Assumindo responsabilidades
No dia seguinte, Muto conferia o seu relógio a cada dois minutos, tanto ele quanto os membros da quinta divisão estavam estressados, pois estavam esperando por Sanzu a uma hora e meia.
—Aonde aquele oxigenado se meteu porra? — disse um dos membros. —Ele se matou?
—Vamos esperar...
—Esperar o caralho! — disse um dos membros irritado. —Muto, liga para esse puto!
Muto se sentou em um dos degraus do templo e tirou o seu celular do bolso e ligou para Sanzu, que mais uma vez demorou para atender, só atendeu depois de quatro chamadas.
—HARUCHIYO! AONDE VOCÊ SE METEU?!
—Não precisa gritar! Eu sou sou surdo e nem pinico caralho! — resmungou Sanzu e em seguida Muto pode ouvir ele grunhir de dor e reclamar. —Assim dói! Para com isso!
—Ah seu puto, é por isso que você está demorando? Está dando amassos em uma garota?! Se esqueceu que hoje tínhamos combinado de fazer uma reunião?
—Eu não estou com uma garota! Eu... ASSIM MACHUCA PORRA! PARA COM ISSO SUA PESTE!
—Se não está com uma garota, está com quem então? Com o Mikey? Sanzu? SANZU?!
A ligação foi encerrada, Haruchiyo desligou o telefone na cara de Muto, e isso o deixou frustrado.
—E aí? Conseguiu falar com ele?
—Ele desligou o telefone na minha cara! Eu vou esmurrar a cara dele quando o ver!
—O que ele disse?
—Não disse nada, a única coisa que eu ouvi foi ele gemendo de dor.
—Eita, más espera, os boatos de que Sanzu era broxa eram mentira? — brincou um garoto.
—Não sei, só sei que essa reunião está cancelada, não vamos mais esperar. Vamos embora.
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No supermercado, Sanzu estava empurrando o carrinho de compras e enchendo ele de coisas de bebê, shampoo, fralda, pomada e tudo o que a garota iria precisar.
—Está bravinha porque não consegue puxar o meu cabelo né sua pestinha? — brincou Sanzu rindo da cara séria da bebê. —Vou sempre prender o meu cabelo quando eu estiver perto de você, sua mini delinquente.
Enquanto Sanzu andava pelos corredores do supermercado, ele recebia a atenção e os olhares de julgamento das outras pessoas. Pois ele era um menino de 16 anos que estava com uma criança no carrinho.
—Esses putos não sabem de merda nenhuma né? — ele disse e acariciou o rosto da menina e sorriu. —E daí que eu só tenho 16 anos? Qual é o problema de ser pai não é? Quem vai cuidar vai ser eu. — ele disse e parou de frente a uma prateleira, cheia de leite em pó para bebê.
Ele franziu cenho, não fazia menor ideia sobre qual leite seria melhor para a garota, sem opções ficou parado lendo os rótulos das latas de leite, más sua concentração foi interrompida por S/N que começou a chorar.
—Meu Deus menina. — ele disse e pegou ela no colo. —Num calor da porra desse você quer ficar no colo? — ele disse e riu. —Tá bom, já que você quer tanto, não vou julgar.
Sanzu ficou com ela no colo enquanto escolhia o leite em pó, de repente, uma moça mais velha que ele olhou para Sanzu e disse:
—Essa bebê é a sua irmã?
Sanzu olhou para ela e disse:
—É a minha filha! Qual é o problema?
—É que ela não parece com você. — disse a moça e riu. —Certeza que você é o pai dela?
Sanzu sentiu seu corpo estremecer de raiva, ele apenas revirou os olhos e tirou a sua katana da cintura e apontou para ela e disse:
—Independente se ela se parece ou não comigo, isso não é da sua conta e ela é minha filha sim!
A moça se assustou e foi embora, todos que estavam no corredor ficaram encarando ele e cochichando, irritado Sanzu disse:
—Vão caçar o que fazer seus bando de fifi do caralho! — disse ele e colocou duas latas de leite em pó no carrinho. —Intrometidos!
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Após as compras, Sanzu deixou o supermercado e voltou para casa de táxi, já que não tinha como ele voltar com as sacolas e com a menina no colo a pé.
Colocou S/N dentro do bebê conforto e disse:
—Olha, se você crescer e ser uma filha ingrata, eu juro que eu te jogo na sarjeta. — ele disse e riu. —Eu gastei o limite total do meu cartão de crédito só para comprar as coisas para você.
A menina entortou a cabeça para o lado confusa, e ele apenas deu de ombros e guardou as coisas da sacola e depois foi até uma caixa grande, onde dentro havia um berço que desmontava.
Ele se sentou no chão e tirou as peças que compunham o berço e coçou a cabeça, pegou o manual e começou a ler ele para entender melhor como se montava aquele berço.
—Quem foi o desgraçado que inventou isso?
Enquanto ele montava o berço, Sanzu ouviu uma batida na porta, ele se levantou e foi até a porta, sendo surpreendido por Muto, que estava com uma cara desgostosa.
—HARUCHIYO! ACHO BOM VOCÊ TER UMA BOA EXPLICAÇÃO SOBRE...
—Da para falar baixo? — disse Sanzu. —Vai acordar a S/N!
—Quem é S/N?!
—Ela. — ele disse e apontou para a bebê que estava no bebê conforto.
Muto colocou a mão na boca surpreso, e caminhou até a menina, ficou por alguns segundos olhando para ela e em seguida olhou para Sanzu.
—Desde quando você é pai?!
—A 19 horas atrás. — disse Sanzu.
—Quem você engravidou?
—Ninguém. Eu voltei para casa ontem e ela estava na porta de casa. — disse Sanzu e se sentou no braço do sofá. —Eu até pensei em colocar ela em um orfanato, más mudei de ideia, resolvi adotar ela.
—Você adotou essa menina ilegalmente você sabe né?
—E daí? Não é amor que importa?
—Sim mas e se vir uma assistente social atrás dessa criança? Você vai ser preso, não só por estar ilegalmente com ela e sim porque você é um delinquente, e não tem relação estável para estar com essa menina!
Sanzu revirou os olhos e disse:
—Os pais dela que deveriam se presos por abandonar ela. — ele disse e olhou para S/N. — Eu estou disposto a arriscar tudo para cuidar dela.
Muto olhou para Sanzu e disse:
—Você tem certeza? Você é um menino, só tem 16 anos! Criar uma criança não é fácil, ela precisa de amor, carinho, educação e um monte de outra coisa.
—Você não entendeu o que eu disse? — respondeu Sanzu e acariciou os pezinhos da garotinha. —Eu estou disposto a arriscar tudo por ela Muto. Vou dar a ela o que eu nunca tive oportunidade de ter.
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