Explosão
Zac estava do meu lado. Ele me olhou e assentiu, me encorajando. Já era tarde da noite e todos os meus rebeldes estavam escondidos na floresta.
A grande fábrica de tecelagem estava a nossa frente. As luzes estavam acesas, mas nós havíamos sido informados de que não havia ninguém lá dentro, o que tornava a construção o alvo perfeito.
A monarquia tinha que cair, não importava aquilo que eu sentia pela Rainha. Jane tinha que dar ao povo uma chance de escolher quem governaria. Será que ela não poderia ver isso?
-Jeremy, está na hora.-disse Zac.
Eu suspirei.
-Pode começar.-eu disse, olhando a frente. Zac fez um movimento com as mãos e os meus soldados se moveram, saindo das árvores.
Eles se movimentavam ao redor das paredes da fábrica, sem fazer um mísero som.
Não demorou muito para que todos os explosivos estivessem em seu devido lugar.
Assim que o último rebelde saiu de perto das paredes do lado de fora da fábrica, nós corremos o máximo que podíamos para nos protegermos da explosão.
Quando o grande "bum" balançou a zona norte dos EUSA, eu pude jurar que havia ouvido gritos. Mas não era possível, já que a fábrica era longe da cidade e não havia ninguém no prédio segundo a nossa informação.
Eu estava com a respiração pesada.
A insígnia da rebelião estava desenhada no chão de pedra com tinta em spray logo a frente do local atingido pela explosão.
-Muito bem, gente.-eu falei, sorrindo para os outros rebeldes. Eles sorriam também, com respirações pesadas.
-Vamos pra casa.-disse Zac, se levantando.
.
No dia seguinte, nós estávamos no salão principal do esconderijo, olhando para o telão.
A Rainha Janette estava com os cabelos presos em um rabo de cavalo e vestida com uma blusa preta e uma saia preta.
Aliás, ela não era a única que estava vestida de preto. Sua dama de companhia, Leila estava com uma bata preta e uma calça preta. Seu conselheiro real estava igualmente de preto e atrás deles, na parede da Sala do Trono, a bandeira dos Estados Unidos Sulistas da América estava preta, com sua águia característica em prateado.
-O que está acontecendo?-perguntou uma rebelde de cabelos vermelhos que se chamava Aline.
-Shhh.-pediu Zac, dando um cutucão nela.
-Hoje, venho informar a vocês, cidadãos dos Estados Sulistas, que houve um ataque terrorista em uma fábrica de tecelagem no norte de nossa nação, próximo a cidade de Jurídia.-começou a Rainha, parecendo extremamente séria.
-É sobre a gente!-gritou um rebelde lá atrás, rindo.
Eu me aproximei da tela, olhando aquele rosto que eu conhecia tão bem transparecendo raiva e até mesmo, tristeza.
-O número de mortos até agora é de noventa e três pessoas. Na noite passada, mais de metade dos operários da fábrica estavam trabalhando em turno noturno para um passeio escolar noturno das escolas públicas das áreas mais pobres da região, um projeto criado e financiado por mim.-disse a Rainha.
-Noventa e três mortos?-perguntou alguém atrás de mim.-Mas a informação que recebemos foi de que estava vazio!
-A informação estava errada, ao que parece.-disse uma garota, com um tom de voz assombrado.
Eu recuei alguns passos, não acreditando no que ouvia. A Rainha parou de falar por um momento. Alguém conversava com ela por uma escuta em seu ouvido.
-Me perdoem, o número aumentou para cem pessoas, segundo a atualização que eu acabei de receber, mas a tendência é dos números subirem, já que eles não conseguem adentrar muito no local, por hora. Também há evidências de que os rebeldes é que estão por trás do ataque.-a rainha suspirou e eu pude ver que haviam lágrimas em seus olhos, ameaçando a cair.-Eu pensava que os rebeldes estavam contra mim, não contra o povo. Esta traição contra o seu país, mais do que com seu governo, não será perdoada. Atos de terrorismo não são manifestações de luta, são barbárie gratuita.
-Chefe...-chamou Zac, tocando no meu ombro.
Mas eu não estava prestando atenção nele, nem nas vozes aterrorizadas dos meus companheiros.
Eu só conseguia ouvir o sangue pulsando em meu ouvido e as palavras de Jane. Cem pessoas. Talvez mais. Algumas, crianças.
O que eu estava fazendo? O que eu estava pensando?
Aquele desgraçado kyoshiano. Foi ele. Quem me disse que a barra estava limpa ontem foi ele, aquele fantoche do Império Kyoshi. Como pude confiar nele?
Eu ia matar Ryuk. Ele me enganou, me fez matar crianças. Não. Eu matei as crianças, ele só mentiu para mim.
Mais uma vez, eu recebia informações erradas dentro do meu grupo. Por que eu tinha aquele grupo? Por que eu queria tirar a Rainha do poder? O que ela havia feito? Estava só havia dos meses no poder e já haviam projetos em ação.
Por que eu estava matando pessoas? Por que eu estava colocando amigos e boas pessoas em risco ao me seguirem?
Não tinha jeito. Eu ia me entregar.
.
-Vossa Alteza, nós conseguimos.-disse Ryuk.-Agora, o reinado de Janette Castellian se fortaleceu ainda mais e as Forças Rebeldes estão acabadas.
-Muito bom, Ryuk. Você trabalhou muito bem, como sempre.-disse Hukini, olhando para a rainha no monitor holográfico a sua frente.-Agora a minha querida Rainha não tem mais nenhuma ameaça a sua frente, tirando meu querido pai, é claro. Mas eu sei que ela poderá lidar com isso. Agora que está com a ameaça de guerra civil aniquilada, poderá se concentrar nas ameaças externas.
-Eu me pergunto, Alteza, o porquê de estarmos ajudando o país que será nosso provável futuro inimigo.-disse Ryuk, olhando o príncipe.
-Mas é obvio o motivo, Ryuk!-falou Hukini.-Eu quero que a rainha saia viva dessa guerra, para poder tomá-la como minha esposa depois que acabarmos de destruir seu país.
-Com tantas mulheres nesse mundo, por que ela?-perguntou o conselheiro real, impaciente.
-Ela é especial, Ryuk. Tem um poder e uma força... Eletrizantes.-falou Hukini, sorrindo.-E beija bem, eu devo dizer.
O Conselheiro o olhou de soslaio, alarmado.
-Você não vai desistir dessa ideia louca, não é mesmo?-perguntou Ryuk.
-Não faz parte da minha natureza desistir. Eu pensei que soubesse disso.-provocou o príncipe, rindo.
.....
É gente, estamos chegando ao fim de nosso livro! Mas não se preocupem, porque haverá continuação! (EBA!)
Por enquanto, qual o seu personagem favorito? Eu não posso dizer quem é o meu agora, só quando o livro acabar, hehehe. Até mais gente!
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