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Capítulo 13 | Sobre uma correspondência inesperada

Três anos antes.

Semanas posteriores ao "baile de um ano".

O Palácio da Coroa era até que bem antigo.

Mas dizer isso seria quase como enunciar uma tautologia, uma obviedade: bastava com observar as paredes desgastadas, os ornamentos há muito passados de moda, entre outras coisas. Não, é claro que dizer que ele era antigo não bastaria. Precisaria estudar o ano em que foi construído, as técnicas utilizadas em sua construção, os contextos históricos e políticos daquela era. Os de trezentos anos atrás. E então – só então – poderia ter o direito de afirmar que ele era antigo.

Kinsey estava entediado nas aulas daquela manhã. O tutor desse assunto era um professor de meia-idade que lecionava também na universidade de Kalori (sabe-se lá qual disciplina; não estava particularmente interessado em descobrir), e que vivia, de alguma forma, encontrando uma forma de elogiá-lo pelas respostas "assertivas e muito bem ponderadas". O rapaz sabia, é claro, qual o motivo por trás daquela conduta. E qual outro poderia ser, senão o fato de estar ensinando ao próprio filho do Estigma?

Esse era, claro, mais um motivo para ficar entediado. Isto é, esses jogos de interesses que nunca davam uma trégua.

Kinsey e o tutor estavam no jardim do Palácio. Entre as sebes, canteiros de flores espiraladas ou com o formato de bolhas transparentes (haviam outras ainda mais estranhas), estava sendo realmente difícil prestar atenção ao monólogo dele sobre a queda de Wextainham e os primórdios da fundação de Kalori. Havia coisas muito mais interessantes acontecendo ao redor. Como o ruído da tesoura do jardineiro, a alguns metros dali, ou a sombra que o fragatabranco fazia ao passar voando bem acima de sua cabeça, abatendo escamaemplumados em pleno ar. Garrinha, diferente dele, parecia estar se divertindo.

Por isso, foi com alívio que o rapaz recebeu a chegada de "J1", a menina de recados do J. Nunca, ao longo desse ano morando no Palácio, chegara a perguntar a idade dela, mas supunha que devia ter uns oito anos. J1 trazia um bilhete entre os dedos.

– Esse bilhete é para mim? – perguntou Kinsey à menina morena.

J1 escondeu o papel atrás da saia de criada que usava.

– Não é não, espertin... Digo, jovem Sesselência! – Ela lançou um rápido olhar em volta, como se certificando-se de que ninguém havia presenciado o seu erro. – Jovem Excelência – corrigiu-se, e acrescentou num tom mais travesso: – É uma receita de torta de leanberry, para a mamãe fazer. Mas sem leanberry!

– Isso parece muito bom, mas... onde conseguiu?

– Eu achei jogado por aí, em algum lugar...

Kinsey pensou que ela provavelmente estivera enchendo a paciência do cozinheiro durante um bom tempo, como sempre fazia quando queria alguma coisa, mas não disse nada. O tutor vestia a sobrecasaca para ir embora; depois de tantas vezes, naturalmente já devia relacionar a chegada da menina ao fim do seu horário daquele dia. Até então, Kinsey via que essa lógica sempre se mostrava certeira.

– Certo, então – ouviu-o dizer –, nos vemos em cinco dias, jovem Excelência.

O rapaz murmurou uma despedida e se dispôs a acompanhar a menina de recados.

– O sesselentíssimo senhor Lowald Gran... O Excelentíssimo... O almoço... – disse J1, interrompendo a si mesma. Seguiam através de um caminhozinho de pedras, que serpenteava através da grama baixa, das sebes e canteiros de flores, rumo ao Palácio. Kinsey lembrava de ter se perdido muitas vezes nesse jardim, ao longo desse ano, até aprender qual caminho levava a qual lugar. O jardim era imenso, e havia muitos caminhos de pedra como esse. Certa noite, terminara perdido no pomar de roçares-de-chuva, e passara um bom tempo até que os criados o encontrassem e mostrassem o caminho de volta. No dia seguinte, Lowald se encarregara de fazê-lo memorizar todas as rotas do jardim, suas origens e destino. Não mais havia se perdido desde então.

– Devia chamá-lo apenas de Lowald. Ele não se incomoda.

– Não! – A menina pareceu assustada pela sugestão. – Não... O mestre Jarren não deixa...

Então, se deixasse, ela o chamaria assim?, pensou Kinsey, mas não expressou aquilo em palavras. Algum tempo depois, chegavam à porta de entrada do Palácio.

O Palácio que era até que bem antigo.

J1 se despediu com um aceno tão rápido que mal poderia ser chamado disso, e saiu correndo em outra direção, provavelmente para encontrar com o J. Kinsey a observou se afastar, e quando teve a certeza de que ela não voltaria dizendo que havia esquecido de lhe dar o recado (essa era outra das coisas que aconteciam com certa frequência), entrou. No vestíbulo, alguns criados o esperavam.

– Jovem Excelência, o almoço está para ser servido – disse um deles, ajudando-o a tirar as botas e trocá-las por pantufas.

Kinsey, que já sabia disso, assentiu.


No salão das refeições, encontrou Lowald. Sentado numa extremidade da mesa, o Arquiduque lia um jornal à luz do dia que entrava pelas altas janelas. O brilho vinha de todas as direções: das bandejas, talheres e castiçais bem polidos, já posicionados sobre a mesa; dos lustres em formato de flor, que pareciam congelados no espaço. O ar do salão, como em todo o restante do Palácio, estava infundido de um sutil aroma floral, por pouco perceptível.

Assim que Kinsey sentou no seu lugar, na outra extremidade da mesa, um lacaio encheu o seu copo com suco de roçar-de-chuva. Outro surgiu de uma porta anexa, trazendo a entrada numa bandeja.

– E então? – ouviu a voz de Lowald perguntar de repente.

– E... então?

– "Como tudo que surge sob o sol, mingua sob a sombra." – recitou o Arquiduque, em tom de declamação. – "Das profundezas, o germe. Pequeno, cresce enquanto ascende. No zênite do tempo tangem-se os dois mundos."

Kinsey coçou o queixo, forçando a memória.

– Isso é... Henóuran, a Poetisa? A do Rito Laranja? – Pensou um pouco mais. – Era isso que o senhor estava me perguntando?

– Não – disse o velho homem, e sorriu –, é só que lembrei do verso enquanto lia a terceira página deste jornal mequetrefe. Um artigo talvez um pouco enviesado sobre a Ilha dos Escavadores. Mas nada muito diferente do esperado, se considerarmos que o editor-chefe é um Continentalista convicto. Ainda que os dois partidos tenham ficado mais próximos, ultimamente...

Das muitas coisas que Kinsey estava aprendendo a não gostar sobre o seu pai adotivo, essa certamente seria uma das primeiras a ser lembrada. Por que ele tinha que ficar falando através de códigos, metáforas e analogias obscuras? O rapaz nunca sabia se estava sendo testado, ou sendo vítima de mais um dos monólogos dele. Era enervante. Não seria muito mais fácil falar de forma direta? Por que, afinal, o que o Partido Continental tem a ver com uma poetisa de seiscentos anos atrás?

Decidido a não pensar muito nisso, pegou a colher e começou a refeição. Teve que esperar um pouco; a sopa de legumes e carne seca estava ainda bem quente.

– Na verdade, estava me referindo às suas lições de agora há pouco – comentou Lowald, esfriando a sopa com o sopro e fazendo uma careta.

– Foi... interessante – mentiu o rapaz. – Aprendi várias coisas – Essa última parte não era mentira, mas estava omitindo o fato de que achara uma bobagem tudo o que aprendera. E que estivera a um passo de dormir ali mesmo, no jardim. Obviamente, não podia expressar isso em voz alta.

– Você odiou tudo. Ficou aliviado quando mandei a menina chamá-lo.

Kinsey tossiu, sentindo que engasgava com a sopa. Na outra ponta da mesa, o Arquiduque o encarava com um sorriso irônico.

– Vá com calma, jovem. Não é como se a sopa de repente fosse sumir daqui...

– Não é... – murmurou o rapaz, ainda limpando a garganta. – Não é para tanto... Digo, as lições.

– Admitir só faria bem à sua saúde. Ao equilíbrio das suas essências, usando um termo dos lenkinistas – Lowald gesticulou com a colher no ar. – Isso. Isso mesmo. Agora você está pensando "Como é que ele sabe? O velhote sabe ler pensamentos?". Mas essa habilidade (me dói admitir), não a tenho – Voltou a mergulhar a colher na sopa. – De qualquer forma, dificilmente creio que um Arquiduque que portasse uma anomalia como essa fosse muito bem visto.

Pensando que seria mais produtivo comer do que discutir com Lowald, Kinsey terminou a sopa de uma vez. Quase ao mesmo tempo, um outro criado apareceu para substituir o prato vazio por um braseado de focinho escavador (com molho de bagas e folha-ardente, explicou rapidamente o sujeito). E pães. Na metade daquilo, o rapaz já estava com dúvidas se conseguiria terminar tudo.

O Arquiduque ainda assoprava a própria sopa.

– Ah – disse Kinsey de repente, lembrando de algo –, naquela noite uma mulher me disse que vinha tentando ter audiências com o senhor, mas que o J negava os pedidos dela, ou algo assim. Pediu que eu mandasse saudações dela.

– Dela, quem?

– Eu não sei o nome dela. Só lembro que tinha certa idade, mas conseguia disfarçar bem. Ela tinha... Hmmm, o cabelo dela estava amarrado em vários coques. Quase como se fosse uma segunda cabeça, acima da primeira.

Lowald pareceu refletir alguns segundos, antes de dizer:

– Tenha cuidado com aquela mulher, Kinsey.

E não disse mais nada. De novo.

O rapaz guardou silêncio. Guardou também o ressentimento bem fundo dentro de si, sabendo que não poderia dar vazão a ele. Afinal, não era ele o seu "salvador"? Não fosse por ele, provavelmente (certamente) ainda estaria apodrecendo naquela oficina, oferecendo as suas habilidades como mecanoengenheiro aprendiz por um preço irrisório. Como todos os outros, verdade seja dita. Mas os outros não sofriam tanto por causa do mal-humor do chefe; na verdade, juntavam-se ao sujeito para zombar do rapaz.

Nunca entendera bem o motivo. Certo, não bajulava o chefe, nem saía para beber e visitar bordéis com os outros aprendizes e empregados. Mas fazia o seu trabalho sem reclamar, e, diferente dos outros, não poderiam acusá-lo de roubar peças para revender. E então?

Ficou um pouco menos ressentido ao comparar Lowald com Daxcett. O Arquiduque podia bem não explicar nada, ser um poço de segredos que mais confundia do que ajudava, mas ao menos nunca havia lhe dado uma surra. Nunca havia jogado garrafas vazias de cerveja de frutos em sua direção. Nunca o havia olhado como se fosse a razão do fracasso do outro, algo que o próprio mundo havia errado em conceber. Não... com Lowald podia até mesmo ocupar o mesmo espaço, sem que isso terminasse numa briga ou ofensas mútuas. Ou ambos.

Ainda assim, essa insistência dele em manter segredo de tantas coisas o incomodava.

– Por falar naquela noite – comentou o Arquiduque, de repente –, depois tenho algo que quero que veja. Ainda não consegui definir nada a respeito.

– E o que seria isso?

– Depois, depois – O Arquiduque fez um um gesto de paciência com a mão. – Por hora, concentre-se em terminar esse braseado e, após este, a sobremesa. Você está indo muito bem.

Kinsey deixou escapar um gemido queixoso, mas continuou comendo. Quando sentiu que estava prestes a explodir, já havia engolido o último pedaço.

– Você recebeu uma correspondência mais cedo – explicou Lowald, tirando de dentro do fraque uma carta selada. – Foi G quem a trouxe para mim. Não quis interromper a sua aula para entregá-la, e é por isso que estamos aqui, agora – O aqui/agora dele se referia ao jardim, onde os criados haviam lhes trazido duas cadeiras acolchoadas para que a digestão do almoço não fosse interrompida. Estavam entre a imensidão azul do céu, e a imensidão verde do jardim. Ao menos, Kinsey gostava de sentir a brisa do vento no seu rosto. Garrinha, que já descera dos céus para aninhar-se ao lado dos dois, também parecia gostar.

O bico do fragatabranco se aproximou da carta para cheirá-la, quando Kinsey a recebeu de Lowald.

– Quem me mandaria uma correspondência? – estranhou o rapaz, virando-a. – Não tenho ninguém com quem... – No mesmo instante, seus olhos encontraram o nome do remetente, assinado na parte traseira do envelope. Negou-se a acreditar no que via.

– A marca de beijo deve ser obra da cortesã. Provavelmente.

– Por que esse maluco me mandaria uma correspondência? – Ao lado de uma marca de beijo, surgia a assinatura de Woffrey. Algo próximo de "W.F.R.Y. Tulling". Kinsey franzira as sobrancelhas. – Mal nos conhecemos!

– Talvez seja esse o motivo – Lowald alisava o bigode, parecendo pensativo. – Não sei, admito que isso também me pegou de surpresa.

De repente, aquilo o fizera lembrar da noite de algumas semanas atrás. Sentiu vergonha por ter lembrado. Havia... havia visto e ouvido algumas coisas um tanto inadequadas para um baile de salão; não só isso, como fora convidado a participar, também. Sempre se recusara a beber, mas aquela noite havia bebido. Bastante. Sabe-se lá o que mais fizera no meio tempo, não conseguia (e nem queria) lembrar. E aqueles dois foram os protagonistas disso.

Kinsey afastou esses pensamentos receosos, dispondo-se a abrir a carta. Não podia dizer que esperava, mas não parecia totalmente incoerente (considerando o pouco que agora conhecia de Woffrey) que fosse um convite. Dizia apenas: "Venha à minha casa, Kin. Isso é um convite.". Nenhuma introdução ou despedida formal, como mandava a etiqueta. Apenas isso.

À sua esquerda, Lowald havia esticado o pescoço para ler também.

– Kin? – perguntou, num ar de nítida confusão.

– Acho... acho que a cortesã dele estava me chamando por esse apelido. Eu não lembro de ter concordado com isso.

– E então? O que planeja fazer? – Kinsey se voltou para ele, ainda mais confuso. – Ora, não me olhe assim; o convite não é para mim, é para você. A escolha é totalmente sua. Ainda que, se me permite dizer, seria uma boa escolha aceitar.

No fundo, o rapaz estava esperando que o Arquiduque dissesse que não poderia ir. Já o ouvira dizer que Woffrey era um sujeito que não valorizava de forma alguma as regras e a tradição, e isso (vindo de Lowald) não era um elogio. Algo não encaixava.

– Para ser sincero, eu não quero aceitar – respondeu Kinsey, vendo que o outro guardara silêncio propositalmente. – Mas o senhor não vai me deixar recusar qualquer deixa para a socialização, estou certo?

Por baixo do bigode loiro, Lowald esboçou um sorriso de falsa inocência.

– Eu não sei do que está falando, jovem – murmurou, enquanto acariciava as costas peludas de Garrinha.


Na sala de roupas, ficou se sentindo um idiota em meio aos armários e espelhos, enquanto os valetes o vestiam peça por peça para a ocasião. Camisa branca de babados, écoht (o pomposo casaco) de veludo, preto, calças, botas. Desejaria ter recusado com mais firmeza.

Então, eles terminaram.

Kinsey alcançou o portão de frente do Palácio, onde o sr. G o esperava. Ao lado de um veículo bizarro de duas rodas que cuspia fumaça e vomitava subprodutos de aquacristal no calçamento. As pessoas na rua paravam para vê-lo. Por mais interessante que parecesse aos seus olhos de ex-aprendiz de mecanoengenheiro, não estava com humor para perguntar sobre ele.

– É um protótipo, projetado especialmente para os relevos íngremes da nossa cidade – explicou o sr. G, com naturalidade enervante. – Pelo amor de Lenkin, espero que não estrague no meio do caminho.

Kinsey se sentiu um idiota em silêncio, enquanto o estranho e barulhento veículo transpunha as ruas do distrito Ponta Rochosa, a caminho da mansão dos Tulling. Definitivamente, devia ter recusado com mais firmeza.

***

Lowald ainda apreciava a companhia do seu fragatabranco, no jardim, quando J surgiu de trás de uns arbustos. O sujeito trazia uma pasta nas mãos e uma expressão neutra no rosto. As penas de Garrinha se ergueram por um instante, como se alarmadas pela aparição repentina, mas baixaram em seguida.

– Senhor – disse J, oferecendo a pasta ao Arquiduque.

Lowald olhou para ele, para o objeto, para a bela tarde que se desenrolava ao seu redor, e ladeou a cabeça.

– O irritaria muito se eu admitisse que estava esperando um tabuleiro de Casco e Canhão ao invés disso? – perguntou.

– Eu sou um péssimo jogador, senhor. Onde está o seu filho?

– Acabou de sair, acabou de sair – suspirou o Arquiduque, e se recostou ainda mais no espaldar da cadeira. – Venho tendo a impressão de que o meu tempo livre está cada vez mais recorrente, nestes últimos anos. Isso me incomoda. Embora não tanto como antes imaginava que me incomodaria, admito.

J balançou sutilmente a pasta documentos.

– Sim, eu sei – concordou o velho Estigma. – Não é como se o trabalho já tenha me deixado por completo.

– É um documento importante – constatou J, enquanto Lowald a abria. – Se refere ao testemunho daquele ex-operário que o senhor me pediu há duas semanas. Aquele que sabotou a lavanderia "H22", há oito anos.

– A de Torre Marinha?

J assentiu com naturalidade.

– O mais difícil foi localizá-lo – explicou. – O infeliz erva ruim se mudou muitas vezes desde o Dah Geri das Casualidades. Estrado, Desterro, Estilhaço, Raízes... No final, terminou alugando um apartamento em Fragatas. Quando o encontramos, não foi necessário muito esforço para fazê-lo confessar.

– Ótimo – disse Lowald, enquanto passava os olhos pelo relatório que J acabara de sintetizar. Guardou-o de volta na pasta, e a entregou de volta ao mordomo. – Bom trabalho, Jarren.

J fez uma reverência e deu meia volta, desaparecendo entre os arbustos, a pasta sob o braço.

Lowald sentiu a brisa acariciar os seus cabelos, que agora começavam a ficar mais frágeis e ralos. Fazia mesmo uma bela tarde. Do vento que balançava os talos das flores que os seus antepassados cultivavam no jardim, do reflexo do sol na umidade das folhas, do cheiro adocicado de flores e do mar distante, tudo dava uma sensação de paz. Paz. Os aeróstatos da Companhia Fenbram – esta, o motivo para a sua falta de paz – estavam bem longe, no alto do céu: manchas coloridas, alongadas, quase ignoráveis. Até mesmo as voláteis nuvens de shinne pareciam mais relevantes do que eles.

Naquela tarde, podia até mesmo pensar que tinha alguma importância no grande esquema das coisas. Ao menos, ter a sensação.

Lowald voltou o olhar para o Palácio. Um sorriso triste surgiu nos seus lábios finos. A verdade é que estava velho. Talvez não vivesse o suficiente para ver a conclusão definitiva dos seus intrincados esquemas. Mas que dera o pontapé inicial, isso não se podia negar.

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