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⊰ CAPÍTULO 10 ⊱

Maelle me cedeu sua cama para que eu possa dormir tranquilamente, mesmo eu insistindo que não era necessário. A noite foi longa, não consegui dormir muito bem, meus pensamentos foram uma tortura quase interminável. Pensar que um mundo completamente distinto do meu sempre esteve bem ali do meu lado, selado por um muro inofensivo, me parece uma variável que só ocorre em filmes de fantasia ou na cabeça dos loucos - isso me faz questionar minha sanidade. Pessoas com poderes já me parece impossível, eu ser uma delas e ainda ter um reino e uma coroa de brinde é a maior das loucuras impossíveis. 

Sento-me na cama quando o primeiro sinal de luz invade o trailer. O silencio aos poucos vai perdendo seu lugar para o cantar dos pássaros. Maelle me disse que me acordaria antes mesmo do sol nascer, e cá estou, ainda em sua cama sem nenhum sinal dela com uma arma apontada para a minha cabeça para despertar minha individualidade. Acho que eu deveria ter lhe dito que venho passando por situações estressantes desde que cai nessa maldita floresta, sobrevivi e mesmo assim nada de eu lançar raios, atear fogo, controlar agua ou voar.  

Uma muda preta de roupas foi posta no canto da cama. Saio da cama e alongo meu corpo brevemente, me sinto enferrujada por não ter dormido. Olho pela porta aberta e ninguém estava ali, Maelle deve ter saído resolver alguma coisa ou esta lá fora se banhando com o sol da manhã antes de um exaustivo dia de treino.

Encosto a porta do quarto e dispo as roupas, vestindo logo em seguida as que Maelle me disponibilizou. Um cropped bem justo de mangas longas e gola alta, uma calça preta larga de tecido grosso e as botas de trilha que estavam no chão. Saio do trailer e não encontro ninguém.

     — Maelle? — chamo, mas nenhuma resposta me veio. Levo minhas mãos a boca, formando um círculo em volta dela — MAELLE!! — grito o mais alto que meus pulmões permitem.

Escuto algo vindo da floresta, mas não acho que seja a Maelle, o pouco tempo que estive com ela me fez perceber que a mesma é extremamente silenciosa.

Meu corpo se enrijece e meus olhos correm pelas arvores que me cercam, penso em voltar ao trailer, mas se for uma pessoa ruim isso só irá me encurralar — levando em consideração toda minha estadia nessa floresta, tenho certeza que acontecerá algo ruim.

Um corpo esguio emerge das arvores, trajado de preto sem deixar um centímetro sequer de sua pele aparecer, seu rosto é coberto por uma mascara espelhada e seu cabelo violeta ondulado cai até as orelhas. De outra direção galhos se partem e outro corpo se revela, trajado da mesma maneira, o corpo masculino se aproxima de mim em passos calmos. Olhares são trocados entre os dois homens e uma confirmação com a cabeça é feita, essa é a minha deixa para começar a correr.

Contorno o trailer as pressas e mergulho na vasta floresta. Corro como se minha vida dependesse disso e talvez dependa. Não ouso olhar para trás, consigo sentir que eles estão perto e correndo tanto quanto eu.

A floresta não é um terreno que estou familiarizada, não faço a menor ideia de onde estou indo e nem se há uma local seguro que eu possa me esconder. Minha respiração descompassada se alia ao medo para me sufocar impiedosamente, minhas pernas passam a latejar e ameaçam falhar quando mais preciso. Me amaldiçoo por não ter praticado mais exercícios físicos enquanto podia, minhas inconsequências estão sendo cobras hoje com taxas altíssimas. Ouso dizer que os pecados estão nessa cobrança também. Desisto da linha reta e passo a correr para esquerda, quase tropeçando em algumas raízes.

Paro por um instante para recuperar o fôlego que já estava escasso há alguns segundos, escondo-me em uma arvore larga e encosto a cabeça nela, repondo todo o ar necessário. A cabeça gira e pulsa, como uma bombas prestes a explodir. Escuto passos se aproximando, lavando o meu coração a disparar ainda mais desesperado, levo uma mão a ele e aperto o peito torcendo para que isso diminua sua frequência.

Raízes e outras plantas crescem diante dos meus pés, o enroscando. Tento soltar, arrancando com toda minha força as raízes que não param de crescer e me prender no chão. Consigo me soltar com muita luta, torno a correr o mais rápido possível. 

Olho por cima do ombro, um deles esta bem atrás de mim, sem nem sequer correr. Com as mão estendidas ele parece controlar todas as raízes do chão que voam ferozmente na minha direção. O medo triplica, os olhos se arregalam e minha respiração é audível. Meu pé esquerdo é puxado com força, o chão duro me encontra e por ele sou arrastada, todo meu corpo arde com o atrito, como se mil lâminas simultâneas arranhassem minha pele. Sinto meu rosto ser cortado diversas vezes. Tento me segurar nas coisas que encontro no chão, mas de nada adianta, a força com que sou arrastada é absurda.

As raízes me suspendem no ar com a cabeça para baixo, o homem se aproxima e difere alguns golpes na minha barriga e rosto. Os grunhidos de dor são inevitáveis, o gosto de ferro pela boca me causa enjoos e sua quantidade expelida me assusta. Nunca estive numa briga, não sei o que fazer e nem o que eles querem de mim. O medo perde seu posto e a dor passa ser predominante. 

De um segundo para o outro as raízes somem, voltando ao seus devidos tamanhos e lugares e meu corpo se choca com o chão duro outra vez. O homem se põe em cima de mim e suas mãos envolvem meu pescoço, tento me livrar delas, mas de nada adianta. Minha boca abre e fecha varias vezes, suplicando por ar.

Pelo canto dos olhos vejo algumas raízes voltando, envolvendo meu corpo, enquanto minhas mão estão livres as levo no rosto do agressor, consigo arrancar sua mascara e percebo que se trata de uma mulher de cabelo verde. Minhas mãos encontram seu rosto e a única coisa que desejo é que tudo isso acabe, que as raízes me soltem e que essa mulher desapareça.

Uma parte de mim acredita que nada disso vai acontecer e que agora é meu ultimo segundo na terra, mas outra luta para me manter acordada e com resquícios de força.

Uma onda estranha invade meu corpo, queimando de dentro para fora. O fogo dançando com linhas elétricas pelas minhas veias. A mulher parece perceber algo errado comigo, então afrouxa um pouco as mãos. A sensação cresce cada vez mais até chegar ao seu ápice, a vontade de gritar para extravasar a dor e a sensação de estar sendo queimada e eletrocutada por dentro é absurda. Todo meu corpo contorce e lágrimas aos montes descem e encontram meus ouvidos.

De repente tudo desaparece dando lugar a adrenalina e uma dor cortante por toda minhas costas, como se ela fosse rasgada lentamente por milhares de unhas de gatos. Minhas mão formigam na pele da mulher, sinto como se estivesse sugando toda sua vitalidade, meu braço fervilha com o poder que parece correr pelas minhas veias. Ela me solta e dá um salto para trás, expressando puro terror. As raízes sumiram rapidamente e o ar encontra meus pulmões.  

     — O que você fez comigo?! — perguntou ela em tom baixo, olhando para suas mão incrédula.

Ela parece gesticular para que as raízes me cerquem de novo, no entanto nada parece acontecer e sua boca se abre apavorada. Lágrimas brotam em seus olhos e seus joelhos despencam no chão, aproveito o momento para tentar fugir.

Não faço a menor ideia do que acabei de fazer, mas agradeço por ter acontecido, não sei por mais quantos segundos aguentaria. Corro de forma desajeitada, tropeçando em quase tudo por causa da minha visão turva. 

Minhas pernas vão perdendo a pouca força que lhes restava, meu ritmo cai e paro me apoiando nas coxas. Olho a minha volta e tudo aparenta estar tranquilo, deixo o corpo desabar na pedra, minhas pernas latejam pedindo por misericórdia. Com o polegar e o dedo indicador aperto o espaço entre os olhos, minhas bochechas se aquecem com as lagrimas que teimam em cair. Analiso a situação. Minha barriga esta completamente arranhada, ardente, e nela ainda encontro vestígios do solo que fui arrastada. As roupas estão surradas, logo o tecido irá ceder. Minhas mãos estão deploráveis, em carne viva, com cortes feios e sangrentos.

Levanto a cabeça, o sol esta ganhando mais forças. Seco minhas lagrimas e ponho-me em pé, acabo cambaleando para frente com a pequena falha do meu corpo. Sigo o caminho apoiando nas arvores, não quero correr o risco de cair mais uma vez. 

Gostaria de saber onde está Maelle, aquele poder esquisito dela seria ótimo agora, não teria que correr e nem sofrer danos físicos — sem contar o enjoo que ele causa.

⊰•⊱

A noite chegou em completo silencio. Senti cada hora passar, me torturando com a fome, sede e exaustão. Não fui perseguida desde o incidente com a garota das raízes e não consegui achar nenhum lugar para poder me sentir segura, no entanto, já faz um tempo que escuto o barulho de água e venho seguindo-o. Posso não ter um local seguro, mas pelo menos terei água para me reidratar. O som se intensifica a cada passo e enfim consigo vislumbrar da água correndo em um canal largo. Um riacho. Aproximo em passos apressados, sedentos pela energia que a água traz.

Ajoelho-me e formo uma concha com as mãos, bebo tudo como se não a consumisse há décadas. Meu momento de alegria acaba rapidamente com o barulho de algo correndo bem atrás de mim, por instinto olho para trás.

Entre as árvores uma nevoa branca caminha na minha direção e o ar frio me abraça. Eles me encontraram. A nevoa fria deixa rastros brancos pelas árvores e o solo, tudo a minha volta se tornou frio. Meus dentes começam a bater, meus ossos tremem frenéticos.

Atiro-me na água sem pensar na profundidade. O que começou no tornozelo, progrediu para as coxas e com um passo em falso sou engolida pela agua traiçoeira, tento retornar a superfície, mas a água parece me puxar cada vez mais para baixo. Luto contra as forças ocultas da água, minhas mãos encontram uma película gélida no topo.

A agua congelou? penso desesperada.

Minhas mãos socam a película que não cede, um trajeto de sangue forma na agua gélida. Meu peito sobe e desce desesperado, o ar parece ter se acabado, luto para me manter consciente — o que foi em vão.

Antes de tudo acabar para mim, vejo três pontos de luzes estranhas, ao longe, quase inexistente na escuridão da água. Uma vermelha, verde e a outra amarela. Elas me chamam, vozes estranhas sussurram por todos os cantos.

Se lembre... Se lembre...
Maelle... Maelle...
O poder... O poder...

A imagem da campina me vem; a grama verde que vai ate os tornozelos, flores silvestres por toda parte, o céu claro com poucas nuvens decorando, o vento suave acariciando meu rosto, o trailer cinza e comprido da Maelle. Então desejei nunca ter saído de casa.

Meu corpo inicia uma formigação intenção, como se todas a células decidissem se manifestar contra mim. Numa certa parte das costas outra dor corte. Um impulso passou pelo meu corpo, que o fez arrepiar completamente.

A agua parece não me envolver mais, o ar puro da floresta invadem minhas narinas e todo meu organismo me agradece. Minhas pernas falham e caio de joelhos no chão, minhas mão se apoiam e água armazenada nos meus pulmões é expelida. Tudo em mim parece estar fora do lugar, quebrado e encaixado de forma errada, cada centímetro dói em protesto.

Jogo-me para o lago, deixando a grama me envolver. Abro os olhos e as estrelas me cumprimentam.

O que acabou de acontecer? penso deixando todas as lagrimas saírem.

     — Você foi ativada — disse uma voz desfigurada que não consigo reconhecer, meus ouvidos ainda estão com agua. — O que me intriga é você ter a mesma individualidade que eu... — disse a pessoa bem próxima de mim.

Uma lembrança vaga revoa minha memória. É necessário um alto nível de estresse e adrenalina, uma situação de quase morte para ativar sua individualidade. Maelle me disse isso ontem. Isso tudo é por causa dela.

Filha da puta! pensei antes de permitir que a escuridão tome conta da minha consciência.

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| CAPÍTULO NÃO REVISADO |

Espero que gostem <3
Não se esqueça de deixar sua estrelinha, ela me ajuda muiito. Se não for muito incomodo, deixe seu comentário me contando o que achou, ficarei muito feliz em ler sua opinião.

Enfim Samantha foi ativada, daqui pra frente as coisas começarão a ficar intensas e perigosas, a realeza está prestes a dar as caras. O que vcs esperam deles?

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