Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

9° Celsius

           Nesse pouco tempo de convivência, o principezinho conseguia ser bem inconveniente, mas mesmo assim, a viagem estava sendo mais fácil com uma companhia, por mais miserável que essa companhia fosse.
           Nós andávamos junto à estrada, mesmo não estando nela, enquanto o ser odioso a minha frente assobiava uma música antiga que sempre toca nos clássicos da meia noite.
          -Vai espantar todos os pássaros num raio de um quilômetro se continuar assobiando tão alto. -Eu disse, de mal humor. Ele aumentou o tom só para me irritar. Eu bufei e revirei os olhos, ajeitando a capa cinza para cobrir melhor o meu rosto, e, se possível, bloquear aquele som que ficara extremamente irritante depois de um tempo.
           -Como consegue ser tão irritante, ser miserável?-Eu perguntei. Ele não respondeu. Só mudou a melodia. Para um que eu conhecia tão bem. Eu me lembrava de cada detalhe daquele filme. A escola, as vassouras, os professores e até mesmo a bolinha dourada que voava sem parar. Era difícil pegá-la, eu me lembrava bem.
-Essa música...-Eu falei deixando que ele subentendesse o quanto eu a conhecia bem. Ele não respondeu, mas deu um sorriso, o que me impressionou, afinal, uma criatura tão repugnante não deveria mostrar qualquer gestos de felicidade. Certo?
-Estamos chegando, mais um dia de viagem, apenas. Venha, vai anoitecer, teremos que nos abrigar.-Disse o príncipe autoritário como sempre.
Havia um pouco à frente algo similar a uma clareira, apesar de bem menor. O príncipe se sentou em uma tora de madeira que havia perto de uma grande árvore oca e aberta, quase como uma pequena caverna. Eu sentei no chão e me apoiei na tora, pronta para dormir, mas um trovão retumbou nos céus e cotas grossas de chuva começaram a cair. Eu praguejei alto e vi aquela árvore oca que estava próxima do príncipe. Eu já ia entrando, mas Trevor me parou, bloqueando a passagem.
-Não, não, não rainhazinha. Pra entrar tem que pagar. -Eu cruzei os braços, erguida uma sobrancelha e olhei para ele, esperando que falasse.-Um beijo, e você pode entrar.
Eu ri da proposta dele e levantei a perna para chutar onde o sol não brilha, mas ele agarrou a minha perna e colocou envolta da cintura dele. Eu tentei me soltar mas ele era forte demais. Ele me puxou pra perto e eu o encarei, irritada. Era realmente uma pena que fosse tão cretino. Mas se ele queria jogar, eu também poderia.
-Eu tenho outra ideia. Me deixe passar e eu prometo que não te xingo nem te bato a noite toda e a gente conversa. Se você merecer...-Eu faço uma pausa e agarro a gola da blusa dele, puxando-o para perto. Meu estômago protestou pela ideia horrenda que estava prestes a dar.-Posso lhe dar mais que um beijo.
Ele encarou os meus lábios e foi difícil pra mim não encarar os dele. Mas eu nunca o beijaria, e sabia que ele não merecia nem um abraço meu.
-Feito.-Ele disse, soltando a minha perna e me deixando passar.
-Obrigada.-Eu disse, entrando na árvore. Eu já estava um pouco molhada, mas a chuva ainda estava fraca. O que eu notei é que a temperatura caiu brutalmente. Tirei a minha capa molhada e as botas e abri a minha bolsa de viagem impermeável. Ali havia uma pele pequena, caso a temperatura caísse. Mesmo com ela eu estava congelando.
-Você vai congelar aí, vem pra cá. Eu vou acender meu lampião.- Ele disse. Me aproximei do lugar onde ele estava deitado. O calor do lampião penetrou na minha pele, e Trevor me olhou enquanto eu me encolhia o mais próximo que podia do lampião sem encostar na pele onde o príncipe estava deitado.
Trevor aproximou o lampião de si, e o calor reconfortante foi embora.
-Ei!-eu protestei, me enrolando mais na pele fina.
-Você me deve uma conversa.-Ele disse. -E sem xingar. E outra coisa, minha pele, meu lampião e minha árvore, então se eu merecer o que você prometeu e você não me der, vai ser chutada pra fora.-Ele disse.
Eu revirei os olhos. Já não merecia, de qualquer maneira.
-Ok. Se você conseguir me fazer sorrir. Sorrir de verdade, de felicidade, eu faço o que prometi.-Disse eu, reprimindo o nojo que se alastrava pelo meu corpo.
-Tudo bem... Então...-Ele encarou a pequena chama do lampião antes de falar.-Por que está atrás daquela bruxa?
-Bem... Você sabe, eu estava prometida a John e fui coroada rainha e sinceramente, eu não queria nada disso. Eu vou até ela porque sei que ela pode mudar destinos. Não importa o preço que tiver que pagar.-Eu falei, encarando a chama também, para não ter que olhar para aquelas duas piscinas azuis que eram os olhos daquele príncipe hediondo.
-Quer a minha opinião sincera?-Ele perguntou, agora encarando a pele onde estava.
-Na verdade não. Mas nós fizemos um trato então...-Eu disse, fazendo graça e olhando para as minhas botas sujas de lama.
-Acho que está sendo egoísta.-Ele falou, tornando a olhar-me nos olhos.
Indignação começou a brotar dos meus poros e minha vontade era de chutar a cara dele. Como ele podia falar algo assim?
-Como é? É egoísmo querer casar por amor? É egoísmo querer assumir quando me sentir preparada?-Eu perguntei, estreitando meus olhos. O que aquele príncipe sabia sobre altruísmo, afinal?
-Não. Mas é egoísmo por a vida das pessoas que ama e de outras pessoas em risco somente por suas vontades.-Ele disse, com a voz baixa.
Aquelas palavras me atingiram como uma faca. Ele estava completamente certo. Eu fui egoísta, e John está morto por minha causa.
-Você tem razão. Droga.-Eu disse, escondendo meu rosto entre as minhas mãos frias. Eu olhei então para as cicatrizes no meu braço antes de voltar a falar.-Mas agora tenho que continuar. Essa viagem custou demais pra voltar atrás.
-Realmente. Mas, princesa, você acha que vale a pena jogar esse futuro fora por outro? Problemas sempre vão existir. E você sabe, toda a magia vem com um preço.-Ele disse, se aproximando um pouco.
-Acredite, nenhum futuro pode ser pior do que esse. Eu tenho que tentar, príncipe.-Eu respondi, olhando pra ele.-Eu não tenho escolha.
         -Sempre há uma escolha.-Ele disse, ainda mais próximo.
         Um sorriso passou pelos meu lábios e eu fechei os olhos, negando com a cabeça.
         -Seu otimismo me comove.-Eu disse, ainda sorrindo. Merda. Eu abri e arregalei os olhos. Trevor mantinha um sorriso convencido no rosto.
          -É, parece que o Sr. Otimista aqui ganhou.-Ele disse.
          Ah não. Não acredito que prometi uma coisa dessas pra ele. Eu encarei o chão da caverna e lágrimas estúpidas insistiam em tentar sair pelos meus olhos.
          Trevor me olhou e uma sombra de preocupação passou pelo seu rosto, sumindo tão rápido quanto apareceu. Ele pigarreou e encarou o teto.
          -Sabe... Tá frio demais hoje e... Bem, eu acho que vou diminuir o preço. Só um beijo está bom.-Ele disse. Eu sorri de novo. Não dava pra acreditar que ele tinha algum tipo de sentimentalismo.
          -Eita, isso é outro sorriso? To vendo que esse beijo vai ter que ser mais longo...-Ele disse, se sentando nas peles.
           -Vem logo aqui.-Eu falei, puxando-o pra perto pela gola da camisa. Eu encostei no tronco da árvore, e nós dois estávamos muito próximos. Ele colocou as mãos  na minha cintura e eu aproximei ele ainda mais. Eu sentia a respiração dele na minha face e me permiti fechar os olhos. Talvez não fosse tão ruim se eu imaginasse que era apenas um filho de algum duque da corte, e que estávamos em algum canto do castelo. Minhas mãos deslizaram até o seu pescoço e eu quebrei todo o espaço que havia entre nós.
        Era um beijo calmo, e não parecia que eu estava sendo forçada a fazer isso. A boca dele tinha um gosto salgado, como se ele tivesse bebido água do mar. Ele apertou a minha cintura e involuntariamente eu soltei um suspiro. O beijo começou a esquentar depois disso, e aquilo parecia estar indo muito longe. Mas eu não queria que parasse.
         Eu decidi jogar tudo pro alto e puxei ele ainda mais pra mim. Ele correspondeu, me apertando na cintura de novo e colocando uma das mãos no meu cabelo. Ele começou a puxar minhas madeixas de leve e eu não resisti. Soltei um gemido baixo e então finalmente dei por mim.
        Eu parei o beijo bruscamente, apesar de querer ficar ali pra sempre. Eu evitei encarar o príncipe, e parece que ele tentou fazer o mesmo.
         -Bem, considere pago.-Eu disse ofegante, limpando minha boca daquele veneno odioso. A temperatura caiu ainda mais é uma rajada de vento quase apagou a lamparina. Eu me apertei na pele e senti a mão de Trevor no meu braço. Ele percebeu o quanto eu tremia e se aproximou. Eu me afastei involuntariamente e o encarei.
        -Nós vamos morrer de frio de não ficarmos juntos. É isso é porque estamos embaixo de uma árvore. Imagine no descampado!-Ele falou.-Devem estar fazendo muito menos do que 9° Celsius lá fora.
       Eu não falei nada, apenas me aproximei dele, deixei que seus braços rodeassem a  mim e que seu casaco envolvesse parte do meu corpo. Me senti enjoada, mas nã falei nada. Fiquei apenas encarando seu colete de couro embaixo do casaco, com vontade de vomitar pelo o que havia acabado de acontecer, antes de cair em um sono sem sonhos. 

Oi amoreeees. Quem pescar as referências é um deuso (a). Kkkkk. To de volta galera, e podem esperar quietos aí que semana Q vem tem mais, viu?
   
Beijos açucarados.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro