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Ei dor...eu não te escuto mais. Você não me leva a nada.

Jato Quest  — O sol

OBS: Este capítulo pode conter gatilhos!

Estou no fórum lendo mais um caso que estou trabalhando, dessa vez sobre abuso infantil com uma boate clandestina. Eu posso estar a anos trabalhando com isso, mas nunca consegui e nunca irei conseguir entender o que leva uma pessoa a fazer tal coisa, esses casos sempre me dão enjoo.

Já Carla está em casa com uma Priscila como sua enfermeira, palavras da minha filha, ela não quis deixar a sua preciosa tia sozinha então eu deixei ela falar hoje, daqui a pouco com certeza os pais da Carla, junto da Kássia e Gustavo estarão lá com ela. Ariane ainda não me ligou com notícias sobre o celular e caixinha que a Carla recebeu, então hoje a tarde irei até seu escritório de novo.

Saiu dos meus pensamentos, quando minha porta se abre de novo sem bater, odeio isso, levanto a cabeça e vejo Marcelo Farrungue parado na minha frente com um sorriso esquisito, isso só faz eu ficar mais irado.

O que esse cara quer?

— Posso saber o que você quer e quem te deu permissão para invadir minha sala desse jeito? — pergunto desmontando uma calma que não tenho.

— Ninguém, mas eu acredito que você gostaria de ver o jornal e falar com seus amigos polícias, é um bom caso para trabalharmos — diz ainda esquisito.

Tô começando a acreditar que esse é o jeito dele, ele sempre está sendo esquecido, pego o jornal que ele está me entendendo e começo a ler a primeira página.

"Filha de Bernardo Barcelos e Blinda Barcelos ex modelos da Vogue e Victoria secret, de 23 anos é encontrada carbonizada em frente a construção civil. Amigos da jovem dizem que ela estava comemorando seu primeiro emprego. " Ela estava bem, eu fiquei fora apenas uns cinco minutos para pegar mais bebidas pra gente e foi quando nós notamos que ela havia sumido", diz amigo da jovem Catarrine Barcelos. Até o momento a polícia não divulgou nenhum suspeito, mas uma fonte disse que a jovem Catarrine foi estuprada e torturada antes de morrer, ela não morreu carbonizada e sim asfixiada.

Será que foi algum atentado contra a jovem e sua família? Ou um serial killer? Lembrando que às duas semanas atrás, uma jovem com a aparência de Catarrine foi encontrada da mesma forma. "

Assim que termino de ler vejo a foto do corpo — isso é o que eu mais odeio em casos sensacionalistas, os parasitas do paparazzi sempre vazam as fotos da cena do crime — e arregalo os olhos, sou obrigado a chegar mais perto. É a mesma calcinha da caixa que o filho da puta enviou para Carla e do lado do corpo a uma caixa pequena com as iniciais R.G. / C.S. Levanto com tudo, só pego o jornal, minhas chaves e celular, saio da sala sem nem falar nada para Marcelo, assim que chego no estacionamento entro no meu carro e vou até o escritório da Ariane, mas antes mando uma mensagem para Charles ficar de olho nas meninas.

Estou esperando Ariane chegar, estou no seu escritório. Tiro meu paletó, e quando vou pegar meu celular no mesmo, um papel cai, mesmo achando estranho eu pego o mesmo e começo a ler.

" Olá senhor juiz, sinto não poder estar falando pessoalmente com o senhor, mas desejo que me encontre. Pergunte para minha boneca se ela gostou dos meus presentes, eu fiz com muito carinho. Não fique triste, eu já vou mandar o seu, e ele será lindo. Um spoiler, será uma pequena parte do que farei com a Carla. Espero que esteja bem, pois eu estou. Estarei no seu aguardo.

Tic, tac o tempo está acabando.

De um beijo na minha boneca e na sua pequena sapequinha.

Seu pior pesadelo. "

Assim que termino de ler, Ariane entra no escritório e se senta na sua cadeira.

— Posso saber o motivo dessa cara feia, se bem que sempre foi assim — dá um sorriso sarcástico.

Não falo nada só entrego o papel para ela, seja lá quem mandou esse papel estava próximo o bastante de mim, mas para mim saber quem foi, tenho que saber quando foi. Só assim vou conseguir encontrar a pessoa e destruí-la.

— Você já sabe quem envio? — pergunta séria.

— Não, eu acabei de ver, seja lá quem colocou ele no meu terno, ele já cumpriu com sua promessa — digo me lembrando do jornal que Marcelo me deu, entrego ele para Ariane, já que ele estava em cima da minha perna.

Isso é horrível, doentio, seja lá quem estiver fazendo isso vai pagar da pior forma e acredito que não é sua primeira vítima, e irá ter outras se eu não deter ele.

— Isso é doentio Rafael, temos que achar ele, você já falou com alguém da polícia?

— Não, vim pra cá assim que li esse jornal, mas, o que você encontrou do Marcelo? — pergunto, Ariane desvia o olhar, solta um suspiro até que volta a me olhar.

— Não encontramos mais nada, o cara está limpo. Mas, posso garantir que ele esconde algo, ontem coloquei um homem meu de confiança para o seguir, e ele não faz nada de estranho a tarde toda, porém a noite ele foi em um barzinho estilo boate e fico uns minutos falando com um, cara particularmente estranho, que logo depois saiu com uma garota — diz e mexe em uma gaveta e tira uma pasta e me entrega, abro a pasta e vejo a foto da garota e do cara.

Ela me parece familiar, pego o jornal e pesquiso o nome da garota que morreu, não sei porque mais meu instinto me diz para fazer isso, pego a foto e percebo que é a mesma garota.

— São as mesmas, Catarrine Barcelos é a mesma da foto, esse cara deve ser o filho da puta, eu só não entendo porque ele quer dar a entender, que é o Marcelo — me levanto e começo a andar de um lado para o outro.

Não faz sentido, por quê mentir sua identidade? Não faz lógica. Geralmente, pessoas com o seu perfil gostam de serem notados, que as pessoas saibam quem fez isso e como é inteligente.

— Por que assim ele poderia fazer o que quisesse e você estaria de olho no Marcelo, e não nele — diz Ariane, ela pega o seu celular, mexendo no mesmo — Já mandei uma mensagem para o meu pessoal pesquisar sobre ele, daqui meia hora teremos seu relatório.

Balanço a cabeça.

Se conseguirmos descobrir quem é, poderei encontrá-lo e matar ele, finalmente. Mando mensagem para o Charles conseguir as filmagens do hospital e dos últimos lugares que estive nas últimas 24 horas.

— Você gosta dela, né? — escuto a voz de Ariane, estamos a mais de meia hora sem falarmos nada um com o outro, cada um em seus pensamentos.

Já mandei mensagem para Carla e sei que seus pais estão com ela e Priscila, sei que as duas estão seguras, Richard e Charles nunca deixariam nada acontecer com as duas. Eu ainda tenho que falar com o Richard sobre as mensagens, ele precisa saber que a filha está em perigo.

— Como?

— Da Carla, você realmente gosta dela — olho para Ariane e minha vontade é de dizer, que não imagino minha vida sem a Carla,sem suas respostas sarcásticas, sua risada escandalosa, sua mania de ficar vermelha.

A verdade é que estou completamente apaixonado por ela. Nunca imaginei que um dia me apaixonaria, principalmente tão rápido assim. Mas, é impossível ficar perto dela e não se apaixonar. A Carla é incrível.

— Sim, eu gosto — sou breve.

Ariane balança a cabeça e dá um sorriso triste que não entendo.

— Isso é bom — só balanço a cabeça.

Depois disso ficamos o resto do tempo calados, se passa alguns minutos e a porta se abre com tudo, e Clarke entra segurando uma pasta e como sempre uma cara de mal.

— Aqui — entrega a pasta para Ariane que lê e balança a cabeça.

— O que está escrito?

— Nada, o cara não tem registro e não está no banco de dados — diz se levantando.

Como? Isso é impossível.

— Então você está dizendo que estamos procurando um fantasma e só temos uma foto que não está nítida o bastante? — pergunto perplexo.

— Sim, é isso que estou dizendo, estamos na estaca zero de novo.

Me levanto da cadeira e ando de uma lado para o outro, isso só pode ser brincadeira, não podemos estar na estaca zero de novo. Carla está em perigo, minha família está em perigo, sem contar que a vida de inúmeras mulheres estão sendo mortas, porque eu sei que a Caterrine não é a primeira e nem a última.

— Não tire seus olhos do Marcelo, ele pode nos levar até ele — digo e saio da sala.

Ele tem que ter alguma coisa nos registros, ninguém vive sem nunca aparecer em nenhum registro e eu vou encontrar ele ou qualquer ponto fraco seu.

Estou sentado no escritório do apartamento do Richard, junto do Gustavo Salvatore, Richard está sentado em uma cadeira, estilo mafioso com os braços cruzados e a cara fechada, como se fosse me matar, já o Gustavo está de pé, no seu lado com os braços cruzados e o rosto também fechado, se eu não enfrentasse políticos, mafiosos perigosos todos os dias poderia facilmente ficar com medo, já que Richard é um homem alto, corpo malhado, barba um pouco grande e branca grisalha, cabelos grisalhos e olhos pretos, enquanto Gustavo tem olhos azuis intensos e cabelos loiros escuros e maxilar firme.

— Então, senhor Gonzaga, posso saber suas reais intenções com minha filha? — pergunta com a voz grossa e perigosa.

Quando vou responder à porta se abre com todo e a mãe da Carla, Sarah entra, Sarah é uma mulher muito bonita, cabelos loiros escuros, bronzeada, corpo de colocar novinhas de vinte no chinelo e com uma autoestima do cão, ela entra na sala e coloca a mão no meu ombro.

— Posso saber o que os dois mafiosos estão fazendo? — pergunta brava, dando ênfase na palavra mafiosos, os dois se olham e engolem seco, agora sei quem manda aqui.

— Nada amor, só estávamos conversando com o Rafael — Richard fala com a voz mais mansa.

— É verdade mamãe, não estávamos fazendo nada com ele — Gustavo diz me olhando com um pedido de socorro.

— Sim, é ver...

— Você fica quieto, ainda não cheguei em você — diz olhando para mim, onde engulo seco, ela olha de novo para os dois e solta um suspiro — A Carla depois de ter passado por tudo o que passou, está finalmente feliz, depois de meses, percebi que minha filha está voltando e com isso uma versão mais madura, e isso é graças a esse homem aqui e sua filha, e não vai ser os dois patetas que vão estragar isso — Richard e Gustavo balançam a cabeça e dão um olhar envergonhado para ela, seguro o riso.

Caralho, essa mulher é foda, já amo minha sogra. Agora eu sei para quem minha pequena puxou.

— E você — Sarah se vira para mim — O que você queria falar com meu marido e filho?

— Eu gostaria de falar em particular com os dois — assim que termino de falar me arrependo.

Sarah está me olhando com um olhar assassino.

— Como? — pergunta calma.

— Digo, gostaria de falar com todos vocês — tento consertar, Sarah dá um sorriso e vai até o marido, que se levanta e deixa ela se sentar, onde os dois ficam do seu lado.

Ela fica parecendo uma mafiosa, e das perigosas.

— Então, pode começar — respiro fundo e começo a contar tudo.

Assim que termino de falar olho para os três e todos estão em choque.

— Você está dizendo que o filho da puta está solto e ainda por cima, está perseguindo minha irmã? — Gustavo pergunta com raiva.

— Sim, é isso que estou dizendo.

— Temos que pegar esse filho da puta e matá-lo, ele não pode mais matar garotas inocentes — Richard diz enquanto Sarah está com os olhos cheios de lágrimas, que se levanta com tudo e começa a sair do escritório. — Para onde você vai?

— Ver minha filha — Richard balança a cabeça, Gustavo dá, um aceno e sai do escritorio.

— Ele não pode machucar ela Rafael, ela não aguentaria.

— Eu sei, mas eu prometo ao senhor, que farei de tudo para que isso não aconteça, Carla é muito importante para mim — reprimo a vontade de dizer que ela se tornou minha vida, porque eu não sei o que faria da minha vida sem ela e Priscila.

— Eu acredito em você, meu rapaz, agora vá para casa, você está parecendo cansado — aceno e saiu do escritório, mas antes de ir para casa eu vou até o fórum, pegando as pastas de algumas pessoas desaparecidas, pessoas que já tiveram envolvidas com sequestro e estupos, o cara tem que estar em algum lugar.

Estou na sala da casa do Rafael com a Priscila, Algodão e Cacau, assistindo Frozen com um balde de pipoca, hoje faz dois dias desde que voltei do hospital, Rafael não deixou ir para casa e posso dizer que não reclamei, amo ficar aqui, me sinto em casa. Desde que saí do hospital, Priscila não tem saído do meu pé, e não está indo para a escola. Falando em escola eu preciso falar com o Rafael sobre o bullying que a Priscila está sofrendo e se hoje não escapa, escuto a campainha tocar e vou atender a porta, estranhando já que Rafael não falou se alguém viria. Abro a porta e vejo minha mãe que me dá um abraço apertado.

— Que saudades eu tava da minha garotinha — diz me soltando e passando a mão no meu rosto.

— Não tem nem dois dias que nós vimos mãe — dou um sorriso.

— Sabe que amo fazer fofoca e queria saber sobre o juiz gostosão — dá um sorriso estranho, mas balanço a cabeça e deixo ela passar, minha mãe sendo quem é, já vai entrando em casa e indo para sala, gritando pela Priscila.

— Vovó! — escuto a voz da Priscila e vejo ela pulando no colo da minha mãe, que a pega no colo e abraça.

— A vovó já tava com saudades — diz e se senta no sofá, onde logo depois Pricila, deita no seu colo, vou até às duas e me sento do lado da minha mãe.

— Como você está meu amor? — pergunta me olhando com dificuldade, já que Priscila está no seu colo.

— Bem, eu tô bem e a senhora? — minha mãe me analisa e balança a cabeça.

— Como estão as coisas com você e Rafael? — muda de assunto, mas não falo nada.

— Ah! Mãe ainda é complicado, eu me abrir emocionalmente para alguém, foi até uma surpresa para eu dormir com ele, mas eu gosto dele, só tenho medo — sou sincera.

— Você transou com ele? — sussurra para que Priscila não nos ouça, o que acredito ser impossível, já que ela está muito concentrada no desenho.

— Sim, e a senhora sabe das minhas cicatrizes, é a única que viu, mas na hora eu não tive medo, vergonha eu tive, mas ele conseguiu fazer com que eu esquecesse tudo e só focasse em nós — falo me lembrando do dia e sorrindo como uma idiota apaixonada.

— Ah! Que fofo minha garotinha, está apaixonada — minha mãe fala feliz, só reviro os olhos— Eu tô feliz por você, depois de meses, você finalmente está voltando a ser a antiga Carla, apenas mais madura e, eu sei que é por causa dessa garotinha e do Rafael. Desde que ele te salvou e todos os dias ia te visitar no hospital, eu soube que vocês ainda teriam algo e seriam muito felizes — diz emocionada. Dou um sorriso e a abraço. Eu amo minha mãe e ela realmente está certa, os dois são muito importantes para mim.

Sempre que alguém dizia que estava apaixonada por alguém ou se conheciam em menos de um mês, eu ria e dizia ser impossível isso acontecer, porém, agora estou pagando com a própria língua. Eu estou apaixonada pelo Rafael, não vou dizer que o amo, pelo simples fato de não saber, mas eu realmente estou apaixonada por ele. Rafael me faz sentir viva, feliz, protegida, amada, eu sinto que posso contar com ele para tudo. Nunca pensei que depois de tudo que passei chegaria tão longe em um relacionamento. Mas, a verdade é que eu me encantei com ele desde a primeira vez que o vi.

Mas, eu tenho que confessar que tenho muito medo dos meus sentimentos por ele, Rafael pode ter qualquer mulher no mundo, não que esteja me rebaixado, porém sou apenas uma mulher quebrada que está começando agora a realmente viver, eu só tenho 22 anos e ele 36, eu tenho medo dele se enjoar de mim, já que ele é quase 14 anos mais, velho do que eu, mas, tento não pensar muito nisso, nunca fui de pensar no futuro, mas dizem que depois que você se apaixona você começa a pensar, no futuro com a pessoa amada e isso é uma droga.

— Vovó, a senhora pode fazer uma trança em mim? — escuto a voz de Priscila que faz minha mãe virar pra ela com tudo, e começar a fazer a trança, dou um sorriso, pelo visto não foi só eu que me apaixonei pela garotinha.

Escuto a porta abrir e vejo Rafael e meu pai entrarem, e como sempre Pricila corre para Rafael, ou pelo menos eu acreditei que era pra ele, mas ela se joga nos braços do meu pai, que faz Rafael fazer uma careta, e vem logo em seguida se sentar no meu lado.

— Como você está pequena? — pergunta passando a mão no meu rosto e depositando um beijo na minha bochecha, não sei por que, mas fico vermelha, é isso que Rafael faz comigo, me desconcerta, eu não sou assim, ou pelo menos, não era.

— Bem — falo tímida e me encosto no seu peito, o que faz Rafael soltar uma risada baixa.

Olho para meu pai e ele está olhando para nós com uma cara que não consigo identificar, mas posso dizer que não é brava. Quando vou falar, meu telefone tocar, olho a tela e vejo o número do Gustavo brilhar ''Best Brother''.

— Chora — atendo — falo a palavra que Kassia me ensinou, ela disse que é maravilhoso atender a ligação dessa forma, então eu, ela e Gustavo, sempre atende a ligação um do outro desse jeitinho.

— Tem como você vir aqui na sua casa? — pergunta com a voz estranha.

— Aconteceu alguma coisa? — pergunto já preocupada, o que faz, Rafael e meus pais olharam para mim.

— Não, não aconteceu nada, só vem sozinha, prometo que você vai gostar— desliga.

Fico olhando para a tela do celular até que me levanto num pulo e sigo para fora da casa indo para a garagem, sendo seguida por Rafael e meus pais.

— Onde você vai? — meu pai pergunta.

— Pra casa, Gustavo quer falar comigo. Rafael, você pode me emprestar seu carro?

— Não, mas o motorista te leva — olho para ele de cara feia, mas aceito, sei que ele está apenas preocupado comigo.

Dou um beijo nos meus pais que ficam me fazendo perguntas que não seu responder, e depois dou um selinho do Rafael e peço para ele dar um beijo na Pricila para mim, e entro no carro, ainda chocada em como os funcionários do Rafael são rápidos, eu ainda acredito que ele tem escutas e os funcionários ficam sempre ouvindo, e sempre que ele diz que vai sair ou qualquer merda parecida, eles correm para realizar o desejo da sua majestade.

Entro em casa e levo um susto ao ver Kássia e, Gustavo dentro da nossa cabana de cobertas, essa cabana, só é feita se um de nós estiver triste.

— Aqui dentro — escuto a voz da Kássia.

Balanço a cabeça, mas entro e vejo os dois de, pijamas de unicórnio, duas caixas de pizza e doces de todos os tipos, assim que eles me veem me abraçam ao mesmo tempo.

— Posso saber o motivo da cabana? — pergunto, mas antes deles me responderam me esticam meu pijama de unicórnio, e como já sei que o que eles querem, saio da cabana e me troco de roupa, assim que entro de volta, Gustavo me responde.

— Motivo nenhum, só pensei que, está na hora dela ser mais que uma cabana da tristeza — diz com os olhos nublados.

Não sei o que aconteceu, mas irei descobrir, os dois não estão bem.

— Tudo bem, então o que iremos assistir? — pergunto e Kássia, e eu damos um sorriso o que faz Gustavo deitar a cabeça no travesseiro, como sempre assistindo primeiro, meninas malvadas.

Sou a Regina Georges, sonho.

Ficamos a noite toda assistindo, comendo e conversando, não sabia que estava com tanta saudade de noites assim, confesso que sinto falta de passar um tempo só com os dois, meus melhores amigos e irmãos, está na hora de mudarmos isso, então decidimos que uma vez por semana vamos sair juntos, independente de qualquer coisa, amigos e família são importantes, principalmente os que te amam e fariam tudo por você.

UM MÊS DEPOIS

Hoje faz um mês desde que desmaiei no colo do Rafael,então desde então eu estou indo duas vezes na semana me consultar com a Dra Thalita, que acabou se tornando quase uma amiga. Eu estou quase morando com o Rafael, já que quase todos os dias eu durmo na casa dele e levo a Priscila para a escola e posso dizer que estou feliz como há muito tempo não me lembrava. Me sinto como a antiga Carla, só que mais feliz. Priscila é como uma filha para mim, na verdade, eu vejo ela como minha filha, eu amo aquela garotinha com todo meu coração, eu seria capaz de tudo por ela. Ela faz meu dia mais feliz, animado... Ela trouxe uma luz, cor e brilho para a minha vida sem brilho, sem vida, ela é minha pequena butterfly, para sempre.

Rafael, eu estou completamente apaixonada por ele, o juiz mais duro, mandão, poderoso que já conheci. Eu nunca imaginei que um dia fosse me apaixonar por uma pessoa como ele, Rafael é totalmente diferente de mim, eu gosto de festas, de ficar de pijama em casa, assistir e comer besteiras, eu odeio ser mandada, amo falar e sorrir para todo mundo... Já ele é totalmente diferente e acredito que isso é que fez eu me apaixonar por ele. Seu jeito mandão, protetor, carinhoso do seu jeito, do seu jeito certinho e malandro ao mesmo tempo, que me fez se apaixonar.

Os meus dias têm se resumido em ajudar a Priscila a se arrumar para a escola, tomar café da manhã com os dois, levar ela pra escola e depois ir pro fórum, e passar a manhã com o Rafael, na hora do almoço eu busco a Priscila na escola e nos vai almoçar com a Kássia, minha mãe, Marta (mãe do Thomas), Geovana, Fernanda (irmã do Thomas), tem sido assim nesse último um mês. À tarde fica eu e a Priscila na minha casa, às vezes o Paulo, ou meu pai, Gustavo, Scott fica conosco. Mas, no final do dia eu não vejo a hora do Rafael atravessar a porta da minha casa, a Priscila pular no seu colo e ele me olhar com seus olhos hipnotizantes e sorrir para mim, só para vir até mim, me dá um beijo e me convencer a dormir na sua casa. E é claro uma vez por semana sai eu, Kássia e Gustavo, e às vezes o pessoal vão, menos é claro Rafael e Thomas, não sei o que está acontecendo com esses dois, mas estão super grudados. Toda vez que pergunto para Kássia ou Gustavo, eles dizem que não sabem de nada e eu finjo que acredito. Mas, a minha vida não tem sido só um mar de rosas. Marcelo, o promotor tem me perseguido quando o Rafael não está por perto, eu só não contei para Rafael porque sei que ele faria alguma coisa que se arrependeria depois, sem contar que sei me proteger sozinha.

Às vezes ainda eu me sinto sendo observada, mas o lado bom é que não tenho recebido mais nenhuma mensagem. Ainda não tive coragem de falar com ninguém sobre as mensagens que recebi, menos é claro o Rafael, eu penso que se eu não falar, vão ser como se nunca tivessem existido. Mas, tirando isso, minha vida está perfeita, só estaria melhor se o Rafael tirasse seus seguranças da minha cola, eu falei com ele sobre isso, mas ele foi tão baixo que chamou meu pai e é claro que ele ficou do lado dele, traidor. Para onde eu vou, uma sombra de dois metros de altura está atrás. Rafael diz que é por conta dos seus inimigos que ele acumulou ao longo da vida, ele fala isso como se fosse velho, mas ele só tem 36 anos, nem é tanto. Mas eu sei que não é isso e sim por conta dos assassinatos, e estupro que estão tendo na cidade, só neste mês acharam 10 mulheres queimadas e foi comprovado que houve estupro e tortura. Sei que Rafael está com medo de algo acontecer a mim e a Priscila, mas isso irrita, só não despachei os seguranças porque isso tranquiliza ele e minha família, mas, tirando isso, está perfeito.

Estou na casa do Rafael sozinha, já que a Priscila está na casa dos pais do Rafael e a Maria saiu para fazer compras e não me deixou ir, só porque vomitei hoje de manhã e agora a tardinha, deve ter sido algo que comi, sempre fui ruim nesses lances de comida. Olho para meus dois companheiros dorminhocos, agora que comeram só dormem, Cacau e Algodão que mais roncam e peidam do que dormem, Deus é mais. Me levanto do sofá, vou para o quanto me trocar para a minha consulta de hoje, eu marquei para hoje já que amanhã Rafael quer me levar para um evento com juiz, promotores, advogados, políticos da elite, só os melhores, só aceitei ir quando a vaca da Geovana me falou sobre as Maria-interesseiras, se não ficaria em casa comendo e assistindo, mas, só para deixar claro, eu não estou com ciúmes, eu nem sei o que é isso.

Vou para o closet do Rafael que já tem algumas peças de roupas minhas, visto uma calça jeans preta que modela meu corpo, uma blusa vermelha com um pequeno decote em V, visto meu sobretudo preto e minha bota, cano médio preta. Faço uma maquiagem leve e meu batom vermelho. Pego o colar que o Rafael me deu, ele tem duas pequenas asas de brilhante que parecem asas de fadinhas, como as fantasias da Priscila, quando ele me deu eu chorei de felicidade, eu sempre estarei perto dela, aonde quer que eu ou ela esteja, já que ele deu um igual para ela, olho para o colar, dou um beijo e sorriu, eu não consigo viver mais sem esses dois, eles se tornaram meu mundo.

Estou esperando a Dra Thalita me chamar e é quando um homem de uns 35 anos se senta do meu lado, ele é alto, cabelos pretos, olhos azuis, barba por fazer, corpo malhado e usando um terno preto e camisa branca. Ele é bonito.

Se eu fosse você fugiria, ele está chegando — fala isso sem olhar para mim, dou uma olhada em volta para ver se ele está falando comigo, mas só tem eu e ele na sala — Ele está chegando para destruir tudo aquilo que você ama, fuja o mais rápido que conseguir — dizendo isso, ele se levanta e vai embora.

Credo, que doido, mas, eu não sei o por que mais fico com isso na cabeça, já que estou em um consultório de terapia e ele pode ser algum paciente.

— Carla? Vamos — me levanto e entro na sala da Thalita.

Hoje ela está usando um vestido branco com um cinto dourado, cabelos soltos e salto alto preto, um arraso como sempre.

— Então, como se sente? — pergunta a mesma coisa de sempre, olho pra ela e reviro os olhos, Thalita solta um sorriso.

— Por incrível que pareça, hoje eu estou bem, minha vida está maravilhosa — dou um sorriso sincero.

É minhas amigas, o amor faz milagre. Não que eu ame o Rafael, eu estou apaixonada é diferente não é? Sei lá, só sei que a única pessoa que tenho certeza que amo é a minha fadinha.

— Fico feliz, mas hoje iremos fazer uma coisa diferente, se levanta daí e vai até o espelho — me diz.

— Por quê? Tem alguma coisa com a minha roupa ou rosto? — pergunto olhando para minha roupa e passando a mão no meu rosto.

— Não, não tem nada, só faz o que te pedi.

Me levanto e vou até o espelho, e como o esperado não tem nada de errado.

— O que você vê quando se olha? — pergunta me analisando.

— Uma mulher muito gata, que ganhou uns quilinhos a mais, mas continua uma gata — dou uma risada, Thalita balança a cabeça.

— Não digo da sua aparência Carla e você sabe disso — solto um suspiro e me olho de novo.

Uma mulher quebrada, que tenta de tudo mostrar para quem ama que está tudo bem — sou sincera— Uma mulher que se culpa pelo que aconteceu, mas que ultimamente realmente está se sentindo bem, mesmo que ainda tenha a sensação de que tudo irá desmoronar, de novo.

— O que mais?

— Uma mulher que tenta sempre ajudar quem ama, mas esquece dela mesma, por medo e vergonha do que vai ver.

— Por que você se culpa?

— Porque se eu não tivesse ido com ele, não teria sido estuprada, então é minha culpa, mas, a única coisa que me consola é saber que minha irmã está bem, que a Kássia está bem!

Sim, isso é a verdade, a única coisa que me consola é isso, é saber que ela está bem e feliz.

— Como você se sentiu quando descobriu que foi estuprada?

Como eu me senti? Morta.

— Eu sempre desconfiei, mas não queria saber se era verdade ou não. Sempre acreditei que se eu não me lembro é por uma boa razão, mas sempre desconfie, mas, quando eu estava no hospital, era como se uma parte de mim soubesse o que tinha acontecido, eu estava preste a desistir de tudo, quando o meu herói, meu irmãzinha apareceu — seguro as lágrimas quando as lembranças dele chorando encolhido no chão me contando, ele se culpando, quando a culpa é só minha.

É minha culpa eu ter sido estuprada, só minha e de mais ninguém.

— Antes de eu saber que tinha sido estuprada eu já me sentia morta...

Me levanto da cama sozinha, já que meus pais estão com o médico e Gustavo foi atrás de notícias da Kássia, Entro no banheiro e me olho no espelho com os olhos cheios de lágrimas. Tiro a camisola do hospital e vejo a minha barriga coberta por gases tapando as feridas. Chorando e tiro os gases com tudo, fazendo com que chore mais por conta da dor que me dá, olho as cicatrizes. Os médicos disseram que algumas irão cicatrizar, já outras irão ficar para sempre.

Choro mais.

Eu sei que não é pelas cicatrizes, só que tenho medo de saber, do que é.

Caio sentada no chão ainda chorando, me olhando no espelho, meus cabelos estão volumosos e sujos, meu rosto está inchado por conta da surra que levei e das lágrimas, e meu lábio inferior está machucado. Eu me odeio nesse momento, dou um soco no espelho e solto um grito.

Não de dor, e sim de raiva.

Raiva por me sentir assim.

Vejo meu reflexo no espelho, a imagem destruída e quebrada, como, estou me sentindo.

Eu só quero que essa dor acabe.

É só pegar esse vidro e no mesmo momento sua dor acaba. Um corte e tudo acaba. Você estará livre, feliz. Escuto uma voz na minha cabeça.

Ainda chorando e tremendo pego o caco, e aperto forte na mão, fazendo sair sangue, mas não sinto nada, eu só quero que a dor acabe. Eu não aguento, não sou forte o bastante, o amor pela minha família não é tão forte, faço força no meu pulso e sai um pouco de sangue, quando vou apertar mais a porta se abre.

— Carla! — meu irmão grita e tira de mim o caco, ele tira a camisa e enrola na minha mão — O que você estava pensando?

Eu só quero que a dor acabe, por favor, faz ela acabar — falo chorando.

Gustavo olha para mim com os olhos arregalados e nublados de lágrimas, ele se agacha no chão e me abraça.

— Não faz mais isso Carla, eu não posso viver sem você — diz me apertando nos teus braços — Quem vai me ligar às três da manhã porque está com fome e não tem nada de comida em casa? Quem vai me fazer ir ao shopping só para levar as sacolas? Quem vai me obrigar a se fantasiar de Clover(às três espiãs demais) ? Quem vai fazer todas as loucuras comigo? Eu te amo Carla, você é minha irmãzinha mais velha. Minha melhor amiga, minha outra metade.

Choro mais me lembrando de tudo que nós já vivemos.

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— Eu não vou me fantasiar de mulher Carla — Gustavo fala bravo.

— Mas, se você não for de Clover, não tem como eu e a Kássia ir de às três espiãs demais, você tem que ir — faço cara de choro— Por favor, Gus, somos um time, uma metade um do outro — Gustavo solta um suspiro e balança a cabeça. Solto um grito e pulo no seu colo — Ah! Eu te amo Gustavo, você é o melhor.

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— Gus vem aqui em casa e compra alguma coisa para comer, eu tô com fome e não tem nada aqui.

— São três da manhã Carla — grita.

— Não tenho culpa se tô com fome, vêm logo, tenho uma fofoca pra você.

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Eu não sou forte o bastante Gus, eu não aguento e nem sei o porquê de estar assim — choro mais, eu não aguento mais chorar.

— Eu tô aqui, os nossos pais estão aqui, a Kássia esta, somos uma família. Na alegria e na tristeza, não importa o que aconteça. Você não está sozinha e nem nunca vai estar, somos um time, uma metade do outro — o choro vai diminuindo e só fica um choro baixo e triste. Levanto a cabeça e olho para ele. Gustavo está com os olhos vermelhos e chorando, passo a mão no seu rosto e seco suas lágrimas, e ele faz o mesmo comigo, mas não adianta de nada continuamos chorando — Eu não sei o que você passou Carla, não vou obrigar você a falar, mas quando quiser eu estarei aqui, nunca irei te abandonar, nunca. Somos para sempre. Você é tudo para mim — olho nossas mãos unidas e me lembro do meu primeiro pesadelo depois que fui adotada pelos meus pais, lembro que o Gustavo me escutou e foi até o meu quarto e segurou minha mão.

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— Não sei o que aconteceu com você maninha, mas somos para sempre, não importa o que aconteça, você agora é minha metade, porque é assim que irmãos têm que ser. Eu tô aqui e sempre vou estar. Pode chorar, eu prometo que não falo para ninguém — olha nos meus olhos e balança a cabeça, eu o abraço e choro, dessa vez de alegria. Eu sinto que finalmente vou ser feliz e tenho o melhor irmão do mundo.

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Quando você cair eu vou estar aqui com você, para te levantar. Toda vez que sentir que estiver demais pra você, eu vou estar lá para te lembrar de como não está sozinha. Eu nunca vou te abandonar — olha nos meus olhos — Vamos fazer um acordo?

— Que acordo?

Sempre estaremos aqui, um pelo outro, sempre que um cair o outro, ajuda a levantar, não importa o que estivermos fazendo, sempre iremos dar um jeito de ajudar o outro, nem que seja para carregar sacolas. Sempre e para sempre.

Sempre e para sempre — o abraço. Eu acredito que o amor que sinto pela minha família pode realmente ser forte — Nunca solte minha mão, Gus.

— Nunca!

Lembro que depois de nos abraçarmos, o Gustavo pediu para eu tomar banho, depois ele limpou o banheiro e pediu para alguém trocar o vidro, e disse que eu acabei me cortando com os cacos, ninguém nunca soube o que aconteceu.

— E como você se sentiu quando finalmente descobriu?

— Morta, mas não quero falar disso — digo secando as lágrimas.

— Como você se sentiu Carla? — insiste.

Balanço a cabeça.

Não, não quero falar ou lembrar.

— Como se sentiu Carla?

— Você quer saber como me senti? — grito — Eu me senti morta. Você sabe o que é saber que não consegue proteger seu próprio corpo, Thalita? O único lugar que você tem total controle, foi destruído? Que você nem ao menos se lembra do monstro que fez isso? Que ele pode voltar a qualquer momento? — me sento na minha cadeira e tento segurar as lágrimas — Já sentiu nojo de você mesma? Que mesmo se lavando com a maior força, você sente que não está limpa. Já teve pesadelos, em que você era estuprada, até que você descobre que é real? Já sentiu medo e vergonha de ficar perto das pessoas, pelo simples fato de sentir medo. Medo das pessoas não entenderem sua dor, sua raiva, sua tristeza. A verdade é que ele não matou meu corpo, ele matou minha alma.

"As pessoas acreditam que depois de um estupro nos podemos voltar a viver normalmente depois de umas consultas no psicólogo ou meses. Que depois que fizermos sexo tudo está bem! Mas, a verdade é que sexo não quer dizer nada, pode ser um grande passo, mas não diz nada. Sabe por quê? Porque nossa alma já está morta, destruída. Um estuprador não destrói o corpo da vítima, ele destrói seu psicológico. Quando eu tentei me matar, não foi porque não queria viver, e sim queria matar minha dor. Depois que descobri, eu fingia que dormia e todas as noites, mas eu ouvia meus pais chorando e rezando. Minha amiga se culpou por conta do pai dela ter me dado para o estuprador, sendo que ela era outra vítima. Meu irmão se culpa até hoje. Você sabe o que é ver as pessoas que você mais ama sofrendo? É horrível, eu desejava morrer todos os dias, isso foi me matando todos os dias, até que percebi que se eles vissem que eu estava bem, eles ficaram bem e foi isso que aconteceu, eu fingi estar bem e eles fingiram acreditar. Mas, depois de meses eu finalmente estou feliz, mas recebi mensagens estranhas e todos os dias tenho medo, e dessa vez não é por mim, e sim pela Priscila e Rafael. Os dois se tornaram tudo para mim. Tenho medo dele fazer o mesmo que fez comigo com a Priscila, eu nunca me perdoaria. Então, é assim que me senti e estou me sentindo, como uma covarde, que tem medo até do vento, mas se faz de forte."

Assim que termino de dizer as lágrimas ainda rolam, só que silenciosa, olho para Thalita e ela está chorando acredito que ela realmente se tornou minha amiga nas nossas últimas sessões, ela em ate mim e me abraça.

— Você não é fraca Carla, pelo contrário, você é a pessoa mais forte que já conheci.

Se passa vários minutos, sem eu dizer nada e ela fala algumas coisas, mas eu nao escuto, então ela me dispensa, já marcando minha próxima sessão, e o mais estranho que possa parecer, eu me sinto mais leve, ela pode ter me pressionado, mas foi incrível eu ter conseguido desabafar, eu precisava disso. Quando saiu da sua sala, a recepcionista, me dá um sorriso e entrega um papel, todo amassado e dobrado, dizendo que o homem de mais cedo deixou para mim, como estou sem cabeça para nada, eu guardo dentro do meu bolso e sai do consultório, já entrando no carro e agradecendo aos céus, por não ter que dirigir.

Depois de quase uma hora, o carro vai diminuindo a velocidade por já estarmos na frente dos enormes portões da casa do Rafael, mas eu peço para o motorista encostar, quando vejo um taxi parado e uma na frente do portão da casa do Rafael vejo um táxi parando e uma mulher maravilhosa sai carregando uma mala, ela é alta, loira e parece uma Barbie em forma real, inda. Saio do carro e vou até ela.

— Olá, eu posso ajudá-la? — pergunto.

Ela se vira para mim e dá um sorriso lindo, porém sinto uma sensação ruim.

— Sim, eu estou procurando o Rafael Gonzaga — diz com uma voz doce.

Doce demais para o meu gosto!

— O que você é dele? — pergunto com o pé atrás.

Sou mãe da filha dele, Fabiana.

Caralho, julgo que já tive um dia emocionante demais hoje. Eu só queria chegar em casa, comer e ficar abraçado com Priscila e Rafael, nada mais. Será que é pedir muito? Senhor, eu estou pedindo apenas um dia de paz.



















Meus amores, tudo bem com vocês? Desculpa a demora, mas está o capítulo.

O que estão achando do livro? Teorias? O que acham dessa Fabiana? Comentem e votem, por favor!

Muito triste com a minha pequena!

Leiam meu livro, RESILIÊNCIA, está disponível no meu perfil.

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Capítulo não revisado.

Até o próximo capítulo, beijos.

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