Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

O inimigo do meu inimigo - II

A medida que os primeiros raios de sol começam a surgir no horizonte, a paisagem nas planícies indígenas do oeste americano ganha vida em um dia de início de primavera. Apesar de não ter conseguido pregar os olhos durante a noite, Elena contemplou uma atmosfera serena, com uma suave brisa que soprava pelos vastos campos e grama alta, criando uma dança delicada em meio à vegetação. Ainda havia um frescor do inverno no ar, mas a promessa de um dia mais quente era mais que evidente.

Um dos Crows havia passado a noite em vigia, mantendo a fogueira acessa a qual agora apagava jogando terra para que a fumaça não pudesse ser vista, sem tirar os olhos dela.
Por mais que tentasse não demonstrar medo e que até aquele instante eles não tivessem sido demasiadamente violentos com ela, uma ansiedade ardia em seu peito mantendo-se em alerta a qualquer movimento que eles fizessem.

一 Está com fome? Sede?一 Perguntou o homem com o rosto pintado de vermelho chamado Icheta que parecia ser o mais velho do grupo.

一 Eu sei que ele mentiu sobre terem um grande e acampamento. 一 disse Elena voltando o olhar a ele 一 Não estariam em apenas três, se tivessem gente suficiente pra atacar aquele rebanho. E ele disse que no sul, tinham um acampamento pequeno, as comitivas são grandes, mas como ele mesmo falou os Crows não são vistos com bons olhos se separaram ou expulsaram vocês do resto do grupo. Estão em poucos, perdidos e famintos, se atacarem os cawboys ou os mandan vocês três vão morrer e as pessoas que estão esperando vocês voltarem com comida, também vão. Me deixa ajudar.

一 Você fala demais 一 Disse Icheta se levantou e caminhou até Cheveyo dormindo sobre um cobertor imundo. 一 Acorde 一 ralhou dando alguns chutinhos no jovem nativo. 一 Faça sua mulher calar a boca, antes que eu corte a língua dela.

Cheveyo levantou rapidamente deferindo um olhar o inquisidor a Elena que o encarou com a mesma intensidade.
Levantaram acampamento e seguiram em um trote ritmado até ouvirem o som de disparos e a partir dali, seguiram cautelosos até próximo ao local do embate.

As balas zuniam pelo ar enquanto os cowboys disparavam contra o grupo de indígenas que cavalgavam de forma veloz, revidando com flechas e tiros de rifles enquanto outros lutavam com machados em combates corpo a corpo pela campina.

Tokalah com seu olhar selvagem, liderava o ataque com agressividade. Ele estava determinado a levar o maior número possível de cabeças de gado, independentemente do preço que tivesse de pagar. Levariam meses até que alguma coisa crescesse depois daquele inverno rigoroso e a fome se espalhava pela aldeia, junto com doenças e discórdia, a comida era o mais importante agora.

Elena observava aflita de longe, tentando distinguir o que acontecia em meio a fumaça e quando a poeira começou a descer o cenário se mostrou devastador. Vários homens de ambos os lados haviam caído, feridos ou mortos, e o rebanho estava disperso em meio à confusão, pisoteando nos desafortunados ao chão.

一 Precisamos ajudá-los. 一Elena voltou-se a Cheveyo sentindo o peito disparar. És
Tava tão perto de ver Tokalah novamente que não conseguiria imaginar o que faria se o perdesse diante de seus olhos.

一 Não. 一 Respondeu sem tirar os olhos da batalha logo a frente e Elena esporeou a égua com os calcanhares forçando-a para cima do cavalo dele. 一 Se passar eu vou atirar em você 一 o nativo firmou as rédeas do animal a frente de Elena e sua égua.

一 Então atire 一 provocou a mulher atiçando o animal sobre ele.

一 Cheveyo 一 Icheta chamou a atenção 一 a mulher tem razão, ainda seremos poucos pra lutar com os que sobrarem. Nossos rifles estão com pouca munição, é a terra deles, não vai ser ruim fazer amigos.

Cheveyo soltou um longo suspiro e passou a mão sobre o coldre que roubou de um dos soldados mortos durante a revolta na caravana, retirou a pistola de Elena e e lançou a ela.

一 Fica aqui, com esse cavalo gordo você é um alvo fácil.

Enquanto o som dos cascos ecoava pela terra Elena observou o o pequeno grupo de Crows adentrarem o caos da batalha.
Os Mandan, apesar de sua valentia, estavam superados em número pelos ferozes cowboys, que disparavam com rifles e pistolas com precisão. Mas, no momento em que Cheveyo e seu grupo adentraram a batalha, o cenário começou a mudar.

Os Crows eram habilidosos e rápidos, deslizando pelos flancos do conflito, Cheveyo com disparos certeiros, seus companheiros munidos de machadinhas, e boleadeiras, avançaram contra os cowboys pela retaguarda derrubando os dois principais atiradores de seus cavalos, possibilitando que o grupo dos mandan avança-se com mais facilidade, quebrando a barreira de fumaça causada pelos disparos

A chegada inesperada do grupo pegou os cowboys de surpresa, causando-lhes confusão e em poucos minutos, o som de cascos dos cavalos em retirada encheu o ar.

Tokalah ainda sem entender quem eram aqueles guerreiros, dividiu seus homens ordenando que alguns buscassem o gado que se dispersava em disparada, enquanto ele e outros avançaram em direção aos cowboys que haviam partido.

Cheveyo puxou as rédeas do animal, avançando na direção daquele que julgou ser o líder, cortando-lhe a frente fazendo Omaha levantar as patas frontais ao ar quase derrubando Tokalah de seu lombo levando alguns segundos para controlar o animal.

一 Quem é você? 一 Ele perguntou em sua língua mãe e o homem de rosto pintado o encarou por instantes.

一 Sou Cheveyo, líder do clã do corvo branco, não falo sua língua. 一 Disse vendo os outros indígenas circundando a ele e seus companheiros. 一 Esses são Icheta e Tamula, nossa guerra é contra o homem branco e nossa aliança hoje não vai custar mais que seis cabeças de gado. Não viemos derramar sangue de homens da terra 一 Disse Cheyeyo com firmeza e Tokalah o encarou por instantes e voltou o olhar a nuvem que balançou negativamente a cabeça.

一 Não pedimos a sua ajuda, vão embora . 一 Falou Tokalah no instante que percebeu o ressoar de patas se aproximar e seus olhos se voltarem a égua branca que se aproximava num trote ritmado ao longe.

一 Elêna... 一 Sussurou a si mesmo confuso, puxando as rédeas para o lado e avançando atravéz dos homens findando a conversa bruscamente. Esporeou os calcanhares nus sobre as ancas de Omaha, apressando o passo. Em seu coração a ansiedade crescia a cada trote do animal, tensionado as rédeas quando chegou perto o suficiente. Seu coração disparou ao vê-la novamente, num longo trage de um azul celeste bem acintueado e cabelos presos sob um chapéu branco de abas largas presos por um barbicacho trancado. Elena energia na paisagem, com um leve sorriso nos lábios como um sonho longínquo o qual ele almejava retornar a ter desde o dia em que se despediram em sua tepe.

Na mesma ansiedade, Elena o observou se aproximar com seus cabelos negros dançando suavemente com a brisa e olhos brilhantes que pareciam capturar a alma, o rosto pintado com lágrimas vermelhas e algumas penas ascendendo sobre a cabeça, trazendo aquele misto de mistério e beleza que tanto a fascinava. Tudo que queria era abraça-lo e senti-lo perto novamente, mas a alegria era tão grande quanto a sua fúria. Ele havia lhe feito uma promessa e não a cumpriu, ele estava vivo e a abandonou com uma criança na barriga sem nem sequer dar notícias, por mais difícil que fosse, ele teria a encontrado se quisesse. E por mais que conscientemente Elena pudesse Elencar milhares de motivos pra tal atitude, nenhuma delas parecia justificável no momento, ela teve de conviver com a incerteza por meses, ele não foi o primeiro a segurar sua criança e não estava lá para protegê-la quando seu bebê foi arrancado dela. Ela desceu de condessa enquanto ele a encarava com os olhos lacrimejantes de saudade, porém assim que se aproximou, Elena deferiu um bofetão, seguido de outro no lado esquerdo e socos furiosos contra o seu peito . Tokalah permaneceu estático, deixando que a mulher descontasse a raiva sobre ele até julgar suficiente e tomar seus punhos com força puxando-a para ele num gesto brusco a abraçando-a em seguida e firmando-a conta seu peito até que os protestos virassem lágrimas e a fúria desse lugar a sensação de aconchego e ela finalmente parasse de resistir e levanta-se o olhar a ele.

Os olhares se encontraram e sem dizer uma palavra, os sentimentos que nutriam os invadiu com uma onda poderosa, incapaz de ser ignorada. Abraçaram-se calorosamente, sentindo a familiaridade e a saudade preenchendo cada espaço vazio que o tempo havia criado. Eles se entreolharam, sentindo a intensidade do amor que continuava a pulsar entre eles. Então, como num reflexo, seus lábios se encontraram em um beijo carregado de saudade e paixão. O tempo pareceu parar enquanto eles se entregavam àquele beijo, mergulhados em um universo próprio, onde diferenças e problemas eram insignificantes e apenas aquela conexão inegável de almas importava.

Quando finalmente saciada dos lábios dele, Elena afastou-o empurrando agora gentilmente seus ombros, recuando alguns passos pensativa.

一 Achei que estivesse morto. 一 Ela disse com a voz ansiosa e ele correu o olhar sobre ela.

一 Não é fácil me matar, e você está doente?一 perguntou ao perceber o quão pálida e magra estava.

一 Não, tive nosso filho a poucas semanas, definidamente é muito mais prazeroso ajudar do que trazer uma criança ao mundo, ainda não me recuperei totalmente.

一 Filho?一 Disse com um leve sorriso 一 eu tenho um filho homem? 一 Questionou com certo orgulho.

一Tem e ele se parece com você, mas.... Ele não está comigo, Andrew o tirou de mim.一 Falou Elena sentindo os olhos marejarem a dor que aquela ausência lhe causava e viúvo semblante do indígena se tornar precocupado 一Mas ele está vivo e bem, Edgar o viu a poucos dias, disse que está bem cuidado.

一 Bem cuidado? Com o homem que jurou que mataria o pai dele? 一Tokalah questionou levantando a sobrancelha quando foi chamado por Nuvem.一 Suba na égua, tenho de resolver o que vamos fazer com aqueles Crows depois continuamos a conversa.

一 Eles são... São meus amigos 一 mentiu Elena, estavam em uma das comitivas que se revoltou, estão com um grupo pequeno, precisam de comida.

一 Nós também precisamos, esteve na aldeia一 ele disse olhando pra condessa 一 imagino que tenha visto o que acontece por lá. 一Tokalah, falou e ela segurou seu braço enquanto ele se voltava a Omaha.

一 Eles precisam de ajuda.

一 São Crows. Não são confiáveis.

一 Sim são, existem homens bons e mais de todos os tipos e cores, você me ensinou isso. Você lutou ao lado de crows em little Big Horn. Entendo que suas nações tenham desavenças passadas, mas são pessoas, homens da terra como você.

一 Tenho homens feridos é com eles que devia se preocupar, suba na égua. Tomarei a decisão com os outros guerreiros.

A poeira assentando-se lentamente, revelava feridos e mortos, índios e cowboys, compartilhavam da mesma dor e sofrimento, porém apenas um deles receberia ajuda. Elena tentou ignorar o barulho lascerante das facas, arrancando escalpos e cortando as gargantas dos homens brancos que ainda insistiam em agonizar, enquanto tratava de uma perna quebrada e um ferimento a bala com a ajuda de Enepay.

O garoto havia crescido bastante nos últimos meses, ganhou um corpo forte, cicatrizes e um olhar adulto demais pra idade.

一 Conseguiu? 一 Perguntou Elena a ele que terminava de enrolar a perna do homem com um pedaço da sela de um dos cowboys.一 Ficou bom, se um dia desistir de ser o futuro manto, pode tentar a medicina. Elena disse com um sorriso forçado tentando tirar um pouco da melancolia da situação.

一 Eles vão ficar bem? 一 Perguntou Tokalah se abaixando ao lado dela.

一 Esse aqui se ficar quieto pelo próximo mês o osso vai fundir, já este 一 ela voltou-se ao jovem desacordado 一 a bala acertou o fígado consegui conter o sangramento e ele deve acordar em breve. Mas, não há muito o que eu possa fazer sem um bom médico cirurgião e um hospital bem equipado. Mas por outro lado o fígado se reconstrói sozinho. Então, se ele conseguir sobreviver aos próximos três dias foi porquê o fígado está cicatrizando, mas isso não garante que ele não pegue uma infecção e morra dentro de dez ou quinze dias. Eu sinto muito 一 Disse e Tokalah assentiu com a cabeça.

一 Ele é forte, vai aguentar. Precisamos colocá-lo sobre o cavalo.

一 O que vão fazer com os Crows?一 Perguntou Elena vendo os três homens amarrados mais adiante.

一 Vou deixá-los aqui com uma faca pra se soltarem e metade do rebanho. Aqueles homens que escaparam vão voltar com amigos e vão ter o rastro fresco deles pra seguir, assim podemos chegar em segurança ao vale. 一 Disse Tokalah e Elena o encarou.

一 Vai sacrificar-los dessa forma Tokah.

一 É provavel, mas antes eles do que um dos nossos, guiar o rebanho é trabalhoso.

一 Não precisa fazer isso. 一 Elena insistiu.

一 Já foi decidido, arrume as coisas, partimos em breve. 一 Disse ele se afastando

一 O que houve com ele?一 Elena voltou-se a Enepay

一 É uma decisão inteligente.一 Disse Enepay tentando ajudar o indígena a levantar. 一 A munição está acabando e eles trarão reforços, se não for assim, serão nossos escalpos a serem arrancados. Muita coisa aconteceu desde que partiu, e são tempos de guerra senhora Elena, não há muito espaço pra ser gentil, eles fariam o mesmo, não duvide. Não podemos perder mais do que já perdemos.

一 Eu tbm não quero perder mais ninguém . 一 Disse colocando a mão sobre a do garoto一 mas isso me parece cruel demais.

***

O ar estava fresco e perfumado pelas flores que desabrochavam em todas as direções. Naquele cenário, Nathan encontrava-se parado em meio a uma vasta plantação de macieiras. Fileiras e mais fileiras de árvores, cobertas de delicadas flores rosadas e brancas, formavam um mar de cores suaves. O verde intenso das folhas destacava-se, criando um contraste harmonioso com as pétalas dançantes ao sabor da brisa. As macieiras estavam repletas de botões, promessas de futuros frutos suculentos que ele não tinha certeza de que iria colher. No dia anterior havia recebido a visita de Elise que além da agradável companhia lhe trouxe a notícia de que em alguns meses seria mãe e ele avó de seu primeiro neto.

Nathan observava tudo com olhos brilhantes de satisfação e orgulho. Embora fosse um homem apaixonado pela terra e suas árvores, não dispunha de toda a dedicação e carinho que seu pai e avó tinham pela fazenda, mesmo assim elas continuavam perfeitas. Os livros e tribunais sempre lhe chamaram mais atenção do que os pomares que trouxeram riqueza e conforto a sua família, mas a ideia de deixar aquele lugar corroia-lhe a alma de forma devastadora. No entanto, por mais que se negasse a ver, a cada dia o sonho de ver New Achota acender como um estado indígena, se tornava cada vez mais longínquo.
Embora as cinco nações não tivessem tomado partido na guerra de Cavalo Louco, a pressão que o líder e seu exército fazia com sua demonstração de força e insubmissão, mantinha o ego e orgulho de todo aquele que partilhasse do estigma de pele vermelha e é claro o governo cauteloso com suas ações.
No entanto, Cavalo louco agora estava preso, seria julgado e condenado, sabia que o governo jamais o enforcaria em praça pública como todos aqueles pobres condenados por trair a bandeira americana. Eles não arriscaria criar um martir para que o povo da terra continuasse a cultuar e lutar por seus ideais. Provavelmente, Cavalo Louco passaria o resto dos dias na prisão, sendo humilhado e desprezado ate que a memória de seus feitos se diluir num rosto velho e cansado no qual nao teria sequer uma faisca que lembrasse o herói que foi.

Elise não estava totalmente errada em seus apelos, implorou a ele que falasse com Topanga, que o convencesse a vender tudo aos geórgianos e seguir para as novas terras em paz e embora ele estivesse plenamente consciente de que resistir e ficar, era apenas adiar o inevitável, era impossível atender o desejo da filha.
Não poderia convencer Topanga a fazer algo que ele mesmo não tinha a intenção de fazer. Baixar a cabeça e deixar ser conduzido por meses a uma reserva não condizia com um povo que lutava, aprendia e se adaptava sem esquecer suas origens. Ele permaneceria na fazenda, esperava que pelo bem de Elise e da criança, Topanga desistisse antes dele e rumasse ao norte com um pouco mais de conforto do que a caravana da cavalaria iria oferecer.











Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro