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O Lobo e o Príncipe

       Me afastei um pouco, pegando meu arco e minhas flechas. O par de olhos dourados duplicou e triplicou, depois veio outro e mais um, e mais outro. Me deparei com sete lobos adultos, seis brancos como a neve e com olhos cor de âmbar, e um único negro de olhos verdes brilhantes sob a névoa ao luar.
        Eles rosnavam, sincronizados, enquanto se aproximavam. Eu ia para trás enquanto eles iam para frente. Percebi que encostei em algo, mas não era árvore ou pedra, era uma pessoa. Ele usava capuz, mas pelo porte podia-se deduzir que era um jovem talvez um pouco mais velho que eu.
         -Que presentinho legal, huh?-Ele comentou, por debaixo do capuz. A voz dele era familiar, apesar de estar claramente sendo abafada por um pedaço de tecido.
-É, parece que vamos nos divertir um pouco.- Comentei, fazendo o estranho rir um pouco. Eu posicionei o arco, olhando atentamente para os lobos, enquanto o estranho e eu ainda estávamos de costas um para o outro. Ouvi ele desembainhar uma espada e vi o luzir fraco que a arma emitiu quando ele a girou no ar para assumir posição de defesa.
Os rosnados dos lobos aumentaram de intensidade. O lobo negro emitiu um rosnado que pareceu algum tipo de ordem. Os lobos assumiram posição de ataque. Afastei alguns fios loiros que caíam nos meus olhos. O capuz cinza que cobria a minha cabeça impedia o estranho, quem quer que ele fosse, de reconhecer-me como a rainha do reino.
Olhei para a floresta. Um pedregulho que estava a minha direita, ajudaria a atirar as flechas sem sofrer maiores danos vindos dos lobos.
-Vamos levá-los para perto daquela pedra. Eu posso atirar melhor de lá.-Sussurrei para o jovem atrás de mim. Ele virou a cabeça para o lado, e mesmo com o rosto coberto pelo capuz negro, eu sabia e ele havia assentido.
Ele começou a andar devagar até a pedra, ainda olhando os olhos que nos seguiam. Chegamos o mais perto que pudemos até o primeiro lobo atacar. O pelo branco dele brilhava ao luar, enquanto ele pulava na minha direção. O jovem ao meu lado o cortou com a lâmina da espada, e os lobos se voltaram para ele. Foi a minha deixa para atirar.            Acertei um que estava em pleno salto, e outro que tentava se aproximar de mim sorrateiramente. O garoto do meu lado acertou dois lobos consecutivos. Só haviam mais dois lobos a nossa frente. Eu fui subir na pedra, mas mais sete lobos brancos apareceram.
        -Olha quem apareceu pra festa.-O estranho comentou do meu lado, com uma risada seca, girando a espada.
         Que risada familiar...
         -Tive uma ideia.-Ele disse de repente.- Sabe aquele filme de super heróis super antigo que passa no Telão Central ás vezes?
        -Claro. O que tem ele?- Perguntei.
         -Pula no meu escudo, vou dar impulso pra você pular na pedra. Vai rápido. Não vai ser tão alto quanto no filme, afinal, eu sou um simples mortal comum, e não um super soldado.-Ele disse. Arriscado, mas talvez desse certo. Corri para trás o máximo que pude, considerando os lobos que se aproximavam. -Vai.
         Corri em direção o escudo de prata e pulei nele. Senti o impulso que me jogou para cima. Segurei na borda da pedra e joguei meu corpo para cima, caindo apoiada sobre uma perna e com a outra embaixo do corpo. Os lobos começaram a atacar o desconhecido embaixo de mim.
        Mirei na cabeça do que estava nas suas costas, atirando no exato momento em que ele afastava seu crânio para abocanhar meu aliado. Tiro perfeito. O desconhecido conseguiu matar o que o atacava de frente.
        -Cuidado!- Ele gritou. Virei para onde ele apontava. O lobo negro. O maior de todos estava na mesma pedra que eu. Ele não hesitou e pulou em mim de uma vez. Eu caí de costas, com a cabeça para fora da pedra. Segurei a fera com o meu arco, impedindo-o de me morder e posicionei os pés, o jogando para frente, e fazendo-o cair na grama embaixo de mim. Me levantei e, em um salto, atirei a minha adaga nele, fazendo cair. O meu aliado lutava com um lobo branco, mas eu não conseguia mirar na fera decentemente.
       O capuz caiu, mas não pude enxergar o rosto pelas sombras das árvores. A espada luziu vermelha de sangue lupino, ao passar no corpo do lobo, que caiu para o lado. O meu aliado se levantou, ainda envolto por sombras. Ele arrancou a espada do corpo do lobo. Todos os outros fugiram, provavelmente pela morte do líder.
         -Até que foi fácil.-Ele comentou, ajeitando a coluna.
         -O.K. -Comentei, antes de dar alguns passos para frente e pular da rocha . Tirei o capuz cinza da cabeça, liberando as madeixas loiras e lisas.-Quem é você?
        Ele deu dois passos à frente. O sorriso convencido permanecia em seu rosto, assim  como da última vez. Os olhos eram mais azuis do que eu me lembrava, e os cabelos continuavam negros, apesar da barba um pouco maior. Algo subiu em mim. Nojo. Raiva. Ódio.
        -Você.-Eu disse. Apontei uma flecha para seu coração.
       -Princesa. É um prazer rever um rosto tão bonito novamente. -Ele sorriu.- Mas, que tal abaixar isso para conversarmos civilizadamente?
       -Você não merece nada que seja civilizado.-Eu comentei, entre dentes.
       -Oooh, calma aí princesa, o que eu te fiz? Além de te salvar duas vezes, é claro.-Isso gerou uma nova onda de ódio pelo meu corpo.
        -Além de matar meu melhor e único amigo? Além de fazê-lo a sangue frio, sem ao menos dar uma chance de ele se defender? Além de chegar aqui e fingir que nunca aconteceu, vir cheio de sorrisinhos e charme pro meu lado? Me poupe.-Eu disse, baixando o arco por um momento para poder me aproximar enquanto falava.
      -O que? Sobre o que você está falando? Eu não matei ninguém.-Ele disse, se fingindo de desentendido e tentando se aproximar.
       Eu apontei o arco pra ele de novo. Ele revirou os olhos e largou a espada no chão, levantando as mãos em rendição.
       -Não minta. Só me faz te odiar mais.-Eu disse. Ele se aproximou, mesmo com o meu arco apontado para ele. "Por que não atirei ainda?", pensei.
       O príncipe se aproximou o suficiente para tocar a ponta da flecha. Ele me olhou calmamente, e eu rebati friamente. Ele fez uma coisa que não esperava que fizesse. Estreitou os olhos e virou a cabeça ligeiramente para o lado.
        -Está envenenada.-Ele disse.
       -Oi?- perguntei confusa. Meus pensamentos logo foram para os meus pulsos.-Sobre o que está falando?
       Ele percebeu o meu pequeno desvio de rota de olhar e puxou o meu braço, levantando a manga. O arco e a flecha caíram no chão, minha faca estava longe, eu estava vulnerável à pessoa que mais odiava.
       Ele olhou as linhas negras que começavam no meu pulso e terminavam perto da junção braço-antebraço, verticalmente destribuidas. Oito, no total.
       Ele arregalou os olhos.
       -Faca das Sombras. Quem fez isso com você?- Ele perguntou, me olhando, parecendo ligeiramente assustado.
       -Não é da sua conta. Por que?-Perguntei, puxando meu braço das mãos dele e o segurando com a outra mão.
        -Isso foi feito por uma Faca Das Sombras. -afirmou ele, pegando o meu braço de novo. Mas que cara insistente!
       -E daí? Vai fazer você sumir da minha frente? Por que se fizer, valeu a pena.-Disse eu, ácida.
       -Você é demente ou alguma coisa assim?! Isso é magia negra. Mesmo depois de sair do coma, o amaldiçoado vê as coisas de uma forma mais sombria  e assustadora, quando estão com medo, aflitas, com raiva ou desconfiança. Já disse que não matei esse seu amiguinho. Eu o fiz um corte na perna antes de uma garota e um garoto o levarem correndo. -Ele relatou, claramente sem paciência.
        -Mentiras. Mas tenho uma proposta para você. Sei que está junto com o grupo de caça a mim. Eu quero garantia de que não vai tentar me levar de volta. E quero que me leve até a bruxa que fica na divisa. Você parece conhecer a floresta melhor do que eu. E em troca, te dou todo o ouro que puder imaginar. -Eu disse, dando voltas em torno dele.
Ele deu uma risada seca, com dois dedos sobre os lábios, como se pensasse sobre o assunto, antes de seus olhos pousarem em mim.
-Ah não, ouro não é o que eu prezo. Meu preço é...-Ele se aproximou, me encarando.- Saber exatamente o que houve com você. Saber quem lhe fez isso, saber o por quê fugir e por que quer falar com aquela feiticeira.
-Você está pedindo coisas demais. Duas perguntas, dois favores. Escolho as duas últimas questões.-Respondi, encarando-o. Ele era mais alto que eu, então eu tinha que olhar pra cima.
-Ok, princesa. -Ele respondeu se aproximando mais um pouco, com um olhar desafiador.-Fale.
-Primeiro, é rainha, muito obrigada. E eu fugi por que minha mãe queria me obrigar a casar com John, o cara que você matou. Mas eu não o amava.-Respondi.
-Você amava aquele outro que fugiu contigo.- Não foi uma pergunta.
-Isso você nunca saberá.- Respondi, fria.- Voltando para a sua resposta. Eu e John fugimos, para eu procurar a bruxa da floresta. Quero que ela mude o meu destino. Quero algo diferente do que tenho.
-E deixar de ser rainha?-Ele perguntou com uma sobrancelha erguida. Aquela conversa já estava indo longe demais.
-Não, o que eu quero de diferente no meu destino é somente da minha conta.- Eu disse, áspera.-Vamos, já está amanhecendo.
Ele me olhou desconfiado, pegando a espada e colocando na bainha, assim como o escudo preso ás costas.
-Espera. Como pagará pelos serviços dela? Sabe que toda a magia que ela faz vem com um preço.-Ele pergunta.
Eu dou uma risada fria, enquanto pego a minha adaga do pescoço do lobo alfa, e a guardo junto com minhas outras armas. Começo a andar para o norte, com o príncipe logo atrás de mim.
-Isso, eu presumo que viverá tempo o suficiente para presenciar. Antes que se torne inútil para mim.-Eu respondo, sombria, olhando o caminho longo que ainda teria que seguir.

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