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Eu estava meio perdida em meu caminho, não sabia muito bem o que fazer, para onde ir, nada parecia estar certo. E, então, você apareceu em minha vida como uma luz no fim do túnel, e tudo pareceu melhorar. Parece que tudo voltou ao lugar que deveria estar.

Desconhecido

OBS: leiam as notas, POR FAVOR.
Votem e comentem!

Me remexo na cama, está muito calor, abro os olhos e viro para o lado, me deparando com Rafael dormindo. E só então as lembranças me vem.

Dou um sorriso.

Ontem foi perfeito, como nos conectamos e percebemos que temos muitas coisas incomum, a que eu mais gostei, foi o fato do Rafael amar sua família, tanto quanto eu amo a minha.

Não pensei que fosse conseguir ir tão longe assim, mas consegui. Quem, sabe na próxima eu já esteja pronta para outra. Rafael se remexe e geme baixinho. Dou um sorriso e passo a mão nos seus cabelos. Ele dorme tão sereno que nem parece o homem poderoso e grosso que é. Olho para o lado e vejo que ainda são 4:38 da manhã. Eu acho que dormi umas quatro horas e isso é um recorde. Me levanto com cuidado tentando fazer o mínimo de barulho possível para não acordar Rafael. Vou ao banheiro, faço xixi, depois lavo minhas mãos, escovo os dentes e lavo meu rosto. Meu rosto está bem melhor! Não estou tão abatida. Tenho um certo brilho.

O que uma boa conversa e companhia, não faz em?

Saio do banheiro e vou no meu closet. Visto uma calça legging preta, uma regata larga branca e meu moletom preto, calço meu tênis, faço um rabo de cavalo e saiu do closet. Vou até minha cabeceira e pego meu iPad e meus fones, saiu do quarto e pego meu cartão na minha carteira. Saio do apartamento e chamo  o elevador. Comprimento o porteiro e saio do prédio. Todos os dias eu corro pelo menos 1 h. Isso me distrai. A rua está deserta como todos os dias que corro. Mas, eu não sei o porquê, mas hoje eu estou sentindo uma sensação estranha. Como, se estivesse sendo observada. Olho, para os lados e para trás, e é quando eu vejo um homem alto e muito músculo correndo na mesma direção que eu, ele está usando roupas de corrida, mas mesmo assim, me apavora.

Deve ser medo que algo aconteça comigo, de novo.

Eu sempre mudo de assunto quando alguém fala do ocorrido. Não gosto de lembrar e nem de falar sobre. Não falo nem com minha terapeuta, meus pais, Gustavo ou a Kássia. Nunca falei realmente com ninguém sobre. Penso que se eu não comentar vai ser como se nada tivesse acontecido. Mas não é isso que tem acontecido. Me sinto cada vez mais morta por dentro. E odeio isso.

No começo eu pensei que em um mês no máximo eu já estaria bem. Mas, não foi isso que aconteceu. Só piorou. Me sinto desconfortável com estranhos, principalmente homens. E olha que eu amava interagir com as pessoas, mas hoje eu sinto medo.

O único homem que eu consegui ter um contato íntimo foi com o Rafael. E eu não sei o porquê. Quero acreditar que seja por ele ter me salvado antes. Por ele saber da minha história. Por minha família confiar nele. Eu realmente não sei.

Só sei que me sinto confortável com ele. E que ultimamente não sei de nada.

Dou meia volta, com medo do estranho e corro até a padaria do lado do meu prédio, e compro pães, um bolo de leite ninho e uns chocolates. Após pagar entro no meu prédio. Pego o elevador. E assim que paro no meu andar, vejo Rafael fechando a porta. Ele não está com uma cara nada boa enquanto fala no telefone.

Ele ainda não me percebeu.

Esse cara é muito lindo. Ele está com a mesma roupa de ontem, só o cabelo que está bagunçado e isso o deixa muito mais sexy. É muito bom saber que ainda consigo sentir atração sexual por alguém, porque agora, eu apenas desejo pular no seu colo e implorar para ele fazer sexo comigo.

— Eu não quero saber. Eu te pago para achar e cuidar da segurança da minha família e de quem mandou. — ele quase berra. Tenho até dó de quem está do outro lado. — Porra... Eu não quero saber se não foi sua culpa, eu não estou achando ela. Então, é melhor você a encontrar se não você será o culpado. — ele para de novo e fecha a mão. Isso é muito excitante. Rafael bravo é muito sexy. — Faça a droga do seu trabalho. Se tiver que revirar essa cidade, que revire. Eu te pago muito bem... — para de falar assim que me vê. É estou ferrada, porque o olhar que ele está me dando é de dar medo. Dou um sorriso e um tchauzinho. Já disse que amo um perigo? Pelo menos a antiga Carla amava e é bom saber que ainda sobrou um pouco dela. Rafael solta um suspiro e trava o maxilar — Não precisa mais, eu já a encontrei.

Rafael desliga o telefone e coloca no bolso da sua calça. Ele vem andando até mim devagar como se eu fosse sua presa e ele o caçador. Vou andando para trás até bater na parede. Ele balança a cabeça e dá um sorriso de lado. Rafael chega até mim e coloca sua mão no meu pescoço como se fosse me estrangular. Ele se agacha, passa o nariz entre meus cabelos, que estão saindo do rabo de cavalo, e cheira.

Sei que deveria estar com nojo, por conta de estar suada, mas eu apenas consigo sentir tesão e muito desejo, como a antiga, Carla!

— Onde você estava Carla? — diz com a voz grossa, controlada, mas eu sei que ele está morrendo de raiva. Levanto a cabeça e olho para ele, com um olhar de raiva e ele retribui.

Odeio que queiram me controlar e é isso que ele está tentando fazer. Sei que ele está preocupado, mas sempre que alguém tenta me controlar, eu me revolto e ajo como uma adolescente mimada.

— Não te interessa, senhor Rafael Gonzaga. — fico na ponta dos pés e falo perto da sua boca, o provocando.

Rafael solta um rosnado e me beija com tudo. Na hora deixo as compras caírem e entrelaço minhas mãos no seu pescoço. Rafael me pega no colo e eu enrolo as pernas na sua cintura, enquanto agradeço aos céus por morar na cobertura e não ter mais nenhum morador nela, que não seja eu. Isso eu também devo agradecer aos meus pais por ter me dado o apartamento de aniversário.

Nós nos beijamos com raiva. Um brigando com o outro para ver quem irá ceder primeiro. Rafael tira os lábios da minha boca e começa a beijar, morder, chupar meu pescoço.

Gemo baixinho.

Começo a arranhar sua nuca, seus braços e me insinuar nele. Rafael me encosta na parede e com seu corpo me segura. Até tirar minhas blusas e abaixar minhas calças, junto da calcinha. Ele aperta minha bunda, minhas coxas. Começa a beijar e chupar meus seios. Me esfrego nele até sentir seu membro duro na minha vagina. Me esfrego mais, até ele começar a gemer.

Dou um sorriso, ainda sem acreditar no que estamos fazendo. Pela primeira vez em meses, eu estou dando um, puta de um amasso, e me surpreende o fato, que ontem, quando estávamos sendo gentis um com o outro, nós nem ao menos fizemos metade do que estamos fazendo hoje, mas eu me sinto tão pronta e sexy.

Puxo seus cabelos, levantando sua cabeça e colo minha boca na sua. Começo a desabotoar sua camisa, com certa dificuldade; mas consigo me livrar dela e arranho seu peitoral. Rafael geme e vai descendo sua mão até minha vagina. Ele envia dois dedos com tudo, sem se importar com as preliminares.

Gemo alto.

Descolo minha boca da sua e mordo seu pescoço. Rafael começa a fazer movimentos de vai e vem lento.

— Onde você estava Carla? — pergunta no meu ouvido, sem deixar de fazer movimentos se vai e vem, ele até acelera.

Não sei o que mais me excita, se é sua voz roupa, seus dedos dentro do meu centro úmido ou apenas sua presença.

— Não... É.. da sua... Conta. — falo entre gemidos, sem querer ceder.

Rafael solta um sorriso e começa a beijar meu pescoço. Ele tira os dedos da minha vagina.

— Não, volta. — quase grito.

— Onde você estava? — pergunta fazendo movimentos com o quadril.

Gemo baixinho e ele me acompanha.

— Não é da sua conta. — falo segurando as lágrimas.

Estou com vontade de chorar de raiva, por ele estar me negando um orgasmo e principalmente, por ter um pequeno flashback de meses atrás.

Quando estou me soltando, Rafael me segura e levanta meu rosto, me analisando e no momento seguinte, ele percebe o que fez e seu rosto se transforma, de desejo e raiva, passa a ser de culpa.

— Que droga... Me desculpa, pequena! Eu não deveria ter feito isso, foi muito imaturo da minha parte, me desculpe!— implora arrependido.

Seu simples pedido de desculpa me acalma, me fazendo relaxar e soltar um pequeno suspiro de alívio, me dando conta de que estou com o Rafael e ele nunca me machucaria, pelo menos, não intencionalmente.

— Está tudo bem, Rafael, somos adultos, mas hoje, nós dois fomos imaturos. Vamos, entrar e tomar café da manhã, mas antes vou tomar um banho e você arruma a mesa — dou um beijo no seu rosto, onde Rafael apenas balança a cabeça concordando. Eu pego minhas roupas e corro para dentro do apartamento, indo em direção ao meu banheiro.

Depois de tomar banho, visto um vestido azul soltinho e calço uma sandália baixinha preta. Deixo meus cabelos soltos. Assim que entro na cozinha vejo Rafael sentado na bancada da cozinha, mexendo no celular. E com as compras na mesa, junto de café e um suco. Me sento na bancada do seu lado como se nada tivesse acontecido e começo a comer. Percebo que Rafael só toma café, enquanto eu como um pedaço de bolo, um pão e bebo dois copos de suco. Ele deve tá pensando que passo fome. Mas que se foda, comer é vida.

— Vou para casa agora, quer ir comigo? Depois você vai comigo no fórum e de lá vê a Kássia, eu sei que não tivemos um bom começo, pela manhã, mas eu quero recomeçar, mas eu vou entender se você não quer ir... — Rafael fala tudo de uma vez, me olhando, com os olhos azuis implorando para eu aceitar, ele está muito nervoso.

— Eu vou adorar, Rafael, e você não precisa ficar pisando em ovos comigo, está tudo bem!. — respondo segurando sua mão, e Rafael solta um suspiro e dá um pequeno sorriso.

Vocês já perceberam que tudo à sua volta pode acabar em segundo? Quando você levou anos, meses, dias para construir. Em segundos você pode perder sua vida, ficar triste, perder o amor da sua vida, sua família... Sua alma. Falo por experiência própria. Eu perdi tudo em segundos. Minha alegria, minha vontade de viver, meu corpo, minha mente... Tudo. E eu perdi isso em segundos, quando tinha levado anos para construir.

E sabe o que mais machuca? É que para você conseguir se reerguer leva anos, meses ou dias. É saber que mesmo se reerguendo você sempre se lembrará, a cicatriz irá ficar para sempre em você. Não importa quanto tempo passe.

Eu sinto falta. Sinto falta de dormir uma noite inteira. De não ser paranóica com tudo. De poder conseguir dominar minha mente e corpo. Sinto falta da minha antiga EU.

— Você está bem? — sai dos meus pensamentos com a voz do Rafael. Nós estamos indo para sua casa e essa é a primeira vez que ele fala, sei que ainda está tenso pelo o que aconteceu pela manhã.

Me viro e olho para ele, solto um suspiro. Esse cara é muito lindo. Nunca pensei que um dia ficaria excitada com um homem dirigindo, mas eu estou. Rafael está com as mangas da camisa dobrada até o cotovelo, deixando as suas veias à mostra. O olhar concentrado na estrada. Às vezes ele franze o cenho e dá uma leve mexida na cabeça, como se estivesse xingando os demais motoristas.

— Estou. — sou vaga.

— Carla, sei que prometemos não nos intrometer na vida um do outro, pelo menos, eu na sua vida, mas eu me importo com você e espero que saiba disso, que pode sempre cuidar comigo— diz ainda olhando para a estrada.

— Eu sei e por isso eu te perdoei, eu confio em você. — dou um sorriso e volto a colocar a cabeça no vidro.

O resto da viagem segue em silêncio. Cada um nos seus pensamentos. Rafael para na frente de um enorme portão de aço preto com dois seguranças na frente, ele não precisa fazer nada, o portão se abre na hora. E com isso minha boca vai ao chão. É lindo. Tem uma grama verdinha, flores, árvores e dois cachorros. Um Golden Retriever e o outro um Akita. Eles são lindos. Que corre atrás do carro e logo a frente vejo uma casa maravilhosa. Digo, uma mansão, é até um eufemismo chamar de casa. Ela é enorme. Toda branca, de vidro, onde dá para ver tudo por dentro. Rafael passa casa e entra em uma Mini casa. Ele aperta um botão dentro do carro e o portão se abre. De novo minha boca vai ao chão. É uma garagem que tem uns dez carros e quatro motos. Os carros são tudo novos, lindos e caros. As motos nem se fala. Ele entra, estaciona e sai, vindo abrir minha porta.

— Pra que tudo isso? — não aguento e pergunto.

Rafael sorri, ficando do meu lado, indo em direção a sua mansão.

— Gosto de colecionar. — responde como se fosse a coisa mais normal do mundo colecionar carros caros. Mas não digo nada. Cada rico com sua mania!

Meus pais tem dinheiro, mas não tanto como o Rafael, e é estranho perceber isso apenas agora, ele sempre pareceu muito simples.

— Vou me trocar, pode ficar a vontade. — diz, entro na casa e sobe a escada. E que escada. Com o corrimão de prata e ela é toda branca, está brilhando.

Olho em volta e vejo dois sofás em formato de L preto na sala, um tapete marrom escuro e uma mesinha também marrom no centro dos sofas.

— A senhora quer alguma coisa? — me assusto e olho para trás. Vejo uma senhora de uns cinquenta anos, baixinha, magrinha, cabelos pretos em um coque e usando um vestido azul para baixo do joelho e um avental branco.

— Não, obrigada. Eu sou a Carla. — me apresento, ela olha pra minha mão, balança a cabeça e me abraça.

— Eu sou a Maria. Trabalho pro menino Rafa a mais de vinte anos, vou de confessar que é a primeira vez que ele traz uma mulher aqui, pelo menos que não seja da família ou trabalhe aqui — se apresenta e faz uma pequena fofoca, depois de me soltar. Dou um sorriso. Ela é muito fofa e já sei que iremos nos dar muito bem.

— Menino Rafa?

Essa é boa, Rafael é tão grande e sério que fica até estranho, chamá-lo de menino Rafa.

— Ele só tem cara de mau. — dá, uma risada e eu acompanho. — Vem, vou te mostrar o resto da casa. — me puxa e sai me arrastando.

Maria me mostra a sala de jogos, onde tem todos os tipos de jogos que você pode imaginar. A academia. A piscina, ela é enorme quadrada e do lado a infantil. O cinema, ele é perfeito com cadeiras camas, pipoqueira, máquina de guloseimas. A casa tem cinco quartos de hóspedes, tirando o dele, da Priscila e da Geovana. A cozinha é enorme toda de inox, se eu gostasse de cozinhar com certeza ficaria louca de felicidade.

— E por fim, esses são os pestinhas da casa. — aponta para os dois cachorros que estão nos acompanhando. Maria aponta para o Golden Retriever o menor. — Esse é o Algodão e mais danadinho e safado. E esse é o Cacau. — aponta para o Akira o mais alto. Eles são lindos. O Algodão é pequenino e está com a boca aberta enquanto abana o rabo e late. Já o Cacau é o mais quieto, mas não deixa de apanhar o rabo, ele tem o pelo de baixo branco e o de cima marrom-claro. Simplesmente lindos.

— Eles são lindos. Mas, por que esses nomes? — pergunto enquanto me agacho e dou carinho nos dois.

— Priscila ama algodão doce e bombons de cacau. — dou um sorriso e balanço a cabeça, sorrindo sabendo que isso é a cara da pestinha, eu apenas vi a filha do Rafael umas tres vezes, e em todas elas, a menina ficava do meu lado e sempre sorria para mim, me olhando como se soubesse que eu precisava de um abraço e palavras de consolo, ela me acalmava e me dava uma paz enorme, assim como o seu pai. É estranho e incrível ao mesmo tempo.

— Vamos? — escuto a voz do Rafael e me viro.

Ele está lindo com um terno azul-escuro, camisa branca, gravata preta, sapato social, relógio de ouro. Os cabelos no seu devido lugar. Mas o que me fode mesmo é sua cara de mal. Eu amo, pelo menos nele, se um cara na rua me olhar assim é capaz de eu surtar, mas como é o Rafael, eu me sinto bem.

— Vamos. — falo depois de me recuperar. — Tchau Maria, foi um prazer te conhecer. — dou um abraço nela e passo a mão na cabeça dos cachorros e saio. Rafael vem atrás de mim.      

Como na viagem de ida nós não falamos nada um com o outro. Assim que Rafael estaciona o carro no estacionamento do fórum desço e vou direto para o elevador. Entro e dou de cara com o homem da corrida de hoje mais cedo, eu não precisei olhar muito para seu rosto, para o reconhecê-lo, quando eu estava correndo, eu consegui ver por completo seu rosto e uma tatuagem na mão, e é igualzinha a de mais cedo. Ele está me dando um sorriso tão estranho que me assusto e fico com medo, de novo. Dou um passo para trás, mas trompo no Rafael, levando um susto.

— Carla, você está bem? Está branca. — Rafael pergunta pegando nos meus braços, dando um pequeno abraço.

Não falo nada, só o abraço e entro no elevador com ele ainda abraçado em mim. Rafael me abraça de volta e beija o topo da minha cabeça, sem me perguntar nada. Assim que escuto o barulho indicando que chegamos, saio do elevador e vou indo para a sala da Kássia, mas Rafael é mais rápido e pega minha mão e me arrasta para sua sala. Assim que ele chega nela, ele fecha a porta e a tranca. Ele se encosta na porta, cruza os braços e me olha de cima a baixo.

— O que houve lá fora Carla? — pergunta sem tirar os olhos de mim. Olho em volta e vejo sua sala. Como sempre imaginei. Uma mesa de vidro escuro, com um computador, pastas, dois porta retrato e um telefone tudo em ordem, um sofá de couro preto, um pequeno balcão de bebidas e uma vista maravilhosa da cidade.

— Carla? — Rafael fala nervoso. Me viro pra ele e ando devagar até ele.

Chego perto dele, levanto os pés, seguro seus ombros e falo no seu ouvido.

— Não foi nada Rafa, eu apenas queria te abraçar. Mas vamos esquecer isso e focar em coisas mais interessantes— dou um beijo na sua orelha e chupo.

— Eu não vou cair nessa, o que aconteceu, Carla?— pergunta sério.

Solto um suspiro e encosto minha cabeça no seu peito, fazendo Rafael me abraçar.

— Eu não quero falar sobre isso, Rafael, então apenas me abrace e me faça sentir como ontem, como se eu não fosse uma mulher quebrada.

Rafael levanta minha cabeça, analisa todo meu rosto e logo em seguida me beija. Um beijo calmo, intenso e gentil, mais que ainda pegando fogo.Dou um sorriso. Rafael me pega pela cintura e enrola minhas pernas na sua cintura. Quando ele está indo me pôr na mesa, alguém bate na porta e na hora eu saio do seu colo.

— Porra... — Rafael fala baixo, ajeita sua roupa e cabelos.

Ele me ajuda a arrumar meus cabelos e sorri.

— Eu me importo muito com você e neste momento, estou fervendo de raiva de quem está batendo na porta. — sorriu, colocando minhas mãos nos seus cabelos — Você vai na Kassia?

— Não, o Paulo me mandou uma mensagem para sair com ele e eu aceitei, faz tempo que nós saímos.

— Claro, então nos vemos de noite?

—Acho que não, mas o Paulo e eu vamos, em uma boate, acho que vai ser muito legal, eu me sinto bem com ele.

Rafael sorri, colocando uma mecha atrás da minha orelha.

— Tudo bem, se divirta e qualquer coisa, pode me ligar, a qualquer momento.

— Eu sei, agora vai atender a porta que daqui a pouco a pessoa atrás da porta, vai surtar.— dou um selinho nele e vou em direção a porta, abro a mesma e dou de cara com uma mulher linda, com os cabelos loiros preso em um coque e os olhos azuis, vestindo um vestido social vermelho. Sorriu, mas ela não retribui, deve estar com raiva por ter esperado tanto. Me viro para Rafael, sorri e dou um leve aceno, que ele retribui sorrindo. Vou em direção ao elevador e agradeço por ele estar vazio.

— Eu me esqueci de falar, te levar, ele está no estacionamento. — Rafael segura a porta do elevador e fala rápido.

— Não precisa...

— Por favor, Carla, eu vou ficar mais calmo sabendo que o James irá te levar, eu confio nele.

— Tudo bem, sempre quis ter um motorista barra segurança— Rafael sorri e o elevador se fecha, me fazendo soltar um suspiro e confiando no Rafael.

Passei o dia inteiro em casa, dormindo e assistindo, eu menti sobre o Paulo me chamar para ficar o dia inteiro com ele, o Paulo apenas me chamou para ir em uma boate de noite, mas eu não queria ficar no fórum, o homem do elevador me assustou e eu apenas queria ficar sozinha. E agora estou terminando de me arrumar, para sair com o Paulo. Estou usando um vestido preto tubinho de alças finas, um salto prata, um colar de estrela pequeno, um brinco pequeno de bolinha. Meu cabelo está em um rabo de cavalo alto e eu uso uma maquiagem fraca, apenas o meu batom vermelho se destaca. Assim que pego minha bolsa o interfone toca. Pego minhas chaves, celular, bolsa e saio de casa sem atender, já que sei que, é o Paulo. Assim que chego no térreo vejo Paulo falando com o porteiro.

Paulo é lindo. Um loiro alto, com os olhos azuis, barba por fazer e um corpo maravilhoso. Ele está com uma blusa social azul-escuro, uma calça preta e uma sapa-tênis preto. Ele está com os cabelos bagunçados. Lindo.

— Alguém prende essa mulher? Porque, ela roubou a beleza do mundo. — Paulo grita e vem me abraçar. Dou uma risada e o abraço.

— Ai que saudades seu puto. — falo depois, de soltar ele.

— Eu também, garota. — Paulo pega minha mão e sai me arrastando.

Paulo abre a porta da sua, BMW e me deixa entrar. Eu entro e logo em seguida ele.

— Aonde vamos?

— The Devil's Paradise.

— Eu fui lá ontem.

— Eu sei o Thomas me falou, mas você não foi comigo. — dá uma picadinha e acelera.

Eu e Paulo estamos conversando já faz quase 1h e nada do tal Scott chegar. Ele quer me apresentar seu amigo de longa data. Só não sei o porquê.

— Ele chegou. — Paulo grita, se levanta e vai ao encontro de um Deus grego. Os dois se abraçam e vem até mim.

— Carla esse é meu amigo Scott Johnson e Scott, essa é minha amiga Carla Salvatore — Paulo fala sorrindo, apresentando nos dos.Scott é lindo.

Ele é alto, cabelos castanhos claros, barba por fazer, olhos azuis, corpo forte mesmo por cima da blusa. Ele está usando uma calça preta, blusa preta, um tênis branco e um relógio de ouro.

— C'est un plaisir princesse. — fala em... Francês?

Que voz é essa? Deus é mais.

— O que você falou? — pergunto. Scott dá um sorriso e se senta ao meu lado e Paulo na minha frente.

— É um prazer, princesa. — fala olhando nos meus olhos com um sotaque puxado mais lindo.

Balanço a cabeça, bebo um pouco e olho para ele.

— Isso sempre funciona? — questiono.

— O quê?

— Você chega, fala em francês, as garotas se derretem e você as leva para cama. — falo, Scott balança a cabeça e dá um sorriso.

— Gostei de você.

Seguro um sorriso e olho pro Paulo que está olhando para pista de dança sigo seu olhar e vejo Fernanda.

Paulo é apaixonado por ela há mais de cinco anos, mas nunca conseguiu falar. Então, há quase um ano, eu falei que juntaria os dois. E dessa noite não passa. Ele tem medo por ela ser irmã do Thomas, seu melhor amigo, mas isso é o de, menos a Kássia pode dar um jeito nele.

— Vai lá. — mando. Paulo olha para mim e diz que não.

— Essa é a garota? — Scott pergunta. Paulo balança a cabeça. — Mas ela não é a Fernanda? Nossa Fernandinha? A irmãzinha do Thomas? — pergunta assustado. Paulo abaixa os olhos.

— Da onde você conhece a Fernanda e o Thomas?

— Eu, Paulo e Thomas crescemos juntos, só que a uns dez anos tive que voltar para casa. — é vago.

— Thomas sabe que você voltou?

— Não, contarei amanhã.

— Hm legal... Mas Paulo vai lá, conversa com ela, você não tem nada a perder. — digo novamente.

— Mas ela é a Fernanda, nossa menininha. — Scott fala indignado.

— Se você amasse alguém, você a deixaria só porque as pessoas não aprovam? Por conta da idade? Porque ela é a irmã do seu amigo? Só importa se ele a ama ou gosta dela e vice-versa. E isso eu sei que é. Então, foda-se, vai lá Paulo.— o questiono, o fazendo abaixar a cabeça.

— Ela tem razão. — Scott fala baixo, com uma voz melancólica. Paulo solta um suspiro e vai atrás da Fernanda. Sorriu e me viro para Scott, me sentindo bem na sua presença.

— Então, por que você voltou? — me viro e olho pro Scott. Ele dá um sorriso triste e olha para mim.

— Às vezes a vida é uma puta com você. — dou um sorriso e concordo.

— Ai meu Deus, não acredito nisso! Você é doido. — grito com Scott, estamos conversando a mais de 1h e ele acabou de me falar que roubou o carro da polícia quando tinha 17 anos.

— Sou nada. Eu precisava, ou eu roubava, ou ia levar uma surra por ter se metido com caras maiores e mais fortes que eu. — dou uma risada.

— Super normal. Vou anotar isso. Se eu estiver com problemas, só roubar o carro da polícia.

— E depois perseguir quem está te dando problema.

Dou uma risada. Eu devo confessar que estou me sentindo muito bem, desde ontem a noite eu me sinto assim, como se a antiga Carla estivesse de volta, acredito que estava certa, o Rafael era o que eu precisava para voltar a ser quem era. É como se ele fosse minha salvação.

Sinto meu celular vibrar e vejo uma mensagem de um número desconhecido.

Número desconhecido: VADIA! Ontem era o juiz e hoje é o playboy. Não vejo a hora de te dar umas lições. Vadia.

PS: você estava linda correndo essa manhã.

PS2: mas agora está parecendo uma puta com esse vestido preto. VADIA.

PS3: destruirei sua vida VADIA de novo. Estou chegando.

Assim que termino de ler, olho para todos os lados da boate e não vejo ninguém. Me levando com tudo.

— Eu tenho que ir. — falo e saio correndo.

Assim que saiu da boate, vejo um táxi e chamo ele. Entro e dou o endereço do único lugar que sei que vai me acalmar. Mesmo que eu tente negar isso para mim mesma. Ele é o único que pode tirar toda a minha dor. Tristeza. Raiva. Medo.

Estou olhando para Carla a quase meia hora e tudo o que ela está fazendo é se insinuar para o, filha da puta. Ela não passa de uma VADIA que terá o que merece.

Ela está agindo, falando, se vestindo como uma PUTA.

Mas, isso só me dá mais raiva e desejo de colocar ela no seu devido lugar.

Quando eu pegar ela, farei tudo o que tenho vontade e que não deu para fazer antes. Mando uma mensagem para ela e na hora a filha da puta se desespera e sai correndo. Dou uma risada, amo deixar minhas presas com medo antes do abate.

E Carla Salvatore é a presa mais interessante que tenho nesses últimos anos.












Como vocês estão meus amores? Espero que estejam bem, sei que demorei para atualizar, mas foi por conta de saúde, irei tentar postar pelo menos um capítulo por semana, mais como minha faculdade começou essa semana, eu não irei garantir nada.

Mas, me respondam uma coisa, qual o melhor dia para a postagem do capítulo? E horário?

O que estão achando do livro? Qualquer dúvida pode falar comigo, se não estão achando correto a forma que estou abordando os temas, também! Mas, espero que estejam gostando!

Me sigam no Instagram e aqui no Wattpad, porque quando eu definir um dia de postagem, e não poder postar, irei avisar aqui e também estou planejando uma maratona, gostariam???

Meu Instagram é, autoralino.

Outra coisa, leiam meu livro, Resiliência.

Sinopse;

"Resiliência é a capacidade de um indivíduo de se recuperar após uma adversidade. Conseguir se adaptar e evoluir positivamente frente a uma posição negativa. Ter flexibilidade. É a capacidade de se reerguer."

Quando se passa por tudo o que ela passou, o mundo perde a cor. Tudo se torna preto e branco, e os pesadelos se tornam constante. Sara Lougft tem um passado que busca esquecer a cada dia da sua vida, desejando todos os dias ser resiliente, mesmo que doa. Mas, Sara é uma mulher forte e destemida, que busca sempre não lembrar do seu passado e ser uma boa amiga, muitas das vezes esquecendo da sua própria dor. Mas, o mundo é uma caixinha de surpresa e sua vida dá uma guinada, fazendo ela ter sentimentos antes esquecidos, reaparecer e uma luz de esperança voltar a brilhar. Sara não esperava conhecer ele, o homem enigmático, sério e apaixonante, mas tem apenas um problema, o coração dela pertence a outro.

O que você escolheria, seu antigo amor ou seu novo amor?

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" É muito doloroso, saber que a pessoa que você mais amou na vida, te abandonou quando a conheceu. "

Um gif que nada a ver! 👇

Beijos, até o próximo capítulo!

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