Capítulo 16
No dia seguinte...
Hipólita está tomando o café da manhã com sua mãe Emilia. Hipólita estava muito intrigada com o fato de sua mãe querer acompanhar e esclarecer alguns assuntos com a Condessa.
— Vai mesmo me acompanhar até a casa onde estou trabalhando como babá, mãe? O que quer esclarecer com a Condessa?
— Quando chegarmos lá, saberá, filha! Você saberá o porquê não gosto da Condessa.
Hipólita morde um pedaço de pão.
— Estou intrigada com isso, quero saber o que aconteceu entre a Condessa e você no passado, o motivo de você não gostar dela.
— A Condessa Vitória me fez muito mal, é uma mulher orgulhosa, maldosa e só pensa em si, não pensa nas classes inferiores.
— A Condessa Vitória pareceu-me simpática e agradável, ela não me julgou e nem desprezou-me.
— As aparências enganam, filha!
Hipólita termina de comer, limpa a boca e levanta.
— Terminei! Vou escovar os dentes e podemos ir.
Na fazenda...
Clarita acorda e vê seu pai a seu lado, fazendo carinho em sua cabeça.
— Papai...
— Bom dia,princesa! — Diz beijando seu rosto.
Clarita abraça Luis Manrique.
— Papai..eu sonhei com minha mamãe.
— Com sua mamãe? Como ela era? Você era um bebezinho quando foi para o céu, filha!
— Sonhei que estava lá na sala, brincando com as minhas bonecas e minha mamãe chegou e me abraçou. Ela disse para ter cuidado com a bruxa da Verônica e também para não deixar a Hipólita ir embora. Eu fechei os olhos e quando abri, a Hipólita estava na minha frente e me abraçou. Papai, a Hipólita não vai embora,não é?
— Não,princesa! A Hipólita estará sempre conosco.
— Minha mamãe e a Hipólita tinham o mesmo cheirinho de flor,papai. E elas me jogaram beijinho e fizeram coração com as mãos.
Clarita joga beijinho e faz coração com as mãos, mesmo gesto que Amélia fazia.
Luis Manrique sorri.
— Hipólita já fez isso para você, filha?
— Não, papai! Apenas no meu sonho.
— Ok..agora tome seu leitinho, filha!
Luis Manrique pega o copo de leite com canudinho e entrega a Clarita. A menina bebe,olhando para seu pai. Luis Manrique, sorri e fica pensativo. Condessa Vitória entra no quarto.
— Bom dia, Luis! Bom dia, Clarita!
— Bom dia,tia!
— Bom dia, vovó!
Condessa Vitória beija a cabeça de Clarita.
— A Isabella esteve aqui, Luis?
— Não, Clarita acabou de acordar. Isabella não teve aqui. Aconteceu algo?
— Ela não está no quarto dela,nem desceu para tomar café da manhã.
— Será que não está no banheiro?
— Não, já procurei e chamei por ela e não está.
— Será que saiu antes de tomar café e ninguém viu? De repente está brincando com aquele amiguinho dela,o Guto.
— Pode ser...vou sair para procurar, não deve ter ido muito longe.
Condessa Vitória se retira.
— Papai, onde a Belinha está?
— Deve estar brincando, princesa. Termine de tomar seu leite, pois daqui a pouco a Hipólita chega e vamos nós três brincar.
Clarita sorri e bebe o leite.
Condessa Vitória desce as escadas, encontra com Verônica e sua mãe Doña Juana na sala.
— Bom dia,Vitória!
— Bom dia, tia Vitória!
—Bom dia a vocês. Viram a Isabella?
— Eu não vi não, tia! — Responde Verônica e olha para a mãe.
— Ela não está no quarto? — Pergunta Doña Juana franzindo a testa.
— Não! Vou ver se está na cozinha, de repente, desceu para tomar café enquanto fui falar com o Luis.
— Não, tia Vitória! Minha mãe e eu acabamos de sair da cozinha, ela não está.
— Ah, Vitória,na verdade eu vi sim a Isabella, mas não sei se posso te contar.
— Fale, Doña Juana! Tenho o direito em saber!
— Eu vi a Isabella saindo cedo, se encontrou com um menino, ele parecia pobre.
Condessa Vitória suspira, se vira caminhando em direção até a janela e volta.
— Conseguiu ver como era esse menino?
— Eu nem reparei muito bem, apenas pareceu ser um menino pobre. Não devemos confiar em pessoas pobres, principalmente do povoado, sabe o que essas pessoas podem fazer. Vitória, cuidado, é preciso ficarmos atentos quando a Hipólita vier nessa casa, não sabemos as intenções de uma plebeia.
Condessa Vitória apenas olha séria e se retira indo para a rua.
Verônica olha para a mãe com a mão apoiada em seu ombro e pergunta:
— Mãe, você viu mesmo a Isabella?
— Não, disse isso,pois faz parte dos nossos planos, Verônica. — Sussurra. — Diego Arellano chega hoje na capital. Você fica aqui na fazenda enquanto que vou a capital encontrar-me com ele. Se alguém perguntar por mim, diga que fui resolver uns assuntos relacionados ao meu ex-marido. — Sussurra.
— Ok,mas se não viu a Isabella,onde ela está?
— Em um lugar que ninguém a encontrará. — Sussurra.
— Então foi você que desapareceu com a Isabella?
— Cale-se, Verônica!
Dona Juaña puxa Verônica para um canto e sussurra com a filha:
— Ninguém pode desconfiar de nada. A única responsável pelo desaparecimento da Isabella, será Maria Hipólita e o próximo passo, será sequestrar a Clarita.
— E culpar Hipólita,não é?
— Exatamente! Diego Arellano irá ajudar-nos!
Após um tempo, Condessa Vitória procura por sua filha Isabella,quando encontra com Maria Hipólita e Emilia. As duas estão chegando.
— Bom dia,dona Condessa! — Cumprimenta Hipólita com um sorriso.
— Bom dia Hipólita, bom dia Emilia!
— Precisamos conversar, Condessa Vitória. Vamos esclarecer tudo sobre o passado.Minha filha tem que saber quem realmente você é, o que você fez comigo.
Hipólita olha para as duas.
— Dona Condessa, a senhora fez algo com minha mãe?
Condessa Vitória dá um suspiro.
— Aqui não é local adequado para conversamos. Vamos para casa e lá conversamos.
As três caminham até a casa, Condessa Vitória pede a um capataz da fazenda para que procure por Isabella e entra com Hipólita e Emilia em casa. Encontram com Verônica e Doña Juana saindo, Juana estava com uma bolsa de viagem.
— Você vai viajar, Doña Juana?
— Sim,Vitória, mas é uma viagem rápida. Preciso resolver uns assuntos relacionados com meu ex-marido. Verônica ficará.
— Apenas vou acompanhar minha mãe até a estação. Bom dia,Hipólita! Bom dia, senhora! Tia Vitória, encontrou a Isabella?
— Não, mas pedi ao Renato que procure por ela, provavelmente deve estar brincando com o Guto, amiguinho dela.
— Licença! — Pede Doña Juana.
Doña Juana e Verônica saem. Conde Luis Manrique desce com Clarita.
— Hipólita bonita! — Diz Clarita.
Luis coloca Clarita no chão e a menina corre até Hipólita,que a pega no colo.
— Oi minha princesa! Bom dia, Luis!
— Bom dia,Hipólita, bom dia dona Emília! — Diz Luis Manrique estendendo a mão a Emilia.
— Bom dia! — Diz ela o cumprimentando.
— Emilia, preciso falar com você agora e a sós,depois conversamos com a Hipólita.
— Vamos passear com Clarita, Hipólita? — Pergunta Luis Manrique.
— Vamos..vamos vamos... — Diz Clarita abraçando Hipólita.
Emilia olha para os três,lembra de Bernardo e deixa uma lágrima cair na face .
— Pode ir,filha!Vou conversar com a Condessa!
— Está bem,mãe! Vamos Luis! Vamos, princesa! — Diz Hipólita abraçando Clarita em seu colo.
Conde Luis Manrique sai com Hipólita e Clarita.Alba está chegando, mas não se aproxima deles,apenas os admira.
— Ah,que lindos! Isso sim é família bonita e feliz! — Diz Alba em pensamento.
Outro capataz da fazenda, vê Alba se aproxima.
— Bom dia! Você é a Alba,não é?
Alba se vira, olhando um rapaz de chapéu, calça e casaco cinza,blusa branca e bigode, usando óculos escuros.
— Bom dia! Sim, me chamo Alba e sou a nova empregada. Você é um capataz,não é?
— Sim, me chamo Antônio, mas pode me chamar de Toño. Prazer.. — Estende a mão a ela. — Infelizmente não tivemos a oportunidade em conversarmos e nos conhecermos.
— Pois é, tenho muito trabalho.Preciso entrar.
— Espere.. — Segura do braço dela. — Depois que terminar seus afazeres, será que poderias dar uma volta comigo?
— Não sei,se tiver tempo ou se tiver com vontade,talvez saia com você. Agora, com licença.
Alba entra a casa. Toño a olha, admirando.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro