Após o almoço, como de costume S/N ajudava sues pais com a limpeza da cozinha, secando a louça, enquanto Muto limpava a bancada e a mesa e Sanzu o fogão.

—Pai, eu posso levar a minha Barbie?

—Claro que pode meu amor. — disse Sanzu e deu um beijo na testa da filha. —Só não pode esquecer ela na casa dos seus padrinhos viu?

—Pode deixar comigo. — ela disse e sorriu.

S/N após secar toda a louça a guardou no armário e em seguida foi até o banheiro para escovar os dentes como ela sempre fazia.

Haruchiyo terminou de limpar o fogão e quando estava terminado de limpar a pia, sentiu Muto pressionar o seu corpo e apertar sua cintura.

—Argh Muto. — ele disse e sorriu.

—Você gosta não é, Haru? — disse o maior e em seguida distribuiu beijos em seu pescoço.

—Assim não... — disse Sanzu manhoso.

—Sim sim, assim sim.

Sanzu segurou a beirada da pia com força e arqueou as costas e revirava os olhos com os toques do Muto. O clima se quebrou quando a S/N apareceu na cozinha.

—Eu acho... pai?

—Oh querida! — disse Sanzu arrumando a postura. —Me desculpa. O que você disse?

—Eu disse que acho que o padrinho Rindou chegou. Tem um carro lá fora, parece ser ele.

Haruchiyo se afastou de Muto e olhou pela câmera de segurança, e viu que no lado de fora da casa tinha uma BMW 320 i branca, o carro do Rindou Haitani.

—Eu atendo. — disse Muto.

S/N olhou para Sanzu meio sem graça e disse:

—O que vocês estavam fazendo?

—Nada demais. E isso é algo que você não deveria nem querer saber.

—Por que não?

—Isso é coisa de adulto.

—Por que vocês adultos são tão estranhos?

Quando Sanzu ia responder, ele agradeceu mentalmente quando Rindou apareceu ali e espantou a dúvida da garota.

—Cadê a minha princesinha da Kanto?

—Padrinho Rinrin! — ela disse e foi correndo em sua direção e o abraçou.

—Como você está? Está pronta para ir se divertir de montão? — ele disse e deu um beijo na testa dela.

—Eu estou bem e pronta! Cadê o padrinho Ran?

—Ele não veio para poder organizar uma coisa bem legal para nós lá em casa.

—Não me diga que é...

—Salmão grelhado? Sim senhorita.

—Eba! — ela disse animada.

Rindou sorriu e disse:

—Cadê a bagagem dela?

—Está aqui. — disse Sanzu entregando a ela uma bolsa grande. —Tem tudo o que ela precisa, caso falte algo eu levo para ela.

—Que nada. Se faltar alguma eu compro para ela não é? — ele disse e acariciou o rosto da afilhada. —Vamos baixinha? O Ran está super animado e ansioso.

—Vamos! — ela disse animada. —Mas antes, eu preciso fazer uma coisa. — ela disse e deu um abraço e um beijo em cada um dos seus pais, tal ato fez Rindou sorrir.

—Cuida bem dela Rindou. — disse Sanzu ainda abraçando a filha. —Caso contrário eu decapito você e o Ran.

—Relaxa, ela estará em boas mãos. — ele disse e sorriu. —Vamos?

S/N correu em direção a Rindou e em seguida todos forma até a parte de fora da casa. O Haitani mais novo colocou a bagagem dela no porta malas e S/N se sentou no banco do passageiro ao lado do motorista e colocou o cinto de segurança.

—Se divirtam! — disse Muto.

—Pode deixar, S/N vai se divertir até cansar, eu tenho total certeza disso. — disse Rindou ao entrar no carro. —Aproveitem a noite de vocês.

Sanzu e Muto sorriram e observaram o carro sendo manobrado, Rindou buzinou e aos poucos a BMW se afastou. Quando sumiu do campo de visão deles Sanzu respirou fundo e disse:

—Ainda me dói ver a nossa filha longe da gente.

—Calma meu amor. Ela está com os Haitani, ela estará bem. — disse Muto assim que fechou o portão. —Não precisa se preocupar. — ele disse e abraçou Sanzu. —Agora a pergunta que não quer se calar é, aonde você quer ir hoje a noite?

Sanzu olhou para ele, sorriu e disse:

—O homem que deve impressionar a sua mulher, não é? — ele disse e envolveu seus braços ao redor do pescoço dele. —Portanto, quero que você impressione a sua mulher, seja criativo e me impressione, Muto.

Yasuhiro sorriu bobo e disse:

—Assumiu que você faz o papel de mulher e eu de homem?

—Tecnicamente sim. — disse Sanzu e acariciou o peitoral dele. —Eu assumo que você é o homem e eu sou a mulher da relação. Portanto, quem manda na relação sou eu.

—Tão mandão, oops, digo mandona.

Haruchiyo puxou Muto pela camiseta e disse:

—Fica xiu e me obedece.

—Como quiser, princesa.

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No carro do Rindou, S/N curtia a música "Closer" do The Chainsmokers. Era comum toda vez que ela entrava no carro dos seus padrinhos, eles deixavam ela comandar as músicas que iriam tocar.

—Padrinho?

—Sim?

—Eu gosto de passar o tempo com você e o Ran, vocês são divertidos.

—Fico feliz por ouvir isso. — ele disse e sorriu.

—Vocês conhecem os meus pais a quanto tempo?

—Hmm deixa eu ver... uns 6 anos. Faz bastante tempo. Gosto muitos dos seus pais.

—Amo meus pais. Cada um tem um jeitinho diferente. O papai Muto é bem passivo e conselheiro, seu defeito é que ele é controlador quando quer. Agora meu papai Sanzu é protetor e bem mente aberta, más ele é muito paranoico e agressivo as vezes, da um pouco de medo.

Rindou deu uma risada baixinha e disse:

—Você não precisa ter medo dos seus pais, nem mesmo do Sanzu. Por mais que ele dê medo as vezes, ele te ama muito e só quer o seu bem.

S/N olhou para a paisagem e em seguida disse:

—As vezes eu fico imaginando, e se eu não tivesse sido adotada por eles? Será que eu ainda estaria no orfanato? Ou eu teria uma vida diferente com outra família?

Rindou arrumou o óculos e disse:

—Vou te dizer uma coisa e quero que você leve isso para toda a sua vida, ok?

—Ok.

—Eu e o Ran, somos órfaos. Nossos pais nos largaram em um orfanato em Roppongi, éramos duas crianças. Meu irmão era uma criança cuidando de outra criança. Ele cuidou e ainda cuida de mim como se fosse um pai sabe? Por muito tempo da minha vida eu pensava o mesmo que você. "E se nós tivéssemos sidos adotados?", "Nós teríamos uma vida melhor? Diferente?". — ele disse e parou em um semáforo. —Mas depois de um certo tempo eu compreendi que cada um de nós temos um destino. O meu destino era não ser adotado e permanecer ao lado dele, se caso fôssemos adotados, nós poderíamos não ser tão felizes e correríamos o risco de nos separar, caso o casal quisesse ficar apenas com um. — ele disse e olhou para ela. —O destino olhou para você e escolheu o Sanzu e o Muto para serem os seus pais, eles te amam, te protegem e eu tenho total certeza de que eles são as pessoas que mais vão querer o seu bem. E olha, particularmente? Eu daria de tudo para ter pais assim como você tem. Você é uma garota muito sortuda sabia? Você até poderia ter sido adotada por outra família, mas pode ser que você não fosse ser tão feliz e amada quanto você é com eles.

S/N se emocionou com as palavras do seu padrinho, sentiu lágrimas escorrerem em seu rosto e disse:

—Obrigada por me dizer isso padrinho.

—Não precisa agradecer. — ele disse e secou as lágrimas dela. —Sabe que pode contar comigo, não sabe?

—Sei.

Rindou deu um beijo na testa dela e disse:

—Você pode ter certeza de que você é muito amada, não só pelo seus pais, mas também por mim, pelo Ran e por todos a sua volta. — ele disse e bateu a ponta do seu dedo indicador no nariz dela. —Não tenha dúvidas disso.

S/N sorriu boba com o comentário, Rindou tinha razão e ela concordou plenamente com isso, afinal, quem não daria de tudo para ter pais, padrinhos e pessoas que te amassem e te protegessem mais do que tudo?