Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

/13/

Tinha sido amor à primeira vista, à última vista, às vistas de todo o sempre.

Vladimir Nabokov

Sinto alguma coisa passar no meu rosto, como uma mão, e um beijo ser dado na minha testa, e logo depois uma voz de homem, grossa e melancólica, como se tivesse segurando as lágrimas, começa a falar.

— Pequena, você tem que acordar logo, eu não sei quanto tempo mais aguento. Priscila diz para eu ter fé que o papai do céu vai devolver você, mas eu não tenho mais fé, ela se esgotou. Eu te amo tanto, minha pequena.

Conheço essa voz e essa tal de Priscila. A voz sempre vem aqui e fala comigo, contando como estão as coisas, que sente minha falta, que me ama, essas coisas, e recentemente uma tal de Priscila vem aqui e conversa comigo, porém ela fala da escola, desenhos e até mesmo que tenho que acordar porque está chegando os dias das mães e pela primeira vez ela tem uma mãe, e eu tenho que estar lá. Coisa que não entendo, eu não tenho filha, deve ser coisa da imaginação. Mexo minha mão e tento abrir os olhos como há muito tempo venho tentando, mas dessa vez dá certo. A luz do lugar onde estou vem com tudo, onde demora uns segundos para me adaptar com ela, até que percebo que estou em um quarto, como de hospital, todo branco, com uma porta do meu lado, que deve ser o banheiro, e outra um pouco mais longe, acredito que a saída, tem um sofá do meu lado esquerdo com dois casacos nele, flores do meu lado, e uma mão segurando a minha com força, olho para ela e vejo um cara de cabeça baixa, sentado em uma cadeira do lado da minha cama, ele está usando uma calça preta e uma blusa branca amarrotada, não dá para ver seu rosto. Eu jurava que estava tendo alucinações com as vozes que venho escutando, mas não, é real, elas existem.

— Quem é você? — pergunto com a voz fraca, baixa e em um tom horrível. Minha boca está com um gosto horrível.

O homem levanta a cabeça com tudo, me olha, com os olhos arregalados e cheios de água, que gradualmente vão caindo.

Ele é lindo, mesmo com as olheiras no seu rosto, a barba um pouco grande, e o cabelo despenteado. Ele é lindo. Olhos verdes intensos, boca perfeita vermelha, mesmo com a barba dá para ver que tem um maxilar de homem fodão, rosto totalmente assimétrico. Não sei por que, mas o olhar que ele está me dando faz meu coração apertar e dar um pulo, como de alegria, me fazendo querer chorar. Eu não entendo, eu nunca vi esse cara antes.

— Você acordou — ele diz chorando, mas mesmo assim a voz grossa contínua, da para notar, ele tem uma voz incrível.

As lágrimas não param de derramar, é como se ele estivesse esperando esse dia a anos, meses, não sei e isso me assusta.

1 — Eu nunca vi esse, cara antes.

2 — Eu não sei que sensações são essas que estou sentindo.

3 — Onde estou? O que aconteceu? E cadê meus pais?

— Quem é você? Eu não te conheço, eu quero meus pais — falo começando a ficar nervosa e com medo. Assisto filmes, e se ele tentar me matar, ele não precisa ter cara de assassino para matar. Ele tenta se aproximar de mim, mas sou mais rápida e me esquivo, sentindo uma dor enorme nas minhas costelas, mas tento não ficar nela e sim em começar a gritar — SAI DAQUI, EU NÃO TE CONHEÇO, EU QUERO MEUS PAIS. MÃE? PAI?

Assim que falo essas palavras, o homem me olha apreensivo, em seus olhos, vejo dor, tristeza, confusão, e não sei o porquê, mas isso me machuca, me faz querer ir até ele e abraçar, mas não faço isso, eu não o conheço.

Médicos e enfermeiros entram no quarto, onde tiram o homem de dentro. O cara, que presumo ser o médico começa a fazer perguntas, mas não respondo nenhuma.

— Cadê meus pais? — é só isso que quero saber, só confio neles.

O médico para, coloca a prancheta que está segurando atrás dele, na bancada, e se apoia nela, só agora a percebi. Ele é muito bonito. Cabelos pretos, olhos pretos, barba contornando seu maxilar, vestindo uma roupa de enfermeiro ou médico, não sei distinguir essas coisas, tudo azul, muito bonito, ainda mais quando ele me olha com um sorriso discreto.

— Eles estão falando com o médico— diz com a voz rouca. Que gato, mas não se compara com o desconhecido do quarto.

Quê? Desde quando comparo os homens? Ou penso em homens doidos, que poderia ser meu assassino?

Desde, que ele é um Deus grego. Minha consciência me lembra, o que me faz revira os olhos internamente.

Agora pronto, falo até sozinha. Deve ser por isso que estou em um hospital, deve ser um hospital psiquiátrico.

— Carla? — escuto a voz do médico e só então percebo que estava viajando.

— Desculpa, pensei que você fosse o médico — digo.

— Não, eu sou residente, seu médico, o doutor Soltins já está vindo com seus pa... — ele nem termina de falar, e vejo meus pais entrando correndo dentro do quarto. Mamãe e papai vem correndo e me abraçam.

Meu Deus! Eu senti tanta saudade deles, é como se não os visse a anos. Mamãe e papai estão chorando, e quando percebo também estou.

— Meu Deus! Senti tanto a sua falta filha, eu pensei que nunca mais a veria de novo. — mamãe fala me soltando e passando a mão no meu rosto. Noto que ela está com olheiras no rosto, abatida, que emagreceu, ela não parece a mesma, parece destruída. Passo a mão no seu rosto, onde ela fecha os olhos e deixa as lágrimas caírem.

Isso me destrói.

Meu pai me solta e olho para ele, ele está igual minha mãe, olheiras enormes, barba maior, e emagreceu bastante. Faço a mesma coisa que fiz a minha mãe e ele também fecha os olhos e chora.

Isso dói muito, o que aconteceu?

Olho para o médico e percebo que somente o residente, e um enfermeiro está presente, e os três estão emocionados.

O que aconteceu?

— O que aconteceu? — pergunto, mesmo com medo da resposta.

Papai olha para a mamãe que abaixa cabeça, e depois para o médico que dá uma leve balançada na cabeça.

— Você esteve em coma...

— Por quanto tempo? — não deixo que termine.

— Um mês — diz.

— Então, perdi um mês dos meus finalmente dezoito anos? — pergunto odiando a ideia de ter perdido a minha ida para Las Vegas.

Papai me olha confuso, mamãe levanta a cabeça e me olha, mas é o médico que pergunta.

— Quantos anos você tem Carla? E qual a sua última lembrança? — pergunta, isso está começando a me assusta.

— Tenho dezoito anos, e minha última lembrança, eu estava com minha família, estávamos comemorando meu aniversário — falo da minha última lembrança, parece que tem tanto tempo.

— Filha? — olho para a minha mãe, ela ainda chora, porém, com lágrimas silenciosas. — Fala a verdade filha, qual a sua idade?

— Eu já falei, eu tenho dezoito anos, vocês sabem disso. — começo a me irritar, que merda, como eu não vou saber minha idade? O médico vem até mim e fala com meus pais.

— Precisamos fazer exames, para vermos o que aconteceu — diz, e eu não entendo nada.

O quê? Eu estou ótima.

Não é o fim do mundo não lembrar de um mês da minha vida, foi até bom, eu estava muito cansada depois de estudar dia e noite para passar na faculdade.

— Que caralho está acontecendo? — me irrito, meus pais se olham e depois se vira para mim.

— Você está com vinte e três anos filha. — papai diz.

Não, não é possível. Eu não posso ter pedido quase seis anos da minha vida. É um pesadelo, só pode. Tudo vai ficando branco, até eu apagar.

Desmaiei logo depois da notícia, e assim que acordei fiz milhares de exames, onde os médicos disseram que eu não tenho nada, que não foi complicação da cirurgia, mas sim que eu bloqueie minhas lembranças. Por que diabos, eu bloquearia minhas lembranças? Elas eram perfeitas, pelo menos acho, desde que fui adotada minha vida era perfeita. Agora vou lá e esqueço tudo, não tem sentido.

— Carla? — escuto a voz da Kássia e saio dos meus devaneios. O médico disse que poderia ficar quantas pessoas aqui comigo, mas somente uma poderia dormir.

Sim, isso é estranho, mas parece que um tal de Rafael é amigo do dono e ele concedeu alguns privilégios.

— Desculpe, estava viajando, continua— Kássia está me mostrando algumas fotos do que aconteceu nos meus últimos seis anos.

Quando ela me viu agiu igual meus pais, me abraçou e chorou. Kássia é a minha melhor amiga, desde meus quatorze anos, ela é maravilhosa e devo confessar que quando ela me disse que estava noiva não acreditei, não por não acreditar que ela seja capaz, e sim que ela sempre disse que nunca, amaria alguém, mas, ela parece feliz, e só isso importa, sua felicidade. Já vi um Gustavo que também surtou quando me viu, meu irmãozinho, minha outra metade. Gustavo é tudo para mim, meu melhor amigo, meu irmão, meu confidente, meu tudo, porém, ele saiu há alguns minutos alegando que iria falar com o médico, como se eu não o conhecesse, sei quando mente, mas deixa ele comigo e de novo o homem do quarto me vem a cabeça.

— Quem era o homem que estava comigo hoje mais cedo? — pergunto interrompendo Kássia, que só não responde, pois, meus pais entram no quarto, eles estavam com o médico, amanhã mesmo já vou começar a conversar com a psicóloga, eles disseram que gosto dela e por ela já me conhecer, pode ser melhor para o tratamento.

— Do que vocês estão falando? — mamãe pergunta se sentando do meu lado e o meu pai se senta ao lado da Kássia.

— Eu estava perguntando sobre o homem de mais cedo, quem era ele? — pergunto.

— O Rafael? Ele é um amigo, você o conheceu a uns meses e se tornaram amigos — papai fala rápido e desvia o olhar, quando olho para ele.

Amigo? Eu nunca seria amiga dele.

1- O cara é um gato, eu não aguentaria ficar perto e não querer pegar.

2 — Não tem segundo, é só isso, ele é um gato. Nem sei por que fiz uma lista na minha cabeça.

Acredito que o coma afetou minha cabeça.

— E quem é Priscilla? Ele sempre falava dela — pergunto, papai arregala os olhos na hora, olho para Kássia e mamãe e estão iguais ao meu pai — O quê? Quem é essa menina?

— Você escutava tudo o que falávamos? — Kássia pergunta.

— Algumas coisas apenas, mas não tenta mudar de assunto, quem é ela? — pergunto começando a ficar irritada.

Qual o problema desse povo? Por que não falar a verdade de uma vez? A menina é minha filha por um acaso?

Ela é minha filha? Impossível. Você não pode ter filha, idiota. Minha consciência me lembra, me acalmando.

É eu não posso ter filhos, por conta do que aconteceu na minha infância, pelo menos, posso adotar. Porém, meu sonho é gerar uma criança, mas como não posso, eu me contento com o fato de poder adotar.

— Quem é ela? — pergunto novamente.

Olho para meu pai e Kássia, quando vou olhar para minha mãe, o vejo, Rafael entrando no quarto. Ele parece melhor, fez a barba, trocou de roupa e agora está com uma calça de moletom cinza e blusa branca, e os cabelos molhados.

Eu já disse que amo homens de calças de moletom? Porque, eu amo.

Ele está lindo, na verdade, ele é lindo. Por isso que eu disse que não posso ser amiga desse cara, ele é muito lindo e eu muito pervertida.

— Posso falar com a Carla, a sós — diz com a voz rouca, grossa e poderosa, digna de um orgasmo.

Não sei por que, mas sinto que não vem coisa boa por aí.




















Olá meus amores, tudo bem? Desculpa a demora, estava resolvendo uns problemas pessoais, mas está aí o capítulo e vejo se até amanhã eu posto outro.

O que estão achando?

COMENTEM e VOTEM!!

Só porque eu amo eles!!

Indiquem para os amigos e se cuidem.

Bjs!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro