Capítulo 8
No dia seguinte...
Clarita acorda com muita dor de barriga, apoia as mãozinhas sob a barriga e geme de dor. Luis Manrique está a seu lado e acorda.
— Papai papai...
— O que foi, minha princesa?
— Está doendo, papai...está doendo...
Luis Henrique apoia as mãos sob as mãozinhas de Clarita.
— Doendo a barriguinha? Oh! Deixa papai fazer uma massagem que vai passar rapidinho.
Luis Manrique afasta um pouquinho as mãos de Clarita e massageia a barriga da filha, mas a menina continua sentindo dores.
— Papai ..dodói muito! — Chora.
Luis Manrique se preocupa, levanta abre a porta do quarto e grita por sua tia Condessa Vitória.
— Tia tia tia....
Condessa Vitória sai de seu quarto aparecendo no corredor.
— O que aconteceu?
— Clarita..acordou com muita dor na barriga!
Isabella, Doña Juana e Verônica aparecem no corredor.
— O que está acontecendo aqui? — Pergunta Verônica.
— Vou ver Clarita. — Comenta Condessa Vitória entra no quarto.
— Deve ser alguma coisa que sua filha comeu, logo passa. — Comenta Verônica.
Luis Manrique olha Verônica e entra no quarto.
Isabella encara as duas e diz:
— Foram vocês não foi? Fizeram alguma coisa para Clarita estar assim. Como podem?
Verônica suspira e dá um passo a frente e comenta:
— Ah, menina o que a gente poderia fazer? Agora tudo que acontece nessa casa a culpa é nossa?
Doña Juana se aproxima e segura firme do braço de Isabella e alerta:
— Olha aqui garotinha, se você contar alguma coisa o que escutou, já sabe... todos nessa casa vão morrer e não estou brincando, entendeu?
Isabella se solta e corre a seu quarto.
— Viu minha filha é assim se coloca os intrusos em seu devido lugar e se aquela mosca morta da Hipólita aparecer, a coloque em seu devido lugar.
— Aquela idiota é uma intrusa e pode atrapalhar meus planos com Luis.
— Por isso temos que tirar ela do nosso caminho o quanto antes.
No quarto de Clarita...
Condessa Vitória apoia a mão sob a barriga de Clarita que se contorce de dor.
— Luis, vou chamar nosso médico. Ela não está bem.
— Será que é grave, tia? Espero que não demore muito para ele chegar.
— O tempo necessário dele se deslocar da cidade até aqui.
Condessa Vitória levanta, sai do quarto enquanto que Luis Manrique fica sentado na cama com Clarita. Condessa Vitória desce indo até a sala, pega um telefone e liga para a telefonista pedindo para ligar para o Dr Frederico e logo em seguida passa a ligação.
— Oi dona Condessa que honra receber sua ligação. Aconteceu alguma coisa?
— Aconteceu. Clarita, minha bisneta, filha do meu sobrinho-neto, está com muita dor na barriga desde que acordou. Poderias vir agora aqui?
— Claro, em 40 minutos estou ai. O tempo necessário de deslocamento.
— Estamos aguardando!
Condessa Vitória desliga e fica andando de um lado e para outro, preocupada. Verônica desce com sua mãe Doña Juana.
— Como está Clarita, dona Vitória?
— Não sei, Verônica, acabei de chamar o nosso médico. Em 40 minutos estará aqui.
— Será que não foi algo que ela comeu quando saiu com essa babá? Essa mulher pode ter dado algo estragado a ela ou vencido..vai saber...
— Não creio que ela tenha comido algo dado pela Hipólita, Verônica. Pode ser outra coisa e vamos descobrir. — Diz ela preocupada. — Vou ver Clarita, quando o médico chegar, digam para ele subir ao quarto de Clarita.
Condessa Vitória sobe as escadas até o quarto.
— Mãe, será que esse médico pode descobrir alguma coisa?
— Não se preocupe, não tem como descobrir nada e caso descubra alguma infecção por culpa do que ingeriu, diremos que essa babá deu alguma coisa a Clarita que fez com que passasse mal.
Após 15 minutos, Hipólita e Alba chegam na Casa Grande juntas. Tocam a campainha. Verônica está na sala com Doña Juana e decide atender a porta.
— Oi...chegamos no horário. — Diz Alba.
— Sim....E o senhor Conde e Clarita? — Pergunta Hipólita.
Verônica olha para as duas de cima abaixo.
— Você Alba pode entrar...— Abre a porta a ela — Mas você..Maria Hipólita, não é?
— Sim..sou a babá da Clarita e vim cuidar dela.
— Sinto muito, mas não precisamos mais dos seus serviços. Clarita está doente e não poderá sair. Luis cuidará da filha e eu também, pois como vou me casar com ele, serei a nova mãe da Clarita, a menina já está começando a gostar de mim, sabe? Breve vamos sair da fazenda e morar em Londres. Luis, Clarita e eu.
— O que? — Pergunta Alba.
— Clarita doente? — Pergunta Hipólita — Quero vê-la.
Hipólita tenta entrar, mas Verônica impede que entre.
— Você está surda? Eu disse que não precisamos mais dos seus serviços, por tanto, vá para seu povoadinho.
Hipólita ergue a cabeça e encara:
— Olha Verônica, não foi você quem me contratou então só aceito ordens de quem me contratou.Se a Condessa Vitória ou o Conde Luis Manrique falarem isso tudo bem, mas agora vou ver a Clarita.
Hipólita consegue entrar junto de Alba.
— Mas você é muito abusada, hein? Saia daqui agora mesmo.
Verônica empurra Hipólita, mas ela empurra Verônica de volta.
— Você não vai me tirar daqui. Eu quero falar com os donos da casa.
Doña Juana se aproxima.
— Você é muito metida, hein?
— Clarita está doente e a Condessa e o Conde não podem te receber, vê se entende isso ou você é burra? — Pergunta Verônica pegando do braço de Hipólita. — Saia daqui ou te coloco a força, sua insolente.
Hipólita a empurra.
— Burra é você que não entende o que digo. Eu falei que só aceito ordens de quem me contratou e não vou sair até que os donos dessa casa apareçam.
Verônica parte para cima de Hipólita quando Condessa Vitória aparece descendo as escadas.
— Mas o que está acontecendo aqui? Verônica, larga ela agora mesmo.
Verônica a solta e olha.
— Tia! Essa abusada, metida não entende que Clarita não pode sair, mas ela insiste.
— Não é nada disso. Eu vim trabalhar como babá e cuidar da Clarita e fiquei sabendo que Clarita está doente. E essa mulher disse que não precisam mais dos meus serviços. Dona Condessa, eu quero apenas ver a Clarita. O que ela tem?
Condessa Vitória se aproxima.
— Verônica, não é ninguém para tomar as decisões nessa casa sobre os empregados. Verônica e Doña Juana estão morando de favor aqui e agora que meu sobrinho-neto deu um tempo no noivado, nem eram para estar nessa casa, mas por pena permiti que ficassem. Maria Hipólita, pode vir comigo ver Clarita e depois quero conversar com você.
— Obrigada, dona Condessa.
Condessa Vitória sobe com Hipólita até o quarto de Clarita. Alba ri e olha para as duas.
— Quem fala o que quer, ouve o que não quer.
Alba vai até a cozinha.
— Que ódio! Mas isso não vai ficar assim! — Diz Verônica ao lado da mãe.
— Vamos dar um jeito, minha filha. Essa mosca morta da Hipólita vai se arrepender por ter aparecido. Faremos ela ser a culpada da morte da Amélia e assim tanto Condessa Vitória como Conde Luis, vão odiá-la.
No quarto de Clarita...
Hipólita entra e se aproxima.
— O que aconteceu? — Pergunta preocupada.
Luis Manrique levanta, se aproxima e segura de suas mãos.
— Que bom que veio, Hipólita. Minha filha acordou com muita dor, não sei o que ela tem. Estou preocupado.
Hipólita olha para Clarita, sente vontade de chorar e se aproxima,deitando a seu lado.
— Princesa.. — Diz abraçando a pequena e passando as mãos na barriga dela. — Já vai passar, meu amor.
— Hipólita... doe muito.
Hipólita beija rosto de Clarita e fica massageando barriga dela e olha para a Condessa e Luis.
— Chamaram algum médico?
— Sim, Hipólita, ele está a caminho.— Responde Condessa Vitória.
— O que ela comeu ou bebeu ontem?
— Ela jantou e depois bebeu água. — Responde Luis.
— Algo que o que ela comeu pode ter causado algum desconforto ou infecção. — Diz massageando a barriga dela de maneira circular.
— Ela comeu o de sempre, nada de diferente. — Responde Luis sentando na cama do outro lado de Clarita e segura da mão de Clarita).
— Enquanto o médico não chega, abram as janelas, ambiente arejado é fundamental. E sirva um pouco de água.
Condessa Vitória abre as janelas e olha para o jarro no criado mudo e percebe estar vazio.
— O que aconteceu com a água?
— Ontem a Verônica esteve aqui e sem querer derramou a água que tinha. Vou pedir a Alba trazer mais.
— Deixa que eu peço, Luis.
Condessa Vitória sai do quarto e desce.
— Hipólita, se minha filha ingeriu algo tóxico, será melhor não beber um copo de leite? — Pergunta Luis.
— Não sabemos o que aconteceu, se ela ingeriu um liquido de caráter ácido, o leite irá neutralizar e retardar a absorção. Mas, se ingeriu algo de caráter básico, o leite irá potencializar o efeito e acelerar a absorção. Então daremos água a Clarita que tem caráter neutro e aguardar o médico. — Diz ela massageando a barrica de Clarita que continua sentindo muita dor.
Clarita encosta a cabeça no ombro de Hipólita, chorosa.
— Obrigado por vir, Hipólita, você faz tão bem a minha filha.
— Gosto muito da Clarita, me identifiquei muito com ela e me parte o coração a ver assim. Enquanto puder e estiver aqui, vou cuidar da sua filha com muito carinho.
— Isso não tenho a menor dúvida, Hipólita,
Condessa Vitória entra no quarto como copo de água fresca e se aproxima.
— Aqui está.
Hipólita pega o copo e dá um pouco de água a Clarita, Luis a ajuda a filha a sentar e Hipólita ajuda a menina a beber um gole. Condessa Vitória observa os três e dá um pequeno sorriso.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro