Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Orgulhosos e livres - II

Quando a noite caiu mais uma vez e Tokalah estava de volta ao estábulo. Tentou de todas as formas que tinha disponível, abrir o cadeado, porém nada surtiu efeito.

一 Como escapar daqui? 一 Questionou ao garoto que observou todas as suas tentativas falhas.

一 Não há como, eu já tentei. A noite nos deixam presos e durante o dia Owen e o senhor Burt não tiram os olhos da gente. Mesmo aqueles que conseguem acabam sendo capturados e voltam machucados ou mortos. Já faz mais de um ano que estou aqui.

一 Pois a morte é mais digna que uma vida como esta. Eles são apenas dois, estamos em maioria.

一 Cale a boca selvagem 一 ralhou Zacarias 一 acha que não pensamos ou tentamos isso? O senhor Burt é esperto e rápido no gatilho, qualquer movimento brusco e bum 一 disse o homem fazendo uma arma com os dedos e fingindo atirar na direção de Tokalah 一 você tá morto. Agora calem a boca e vão dormir.

Tokalah passou boa parte da noite pensando em como escaparia e pela manhã, ignorou os insetos, o cheiro e comeu toda a refeição que lhe serviram. Precisava de energia para colocar seu plano em prática e se isso significava comer o mesmo que serviam aos poucos, ele comeria, em dois ou três dias estaria forte e recuperado, Alan e Owen Burt, nunca mais colocariam outra pessoa naquela condição miserável.

Hora mais tarde já estavam no garimpo, mais uma vez Owen prendeu a perna de seus cativos a corrente fixada em uma grande pedra a beira do riacho.
Tokalah prestou o máximo de atenção que pode em cada detalhe, quantas armas possuiam, onde guardavam as chaves, onde amarravam os cavalos, quantas pessoas além deles haviam na fazenda.

Continuava peneirando as pedras quando algo lhe chamou a atenção, em meio as pedras escuras, um dourado se destacou. Seu povo chamava de mazakazi, embora as considerassem sagradas, o valor que elas tinham era perante aos deuses e não costumavam usá-las para outros fins. Os brancos porém gostavam de exibi-las em anéis, correntes e até mesmo nos dentes.

一 O que achou aí? 一 Owen questionou se aproximando e logo percebeu a pepita amarela na peneira. 一 Filho da puta de sorte, pai! Pai! Nossa primeira pepita em semanas, venha ver.

Burt imediatamente desceu da pedra onde fazia a vigia e Tokalah viu os dois homens fissurados pelo ouro, aquela seria uma oportunidade ele só precisava se livrar das correntes.

一 Isso foi tudo que achou? 一 questionou o velho Burt e Tokalah assentiu com a cabeça 一 uma pepita nunca vem sozinha, sempre tem mais de uma, abra a boca. Abra a boca seu índio ladrão! Anda! 一 Disse apontando a pistola para a cabeça do nativo que continuou a encara-lo. 一 Owen! Owen! Reviste ele e faça direito, veja se ele não ficou com alguma coisa.

一Anda Carl, levanta 一 disse Owen e Tokalah obedeceu, imediatamente o homem se pôs a revista -lo, apalpando seu corpo e vasculhando os bolsos das calças. 一 Abra a boca! Ande eu não tenho o dia todo!一 disse segurando o queixo do indígena que cuspiu em seu rosto em resposta. 一Filho da puta! 一 Gritou Owen retirando o chicote da cintura e acertando com força o rosto de Tokalah que avançou na sua direção, jogando seu corpo sobre o de Owen, lançando-se os dois na água. A briga durou apenas alguns segundos o suficiente para Tokalah socar o rosto do rapaz e fazê-lo engolir um pouco de água, antes de ser puxado pela corrente presa pelo tornozelo para a margem e receber chutes e pontapés de todos os lados.
Quando o jovem Burt se recompôs, afastou os outros cativos e ele mesmo tratou de terminar a surra, sentando-se sobre o corpo do nativo socando-o diversas vezes no rosto.

一 Já chega Owen, 一 o pai ordenou quando viu que o indígena estava prestes a perder os sentidos 一 ele já aprendeu a lição.

一 Só mais uma coisa 一 disse Owen que ordenou que os cativos colocassem a mão de Tokalah sobre uma pedra.

O garoto observava a cena apavorado, pensou que Owen cortaria a mão de Tokalah, no entanto o jovem Burt, tomou uma marreta e acertou algumas vezes contra a mão do índio quebrando-lhe os dedos e o fazendo urrar de dor.

一 Toda vez que olhar para seus dedos tortos vai lembrar que foi porque ousou socar a cara de um homem branco! 一Gritou Owen rente ao rosto ensanguentado de Tokalah.

***

No dia seguinte Elena despertou cedo, seguiu em direção a leste do rio e a paisagem tomou tons de verde, árvores e um terreno acidentado.

一 Espero estar no caminho certo 一 ela acariciou o pescoço de Condessa sentindo-se perdida, quando avistou uma estrada. 一 Uma estrada sempre nos leva a algum lugar, se não for a propriedade dos Burt, talvez possam nos dar informações.

Quando chegou a uma certa distância do portão, decidiu ser cautelosa. Amarrou os cavalos em meio as árvores e arbustos e se aproximou da cerca se agachando atrás dela. Observou de longe a grande casa e um grande estábulo feito de pranchas de madeira rústica. Pequenas lavouras circundam a propriedade e algumas carroças abarrotadas de couro de búfalo paradas a frente serviam de esconderijo para duas duas menininhas que se escondiam de uma um pouco maior.

Depois de um tempo decidiu que pediria ajuda, porém assim que levantou voltou a se abaixar ao ver a movimentação. Homens deixaram a propriedade amarrados uns aos outros por uma corda, sendo escoltados por dois cavaleiros montados.
Deitou-se ao chão aproveitando-se de um declive do terreno na esperança que não a vissem e sentiu o peito acelerar ao reconhecer Tokalah entre eles.
Vestido com uma calça surrada e curta demais para suas pernas, uma camisa manchada de sangue seco e pés descalços, mesmo de longe podia perceber que estava ferido e exausto.

Já tinha ouvido comentários no forte, mesmo com a escravidão proibida, não era uma prática que tivesse sido totalmente abolida. No oeste, haviam muitos senhores de terras, mineiros e garimpeiros que mantinham trabalhadores em situação de escravidão, mas era a primeira vez que via com os próprios olhos pessoas naquela situação. Esperou até que tomassem uma distância e seguiu-os até o riacho onde faziam o garimpo. Observou cautelosa por um tempo e percebeu a expressão de dor no rosto do índio que tinha uma das mãos envolta em trapos sujos de sangue.

一 Tokah...一 Susurrou baixo quando sentiu algo puxar-lhe pela cintura.

一 Vejam só o que eu achei bisbilhotando 一 gritou Owen segurando-a pena cintura enquanto ela esperneia 一 Chega garoto, quietinho 一 falou colocando a pistola a cabeça dela 一 Isso, bom menino 一 soltou-a e mandou que se afastasse e virasse devagar. 一Olha pra você parece uma menina! 一 Disse arrancando o chapéu da cabeça dela deixando que os cabelos caíssem e emoldurassem seu rosto de feições delicadas 一 Porque é uma menina. 一 Falou tomando-a pelo pescoço e a obrigando a andar 一 Pai, pai! Estamos com sorte! Veja o que encontrei! 一 gritou chamando a atenção de Burt e dos cativos que trabalhavam.

一 Continuem trabalhando! 一 gritou Burt chamado o filho que trouxe Elena de forma agressiva empurrando-a aos pés do pai.
一 O que temos aqui? Falou Burt se abaixando a altura de Elena caída só chão.

一 Posso ser o primeiro dessa vez? 一 Owen Questionou empolgado e Tokalah levantou-se conhecendo Elena.

一 É claro que não! 一 Ralhou Burt com uma expressão preocupada 一 Perdoe os modos de meu filho, mocinha 一 disse tomando a mão de Elena e a ajudando a levantar.

一 O que? 一 Owen questionou confuso.

一 O que? Ela não é uma índia ou mestiça imunda, é uma mulher branca, como suas irmãs. Enlouqueceu? 一 Burt gritou com o filho que baixou a cabeça 一 Está perdida minha jovem?

一 Elena voltou o olhar a Tokalah que balançou negativamente a cabeça e voltou ao trabalho como se não a conhecesse.

一 Sim, eu estava numa comitiva quando fomos atacados, acabei me perdendo de minha família.

一 Atacados por índios?

一 Não, eram ladrões espanhóis ou mexicanos, não sei.

一 Pobrezinha, essa gente empesteia essas terras. 一 Owen fique de olho neles, vou levar a moça até sua mãe. Venha pequena por aqui. Está ferida?

Antes de deixar o garimpo, Elena deu uma última olhada ao índio e seguiu Burt, agradecendo-o pela ajuda. Na casa o homem apresentou a esposa e as três filhas e foi recebida de forma amistosa e preocupada pelas mulheres da casa.

一 Porque está vestida como um menino? 一 perguntou a menorzinha.

一 Minha... Minha mãe disse que seria mais seguro parecer um homem na estrada.

一 Sua mãe é uma mulher inteligente 一disse Burt colocando um copo de água e um pedaço de carne seca a sua frente 一 deve estar faminta. 一 Faz tempo que sua comitiva está na região? Tenho a impressão de já tê-la visto antes, costumo negociar peles com viajantes.

一 Creio que não, chegamos a pouco. Sem querer ser abusiva, onde fica a cidade mais próxima? Minha comitiva tinha por regra se algo acontecesse e tivéssemos de nós separar, nos reunirmos na cidade mais próxima.

一 Não está longe, e aliás amanhã Owen irá até lá, pode lhe dar uma carona. Por hoje, tome um banho é descanse. Somos uma família cristã e sempre que podemos, oferecemos ajuda aos necessitados. Não é mesmo mulher? 一 Burt perguntou a esposa que assentiu com a cabeça.




Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro