Muto dirigiu a pressas para o templo Musashi Shrine, não sabia qual era a urgência do Sanzu e muito menos sabia o que ele estava fazendo ali, más uma coisa ele sabia, precisava saber o que estava acontecendo com o Sanzu.

—Pai, será que ele está bem? — disse S/N aflita.

—Fica tranquila meu amor, se ele ligou é porque ele deve estar bem lá no templo. O que não entra na minha cabeça é o que ele está fazendo lá. — disse Muto fingindo um sorriso.

—É isso está na minha mente também. — disse S/N enquanto tirava o cinto. —É aqui? — ela disse apontando para o lugar.

Muto sorriu e disse:

—É aqui mesmo. A moto do Haru está ali. — ele disse e apontou para a moto estacionada na frente do templo.

—Vamos lá né pai. Eu estou curiosa.

Yasuhiro saiu do carro assim como a filha, ele colocou a mão no ombro dela e juntos eles subiram as escadas do templo. S/N sorriu ao observar o lugar, era muito bonito.

—Foi aqui que eu e seu pai nos conhecemos.

—Esse lugar é lindo. — ela disse olhando as lindas árvores de cerejeira. —Aqui era o que?

—A antiga sede da Toman. A gangue da qual eu e ele éramos da quinta divisão.

S/N se aproximou mais do seu pai e disse:

—Eu já disse que você e o meu pai Haru formam um casal muito bonito?

—Oh querida, obrigado. — ele disse e deu um beijo na testa dela.

S/N subiu as escadas do templo abraçada com o seu pai, e assim que eles terminaram de subir as escadas, eles viram uma pessoa parada de costas para eles, vestindo um terno roxo e com os cabelos rosa chiclete se balançando com o movimento do vento.

—Haru? — disse Muto.

Sanzu abriu um sorriso e sem se virar disse:

—Que bom que vocês vieram. Tenho muita coisa para perguntar e dizer.

—Tipo o que pai? — disse S/N.

Haruchiyo foi se virando aos poucos e assim que ficou de frente para eles, seu coração se disparou assim que ele viu a sua família ali. A sua amada filha e a pessoa que ele escolheu entregar a sua virgindade e se casar.

—Haru... — disse Muto em choque e emocionado assim que viu ele vestido com a roupa que ele mais amava, o emblemático terno roxo.

—Não precisa me chamar apenas de Haru. — disse Sanzu dando alguns passos e ficando próximo deles. Ele olhou para Muto, envolveu os braços ao redor do pescoço dele e sorriu, destacando suas cicatrizes e piercing. —Eu sou a sua mulher, lembra?

Yasuhiro franziu cenho e mesmo com a voz embargada devido ao choque disse:

—Haru... você se...

—Lembra? — ele disse e se aproximou mais, deixando os rostos mais perto. —Demorei para me lembrar das coisas, más eu jamais poderia me esquecer de você, amor. — ele disse e sorriu de forma alegre. —Eu te amo.

Muto segurou a cintura dele e o beijou, sendo retribuído de uma forma calorosa e sedutora por Sanzu, que pediu permissão para que as línguas se enrolassem, Muto permitiu e fechou os olhos, sentindo aquele beijo molhado e maravilhoso, com a presença dos piercings.

—Eu senti sua falta amor. — ele disse com algumas lágrimas no rosto. —Eu senti falta desse beijo que só você sabe dar.

—Eu também senti. — disse Sanzu e deu um selinho nele. —Amo sua boca na minha, Yasu.

Muto beijou ele mais uma vez e em seguida Sanzu olhou para S/N e disse:

—E eu senti falta demais de você minha cópia. — ele disse e abraçou com carinho dando beijos em sua testa. —Ah que saudade que eu estava sentindo da nossa convivência de pai e filha.

—Ah meu pai Haru está de volta. — ela disse abraçou ele mais forte, afundando seu rosto no peitoral dele. —Eu te amo pai Haru.

—Eu também te amo, pitica. — ele disse e olhou para Muto. —E amo você também, meu esposo. — ele disse e puxou Muto para perto, dando início a um abraço coletivo.

Muto por ser maior conseguiu confortar os dois em seus braços fortes, ele não conseguiu segurar a emoção assim como Sanzu e S/N e começou a chorar. Fazia dois anos que ele estava esperando aquilo acontecer...

Ver a família ser como era antes.

—Nunca vou me esquecer de você ajudando o seu pai a tentar me conquistar viu? — disse Sanzu acariciando as costas dela. —Uma cupida nata.

—Lógico né. — disse S/N sorrindo. —Vocês são um casal bonito demais para se separar.

Sanzu sorriu com o comentário e olhou para Muto e disse:

—Devemos concordar com ela, não é amor?

—Com toda certeza. — ele sorriu e beijou Sanzu. —Me casei com uma pessoa linda.

A família estava novamente unida, exatamente como antes. Agora não era mais uma convivência separada como amigos, e sim de família.

Um casal casado em matrimônio e uma filha.

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Já em casa, Sanzu conversava com Muto e S/N, ele se lembrava com clareza de tudo que aconteceu antes, depois e durante a sua perda de memória, e o que mais martelava a mente dele era a relação de S/N e Yuta.

—Vocês dois estão ficando? — ele disse olhando para ela sem piscar.

—Ai pai não olha para mim com essa cara de maníaco. — disse S/N rindo.

—Não é cara de maníaco. Eu só estou te perguntando numa boa. Tá ou não tá ficando com aquele emozinho de cabelo com mechas?

S/N olhou para Muto e para Sanzu e disse:

—Pai, eu e o Yuta estamos ficando... mas não fizemos nada demais a não ser beijar... e ele me disse que só vai me pedir em namoro quando você voltar ao normal da memória.

Haruchiyo respirou fundo, olhou para Muto e para S/N e disse:

—Safado, ele aproveitou que eu estava com perda de memória para pegar a minha filha. — ele disse e jogou a cabeça para trás e bufou.

—Haru, eles não fizeram nada demais. — disse Muto. —Eles são jovens, e outra, Yuta te salvou e salvou a Bonten toda junto com a mercadoria. Não se esqueça disso. — ele disse e acariciou os ombros da filha. —Ele ama e respeita a S/N, eu sou totalmente a favor do namoro deles.

Sanzu olhou para Muto e S/N, depois olhou para Yasuhiro fixamente e disse:

—Precisamos conversar sobre isso a sós. — ele disse e se levantou da mesa. —Vamos para o quarto.

Muto se levantou da mesa para acompanhar Sanzu que tinha começado a subir as escadas para ir ao quarto. Porém assim que ele se levantou, S/N sussurrou e disse:

—Pai, e agora? Ele vai surtar!

Muto sorriu e disse:

—Eu vou dar um jeitinho nisso. — ele disse e deu um beijo na testa dela. —Confia em mim.