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⊰ CAPÍTULO 5 ⊱

Já se passaram três semanas. Três semanas tomada pelo vazio que não passa, a sensação aumenta cada dia mais.

Nesses dias Bonnie não compareceu na escola, seus pais dizem que ela está bem, mas a conheço o suficiente para saber que eles estão mentindo. Queria conversar com ela, tentar ajudar de alguma forma, sei como é horrível sentir o vazio e não suporto a idéia da minha melhor amiga sentindo isso também, mas ela não me deixaria vê-la. A última vez que ela ficou assim, a garota sumiu por vários dias e quando voltou já não era mais a mesma, tenho medo de como ela possa voltar dessa vez.

Outra pessoa que mostrou uma drástica mudança foi a senhora Campbell. Anos de vivência com ela e nunca a tinha visto tão feliz quanto nesses dias, é estranho ver um sorriso quando se está acostumado com uma carranca amarga. Enquanto o senhor Campbell está acabado, nesses últimos dias ele não saiu do bar da senhorita Andrews, nem me lembro a última vez que ele ficou assim. Gostaria de poder conforta-lo, mas não sei como.

O dia aos poucos vai perdendo seu brilho intenso, para dar lugar a escuridão da noite. Como hoje é sexta-feira possa ser que eu tenha sorte de achar Bonnie no bar da senhorita Andrews, é uma tradição ela ir lá para cantar. Todo final de semana os jovens se reúnem no bar, para mostrar seus talentos vocais, e devo dizer, essa cidade está repleta de artista impressionantes.

Vou até o closet e pego apenas um moletom grande pigmentado num vermelho vinho bem escuro. Coloco o celular no bolso do moletom, respiro fundo e enfim tomo coragem para sair do quarto, desço a escadaria segurando firme no corrimão — com essa moleza no corpo, é capaz de eu cair escada a baixo. Conforme vou descendo, mais intenso fica a briga, a razão dos dois já foi pro inferno e mesmo assim eles continuam.

Assim que ambos notam minha presença a gritaria cessa e a atenção cai sobre mim. Os olhos azuis da minha mãe se encontram com os meus, de longe se nota a fúria que reside neles. Um calafrio percorre dos meus pés a cabeça, desvio o olhar e fito o chão.

     — Só vim pegar minha chave, podem continuar — resmungo olhando para o chão ao atravessar a sala.

Não deu nem tempo de chegar até a cozinha para eles continuarem. A discussão que antes era sobre o que iremos comer no jantar, agora é sobre como papai e eu destruímos a vida dela.

     — Se é tão ruim, por que continua aqui porra? — penso alto demais.

Quando percebo o que acabei de falar, arragalo os olhos e paro no meio do caminho, levo a mão direita a boca ainda sem acreditar no que disse. Me viro para os dois lentamente, seus olhos não escondem a surpresa. Em passos largos e pesados tento atravessar a sala de novo, em direção a porta, mas sou barrada por Mabel. Apenas sinto um leve formigamento na região da bochecha, que logo se torna numa ardência. Cerro os punhos e contraio a mandíbula numa tentativa de manter a calma.

     — Está satisfeita agora? — digo direcionando meus olhos sem expressão alguma aos dela. Sua respiração descompassada e os dentes cerrados deixam em evidência seus sentimentos mais primitivos. — Me diz, está satisfeita? — pergunto novamente, sua expressão fica confusa e ela da um passo para trás. — Já estou de saco cheio — dou um passo a frente e seguro seus ombros com certa força, posso aturar qualquer ofensa ou olhar mal humorado, mas apanhar, jamais. — Por que diabos me acolheu quando surgi na porra daquele muro?? Para ganhar status de boa moça? — digo com as sobrancelhas juntas e os dentes cerrados. — ANDA!

Sinto as mãos pesadas do meu pai cair sobre os meus ombros, me puxando para trás.

     — Chega, Samantha. — diz rígido.

Desvencilho-me de suas mãos e volto a me aproximar dela, a mesma demonstra repúdio. Seu rosto vermelho de raiva só mostra o quanto ela ainda quer me bater. Me dar uma lição. Mostrar que eu mereço ser humilhada e linchada por ela.

     — VAI LOGO! SEI QUE NÃO ESTÁ CONTENTE, BATE MAIS, PORRA! NÃO É ISSO O QUE VOCÊ QUER FAZER HÁ ANOS? — meus ombros sobem e descem rapidamente, sinto que meu coração vai rasgar meu peito para sair.

Nunca me descontrolei diante das provocações dela, mas dessa vez foi impossível. Se ela ousar me atacar irei revidar sem pensar nas consequências e ela irá desejar jamais ter erguido a voz para mim.

Os braços do meu pai envolvem meu corpo com força e me puxam para trás, sem dar brechas para que eu fuja. No pé do meu ouvido ele sussurrou "chega" e aperta ainda mais meu corpo.

     — Você é doente?! — diz num sussurro juntando as sobrancelhas, dando mais passos para trás até acabar se encurralando na parede.

A tensão entre nós só aumenta, a atenção não se desvia e lá no fundo sabemos que se isso não acabar iremos nos matar aqui mesmo.

     — O que? Você achou mesmo que eu iria aguentar tudo calada, até o dia que você morresse? — digo em meio a uma risada carregada de ódio — Que eu iria me tornar teu saco de pancadas e não iria contestar?! Me poupe-

Com o tocar da campainha os braços do meu pai relaxam, mas a tensão continua. Mabel solta um longo suspiro e tenta se recompor para abrir a porta, com a mão direita ela arruma uma meche de seu cabelo loiro acastanhado levemente ressecado atrás da orelha. Ajeita a camisa de seda rosa e se dirige a porta, vou logo atrás dela e assim que ela abre a porta eu saio, sem ligar para quem estava na frente.

Meus pés doem de tanta força que piso, mesmo já longe de casa posso ouvir os gritos do papai mandando eu voltar. Diminuo o ritmo, tento acalmar minha respiração puxando e soltando o ar com calma. Atravesso a rua que não tem movimento algum. O dia está triste, o céu azul perdeu lugar para o cinzento, talvez chova para finalizar o clima tenso. Ando mais alguns quarteirões até chegar no bar, mas antes de entrar paro em frente à porta, o corvo esquisito está no semáforo de novo.

Todos os dias ele está ali, me esperando passar e, quando volto, ele já não está mais lá. Ele me causa arrepios — seria a morte me mandando um sinal de que eu sou a próxima de sua lista negra?

Entro dentro da cafeteria e para minha sorte, é a Bonnie que está cantando no pequeno palco. Pelo menos uma coisa boa nesse dia de merda. As pessoas sempre ficam admiradas quando ela canta, sua voz é doce e suave, ela consegue tocar o coração de muitos com seu "canto de sereia". Fiquei impressionada com a música que ela está cantando, não é algo que estou acostumada escutar ela cantar, é triste. Kodaline...

"But if you loved me
Why did you leave me?"

Isso foi como uma facada no meu peito. Sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto, mas logo a limpo.

O que está acontecendo comigo, caramba?

     — Seria lindo se ela cantasse amanhã a noite, no festival de inverno! — Comenta a senhorita Andrews, ela realmente gosta de quando a Bonnie canta, seus olhos dizem isso.

     — Seria...

Saio do estabelecimento em passos largos e apressados, mesmo sem saber o por quê. Meu corpo simplesmente se move sem me obedecer. Tentando conter as lágrimas desobedientes que teimam em cair. Olho em direção a minha casa depois para o muro rochoso, sem nem pensar corro o mais rápido que posso até aquele paredão sem vida.

Paro em sua frente, pouso ambas as mão nas pedras gelidas e encosto a testa nele, me permitindo chorar.

     — O que está acontecendo? — sussurro sem esperar uma resposta. Encosto as costas nas rochas e deslizo até o chão, abraço os joelhos e escondo o rosto no mesmo — Porra, tu faz mais companhia do que muita gente...

     — É, eu sei! — meu coração perde um batimento com o susto, levanto a cabeça rapidamente e limpo o rosto, olho de um lado para o outro e ninguém aparente — Aqui em cima. — levanto o olhar e lá está, o dono da voz rouca sentado em cima do muro.

Como não percebi ele ali?

     — Você está bem? — pergunta me olhando de relance.

Entre seus dedos ele segura um cigarro já tragado algumas vezes, que é levado até seus lábios para tragar uma última vez. Pouco tempo depois ele solta a fumaça e o cheiro horrível impregna o ar.

     — Não é nada... — respondo baixinho sem desviar minha atenção dele, o local pouco iluminado dificulta para que eu consiga ver bem seu rosto.

Ele aparenta ser alto, seu cabelo castanho está todo bagunçado, mas acho que seja de propósito, um "bagunçado arrumado", esse penteado deixa ele com um ar rebelde. Para completar o estilo rebelde, ele usa uma jaqueta de couro parecida com aquelas de gangues ou motociclistas, estampada em branco já gasto, um crânio de ave.

     — Acho que até mesmo o muro sabe que não é nada. — diz sem olhar para mim, meio cabisbaixo. — Entendo que não queira falar com estranhos — ri discretamente e me olha por um breve momento — Kennedy. Você, quem é? — pergunta se ajeitando no muro, passando as pernas para este lado do muro.

Pude notar que ele tem uma tatuagem no pescoço, é um pássaro negro. Pergunto-me se devo dizer meu nome verdadeiro, já que ele é um homem estranho que está conversando com uma garota triste "encurralada" em um muro. Limpo meu rosto com as costas de minhas mãos.

     — Alice. — respondo com o primeiro nome que me vem à cabeça, um pouco apreensiva, já que eu não faço a mínima ideia do que ele quer de mim.

     — Alice. Nome bonito. Você me lembra uma velha conhecida... — pausa e me olha um pouco sério, como se quisesse me dizer algo e então solta um suspiro pesado — Se eu fosse você, tomaria cuidado... — ele dá uma olhada de relance em direção a floresta. — Enfim, — ri para descontrair — foi bom conversar com você, mas tenho que ir — diz tentando mudar de posição, ficando em pé logo em seguida sem muita dificuldade. — Até mais! — coloca as mãos nos bolsos da jaqueta e pula em seguida sem me dar chance de responder.


Kennedy?

————— ⚜️ —————
| CAPÍTULO NÃO REVISADO |

Espero que gostem, não esqueça deixar sua estrelinha.

Obrigada por ler até aqui <<33

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