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⊰ CAPÍTULO 12 ⊱

• aviso •

→ se desejarem pular este capítulo, sintam-se a vontade. Ele contém cenas fortes que envolvem a morte, é cruel e impiedoso. Ao final, irei relatar os pontos cruciais, sem muitos detalhes tristes para que todos fiquei por dentro das informações.

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• 𝑈𝑀 𝐷𝐼𝐴 𝑃𝐴𝑅𝐴 𝑂 𝐵𝐴𝐼𝐿𝐸 •

Amanhã. O grande dia pelo qual todos estão loucos, correndo de um lado para o outro, com decorações, cardápios de comidas a serem escolhidas, bebidas que serão preparadas, pessoas que serão escaladas para trabalhar. Os corredores exalam o caos da festividade que está prestes a chegar.

Olhando assim, parece uma comemoração comum, com um motivo feliz, tipo o Natal. Mas hoje, hoje é o real motivo da festividade. Um dia do ano tirado para o enforcamento em massa, o dia do ano que todos aqueles que são classificados como traidores do reino são punidos com a morte. Amanhã é o dia que comemoram a crueldade de hoje.

Quando Vênus me contou isso fiquei aterrorizado, jamais imaginaria algo do tipo, algo tão desumano. Mas pelo visto, com o pouco que pude observar, crueldade é mais recorrente que qualquer outra coisa neste lugar. A beleza que um dia vi aqui já não existe mais.

Criados especiais, escolhidos quase a dedo, trabalharam para deixar o jardim impecável. Eu sou um dentre eles, Vênus e Pain também. A garota e eu andamos frenéticos por todos os cantos para deixar tudo pronto, os líderes estão chegando. Sei disso pois as cortinas se fecharam, uma película escura desceu para ajudar o tecido grosso acobertar o lado de fora. Os outros, aqueles que ficaram dentro do castelo, não podem ver o que está prestes a acontecer, seria terrível se a informação vazasse — como se eles já não soubessem desse fato horrendo.

Diversas mesas redondas, cobertas por toalhas pretas acetinadas, foram postas em pontos perfeitos para contemplar o espetáculo que as arquibancadas irão dar. Cada mesa com um vaso de flor, suas cores correspondem ao clã que irá utilizá-la. Uma extensa para deixar exposto tudo o que o castelo pode oferecer; frutas, doces, petiscos bem elaborados na composição decorativa.

Todos os criados vestidos das mesma forma, seja homem ou mulher, com camisa social preta com babados estranhos no centro, calça e sapatos mocassim pretos. Tudo neste lugar é preto. E claro, a inseparável máscara espelhada que todos os empregados são obrigados a usar. Somos menos que nada, não precisam ver nossos rostos. Usam a desculpa da tradição, mas todos sabem que é o repúdio.

Todos o líderes caminhavam como soldados sistemáticos bem atrás da família real. Elegantes, posturas impecáveis, passos sincronizados. Aos poucos eles se acomodam, desfrutam da paisagem belíssima do jardim, tomam chá ou comem algum petisco. Vendo-os desse jeito, quase me esqueço das três arquibancadas mais a frente.

Sirvo alguns líderes sem que me chamem diretamente, o levantar da taça é o sinal necessário. Eles não falam conosco e nós não proferimos uma palavra sequer sem que nos sejam solicitadas. Menos que nada, é o que somos. O nada não fala, não olha, mal respira e se mandam parar você tem que parar, não importa se irá morrer sufocado.

Torno a mesa principal, ajudo Vênus a organizar e reabastecer algumas coisas. Ela se aproxima ainda mais de mim, sua cabeça se inclina levemente como se quisesse me olhar.

     — Estão procurando por você — disse num sussurro que antes seria ininteligível para mim, mas o mês que estive aqui me fez aprender que só assim podemos conversar. — Tome cuidado — completa deixando evidente a preocupação.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ou ter tempo de reagir a informação, o som de trombetas soam alto e uniforme. Está na hora. Dos fundos do castelo, filas de milhares de pessoas marcham em direção do próprio fim. Todas com sacos pretos nas cabeças, mãos postas para trás, acorrentados uns nos outros. A quantidade espanta, com certeza tem mais de 100 pessoas. Os sorrisos largos brotam nos lábios dos líderes, os olhos gritam ansiando pelas mortes inexoráveis.

O silêncio se instala, os líderes se sentam e mais nada é pedido. Os criados enfileirados atrás da mesa principal, mãos postas para trás e postura rígida. Todos olhando, é proibido desviar o olhar, seria uma afronta a decisão do rei. O som das trombetas soam novamente. A família real se põe a frente de todos, de costas para as arquibancadas.

    — Hoje, meu caros, serão condenados aqueles que traíram nosso reino. Aqueles que colocaram em perigo a vida dos nossos cidadãos, colocaram em riscos nossas famílias queridas. Que os corações corrompidos, dessas pobres almas perdidas, sejam confortados com a morte — disse o rei Asteri fingindo compaixão, ou qualquer que seja o sentimento misericordioso que ele queira transparecer.

O simples levantar da mão esquerda do rei é usada como um sinal para que tudo se inicie. Eles tornam aos seus acentos, despreocupados, sem carregar uma gota sequer de culpa. Como conseguem dormir? O que eles dizem a si mesmos para fazerem esse tipo de coisa sem ressentimento algum?

Grupos de dez pessoas eram postas em cada arquibancada, duas sessões foram completadas até agora. 60 pessoas já se foram. Cerca de dez Guardas Dourados puxam as cordas que movimentam as plataformas de cada arquibancada, trazendo as para cima para enfim serem postos os corpos condenados encima. O som da alavanca descendo faz meu coração perder um batimento todas as vezes. O braço do cavaleiro se levanta, os outros se posicionam e encaixam as cordas, e então, o sinal. Um último puxar das cordas. A plataforma cai.

Ao final, com cada pescoço laçado com a corda, com a agonia de cada alma calada, uma salva de palmas melodiosa ecoava entre os membros do mais alto escalão dos clãs. A realeza, por sua vez, não batiam palmas, mas não escondiam o contentamento daquela cena impiedosa.

A maioria tinha algum membro faltando, todos ensanguentados para mostrar que tiveram um punição torturosa antes da pior delas, a morte. Talvez para eles — os condenados — a morte não seja a pior das condenações. A morte é o alívio, a paz absoluta. Até porque, não terão que retornar a esse mundo de merda, não terão que se preocupar com as tradições bizarras, com a crueldade da realeza. Não terão que se perguntar se terão uma morte rápida ou se serão entregues aos cães famintos.

Sim, existe essa punição, basta ser pego com alguém que não pertence ao mesmo clã.

A próxima leva é posta, os sacos tirados para revelar os infratores. Meus olhos correm ávidos pelos rostos cheios de uma felicidade estranha, mas que eu entendo bem, olhares baixos, sorrisos fracos.

Alguns rostos são desfigurados, cicatrizes feias se formariam se o tempo lhes permitisse, mas todos eles expressam o mesmo sentimento. Não cumpriram o dever, mas estão livres do mundo terrível que nasceram. Olho para cada um na esperança de não a vê-la. Mas então o mundo para, o coração falha, a respiração cessa.

Anna. Minha querida Anna. Seu cabelo que antes carregava todo o brilho do mundo agora está opaco, engrenhado e sem forma, os cachos se foram. Os olhos castanhos deixam claro o cansaço, o medo e desespero, mas como todos, tem vestígios de uma felicidade, anseio pelo fim. Suas bochechas não são mais rosadas e cheias de vida, foram tomadas pela sujeira do subterrâneo. Seu corpo mais magro que o habitual, coberto por trapos surrados cinzas.

A Anna que conhecia não existe mais, essa é uma nova pessoa, uma pessoa que talvez nem se lembre de mim. Mas ainda sim, é a Anna.

Meu peito sobe e desce rapidamente, puxo o ar mas ele parece não existir, a máscara sufoca e meu desespero colabora. Meus olhos tomados pelas lágrimas, que descem e se encontram no meu queixo, embaçam tudo e sinto perde-la aos poucos.

Quero gritar, correr para tirá-la da li, para abraça-la e dizer-lhe que está tudo bem agora. Quero, mas não posso. Mordo minhas bochechas para conter os gritos que querem sair a todo custo. Não quero ver, não quero ver ela partir desse jeito. Será que ela sabe que estou aqui? Será que ela sabe que ainda a amo?

Anna, minha queria Anna, eu te amo. É o que quero lhe dizer. Está tudo bem, querida, está tudo bem. É o que quero sussurrar em seu ouvido enquanto abraço fortemente seu corpo frágil.

As cordas são puxadas, os corpos ajeitados encima da plataforma, as cordas postas envolta dos pescoços e ajustadas. Seus olhos se fecham e o sorriso fraco vem.

As unhas cravam a palma da minha mão, minhas pernas dão sinal que irão falhar. Todo meu ser treme desesperado, sem uma solução para situação. O aperto relaxa, as mãos levadas a máscara, quero arranca-las, mas Vênus nota meu desejo e me repreende, tomando minhas mãos com força e as colocando no lugar.

     — Mantenha-se calmo — disse apenas, temerosa pela minha própria vida.

A alavanca desce, o coração para outra vez. O choro se intensifica, memórias felizes revoam, o sorriso fraco me vem. Uma tentativa frustante do cérebro para me acalmar, ou piorar. Ela irá partir e não posso fazer nada em relação a isso. O amor da minha irá partir, sem ao menos se despedir. Ela não merece, nenhum deles merece.

O sinal vem, o último puxar é dado, a plataforma despenca e os corpos pendurados, dando fim a vida que um dia eles tiveram. Fico feliz por ela não agonizar, o pescoço foi quebrado, não houve tanta dor. Uma morte rápida ao menos.

Adeus, querida Anna. Pensei fechando os olhos fortemente, mordendo as bochechas que já jorram sangue, deixando a cabeça cair e a postura retrair. Escuto Vênus dizer algo, mas não entendo nada, ela parece preocupada.

O mundo ficou mudo, exceto pelas palmas ensurdecedoras que parecem marteladas na minha cabeça. A risada desses humanos terríveis cortam meus ouvidos. O ódio vem com força total, formigando minhas mãos e rosto, quero mata-los. Quero fazer todos eles sofrerem, como fazem o seu povo sofrer.

     — Vou me juntar a causa — disse com a voz embargada, quase ininteligível por causa do choro. — Nada mais me impede — digo mais para mim do que para ela num sussurro. — Apenas me tire desse lugar, por favor!

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| CAPÍTULO NÃO REVISADO |

• resumo •

→ O motivo por trás do baile é a comemoração medonha do assassinato em massa, a morte de todo aqueles considerados traidores do reino;

→ A festividade acontece uma vez ao ano, reunindo todos os infratores capturados em movimentos/ataques contra a coroa e matando-os;

→ Anna, a garota pela qual Benjamin procurava em sua primeira narração, fora morta neste capítulo. Acusada de traição/conspiração, pega no ataque contra a capital;

→ Desolado, sem esperanças, ele enfim se junta a causa, declara guerra a realeza.

Enfim, me doeu escrever esse capítulo, Anna não merecia esse final, mas não sou quem dita as regras...

Espero que gostem, não se esqueça de deixar sua estrelinha <3

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