próximo!

      Victor sai da sala desanimado, pois sabe que não vai conseguir o trabalho. Chega de volta ao morro no meio da tarde e pelo menos consegue almoçar, sorte dele Vini estar ausente e não ter comido também seu almoço.

     A mãe havia saído para fazer faxina e ele teria a casa só para ele, algumas horinhas de paz, pelo menos. Era o jeito aceitar a proposta de seu amigo Jonas de pegar a moto dele emprestada e trabalhar como entregador de aplicativo. Ele começaria logo essa noite, já que o trabalho na fábrica provavelmente não iria rolar.

       O combinado seria Victor usar a moto do amigo emprestada e pagar pela gasolina. Acabaria sobrando pouca coisa para suas despesas pessoais, por isso precisava de um emprego formal.

      Vinícius já havia chamado o irmão várias vezes para ajudar no tráfico, mas Victor não aceitava fazer parte daquilo, não queria acabar num ponto de desova de corpos como tantas vezes via acontecendo. Como havia acordado muito cedo, acabou dormindo um pouco antes de precisar sair.

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Olá, leitores! Um pouquinho da vida difícil de Victor, que ainda vai piorar 😢
Não esqueçam de dar uma estrelinha e fiquem à vontade para comentar. 😘

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