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Ódio

      Eu estava cega. Cega de ódio. Aquela beleza fria, ignorante, mentirosa. Uma beleza infinita. Infinitamente congelada, como as montanhas no mais frio inverno. E seus olhos reais, soberanos, e tiranos. E sua boca, com palavras petulantemente mortais, suas mãos, aquelas fortes mãos que seguraram a espada que matou meu melhor amigo.
      -O que aconteceu com Tati e Taylor?-Perguntei para Jerry, olhando o chão da floresta, com uma voz indiferente.
      -Eles faziam parte do grupo rebelde do sul. Eles não gostam muito de mim.-Disse ele, com uma careta.
      -Argh. Rebeldes, sempre selvagens.-Digo, grunhindo e chutando uma pedrinha.
      Jeremy suspirou e olhou para mim, me estudando. Ele percebeu que alguma coisa estava diferente em mim.
       Minhas cicatrizes começaram a coçar e eu me segurei para não esfregá-las na frente de Jeremy. Ninguém sabia sobre elas, porque caso minha mãe descobrisse que alguém tem conhecimento sobre aquilo que fez comigo, ela com certeza mataria a pessoa.
      -Eu tenho que te contar uma coisa...- Ele disse, temeroso, engolindo um seco, evitando me encarar.
       Eu olhei para ele. O que será que viria? Será que Jerry finalmente me perdoou? Eu olhei para seus cabelos castanhos, olhos verdes e sua pele bronzeada. Ele era tão bonito, uma beleza tão revoltada, tão calorosa... Suspirei, hipnotizada por ele.
        Lembrei que ele tinha feito uma pergunta, e saí de transe balançando levemente a cabeça e olhando minhas botas pretas, sujas de lama.
        -Ah, claro, claro, fale...- Eu digo, puxando meu cabelo nas costas, meio desconfortável.
       -Eu... bem, eu queria te dizer que...-Ele começou, suspirando, ansioso, olhando para as árvores.
       Ele parecia nervoso. Inquieto. Como se guardasse um segredo. Ele guarda, cabeção. Repreendo a mim mesma, ainda olhando-o, procurando entender o que ele queira me dizer olhando seus olhos verdes que pareciam bem mais indecifráveis do que da última vez que nos vimos, dois anos atrás, quando minha mãe-cobra invadir nosso esconderijo numa pequena torre do palácio, juntamente com mais de uma dezena de quadras que só não o executaram por eu ameaçá-la, dizendo que todos saberiam o mal que ela havia me causado.
      -Você...?-Incentivo ele a continuar, com a curiosidade praticamente me odiando.
      -É que... Provavelmente você vai me odiar.-Ele fala, com uma careta de desgosto.
      Eu sou uma risadinha e pego a mão dele, com um grande sorriso, me esquecendo completamente de minha mãe, de Trevor e de John.
      -Eu nunca te odiaria.-Eu digo, ainda sorrindo.-Pode me contar o que quiser. E você sabe.
      Ele me olhou por vários minutos. Parecia apreensivo, como se tentasse formar o discurso na sua cabeça. Como se tentasse dar sutileza às suas palavras.
      Jeremy, que sempre foi tão aberto, se fechara, com seu pequeno grande segredo. Ele mordia o lábio inferior nervosamente, como se estivesse preso entre o dever e a emoção.
      -Ah Jerry, desembucha, vai. Tá me deixando nervosa desse jeito.- Disse eu, soltando sua mão e cruzando os braços, já impaciente com tanta demora.
      -Já é que... É difícil de formar as palavras. Tô querendo te dizer isso desde que te vi anteontem.- Ele confessou, suspirando de novo e olhando para mim rápido antes de encarar o chão de novo e a fogueira, que iluminava seus olhos de uma maneira que só me deixava cada vez mais louca por ele.
      -Ainda sou a mesma Jane. Pode me contar qualquer coisa.-Digo, colocando uma mão em seu braço e apertando.
      O frio havia aumentado na floresta e o ar quente da minha boca lentamente se misturava com o ar gélido entre as árvores, que não faziam um bom trabalho em nos aquecer.
       -Tá bom então. Acho que vai agora. Janette eu...- Ele hesita olhando em meus olhos e logo depois suspira. Algo nos seus olhos me faz pensar por um micro segundo que ele havia se acovardado.- Certa vez, faz mais ou menos, seis meses, eu invadi o castelo no meio da noite pela nossa passagem secreta. Depois que sua mãe me expulsou a chutes, acho que ela não pensou que eu voltaria. Não havia praticamente ninguém nos corredores, acho que estava havendo algo lá embaixo. Você estava dormindo serenamente e eu... Deitei com você, por alguns minutinhos. Sei que foi uma invasão de privacidade, mas... Eu te amo. E não podia ficar sem você mais nem um segundo, ou eu enlouqueceria.
      Estaquei diante da informação. Me lembrava daquele dia. Foi nos meados de março, quando os guardas estavam preocupados demais com ações rebeldes em Elfindor e o castelo não estava tão protegido. Dois dias depois, o castelo foi saqueado por rebeldes do oeste, exatamente por esse motivo.
      -Jerry, acho que rebeldes possam tê-lo usado.-Eu falo rápido.
      -O que?-Ele arregala os olhos, assustado.
      -Dois dias depois, os guardas encontraram os cofres reais com prejuízo de um nono. Acho que espiões estavam à espreita e quando o viram passando por aqueles lados, tiveram a ideia perfeita, já que aqueles corredores podem levar para os cofres.-Eu digo, o olhando.
       -Isso é... Horrível, Jane.-Ele fala, com a voz estranha.

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