/2/
Você me salvou de todas as maneiras que alguém pode ser salvo.
Titanic
Olho para Rafael. Ele está me olhando com um olhar tão intenso, como se conseguisse realmente ver através de mim e isso me fode. Pelo simples fato de não querer que ninguém me veja, não quero que ninguém se preocupe comigo.
Porque não fará diferença. Eu já estou morta por dentro.
Mas, hoje, nesses poucos minutos com ele, eu me senti viva, sem medo, sem trauma, sem lembrança. Eu só me senti viva, como a meses não sentia. E isso me assusta como o inferno. Apenas ele tem esse poder contra mim, sempre que estou com ele eu me sinto viva, como a dois meses atrás.
Porém, eu quero isso. Quero me sentir viva de novo.
— Eu vou. — Rafael abre um sorriso enorme. — Com uma condição. — Rafael abaixa os ombros e solta um suspiro.
— Qual?
— Sem sentimentos, sem cobranças, sem perguntas de como estou me sentindo, se estou bem, se já superei, porque nós dois sabemos a resposta para essas perguntas e não estou a fim de mentir, eu odeio mentira. E por fim sem mentira, se quiser terminar chega e fala, não fique mandando sinais. Eu não sou sua e você não é meu, então não tente mandar em mim, que não farei o mesmo.
Rafael fica olhando dentro dos meus olhos como se quisesse descobrir a verdade, até que decidi que já conseguiu, começar a falar.
— Tudo bem. Mas, eu também tenho regras. Primeira: eu não mando em meus sentimentos e se eu começar a desenvolver quaisquer sentimentos, você irá ser a primeira a saber disso. Segundo: eu não aceito, não ser o único. Quero que pelo tempo que fiquemos juntos, eu seja seu e você, seja minha. Terceiro: eu também odeio mentiras, Carla, em todos os sentidos. Quarta: eu irei me intrometer na sua vida sim, quando isso envolver sua segurança, então nem tente mentir para mim. Quinto: tenho uma filha, espero que isso não seja um problema. Então essas são minhas regras, Carla, agora eu é que pergunto, está tudo bem para você?
Fecho os olhos e solto um suspiro. Isso é muita coisa para absorver.
Mas, quero isso, eu preciso disso.
Preciso me sentir viva de novo, nem que seja só por alguns meses. Preciso superar essa merda de bloqueio e só assim poderei voltar a minha antiga vida. E eu sinto que só conseguirei com o Rafael.
Abro os olhos, olho pro lado e de onde estou vejo as meninas fazendo joinha com as mão e balançando a cabeça com sorrisos enormes no rosto. Solto uma pequena risada, eu tenho as melhores amigas do mundo, mesmo que elas sejam loucas. Olho pro Rafael, passo a mão em seu rosto perfeitamente lindo. Barba por fazer, olhos intensos, boca desenhada para enlouquecer qualquer um.
— Tudo bem. — nem término de falar e Rafael já me ataca e me beija com toda força.
Dou um sorriso em meio ao beijo pelo seu desespero. Mas estou do mesmo jeito.
— Vamos sair daqui. — diz e já saí né puxando para a saída da boate.
Me leva para o estacionamento e para na frente de um suv preto. Mas o que me impressiona mesmo é que tem dois homens na porta dele, com as mãos na frente do corpo, cara amarrada, de terno e fones de segurança no pescoço e ouvido. Rafael me leva até o carro, abre a porta de passageiro para mim e em ajuda a entrar, ele fecha a porta e fala com os seguranças que não consigo ouvir, depois da a volta e se senta do meu lado. Ele olha para mim, como se estivesse esperando algo, até que desiste, balança a cabeça e coloca o cinto de segurança em mim. Eu em, que cara doido, o carro nem está ligado.
— Por que você anda com segurança? — tento ficar com a boca fechada, mas quando vejo já estou com a boca aberta.
— Eu sou um juiz muito famoso, Carla e você já sabe disso, tenho muitos inimigos. — balanço a cabeça e dou um sorriso amarelo. Deus é mais de conviver com seguranças, só aceito se eu for da máfia ou uma Fallon, ou Regina Georges da vida.
Nossa ia ser um sonho ser elas. Se eu fosse uma delas eu ia ser um nojo. Nossa eu acredito que já sei, do que irei me fantasiar no halloween desse ano— isso se o meu plano der certo, para isso eu tenho que quebrar todos os meus bloqueios e só então irei conseguir ser a antiga Carla, e fazer uma puta festa de halloween—. Sei que vai ter pessoas falando, mas você é negra, não pode se fantasiar de pessoas brancas. Falo isso porque já escutei isso. Eu só fingi que não escutei, balancei a cabeça, dei um sorriso angelical e logo depois gritei: "Você não paga minhas contas sua preconceituosa, então se eu quiser me fantasiar de Gasparzinho eu me fantasio." Depois mostrei o dedo do meio e sai rebolando.
— Carla? — saio dos meus devaneios com a voz do Rafael. Só agora percebo que já saímos do estacionamento. Olho para ele e quase tenho um orgasmo. O cara fica muito mais gostoso dirigindo, por Deus. Ele dobrou as mangas da blusa até o cotovelo e as veias dos seus braços estão muito visíveis, ele aperta o volante com força, o olhar concentrado na estrada.
— Se continuar me olhando assim não irei responder por mim. — diz com a voz grossa, que percebo que fica mais grosa e gostosa de se ouvir quando ele está excitado.
— Eu não vejo problema nisso. — Rafael balança a cabeça, mas noto que ele está segurando um sorriso e isso me faz dá, um sorriso.
— Para onde estamos indo?
— Pensei que você se sentiria mais confortável na sua casa, então estamos indo para lá. — dou um sorriso com a sua resposta. Sim, acredito que na minha casa eu me sentiria muito mais segura.
Olho para Carla, que está com a cabeça encostada no vidro e os olhos fechados. E pensar que estava pensando em desistir de vir, por conta da minha filha, eu tenho que agradecer a Geovana que me convenceu a deixar a Priscila com nossos pais, o que foi um pouco difícil, já que é a primeira vez que dormo longe da minha filha, — já que em todos os meus encontros eu sempre volto para casa e fico com minha filha, mas eu sei que a Carla é diferente e, a Priscila gosta dela, o que já é um grande passo, eu sei que a Carla é a mulher certa para mim, eu sinto isso—.
Assim que cheguei, a primeira coisa que percebi foi que quase todos os homens e até mulheres estavam olhando algo, então fui ver o que era, e nisso percebi ser a Carla. E isso fez meu sangue ferver de raiva. Odiei os olhares dos homens nela, cobiçando, admirando. Mas não poderia fazer nada. Ela não é minha e meio que entendo eles, a Carla estava fodidamente maravilhosa dançando. Ela estava com os olhos fechados, enquanto rebolava, se mexia de acordo com a batida da música... Isso me fodeu.
Mas, o que realmente me fodeu foi quando ela sorriu. Carla tem o sorriso mais lindo que eu já vi na minha vida. É alegre, sincero, um sorriso com amor, paixão. Sem contar a covinha que ela tem. Isso acaba de foder com tudo.
Quando, a música acabou e ela me viu. Me olhou com um olhar de fome, desejo. Não pensei duas vezes e fui até ela. E aqui estou eu, indo para casa da mulher mais maluca, intensa, apaixonante, divertida... Que, já tive o prazer de conhecer.
A única certeza que tenho sobre ela é que não quero que seja lá o que estamos indo ter, não quero que acabe, pelo menos não tão cedo. Estaciono na frente do apartamento da Carla e solto um suspiro.
— Carla? Pequena? — passo a mão em seu rosto, Carla solta um sorriso manhoso.
— Vamos logo, que eu estou excitada! — desci correndo do carro. Antes de descer, sorrio.
Essa mulher será meu fim.
Carla consegue mudar de uma mulher tímida e medrosa, para uma despreocupada e empoderada, isso é incrível. Eu adoro isso nela!
Estamos nós dois no elevador e por incrível que pareça, estou super nervosa. Nunca planejei sexo. Nunca fiquei tanto tempo sem sexo e por último não tive bloqueio. Trauma.
— Com frio? — olho pro Rafael como se ele fosse louco, quem fica com frio com esse calor todo que esse homem deixa. — Sua mão está fria. — segura um sorriso, e eu reviro os olhos. Babaca, tirando onda, com meu nervosismo!
— Sim, estou, sabe? Não sinto mais aquele calor de antes. — uso o duplo sentido, Rafael fecha a cara na hora e é minha vez de sorrir.
O elevador finalmente para no meu andar, como já estou com a chave na mão é fácil abrir a porta. Assim que abro já estou sendo prensada na porta. Rafael olha para mim, depois para minha boca.
Solto um suspiro.
No momento em que entram no apartamento, Rafael beija Carla com tudo de si, transmitindo pelo beijo tudo o que está sentindo, tudo o que vem guardando para si mesmo. Rafael passa sua mão pelas costas de Carla, até chegar no seu cabelo, puxando logo em seguida, deixando seu pescoço a mercê, Rafael beija, lambe e morde o pescoço da mulher que acreditara ser a mais intensa, linda e gostava, que ele já teve o prazer de ter em seus braços.
Carla apenas conseguia pensar em como Rafael era maravilhoso e a fazia se sentir viva, longe dos traumas que tanto atormentavam seus sonhos e vida.
Rafael pega Carla no colo, sem deixar de beijá-la, mesmo sentindo falta de ar, ele não conseguia parar de beijá-la, era se sua boca fosse desenhada para beijá-lo. Gemendo de desejo, ardendo de paixão por ela, Rafael a pressiona fortemente na parede, sem machucá-la ou assustá-la. Tudo o que ele desejava era possuí-la contra aquela parede, mas sabia que depois de tudo o que Carla havia passado, o mínimo que ela merecia era sua total devoção, paixão e uma cama.
— Onde fica seu quarto?— perguntou Rafael, entre os beijos que distribuía em seu pescoço.
— Última porta a direita.— Carla não conseguia raciocinar corretamente, e não fazia ideia de como consegui respondê-lo, talvez, o desejo por ele tivesse gritado mais alto que seu raciocínio lento.
Ela desejava ele, ela clamava por ele.
Rafael volta a beijá-la e começa a andar em direção ao seu quarto, assim que consegue chegar, ele a coloca devagar sobre a cama, ficando alguns segundos admirando a beleza da mulher a sua frente. Isso era algo que ele nunca conseguira entender, como Carla conseguia ser tão linda, como ela conseguia parecer uma mulher forte e atrevida em um momento, como minutos atrás, mas agora se encontrava tímida a sua frente, isso fez Rafael sorrir arrogantemente. Pelo simples fato de ter a mulher mais bela do mundo à sua mercê.
— Tira a roupa— sussurra Rafael, com a voz rouca de desejo.
Ele não entendia como estava conseguindo controlar seu desejo, mas, no fundo, ele sabia que no final valeria a pena, a Carla valia cada mísero esforço.
Assim que Rafael terminou de pronunciar as palavras, Carla fica tensa e toda sua insegurança e medo de minutos atrás, vem a tona.
— Dá para você apagar a luz? — pergunta, olhando para a cabeceira de sua cama, ela não conseguia encarar os olhos intensos e azuis de Rafael.
— Tira a roupa Carla, e eu não irei apagar a luz— Rafael falou firme, tentando ser o mais gentil possível.
— Mas...
Olhando atentamente para ela, Rafael a faz vira o rosto e o encarar, e agora, olhando nos negros olhos da mulher, ele viu o medo e vergonha brilhando em seus belos olhos. Então, com uma delicadeza que ele reservava para momentos muito especiais — e esse era um deles— Rafael colocou sua mão, sobre o rosto de Carla, a olhou atentamente e suspirando, pronunciou as palavras mais verdadeiras, que já se lembrou de dizer;
— Sem mais pequena, você é perfeita, não tem porque ter medo ou vergonha do seu corpo. Sabe, por quê? Porque eu sei, que irei amar cada pedacinho dele, te desejar ainda mais e te convencer, dia após dias, de que você é a mulher mais linda e maravilhosa do mundo,
Ainda embriagada com as palavras de Rafael, Carla se levanta da cama, sem tirar os olhos do homem forte, viril e intenso, à sua frente. Com as mãos trêmulas e a respiração irregular, ela retira seu vestido, retira seus saltos, ficando apenas de lingerie branca, como um verdadeiro anjo, foi o que pensou Rafael.
— Tira tudo pequena— sussurrou Rafael, sem tirar os olhos do de Carla.
Carla respirou fundo e ainda tremendo, retirou seu sutiã e em seguida sua calcinha, os jogando no chão de seu quarto, quando ela teve a intenção de colocar seus braços em volta de seus cicatrizes, Rafael foi mais rápido e os segurou, encarando Carla por alguns segundos, até ela abaixar os olhos, suspirar e se dar por vencida, permitindo então, ele a observar por completo.
Rafael, se afastou o suficiente para observá-la, soltando um suspiro baixo, logo em seguida. Naquele momento, Rafael percebeu que nunca havia visto uma mulher tão linda, como Carla, o quadril afantochadas, a cintura fina, os seios pequenos e incrivelmente apetitosos, os cabelos curtos cacheados, a boca grosa e entreaberta avermelhada, os grandes olhos negros, os cílios fartos, ela simplesmente era perfeita, mas ele sabia que o problema de sua insegurança, eram suas cicatrizes, as que ela adquiriu no seu sequestro. Quando Rafael a encontrou pela primeira vez, nem ao menos os paramédicos e Carla, notaram elas, porque não eram profundas e ela nem reclamou de dor, mas assim que chegou no hospital, tiveram que dar alguns pontos, fazendo Carla usar sempre roupas largas e se sentir horrível, nunca conseguindo esquecer o que aconteceu naquele dia, afinal, ela tinha as cicatrizes para lembrá-la.
— Você é perfeita! Ainda estou abismado com tamanha perfeição!— disse Rafael, pondo suas mãos na cintura de Carla.
— Mesmo com essas cicatrizes?— perguntou Carla insegura.
Rafael, sorriu de lado e depositou um beijo no canto da boca de Carla, então ele abaixou a cabeça e beijo a primeira cicatriz, na barriga, alguns centímetros de sua virilha, e sua segunda, na coxa da perna esquerda, depois ele se levanta e beija a bochecha de Carla. Rafael coloca sua mão direita no rosto de Carla, contou sua boca, fazendo ela soltar um suspiro, e se sentir a mulher mais linda do mundo.
— Essas cicatrizes só mostram como você é forte, você é uma vencedora Carla e é por isso que elas te fazem muito mais linda. Você é incrível, Carla e cada pedacinho do seu corpo, é maravilhoso, mas posso te contar um segredo?
— O quê? — sussurrou Carla, anestesiada com a presença de Rafael e os sentimentos que ele lhe causava.
— Nada supera o seu sorriso! — Carla não aguentou e sorriu, com lágrimas nos olhos, Rafael sorriu feito um garotinho, os olhos brilhando por Carla — Foram poucas vezes que te vi com um sorriso verdadeiro, mas foram as melhores imagens que já vi. Seu sorriso ilumina o mundo, pequena e mesmo você não querendo nada sério comigo, eu vou fazer da minha missão, te ver sorrindo diariamente.
Carla sentiu um frio gostoso na barriga, suas pernas tremeram e olhando para o Rafael, que ainda estava vestido e se encontrava olhando para ela, como se ela fosse a pessoas mais importante da sua vida, Carla percebeu que ela não conseguiria dizer adeus a ele, pelo menos não agora. Rafael despertava o melhor nela, ele transmitia segurança, força, paixão, desejo, alegria, ele a fazia se sentir sexy e confiante com seu próprio corpo, e ter uma vontade enorme de viver.
Com medo de seus próprios sentimentos e ''confissões'' Carla beijou Rafael, um beijo calmo, demonstrando toda sua gratidão e sentimos que não conseguia se expressar por falar, como;
Seu desejo, admiração, paixão e alegria.
Carla não sabia quando se sentiu tão segura com ele, mentira, ela sabia muito bem, foi no momento em que ela a viu pela primeira vez, foi como um encontro de almas, como se em outra vida ela já o tivesse amado e confiando nele. Carla, pela primeira vez, em meses, se sentiu confiante, ela sentiu que poderia vencer seus demônios e ser feliz, isso a fez sorrir no meio do beijo, fazendo Rafael se sentir embriagado de desejo e admiração por Carla.
Rafael, se afasta de Carla, quando percebe que o beijo estava indo longe demais, ele sabia que Carla não estava pronta— mesmo que ela estivesse tentando demonstrar o contrário—ele encosta sua testa na dela e sorri, o que ele achou estranho, ele não era muito de sorrir, mas quando estava com Carla ou sua filha, ele sempre sorria.
— Eu vou me afastar de você, irei tirar minha camisa e você irá pôr, depois nós iremos deitar e dormir de conchinha, mas antes, eu quero que você saiba, que estou fazendo isso porque sei que você ainda não esta pronta e eu não quero que você surte, tudo bem?— Rafael pergunta com a respiração irregular, usando seu último resquício de raciocínio.
Carla sorri fechado, ficado ainda mais encantada por ele, Rafael realmente a conhecia— pensou ela— porque ela sabia que não conseguiria ir até o fim e poderia surtar, mas ele compreendeu isso— sem ela dizer— e ainda vai ficar, isso fez Carla ficar assustada, mas ela não disse nada, não conseguia dizer nada, porque ela tinha medo de falar algo que o fizesse ir embora, Carla se conhecia muito bem para saber, que quando estava assustada com seus sentimentos,tinha a tendência de afastar a pessoa e ela não podia fazer aquilo com Rafael, ele era muito especial para ela e fazia ela se sentir viva. Então, Carla simplesmente balançou a cabeça e se esqueceu de suas palavras mais cedo, sobre não ter um relacionamento e não se aproximar de Rafael.
— Eu quero palavras, pequena!— Rafael disse sorrindo, para o jeito menininha de Carla.
— Tudo bem, babaca!— falou Carla rindo e revirando os olhos.
Rafael deu um leve beijo em seus lábios, retirou seus sapatos e maias, e sua camisa, dando a Carla, que a vestiu logo em seguida. Fazendo Rafael fechar as mãos e repensar em sua decisão, Carla era uma tentação e com sua camisa, o fez ficar ainda mais possessivo, porque sua mulher estava usando sua camisa, isso para ele era muito íntimo e incrível.
Carla se deitou e Rafael fez o mesmo, se concentrando em seus objetivos, apenas dormir com Carla. Assim que se deitou, ele puxou Carla para seus braços, fazendo ela deitar a cabeça em seu ombro e colocar sua perna em sua cintura. Rafael gemeu baixinho, quando sua perna encostou em sua virilha e Carla sorriu internamente, ela estava se sentindo ótima.
— Sabe o que eu percebi?— pergunta Rafael, tentando distrair sua mente, do corpo pequeno e acurvilhado de Carla, sobre seu corpo.
— O quê?
— Que não te conheço direito, eu consigo dizer quando você está mentindo, se está bem ou desconfortável, mas não sei sobre sua cor, comida e filme preferido, hobby, sonhos e medos.
Carla sorriu, foi a primeira vez que um homem disso isso para ela. Levantando seu rosto, ela encarou Rafael que estava concentrado no teto e fazia círculos em suas costas, fazendo Carla se arrepiar.
— Tudo bem! Mas, você também irá me dizer quais são seus sonhos, medos, filmes favoritos e tudo mais. — disse voltando a colocar a cabeça em seu ombro.
—Combinado!— depositou um beijo nos cabelos de Carla e se preparou para fazer as perguntas, que o fariam conhecer a pequena mulher que estava tirando seu sono e fazendo ele repensar sobre relacionamento, e passar o resto da vida com alguém.
Rafael queria conhecer cada pedacinho de Carla e ela o mesmo, e foi o que os dois fizeram a noite toda, se conhecem em um nível alto de intimidade, chegando a sentar um de frente para o outro, enquanto comiam chocolate e riam das histórias.
Foi a primeira noite em que Carla se sentiu bem em meses e sentiu que conhecia completamente Rafael, enquanto ele desejava que não amanhecesse, porque queria tudo dela, Carla era seu novo vício, como uma droga que ele não desejava parar de usar.
Os dois eram duas almas perdidas, que se encontraram, uma na outra, a única pergunta era; eram almas destinadas uma para outra? — Foi a pergunta que Rafael fez—, antes de adormecer com Carla em seus braços, quando já eram quatro da manhã.
Estou apaixonada por está história!
O livro será, em primeira e terceira pessoa, estão gostando desse estilo? O que estão achando do livro?
Apaixonada por este casal!
Votem e comentem!
Leiam meus outros livros, e divulgue o livro para as coleguinhas.
Me sigam no Instagram, autoralino.
Até o próximo capítulo!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro